Sempre tem aqueles filmes que todo mundo já viu, menos você. Pequena MS era um desses filmes para mim. Aí, finalmente, resolvi assistir. Até achei legal, mas não é aquela maravilha como tudo mundo fala. Tem uma introdução muito boa mas o filme não segue da mesma forma. Está muito mais para uma comédia simples do que para um filme profundo, apesar de lidar com questões profundas como auto-estima, paternidade, depressão e suicídio. Mas vale a pena acompanhar a viagem de uma família sofrenilda em busca de seus sonhos que, já está claro nos primeiros minutos, não serão alcançados.
Ótimo filme com um título que eu gosto muito que conta a história da comunidade de Javé que vai desaparecer devido a uma represa que será construída no local. As pessoas, para tentar evitar a mudança forçada, passam a contar a história da cidade para Antonio Biá, o salafrário local, na tentativa de criar uma identidade relevante. Provavelmente a melhor atuação do José Dumont que eu já vi. Quem ainda acha que o cinema nacional é uma porcaria, taí um filme pra começar a mudar essa ideia. Bom, pra quem não gosta do trio nordeste-pobreza-comédia, talvez seja melhor começar com algum outro. Mas nunca é demais lembrar que Narradores de Javé é ótimo apesar disso (mas a história é boa justamente por isso).
Direção: Julie Taymor Elenco: Salma Hayek, Alfred Molina, Antonio Banderas, Ashley Judd, Edward Norton Frida no imdb
Filme muito bom sobre a história da pintora Frida Kahlo, com ótimas atuações da Salma Hayek e, principalmente, do Alfred Molina, como Diego Rivera. A cena do acidente do bonde é muito bonita. A diretora Julie Taymor fez também o Across the Universe, aquele filme musical com trilha sonora dos Beatles, filme esse que eu tenho certeza de que não vou gostar (não pelos Beatles, mas por ser musical, acho musicais um saco).
O que esperar de um filme onde o protagonista tem Top Gun como filme da sua vida? E que tal mais uma vez a Drew Barrymore interpretando aquele mesmo tipo de personagem (seguindo os passos da Meg Ryan)? Isso mesmo, um filmeco. Mas não é que Amor à Distância é bem legal, com sacadas muito boas e uma história não tão bobinha assim? Claro, a Drew Barrymore tá ficando velha para esse tipo de filme, mas ainda funciona. Vale a pena, filme bem leve e divertido.
Durval Discos é um filme que eu adoro. Tirando algumas coisas desnecessárias, tipo a participação da Rita Lee, que só serve para mostrar ela e não acrescenta nada, o fime é muito bom, tem ótimas atuações do Ary França e da Etty Fraser (dá vontade de jogar uma panela de pressão na cara da mãe do Durval). É um filme leve no início, bobo até, e do meio em diante vai ficando cada vez mais tenso e absurdo. Adoro a última cena antes dos créditos. O trailer abaixo não faz jus à obra (com aquele narrador de filme do Didi), mas não seja enganado por ele, Durval Discos é um filme quase genial.
Direção: Penny Marshall Elenco: Robert De Niro, Robin Williams, Julie Kavner Título no Brasil: Tempo de Despertar Awakenings no imdb
Um médico começa a reviver, através de uma nova droga, pacientes que sofrem de uma doença que os paraliza, num eterno estado catatônico. Excelente filme, baseado numa impressionante história real. De Niro tá ótimo no papel de um dos pacientes. Robin Williams me lembra um pouco Jim Carrey: ambos são bons atores que adoram perder tempo com papeis imbecis, fazendo caras e bocas, em comediazinhas idiotas. E tem a linda Penelope Ann Miller. Parece que o Vin Diesel faz uma ponta. Eu, particularmente, não percebi.
Direção: Kathryn Bigelow Elenco: Jeremy Renner, Anthony Mackie, Brian Geraghty, Evangeline Lilly, Ralph Fiennes, David Morse, Guy Pearce Título no Brasil: Guerra ao Terror The Hurt Locker no imdb
Bom, eu adoro filmes sobre guerra, talvez eu seja suspeito para falar. O título em português é uma porcaria mas o filme é bonzinho. O legal dele é que lida com um personagem que é viciado em guerra, na adrenalina. E é interessante o fato de ser um filme de guerra dirigido por uma mulher. The Hurt Locker foi propagandeado levando em conta muito mais o momento político dos EUA do que os méritos artísticos. Não é nenhum Platoon ou Nascido para Matar.
