Kemper (2008)

Direção: Rick Bitzelberger
Elenco: Christopher Stapleton, Robert Sisko, Sean Thomas
Kemper no imdb

Eu me recordo de ter lido a história de Ed Kemper, um assassino em série, uns anos atrás e de ter ficado impressionado. Quando soube desse filme, fiquei muito interessado em ver. Então veio a decepção: além de não ser fiel aos fatos reais, é muito mal produzido, tosco, achei a interpretação do detetive muito caricata. Me lembrou a Globo, que, por exemplo, durante uma cena de perseguição de carros, acelera a velocidade da imagem pra fazer parecer que os carros estão correndo mais do que realmente estão... ou seja, muito ruinzinho. Apesar de ter sido um grande filho da puta (literalmente – ele tinha mais de dois metros de altura e uns 140 kg) que matou inclusive os avós e a própria mãe, acho que ele merecia um filme melhor.

Live From Baghdad (2002)

Direção: Mick Jackson
Elenco: Michael Keaton, Helena Bonham Carter, Joshua Leonard
Título no Brasil: Ao Vivo de Bagdá
Live From Baghdad no imdb

Excelente filme sobre a única equipe de tv que permaneceu em Bagdá mesmo sabendo que a guerra começaria (Guerra do Golfo) e que acabou mostrando com exclusividade o início dos bombardeios. Do mesmo diretor de L.A. Story, com o Michael Keaton e seu jeitão canastrão de sempre, e a lindinha da Helena Bonham Carter, que sempre faz um filme valer a pena.

Magnólia (1999)

Direção: Paul Thomas Anderson
Elenco: Tom Cruise, Philip Seymour Hoffman, William H. Macy, Julianne Moore, John C. Reilly, Jeremy Blackman, Alfred Molina, Philip Baker Hall, Melora Walters, Michael Bowen, Melinda Dillon, Luiz Guzman, Jason Robards, Ricky Jay (narração)
Magnólia no imdb

Magnólia é (e sempre será) a grande obra-prima do P. T. Anderson. A introdução é um filme à parte, e só essa parte, ela sozinha, já é genial. E que cena aquela da chuva, a famosa cena da chuva. E provavelmente é a melhor atuação nas carreiras de cada um dos atores envolvidos neste filme*. Acho inacreditável o que conseguem de emoção o Tom Cruise, o Philip Seymour Hoffman (grande ator), o John C. Reilly, o William H. Macy, o (gurizinho-gênio) Jeremy Blackman. Assiti no cinema, em vhs (duplo), em dvd e na tv. Depois em dvd de novo.

* à exceção da Julianne Moore, que por alguma razão (que eu não sei explicar), não acho ela tão boa assim neste filme. E exceção também para o Alfred Molina, melhor atuação é em Frida, de 2002. Até porque em Magnólia ele faz uma pequena participação.
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Get Him to the Greek (2010)

Direção: Nicholas Stoller
Elenco: Jonah Hill, Russell Brand, Elisabeth Moss, Rose Byrne
Título no Brasil: O Pior Trabalho do Mundo
Get Him to the Greek no imdb

Comedinha sobre um rockstar inglês e o fã nerd que trabalha em uma gravadora e que precisa levar o roqueiro de Londres para o show em Los Angeles e fora algumas piadas inteligentes sobre os roqueiros ingleses e outras gozações com o mundo musical e o Metallica inclusive com participação do chato do Lars Ulrich e de outras personalidades do mundo musical mas não é o tipo de filme que fica na cabeça depois dos créditos finais mas os olhos não caem por assistir e o ritmo do filme é mais ou menos assim como este texto talvez um pouco mais rápido e a Elisabeth Moss é muito bonitinha.

