Sempre tem aqueles filmes que todo mundo já viu, menos você. Pequena MS era um desses filmes para mim. Aí, finalmente, resolvi assistir. Até achei legal, mas não é aquela maravilha como tudo mundo fala. Tem uma introdução muito boa mas o filme não segue da mesma forma. Está muito mais para uma comédia simples do que para um filme profundo, apesar de lidar com questões profundas como auto-estima, paternidade, depressão e suicídio. Mas vale a pena acompanhar a viagem de uma família sofrenilda em busca de seus sonhos que, já está claro nos primeiros minutos, não serão alcançados.
Não é um filme de uma diretora, mas bem que poderia ser, tamanha a sensibilidade feminina que o Almodóvar tem (claro que essa percepção muda de pessoa para pessoa). Acho o segundo melhor filme dele (Fale com Ela é o melhor). E é interessante o fato de que praticamente só há mulheres no filme ou, pelo menos para mim, ficou essa sensação de que praticamente não há homens na história. Eu nunca revi os filmes do Almodóvar, quando fizer isso vou começar com Volver.
Não é dos meus preferidos, mas ainda assim, um ótimo filme, até porque tem a Natalie Portman. Mas não fiquei de queixo caído como nos outros filmes do Milos Forman, preciso assistir novamente. Não gosto muito de nomes de filmes com apóstrofo, lembra algo do tipo João’s Bar. Acho que ficaria melhor um Ghosts of Goya, mas não sei se ficaria correto. Bom, ficaria mais bonito.
Bem que o Woody Allen poderia nunca morrer. Assim teríamos um filme no mínimo bom por ano. Scoop é dos filmes mais bobinhos dele, digamos assim, mas é uma baita comédia. E sempre inteligente. Assisti de novo semana passada, ou pelo menos assisti pela metade porque dormia e acordava. E tem a Scarlett Johansson! Filme com ela vale sempre. E, claro, filme do WA também vale a pena sempre, ainda mais se forem da fase europeia.
Filme muito bom sobre a metade da Alemanha que ficou sob o controle socialista dos Soviéticos após a 2ª Guerra Mundial, época em que o Estado sabia de tudo, grampeando, vigiando, mandando prender e tudo o mais que um Estado cotrolador gosta de fazer. Ótima atuação do Ulrich Mühe. Achei uma coisa muito interessante: depois que o Muro caiu, os alemães que eram vigiados tiveram acesso aos documentos que foram produzidos sobre eles. E no Brasil, tivemos/temos esse tipo de acesso? Uma grande diferença cultural mesmo (e de outras naturezas também).
Filme bem interessante com uma história não tão convencional que lembra um pouco (eu disse um pouco) Quero Ser John Malkovich, mas sem a genialidade deste. Eu costumo gostar desses filmes com histórias mais diferentes, que brincam com a noção do que é ou não é normal. Mas esperava mais desse filme, acho que estava com muita expectativa (pior coisa é ler/ouvir falar sobre um filme antes de assisti-lo). Por falar nisso, o Will Ferrell é o cara que vai assumir o lugar do Michael Scott. E Mais Esranho que a Ficção tem a Maggie Gyllenhaal. Só por isso já vale a pena (prefiro ela como a Rachel ao invés da Katie Holmes em Batman). Que tal a cena em Secretária onde o James Spader dá tapas na bunda dela?
Direção: Heitor Dhalia Elenco: Selton Mello, Paula Braun, Sílvia Lourenço, Lourenço Mutarelli, Alice Braga Título fora do Brasil: Drained O Cheiro do Ralo no imdb
Um filme perfeito para não assistir com a família. Um cara se apaixona pela bunda de uma garçonete. Humor negro, ótimas atuações, ótima direção. Selton Mello nasceu para esse papel. O ótimo roteiro foi baseado no livro de Lourenço Mutarelli, que faz o bizarro segurança. Muita curiosidade de ler o livro, mas como já vi o filme... (anotação mental: sempre ler o livro antes, sempre ler o livro antes).
Criador: J. J. Abrams Elenco: o Jack, a Kate, o Sawyer, o Rodrigo Santoro... e os OUTROS! Lost no imdb
E tudo começou com Lost. Quero dizer, começou essa coisa de gostar de seriados. Primeira temporada vi na tv mesmo, dubladão. Claro que depois que passei a assisitr no original não tinha mais jeito de ver dublado. Mas não é que esses tempos eu me peguei olhando para a tv revendo a última temporada na Globo? Acho que três temporadas tava mais do que ideal para o Lost, talvez 4, mas enfim, eles esticaram até não poder mais. E não, não gostei do final. Mas também isso já não importava muito. Acho que qualquer final ficaria a desejar. Muita coisa diferente e incrível foi criada nesse seriado. Bah, o final da primeira temporada...! Uma coisa legal é ver as caras de perdido que as pessoas que não assistiram Lost fazem quando rola alguma piada ou alguma referência ao seriado. Mas fala sério, não dá vontade de saber do que se trata esse seriado assistindo ao trailer abaixo?