Direção: Jodie Foster Elenco: Mel Gibson, Cherry Jones, Jodie Foster, Anton Yelchin Título no Brasil: Um Novo Despertar The Beaver no imdb
Vou tentar postar essa semana filmes que eu vi e revi na semana passada e que acho que valem a pena, uns são muito bons e outros nem tanto. The Beaver é um filme do segundo tipo. Começa por essa mania de os título por aqui terem que ter essa coisa de grandiosodade tipo um novo despertar. Não tem porra nenhuma de novo despertar, é O Castor e pronto. Mania fdp de deturpar os títulos. Enfim... é um filme dirigido pela própria Jodie Foster e eu sempre fico na dúvida se um ator-diretor consegue separar o lado diretor do lado ator. Acho que aqui ela não conseguiu, pelo menos numa das cenas do final, onde ela aparece de nada, como um fantasma, sei lá, ela simplesmente aparece do nada MESMO (vejam e vocês vão entender). Aposto que se o diretor fosse outro ela não estaria nessa cena. Enfim (2)... o filme é daquele tipo de história boa mas não tão bem contada. Um cara em depressão que fica meio louco e passa a falar através de um castor de pelúcia encontrado no lixo. E não é que o castor atua mesmo, e o Mel Gibson fica em segundo plano? Uma das melhores coisas que ele fez nos últimos anos. Aliás, fazia tempo que eu não ouvia falar dele. Enfim (3)... The Beaver é uma história boa demais e é uma pena que tenha sido contada num formato tão certinho, todo redondinho (fiquei imaginando o Spike Jonze fazendo esse filme, seria beeeeem diferente). Mas há coisas bem interessantes no filme, vale a pena, mas espere para alugar em dvd, tem filme muito melhor em cartaz, como The Way Back, do Peter Weir.
Eu queria muito ter gostado desse filme. Vi o trailer, gostei. É da Casa de Cinema, que geralmente faz coisas boas. Tem uma versão para Beat Acelerado, que eu acho uma música muito boa com uma letra muito corajosa (apesar do refrão bobinho). Mas aí eu assisti. Tentei gostar, mas não deu. É bem-feito, os atores estão ok, é bem produzido, etc, mas sei lá, não é pra mim. Tem um lance quase de triângulo amoroso juvenil, mas que fica só no quase (não que isso seja um defeito do filme, a idéia era essa mesmo). Mas enfim, como eu queria mesmo ter gostado de Antes que o Mundo Acabe, vou fazer uma exceção quando esse tipo de coisa acontecer e botar aqui no blog mesmo assim, mas vou catalogar em Queria ter gostado mas...,. que não é bem um não gostei, mas também não é um eu gostei, fica meio que num limbo. Enfim (II), é que eu queria mesmo ter gostado desse filme...
O meu conhecimento sobre as Runaways se resumia em: Joan Jett, Lita Ford e Susie Quatro (eu achava que ela era da banda...); e à música Bad Reputation (que na verdade é da Joan Jett pós-Runaways). Da Lita Ford eu lembro de ser a gostosa com uma guitarra. E gostosa também seria um exagero, é daquele tipo que eles gostam lá nos EUA, sem bunda e seios demais. E loira. Como eu sempre preferi as morenas e um gostoso equilíbrio entre seios e bunda, nunca vi nada demais nela. Bom, o fime tem tudo o que um filme sobre uma bande rock deve ter: começo, meio, fim, quebradeiras, bebedeiras, drogas e rock, e uma cena muito boa de (quase) sexo. Não falam muito da Lita Ford, acho que a Joan Jett (que é produtora executiva do filme) não deve manter boas relações com ela. E a Cherie Currie eu nunca tinha ouvido falar, mas era sexy. Mas ainda prefiro a Joan Jett. Muito destaque pras atuações de Dakota Fanning, Michael Shannon e Kristen Stewart.
O título em inglês é certinho demais, You Will Be Mine. E lembra aquela música dos Guns N' Roses. Você será minha pode ser um filme bobo qualquer. Daqueles com diálogos “eu te amo”, “eu também”*. Já um filme chamado Eu te comerei, ou Eu te devorarei (não sei se essa última tradução está certa, mas eu prefiro ela), um filme com um nome desses chama mais a atenção. E as duas se comem. Não me refiro ao sexo, embora as cenas estejam lá (muito tímidas, por sinal – não assista pensando que vai ver grandes coisas nesse campo). É um filme sobre relacionamentos entre pessoas loucas. Uma louca ativa, uma passiva. Masculino e feminino, mesmo entre duas mulheres. E duas mulheres lindas: Isild Le Besco e Judith Davis. Não gostei muito do final, mas quando isso acontece, eu mentalmente altero para um final que me agrade mais.
*Lembrança rápida do Império Contra-Ataca: Leia diz “eu te amo” para Solo, momentos antes dele ser congelado em carbonite, e ele: “eu sei”. Assim é que se faz. Os créditos vão para os atores; parece que no roteiro estava escrito o simples “eu também te amo”.
E inspirado pela entrevista que acabo de assistir no Jô (há um texto aí abaixo sobre), vou colocar o Ma Vie en Rose na lista dos 1000. Um garoto de 8 anos que não gosta de jogar bola, ele gosta de brincar de boneca. Assunto delicado, bastante incomum de ver em filmes. Ótimas atuações, destaque total para o ator-mirim (ótimo seria se os nossos atores-mirins fossem assim). Faz muito anos que eu assisti e só assisti essa única vez (normalmente os filmes que eu indico aqui eu vi duas vezes no mínimo). Aconselho a locar/baixar. Eu vou.