Nuts (1987)

Direção: Martin Ritt
Elenco: Barbra Streisand, Richard Dreyfuss, Maureen Stapleton
Título no Brasil: Querem me Enlouquecer
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Talvez o que mais tenha despertado minha curiosidade em ver esse filme seja o fato de ser um drama com o Leslie Nielsen no elenco. A história se concentra na luta de uma mulher que quer provar que é mentalmente capaz para ir a julgamento por homicídio em vez de ser considerada louca e internada num hospício pra sempre. Bom filme com ótima interpretação de Barbra Streisand, como uma prostituta nervosa e irritante, e com o Richard Dreyfuss, que anda meio sumido (pelo menos pra mim) já faz um tempo.

Mr. Nobody (2009)

Direção: Jaco Van Dormael
Elenco: Jared Leto, Sarah Polley, Diane Kruger
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No futuro, o último mortal, um senhor de mais de 120 anos de idade, conta detalhes de sua vida. Eu tava afim de ver essa mistura de ficção com drama que começou bem. Mas depois ficou muito confuso, a história mescla fatos supostamente reais que são contraditórios, e no fim isso tudo não foi muito bem explicado. Ou seja, não entendi. Ou melhor, o filme parece ser mais profundo do que aquilo que eu entendi... puta merda, uma hora dessas vou ter que olhar de novo.

The Wings of the Dove (1997)

Direção: Iain Softley
Elenco: Helena Bonham Carter, Linus Roache, Alison Elliott, Elizabeth McGovern
Título no Brasil: Asas do Amor
The Wings of the Dove no imdb

Esse filme é do diretor de Hackers, A Chave-Mestra e K-Pax (não que os dois primeiros sejam bons o suficiente para serem lembrados pelo nome, mas K-Pax certamente é). Mas Wings of the Dove (detesto o título em português) é um filme legalzinho, meio meloso demais, mas muito bem-feito. Eu era muito mais novo quando assisti (no cinema, se não me engano), e naquela época eu me lembro de ter sido impaciente com a história. Mas vá lá, é um bom filme. Nada que se compare a um K-Pax, claro.

Devil (2010)

Direção: John Erick Dowdle
Elenco: Chris Messina, Bojana Novakovic, Bokeem Woodbine, Logan Marshall-Green, Jenny O'Hara, Geoffrey Arend
Título no Brasil: Demônio
Devil no imdb

Esse filme é meio que um projeto de um diretor que eu acho bem fraquinho, o M. Night Shyamalan, e graças a deus não foi ele quem fez a direção, ofício que passou para John Erick Dowdle (que fez, antes desse, Quarentena, de 2008 - ótimo filme). Devil, apesar de uma boa sequência de introdução, não é nada de incrível, é apenas legalzinho. Mas o M. Night Shyamalan dificilmente teria feito melhor.

Pequena Miss Sunshine (2006)

Direção: Jonathan Dayton e Valerie Faris
Elenco: Greg Kinnear, Steve Carell, Toni Collette, Paul Dano, Abigail Breslin, Alan Arkin
Título original: Little Miss Sunshine
Pequena Miss Sunshine no imdb

Sempre tem aqueles filmes que todo mundo já viu, menos você. Pequena MS era um desses filmes para mim. Aí, finalmente, resolvi assistir. Até achei legal, mas não é aquela maravilha como tudo mundo fala. Tem uma introdução muito boa mas o filme não segue da mesma forma. Está muito mais para uma comédia simples do que para um filme profundo, apesar de lidar com questões profundas como auto-estima, paternidade, depressão e suicídio. Mas vale a pena acompanhar a viagem de uma família sofrenilda em busca de seus sonhos que, já está claro nos primeiros minutos, não serão alcançados.