Criador: David E. Kelley Elenco: James Spader, William Shatner, Candice Bergen, Christian Clemenson, Gary Anthony Williams Título no Brasil: Justiça Sem Limites Boston Legal no imdb
Seriado inteligentíssimo sobre uma firma de advogados. É tudo ao mesmo tempo: bobo, inteligente, pesado, irritante, agradável, comédia, novelinha, drama... tem provavelmente os personagens mais loucos e absurdos do mundo dos seriados (o mulherendo e esperto Alan Shore, o advogado genial e maluco Denny Crane, a anã brigona Bethany Horowitz, o quase-autista Jerry Espenson, o crossdresser Clarence), são realmente profundos e bem elaboados. Os diálogos são demais, as histórias lidam (e criticam e apoiam) o jeito de ser norte-americano com as suas leis muito diferentes das nossas. Tem casos incrivelmente bestas até outros que por si só dariam um longa-metragem, com batalhas nos tribunais muito interessantes. Há muitas piadas sobre o próprio seriado, do tipo "nos vemos na próxima temporada" ou "não vejo a hora de saber o que acontecerá no próximo episódio". Todo mundo come todo mundo e quem não está comendo vai comer ou já comeu. James Spader (Alan Shore) tem muito do advogado que ele interpretou em Secretária, e ele e Denny Crane (William Shatner) são os principais do seriado, mas todos têm uma importância bastante equalizada. A cada temporada muda bastante o grupo de advogados, tem certos personagens que não dá para se apegar muito. Destaque para o ator Christian Clemenson (o quase autista Jerry Espenson, cheio de tiques nervosos). E é o seriado com a maior quantidade de botões de paletó sendo abotoados e desabotoados por episódio.
Direção: Cláudio Assis Elenco: Caio Blat, Matheus Nachtergaele, Dira Paes, Mariah Teixeira Título fora do Brasil: Bog of Beasts O Baixio das Bestas no imdb
Filmes cheio de putaria e violência, tudo misturado com as questões sociais daqui (me refiro ao país, não a estado ou cidade). Atuações muito boas e certamente não recomendado para ver com a família. Dira Paes sempre maravilhosa. Eu só assisti esse e Amarelo Manga do Cláudio Assis, os dois são nessa linha meio podrona, pesadão (uma palavra mais bonitinha seria visceral).
Há duas formas de assistir ao seriado: a 1ª, é se ligando nos quebra-cabeças das doenças e as tentavivas de encontrar a cura, que eu acho a forma mais rasa (mas, ainda assim, válida) de apreciar o seriado; e a 2ª, é prestando atenção no House em si, e na forma como ele se relaciona com os outros e com ele mesmo. Um cara que acha melhor ser um solitário a ter que lidar com as complicações dos relacionamentos. Que joga com os outros o tempo todo. Egoísta. Viciado. Filho da puta. Genial. Claro que o final do seriado será com ele casando etc e tal, sabe como é, final feliz. Mas seria interessante ver o House acabar como ele provavelmente acabaria na vida real, um solitário, mas feliz com essa solidão, ou pelo menos tão feliz quanto se é possível ser quando se escolhe viver sem fazer concessões emocionais aos outros. Os produtores bem que poderiam colocar de vez em quando os médicos consultando algum livro antes de ter uma ideia genial e salvar o universo, mas isso também é preciosismo demais. House é o melhor seriado que existe. Se bem que Dexter e The Office também são. Sem falar nos já falecidos Friends e Lost. Curiosidade: o primeiro episódio da temporada passada (de quase duas horas) foi muito baseado no filme Um Estranho no Ninho, do Milos Forman.
A história de um serial-killer bonzinho que guarda uma gota de sangue de casa vítima como troféu. É um dos melhores seriados pra mim. Está na 5ª temporada, e como são apenas 12 episódios por temporada fica bem tranquilo de acompanhar, tanto é que já assisti duas vezes quase todas as temporadas. Tudo acontece em Miami, então tem bastante coisa latina, camisas floridas, nomes como Angel e vários diálogos em espanhol. O seriado é tão bom que merece pizza turbinada plus em episódio inicial e final. A 1ª temporada, de 2006, se encerra nela mesma, não tem gancho para a temporada seguinte, acho que os produtores não sabiam se conseguiriam fazer uma nova. O mesmo acontece com a 2ª temporada, mas isso muda a partir da 3ª. E o final da 4ª teve um dos melhores finais de temporada de todos os tempos. Quem viu sabe do que eu estou falando e deve concordar. Também se não concordar, azar.
É o melhor seriado de comédia que existe (depois de Friends, se bem que são totalmente diferentes, não dá pra comparar). Algumas coisas nesse seriado são realmente geniais. Quem já trabalhou em algum tipo de escritório vai se reconhecer nos personagens. Em vários deles. Há partes que, de tão constrangedoras, pode dar vontade de parar de assistir. Sabe aquela sensação de vergonha pelo outro? Acontece o tempo todo com o Michael Scott em cena. Essa é a versão americana do original em inglês (que eu ainda não assisiti mas está na fila). Como o Steve Carell só vai fazer mais a próxima temporada, acredito que essa seja a última. Infelizmente.