No futuro, o último mortal, um senhor de mais de 120 anos de idade, conta detalhes de sua vida. Eu tava afim de ver essa mistura de ficção com drama que começou bem. Mas depois ficou muito confuso, a história mescla fatos supostamente reais que são contraditórios, e no fim isso tudo não foi muito bem explicado. Ou seja, não entendi. Ou melhor, o filme parece ser mais profundo do que aquilo que eu entendi... puta merda, uma hora dessas vou ter que olhar de novo.
Direção: Giorgos Lanthimos Elenco: Christos Stergioglou, Michele Valley, Aggeliki Papoulia Título no Brasil: Dente Canino Kynodontas no imdb
Um casal cria seus três filhos de maneira totalmente isolada do mundo: eles conhecem apenas sua casa e o pouco que seus pais os ensinam. Não sabem, por exemplo, o que é telefone (aliás, aprenderam que telefone é outra coisa). Excelente drama, mostra certas situações que, de tão absurdas, chegam a ser engraçadas. Não é todo dia que um filme grego aparece por essas bandas, tendo, inclusive, concorrido ao Oscar.
Eu não fiquei tão fascinado assim por este filme, queria ter gostado muito mais. Do Campanella, prefiro O Filho da Noiva. Mas O Segredo de Seus Olhos é um filme muito bom, bem feito, com uma história muito bem construída e um final surpreendente. É até estranho que eu não tenha gostado tanto assim. Acho que eu estava com espírito de porco no dia. Preciso assistir de novo.
Direção: McG Elenco: Christian Bale, Sam Worthington, Anton Yelchin Título no Brasil: O Exterminador do Futuro 4: A Salvação Terminator 4 no imdb
Vamos combinar: um filme de um diretor com esse nome só poderia dar merda. Tá, não é culpa do nome do diretor. Mas é culpa do diretor. T4 é simplesmente uma MERDA. Ruim, ruim mesmo. Um dos piores filmes que eu já assisti. Só está aqui porque faz parte do legado (infelizmente). Tinha mais uma coisa que eu queria falar... ah, sim: clica em “Rise of the Terminators, enfim!”.
Só assisti porque o diretor é o Vincenzo Natali, de Cubo. Confesso que comecei assistindo cheio de preconceito e um bom nível de espírito de porco. Só que o filme foi ficando cada vez melhor, cada vez mais inteligente. Não chega a ser um grande filme como Cubo foi, mas não é um daqueles filmes B toscos e ruins. O que eu pensei que seria apenas uma história de um monstro atrás dos humanos se mostrou um filme muito mais complexo com uma história sobre um casal e sua filha e as relações doentias entre mãe e filha e pai e filha. Claro, há cuidado demais com a pirotecnia desnecessária (mas eu achei que o filme seria apenas isso). Outro ponto muito positivo de Splice: a Dren, a criatura-filha, que representa a nova espécie, é retratada de forma sensual apesar das deformidades em relação ao que nós temos como normal no corpo humano. E o Vincenzo Natali e Delphine Chanéac fizeram muito bem isso.
Direção: Woddy Allen Elenco: Larry David, Evan Rachel Wood, Henry Cavill, Patricia Clarkson, Ed Begley, Jr., Michael McKean Título no Brasil: Tudo Pode Dar Certo Whatever Works no imdb
Me arrependi muito de não ter assistido esse no cinema no ano passado. É um típico filme do Woody Allen: inteligente, ótimas atuações, engraçado e cheio, lotado de diálogos. Do jeito que tem que ser. E eu me lembro muito bem de, logo ao começar assistir aos filmes dele, sei lá quantos anos atrás, era justamente disso que eu não gostava. Ainda bem que a gente muda. A história de Whatever Woks se passa novamente em NY, uma pausa americana no meio dos filmes europeus que ele anda fazendo (e que espero que continue por lá). Tem um quê de Woddy Allen antigão, e hoje, quando fui buscar as informações para este texto, li que esse roteiro já tem 30 anos. Talvez seja por isso, ou por se passar em NY, não sei. E dos atores que interpretaram o Woddy Allen, o Larry David é o meu preferido. E a nossa tradução ficou, de novo, estranha. Tudo Pode dar Certo não representa exatamente o conteúdo do filme. O filme precisa se chamar Whatever Woks.
Não é a maravilha que eu tinha pensado que seria, mas de qualquer forma é um filme bonzinho, até porque sempre vale a pena assistir ao Michael Cane, ainda mais quando ele é protagonista. O filme começa muito bem, com uma cena bem pesada e filmada de um forma menos convencional, mas aí com o tempo ele acaba se tornando um filme comum, não necessariamente ruim, mas também nada de excepcional. Mas, como eu disse, tem o Michael Cane (que é Sir). Já vale a pena por isso.