What Just Happened (2008)

Direção: Barry Levinson
Elenco: Robert De Niro, Sean Penn, Catherine Keener, Stanley Tucci, John Turturro, Robin Wright Penn, Kristen Stewart, Michael Wincott, Bruce Willis
Título no Brasil: Fora de Controle
What Just Happened no imdb

Enquanto assistia a este filme me lembrava sempre de um outro, Wag the Dog, talvez até por causa do Robert DeNiro. E não é que, ao procurar as infos de What Just Happend para postar aqui, eu percebo que o diretor é o mesmo nos dois filmes? É sempre interessante reconhecer um diretor em um filme. Os dois filmes têm um ritmo parecido e são sérios, cômicos e absurdos ao mesmo tempo. No fim das contas é um filme bom, inteligente e muito bem dirigido. Muito boa a cena onde o Bruce Willis (interpretando ele mesmo – só que caricaturado) quebra tudo quando fica sabendo que terá que tirar a barba para poder interpretar o mocinho em um filme.

Mulher Nota 1000 (1985)

Direção: John Hughes
Elenco: Kelly LeBrock, Anthony Michael Hall, Ilan Mitchell-Smith, Bill Paxton, Robert Downey Jr
Título original: Weird Science
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Outro filme com a Kelly LeBrock dos anos 80, dessa vez dirigido pelo John Hughes que, infelizmente, parou de atuar nesta função no início dos anos 90 (mas que continuou a escrever para cinema até quase a sua morte, em 2009). Mulher Nota 1000 vale muito a pena, embora não seja o melhor filme dele (que é, claro, Curtindo a Vida Adoidado).

A Dama de Vermelho (1984)

Direção: Gene Wilder
Elenco: Gene Wilder, Kelly LeBrock
Título original: The Woman in Red
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Grande clássico da sessão da tarde nos anos 80. Muita gente foi apaixonado pela Kelly LeBrock naquela época (mas ela não envelheceu muito bem). O que eu não sabia (e esse blog passa a ser uma fonte de estudo para mim, já que eu descubro e redescubro muitas coisas) é que o diretor de A Dama de Vermelho foi o próprio Gene Wilder. Grande ator (e diretor).

Hesher (2010)

Direção: Spencer Susser
Elenco: Devin Brochu, Joseph Gordon-Levitt, Rainn Wilson, Natalie Portman
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Filme meio bizarro que varia entre o drama e a comédia bobinha. Não é um leve apesar de ter coisas que podem dar essa impressão. Não é realmente bom, mas está longe de ser um filme ruim, aí é só posicionar Hesher entre esses dois pontos e tirar uma conclusão. Tem atores conhecidos mas o filme trata eles como se fossem célebres desconhecidos, e isso é bom. A Natalie Portman nem parece a super-ultra-atriz que ela é nos dias de hoje. E, claro, está linda. E tem de quebra o Dwight Schrute (assisti por causa dele, gosto de ver filmes com personagens de seriados que eu gosto – a ideia é não ter apenas a identificação do seriado com esses atores). Na trilha sonora há músicas do Metallica (a fonte do título dá uma ideia disso). Pra quem gosta, é legal. Eu não gosto.

13 Tzameti (2005)

Direção: Géla Babluani
Elenco: George Babluani, Pascal Bongard, Aurélien Recoing
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Ótimo filme francês sobre um cara que rouba uma carta com instruções para um trabalho que pode render muito dinheiro e acaba participando de um jogo clandestino em que sua vida corre grande risco. Apenas não gostei justamente do ator principal, com uma cara de tapado, sem muita expressão e que, “coincidentemente”, é irmão do diretor (aliás, tem outros atores com sobrenome igual e que, certamente, também são parentes do diretor – é o famoso QI fazendo mais vítimas, pois com certeza muitos outros atores mais talentosos poderiam ter feito o papel)... Foi refilmado em 2010 com atores hollywoodianos mas com o mesmo diretor.

