Grande clássico da sessão da tarde nos anos 80. Muita gente foi apaixonado pela Kelly LeBrock naquela época (mas ela não envelheceu muito bem). O que eu não sabia (e esse blog passa a ser uma fonte de estudo para mim, já que eu descubro e redescubro muitas coisas) é que o diretor de A Dama de Vermelho foi o próprio Gene Wilder. Grande ator (e diretor).
Direção: Penny Marshall Elenco: Robert De Niro, Robin Williams, Julie Kavner Título no Brasil: Tempo de Despertar Awakenings no imdb
Um médico começa a reviver, através de uma nova droga, pacientes que sofrem de uma doença que os paraliza, num eterno estado catatônico. Excelente filme, baseado numa impressionante história real. De Niro tá ótimo no papel de um dos pacientes. Robin Williams me lembra um pouco Jim Carrey: ambos são bons atores que adoram perder tempo com papeis imbecis, fazendo caras e bocas, em comediazinhas idiotas. E tem a linda Penelope Ann Miller. Parece que o Vin Diesel faz uma ponta. Eu, particularmente, não percebi.
Direção: Matt Mulhern Elenco: David Schwimmer, Janeane Garofalo, John Krasinski, Judah Friedlander, Dick Cavett, Steve Schirripa Título no Brasil: A Vida Não é uma Roleta Duane Hopwood o imdb
Cada vez mais fã do David Schwimmer. Acho que ele tá seguindo uma boa carreira pós-Friends. Vi recentemente um filme dirigido por ele, e na seqüência assisti a este Duane Hopwood (ridiculamente traduzido aqui por A Vida Não é uma Roleta). É um filme bom e o pôster pode dar a impressão que é sobre o relacionamento de um casal, mas na realidade é muito mais sobre a relação de um pai com suas duas filhas. Um pai alcoólatra. Um bom destaque para a cena em que ele vai a uma reunião dos Alcoólicos Anônimos. E vale também mencionar a atuação da atriz-mirim que faz a filha mais nova, especialmente na cena com o David Schwimmer em que os dois pedalam juntos. E ainda tem, de quebra, o John Krasinski, fazendo uma ponta, mas uma ponta com muita qualidade.
Direção: Sean Penn Elenco: Emile Hirsch, Marcia Gay Harden, William Hurt, Jena Malone,Catherine Keener,Vince Vaughn, Kristen Stewart, Philip Dannison Título original: Into the Wild Na Natureza Selvagem no imdb
Não gostei quando assisti. Passei a gostar depois, quando pensei melhor sobre a história. Acho que algumas escolhas que o Sean Penn fez (como uns textos bagaceiros sobre a imagem no início) me fizeram ficar com espírito de porco, não conseguia acreditar que o cara realmente estava fazendo aquilo com o filme. Mas a verdade é que é um filme muito bom, uma história muito bonita. E é um raríssimo caso onde os dois títulos, o original e o brasileiro, ficaram bons. Fiquei com vontade de ler o livro.
Direção: David Schwimmer Elenco: Clive Owen, Liana Liberato, Catherine Keener, Viola Davis, Noah Emmerich Título no Brasil: Confiar Trust no imdb
Eu sou fã do David Schwimmer. Ele me fez rir e chorar e chorar de tanto rir por muitos e muitos anos com o Friends e agora ele dirige um filme muito bom, totalmente diferente do lado cômico a que estamos acostumados. E não é apenas um filme bem dirigido: a história é boa, muito honesta*, sem aquelas escolhas fáceis (tirando um certo esquecimento de um certo policial, aquilo jamais aconteceria, nem eu seria capaz de esquecer algo daquela forma!). As atuações me impressionaram, principalmente da Liana Liberato e do Clive Owen. Aliás, eu passo, a partir deste filme, a oficialmente gostar do Clive Owen. Antes, ele era apenas uma versão melhorada do Nicolas Cage. Agora... por que Confiar? Por que não Confiança?? Por quê???
* Falar honesto parece uma imbelicidade. Como assim, um filme honesto? Honesto como? Transformers não é honesto? Acho que eu quero dizer que a história é honesta com a realidade possível, mas isso não tem a ver com o fato de não ter carros-robôs no filme. Sei lá. Algo assim. .
Direção: Dennis Hopper Elenco: Sean Penn, Robert Duvall, Don Cheadle Título no Brasil: As Cores da Violência Colors no imdb
Qualquer filme com o Robert Duvall deve ser assistido, mesmo que dirigido pelo Dennis Hopper. Brincadeira. É que eu tenho implicância com ele. Mas o filme é bom e é bem dirigido. Sean Penn também está ótimo. As músicas são bem anos 80, muito estranho assistir hoje um filme tão datado assim (as coisas dos anos 80 sempre soam datadas, mesmo que sejam boas). E o legal de ter o Dennis Hopper como diretor é que não precisamos aturar ele como ator. Se bem que no Easy Rider ele faz as duas coisas...
Direção: Jodie Foster Elenco: Mel Gibson, Cherry Jones, Jodie Foster, Anton Yelchin Título no Brasil: Um Novo Despertar The Beaver no imdb
Vou tentar postar essa semana filmes que eu vi e revi na semana passada e que acho que valem a pena, uns são muito bons e outros nem tanto. The Beaver é um filme do segundo tipo. Começa por essa mania de os título por aqui terem que ter essa coisa de grandiosodade tipo um novo despertar. Não tem porra nenhuma de novo despertar, é O Castor e pronto. Mania fdp de deturpar os títulos. Enfim... é um filme dirigido pela própria Jodie Foster e eu sempre fico na dúvida se um ator-diretor consegue separar o lado diretor do lado ator. Acho que aqui ela não conseguiu, pelo menos numa das cenas do final, onde ela aparece de nada, como um fantasma, sei lá, ela simplesmente aparece do nada MESMO (vejam e vocês vão entender). Aposto que se o diretor fosse outro ela não estaria nessa cena. Enfim (2)... o filme é daquele tipo de história boa mas não tão bem contada. Um cara em depressão que fica meio louco e passa a falar através de um castor de pelúcia encontrado no lixo. E não é que o castor atua mesmo, e o Mel Gibson fica em segundo plano? Uma das melhores coisas que ele fez nos últimos anos. Aliás, fazia tempo que eu não ouvia falar dele. Enfim (3)... The Beaver é uma história boa demais e é uma pena que tenha sido contada num formato tão certinho, todo redondinho (fiquei imaginando o Spike Jonze fazendo esse filme, seria beeeeem diferente). Mas há coisas bem interessantes no filme, vale a pena, mas espere para alugar em dvd, tem filme muito melhor em cartaz, como The Way Back, do Peter Weir.
O bom de querer colocar aqui os filmes que eu gosto é que me obrigo a assistir tudo de novo, pelo menos aqueles que eu assisti apenas uma ou duas vezes. No caso de O Ódio, tinha assistido uma vez, e há alguns anos. Acabo de fazer uma reprise. É um filme violento, não tanto pelas cenas de violência, mas pela inevitabilidade dela a cada minuto que o filme avança. O Vincent Cassel é por si só uma presença agressiva (bom, só vi filmes onde ele é violento). Não é um filme pra ser assistido apenas, é um filme pra ser desafiado a ser assistido. E tem um final corajoso, daqueles de deixar um nó no estômago, no estilo de Blade Runner e Tropa de Elite. Não dá pra sair do filme e ir tomar milkshake. É a história de uma sociedade que cai e que repete, durante a queda, como para se reconfortar: "até aqui, está tudo bem. Até aqui, está tudo bem. Até aqui, está tudo bem". O importante não é a queda, é a aterrissagem.