Direção: Scott Cooper Elenco: Jeff Bridges, Robert Duvall, Colin Farrell, Maggie Gyllenhaal Título original: Crazy Heart Coração Louco no imdb
Esse filme possui três dos atores que eu mais gosto: Jeff Bridges, Robert Duvall e a Maggie Gyllenhaal. É um bom filme, tem uma boa história e (claro) boas atuações. Vale a pena assistir, mas também não é nada de excepcional como disseram por aí. Maggie Gyllenhaal sempre linda (sempre, sempre, sempre), até quando não é essa a intenção da história.
O título em português é um fiasco, mas o filme é bom. Pode parecer um pouco parado, e é, mas é justamente por isso que é bom. Filme mais inteligente que a média, não tem aquelas mil risadas (até porque não é comédia) e também não é cheio de clichês românticos (apesar do título em português). Mais ou menos assim: qualquer filme com o George Clooney é bom, ele é ótimo ator e se não é muito versátil isso também não é um defeito.
Direção: Quentin Tarantino Elenco: Brad Pitt, Christoph Waltz, Mélanie Laurent, Eli Roth, Michael Fassbender, Diane Kruger, Daniel Brühl, Til Schweiger, Gedeon Burkhard, Jacky Ido, B.J. Novak Título original: Inglourious Basterds Bastardos Inglórios no imdb
O Tarantino é um gênio e eu desconfio do bom gosto de quem discorda dessa afirmação. Pode não gostar da violência, achar que nos filmes dele tem sangue jorrando demais, etc e tal, mas negar que o cara sabe como ninguém o que está fazendo quando cria um filme... puta que pariu! Acho que o Bastardos Inglórios é o que eu mais gosto dele. Sei que parece absurdo dizer que algum filme do Tarantino consegue ser melhor do que Pulp Fiction, mas acho que é isso mesmo (e eu acabei de re re re assistir Pulp Fiction). E tem algo no Tarantino que eu gosto muito, e que me lembra muito o Kubrick, que são as cenas, a forma como elas são criadas, como se existissem por sí só, não necessariamente precisando do filme, não sei explicar, só sei que eu vejo muita semelhança (inclusive lembro de ter lido uma matéria sobre as semelhanças entre Pulp Ficcion e The Killing). Bastardos, por exemplo, na cena da imagem abaixo, lembra muito a cena do Laranja Mecânica quando Alex é interrogado, e o policial coloca a cabeça no ombro do Mr. Deltoid enquanto o Alex (câmera) está ensanguentado no chão. Em alguns momentos também me lembrou o Dr. Fantástico. Voltando aos Inglórios, a cena da taberna é incrível. Todas as cenas são, mas essa da taberna é a mais incrível de todas. Chega a ser uma pena que ela não tenha o Brad Pitt e o Christoph Waltz (bem, o Brad Pitt aparece no finalzinho). Em 2009, quando assisti no cinema, o B. J. Novak era apenas um desconhecido para mim. Engraçado assistir novamente e não conseguir esquecer do Ryan "started the fire", do The Office. E tenho quase certeza de que a parte 5, quando vai começar a exibição do fime, com a Emmanuelle Mimieux toda de vermelho, a música é a mesma do David Bowie que toca em A Marca da Pantera Aliás, a Mélanie Laurent (no filme) está a cara da Uma Thurman. Arrivederci.
Criador: J. J. Abrams Elenco: o Jack, a Kate, o Sawyer, o Rodrigo Santoro... e os OUTROS! Lost no imdb
E tudo começou com Lost. Quero dizer, começou essa coisa de gostar de seriados. Primeira temporada vi na tv mesmo, dubladão. Claro que depois que passei a assisitr no original não tinha mais jeito de ver dublado. Mas não é que esses tempos eu me peguei olhando para a tv revendo a última temporada na Globo? Acho que três temporadas tava mais do que ideal para o Lost, talvez 4, mas enfim, eles esticaram até não poder mais. E não, não gostei do final. Mas também isso já não importava muito. Acho que qualquer final ficaria a desejar. Muita coisa diferente e incrível foi criada nesse seriado. Bah, o final da primeira temporada...! Uma coisa legal é ver as caras de perdido que as pessoas que não assistiram Lost fazem quando rola alguma piada ou alguma referência ao seriado. Mas fala sério, não dá vontade de saber do que se trata esse seriado assistindo ao trailer abaixo?