O Lutador (2008)

Direção: Darren Aronofsky
Elenco: Mickey Rourke, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood
Título original: The Wrestler
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Esse é o filme onde a gente mais se pergunta: mas que porra aconteceu com a cara do Mickey Rourke?? Claro, ele já apareceu em uns trocentos filmes antes de O Lutador com essa mesma cara amassada, mas acho que isso fica mais evidente neste filme. Mas ele continua um bom ator, ou cada vez um ator melhor, e em O Lutador fica muito escancarado. E que coisa mais linda que está a Marisa Tomei (mais linda vestida casualmente com moleton do que nas roupas de stripper – acredito que essa era a intenção do diretor). E vale também comentar a atuação da Evan Rachel Wood, completamente diferente de outro filme recente com ela, Whatever Works, do Woody Allen. O Darren Aronofsky é o diretor do Cisne Negro, recente sucesso ao redor do mundo, e também do Réquiem para um Sonho, um filme mais antigo dele (mas o antigo, no caso, é 2000 – ele só tem 5 longas – com apenas 42 anos). Só assisti esses três, e O Lutador é o meu preferido. Grande filme.

Volver (2006)

Direção: Pedro Almodóvar
Elenco: Penélope Cruz, Carmen Maura
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Não é um filme de uma diretora, mas bem que poderia ser, tamanha a sensibilidade feminina que o Almodóvar tem (claro que essa percepção muda de pessoa para pessoa). Acho o segundo melhor filme dele (Fale com Ela é o melhor). E é interessante o fato de que praticamente só há mulheres no filme ou, pelo menos para mim, ficou essa sensação de que praticamente não há homens na história. Eu nunca revi os filmes do Almodóvar, quando fizer isso vou começar com Volver.

O Show Deve Continuar (2010)

Direção: Nevio Marasovic
Elenco: Sven Medvesek, Natasa Dorcic, Ivana Roscic, Marinko Nikolic, Stjepan Peric
Título original: The Show Must Go On
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Filme que esteve em exibição no Fantaspoa desse ano. Mas a história é bem melhor do que o filme. Não que o filme seja ruim, mas fica muito a dever em atuações, montagem, etc. Não gostei muito do elenco (especialmente o guri que faz o filho do herói, que quase ri em cenas dramáticas). Parece um filme meio caseiro, apesar das cenas de guerra serem boas (principalmente quando o cara-Big-Brother sai da casa, atravessando aquele túnel tipo Lost e, quando abre a porta, os soldados pegam ele e a guerra aparece, aviões, helicópteros e bombas). Vale a pena.

What Ever Happened to Baby Jane? (1962)

Direção: Robert Aldrich
Elenco: Bette Davis, Joan Crawford, Victor Buono
Título no Brasil: O Que Aconteceu com Baby Jane?
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Bette Davis é um dos nomes mais conhecidos da história do cinema, mas é difícil encontrar alguém que já tenha visto algum de seus filmes (pelo menos entre pessoas com menos de 60 anos) – o que não é difícil de entender em se tratando de uma atriz cujo auge ocorreu nas décadas de 30 e 40. Eu mesmo acho que nunca tinha visto um, e isso foi um dos motivos que me levaram a querer ver este ótimo drama/thriller. Baby Jane foi uma artista muito famosa quando criança, mas entrou em decadência ao mesmo tempo em que sua irmã passou a ser uma das atrizes mais badaladas, agora ambas adultas. Quando esta sofre um acidente e passa a usar cadeira de rodas, Baby Jane passa a cuidar dela, e também a atormentá-la. Curiosamente, as duas atrizes principais também eram grandes rivais na vida real.

Narradores de Javé (2003)

Direção: Eliane Caffé
Elenco: José Dumont, Matheus Nachtergaele
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Ótimo filme com um título que eu gosto muito que conta a história da comunidade de Javé que vai desaparecer devido a uma represa que será construída no local. As pessoas, para tentar evitar a mudança forçada, passam a contar a história da cidade para Antonio Biá, o salafrário local, na tentativa de criar uma identidade relevante. Provavelmente a melhor atuação do José Dumont que eu já vi. Quem ainda acha que o cinema nacional é uma porcaria, taí um filme pra começar a mudar essa ideia. Bom, pra quem não gosta do trio nordeste-pobreza-comédia, talvez seja melhor começar com algum outro. Mas nunca é demais lembrar que Narradores de Javé é ótimo apesar disso (mas a história é boa justamente por isso).