Há duas formas de assistir ao seriado: a 1ª, é se ligando nos quebra-cabeças das doenças e as tentavivas de encontrar a cura, que eu acho a forma mais rasa (mas, ainda assim, válida) de apreciar o seriado; e a 2ª, é prestando atenção no House em si, e na forma como ele se relaciona com os outros e com ele mesmo. Um cara que acha melhor ser um solitário a ter que lidar com as complicações dos relacionamentos. Que joga com os outros o tempo todo. Egoísta. Viciado. Filho da puta. Genial. Claro que o final do seriado será com ele casando etc e tal, sabe como é, final feliz. Mas seria interessante ver o House acabar como ele provavelmente acabaria na vida real, um solitário, mas feliz com essa solidão, ou pelo menos tão feliz quanto se é possível ser quando se escolhe viver sem fazer concessões emocionais aos outros. Os produtores bem que poderiam colocar de vez em quando os médicos consultando algum livro antes de ter uma ideia genial e salvar o universo, mas isso também é preciosismo demais. House é o melhor seriado que existe. Se bem que Dexter e The Office também são. Sem falar nos já falecidos Friends e Lost. Curiosidade: o primeiro episódio da temporada passada (de quase duas horas) foi muito baseado no filme Um Estranho no Ninho, do Milos Forman.
A história de um serial-killer bonzinho que guarda uma gota de sangue de casa vítima como troféu. É um dos melhores seriados pra mim. Está na 5ª temporada, e como são apenas 12 episódios por temporada fica bem tranquilo de acompanhar, tanto é que já assisti duas vezes quase todas as temporadas. Tudo acontece em Miami, então tem bastante coisa latina, camisas floridas, nomes como Angel e vários diálogos em espanhol. O seriado é tão bom que merece pizza turbinada plus em episódio inicial e final. A 1ª temporada, de 2006, se encerra nela mesma, não tem gancho para a temporada seguinte, acho que os produtores não sabiam se conseguiriam fazer uma nova. O mesmo acontece com a 2ª temporada, mas isso muda a partir da 3ª. E o final da 4ª teve um dos melhores finais de temporada de todos os tempos. Quem viu sabe do que eu estou falando e deve concordar. Também se não concordar, azar.
Filminho onde tudo dá certo. Baseado na história do jogador de futebol americano (aquele jogo que é a cara dos norte-americanos e que apenas eles conseguem entender o que está acontecendo em campo) Michael Oher. Por causa do título eu achava que era a história de um cara que ficava cego. Putz. Mas vale a pena assistir, mas só uma vez. É filme para a família, pra sair com aquela sensação de que algumas coisas dão certo. Bom, algumas dão mesmo.
Direção: Duncan Jones Elenco: Sam Rockwell, Kevin Spacey (voz) Título no Brasil: Lunar Moon no imdb
Praticamente um monólogo no espaço, é o filme de estréia do diretor Duncan Jones (filho do David Bowie). Não sei o quanto facilitou ser filho do cara (com certeza não prejudicou), mas o filme se garante sozinho; na história, na direção e no Sam Rockwell. Um ótimo filme, ainda mais se considerarmos que é o primeiro longa (antes desse, somente o curta-metragem Whistle, de 2002). Há umas boas referências a 2001 Uma Odisséia no Espaço – a solidão, o nascimento ou renascimento, a voz calma da máquina. Alguns dos efeitos especiais podem parecer meio toscos (e de certa forma são, para os dias de hoje), mas isso realmente não representa problema algum para o filme, a não ser que você seja um daqueles punheteiros de plantão que só curtem grandes peripécias digitais.
O Spike Jonze é incapaz de fazer um filme normal. Ainda bem. Há filmes normais demais por aí. Praticamente toda a história se passa no sonho/pesadelo de uma criança solitária. Muito destaque para a direção, para a atuação do Max Records, para as expressões dos monstros, que são muito reais, e para o título Where the Wild Things Are / Onde Vivem os Monstros. É um filme muito bonito, porém triste, quase sem cores vivas. Aguentei bem até o final. Mas lá nos créditos, eu chorei.
Três motivos para ver este filme: é sobre guerra (pelo menos um pouco dele); tem o Tobey Maguire; e, principalmente, tem a Natalie Portman. Assisto qualquer filme com ela. Mas o pôster aí ao lado pode dar uma falsa impressão sobre o filme.
É o melhor seriado de comédia que existe (depois de Friends, se bem que são totalmente diferentes, não dá pra comparar). Algumas coisas nesse seriado são realmente geniais. Quem já trabalhou em algum tipo de escritório vai se reconhecer nos personagens. Em vários deles. Há partes que, de tão constrangedoras, pode dar vontade de parar de assistir. Sabe aquela sensação de vergonha pelo outro? Acontece o tempo todo com o Michael Scott em cena. Essa é a versão americana do original em inglês (que eu ainda não assisiti mas está na fila). Como o Steve Carell só vai fazer mais a próxima temporada, acredito que essa seja a última. Infelizmente.
