Grande clássico da sessão da tarde nos anos 80. Muita gente foi apaixonado pela Kelly LeBrock naquela época (mas ela não envelheceu muito bem). O que eu não sabia (e esse blog passa a ser uma fonte de estudo para mim, já que eu descubro e redescubro muitas coisas) é que o diretor de A Dama de Vermelho foi o próprio Gene Wilder. Grande ator (e diretor).
Esse é o filme onde a gente mais se pergunta: mas que porra aconteceu com a cara do Mickey Rourke?? Claro, ele já apareceu em uns trocentos filmes antes de O Lutador com essa mesma cara amassada, mas acho que isso fica mais evidente neste filme. Mas ele continua um bom ator, ou cada vez um ator melhor, e em O Lutador fica muito escancarado. E que coisa mais linda que está a Marisa Tomei (mais linda vestida casualmente com moleton do que nas roupas de stripper – acredito que essa era a intenção do diretor). E vale também comentar a atuação da Evan Rachel Wood, completamente diferente de outro filme recente com ela, Whatever Works, do Woody Allen. O Darren Aronofsky é o diretor do Cisne Negro, recente sucesso ao redor do mundo, e também do Réquiem para um Sonho, um filme mais antigo dele (mas o antigo, no caso, é 2000 – ele só tem 5 longas – com apenas 42 anos). Só assisti esses três, e O Lutador é o meu preferido. Grande filme.
Criadores do jogo: Dave Arneson, Gary Gygaxb Elenco: Mestres dos Magos, Tiamat, Vingador, Hank, Eric, Diana, Presto, Sheila, Bobby e a chata da Uni Título original: Dungeons and Dragons Caverna do Dragão no imdb
Quem não gosta é maluco. Muito mais do que um simples desenho animado. Não sei como ainda não criaram um seriado com atores reais, ainda mais considerando todos os recursos digitais que se tem hoje em dia. Já pensaram como ficaria o Tiamat? Ou o Vingador??? Eu era daqueles que odiava aquela Uni fdp, baita unicórnio desgraçado. E eu achava a Diana um tesão.
Eu sempre tive a certeza de ter assistido 20.000 Léguas no cinema, mas o filme é de 1954, então deve ter alguma coisa errada aí. Talvez eles tenham exibido nos cinemas no Brasil na década de 80, não sei. Mas com certeza a versão que está gravada na minha memória é essa, e não a de 1997. Lembro vagamente do filme, mas lembro de ter ficado muito impressionado. Eu tinha medo do submarino quando ele emergia. Aquela forma de monstro, como se a cabeça fosse uma serra, uma imagem muito forte.
Direção: Jon Turteltaub Elenco: Anthony Hopkins, Cuba Gooding, Jr., Donald Sutherland, Maura Tierney, George Dzundza, Kim Cattrall Título original: Instinct Instinto no imdb
Fazia anos que eu não assistia a esse filme e eu nem me lembrava do quanto eu gostava dele. Chorei muito quando eu assisti da outra vez e chorei tudo de novo agora. As cenas são muito, muito, muito boas, com atuações impressionantes do Cuba Gooding Jr (ele é um bom ator, apesar das comédias bestas) e, claro, do Anthony Hopkins, que é com certeza um dos melhores atores de todos os tempos. Aliás, o filme não existiria se não fosse com ele, e são raros os filmes que se submetem a um ator. Só ele mesmo para encarnar um antropólogo que desiste da vida em sociedade para se juntar aos gorilas da selva africana, gorilas que antes ele ajudava a capturar para os nossos estúpidos zoológicos (essa prisão para animais é uma das coisas mais grotescas que a nossa sociedade conseguiu criar e ainda insiste em manter). Mas todo o elenco é incrível: os guardas na prisão, os internos com problemas mentais, o diretor da prisão, a filha do Homem-Macado Dr. Powell (a atriz Maura Tierney, que eu acho muito bonita e que é muito parecida com a Jenna Fischer (a Pam, do seriado The Office), o mesmo jeitinho, a mesma boca e o mesmo nariz). E as relações entre eles são muito bem construídas, não há apenas um mauzinho e um apenas bonzinho, todos têm a sua tridimensionalidade no filme. Claro, tem alguns lances clichês, etc e tal, mas é sempre mérito para um filme quando ele funciona apesar disso. E, nunca é demais lembrar, filmes são feitos para serem vendidos. Não é apenas arte. É necessário um meio-termo, às vezes pendendo mais para um lado do que para outro, mas quando fica totalmente comercial, o filme se torna descartável, e quando se torna arte demais o filme geralmente deixa de ser um filme para ser apenas masturbação mental do diretor. Bom, divaguei. Enfim, assistam a esse filme. Mesmo.
Direção: Martyn Burke Elenco: Noah Wyle, Anthony Michael Hall, Joey Slotnick, John Di Maggio, Josh Hopkins, Gema Zamprogna, Jeffrey Nordling Título original: Pirates of Silicon Valley Piratas do Vale do Silício no imdb
Bom, acho que não tem momento mais apropriado para falar de Piratas do Vale do Silício do que agora. Foi um filme feito para tv (e é uma pena que não tenha sido feito para cinema – nunca vi uma versão que não fosse no formato caixa de tv), mas Piratas acabou se tornando conhecidíssimo, e não apenas entre os fãs da Apple ou dos nerds de computador. Muito bem atuado, os atores que interpretam o Bill Gates e o Steve Jobs simplesmente estão a cara deles. E todo o filme é bom, desde o começo, num tom mais profético e poético (com o comercial da Apple dirigido pelo Ridley Scott), passando pelas loucuras do Steve Jobs, a criação da Apple, a briga com a Microsoft, até o final, onde o mocinho não vence o bandido (se bem que Piratas não é um filme com mocinho algum). Para mim, uma das melhores cenas é a do confronto entre Bill Gates e Steve Jobs (e isso tem uma representação muito além de uma simples disputa entre duas empresas). Já no final da discussão, Jobs diz "mas nossos produtos são melhores". Bill Gates, que já estava de saída, volta, e solta um "mas isso não tem a menor importância!", e aponta para os primeiros micros o Windows, o mesmo Windows copiado do Mac que me permite escrever para este blog e que me permite fazer todo o resto das coisas que eu faço no computador.
Durval Discos é um filme que eu adoro. Tirando algumas coisas desnecessárias, tipo a participação da Rita Lee, que só serve para mostrar ela e não acrescenta nada, o fime é muito bom, tem ótimas atuações do Ary França e da Etty Fraser (dá vontade de jogar uma panela de pressão na cara da mãe do Durval). É um filme leve no início, bobo até, e do meio em diante vai ficando cada vez mais tenso e absurdo. Adoro a última cena antes dos créditos. O trailer abaixo não faz jus à obra (com aquele narrador de filme do Didi), mas não seja enganado por ele, Durval Discos é um filme quase genial.
Direção: Brian De Palma Elenco: Kevin Costner, Sean Connery, Andy Garcia, Charles Martin Smith, Robert De Niro Título original: The Untouchables Os Intocáveis no imdb
Este é o filme sobre máfia que eu mais gosto. Claro, O Poderoso Chefão é bem melhor, mais complexo e tal, mas Os Intocáveis é meio que um resumão desse tipo de filme, digamos assim. Gosto muito da cena da estação ferroviária e também da cena do telhado. Quem não está acostumado com filmes sobre a máfia, acho que Os Intocáveis é um ótimo começo. E depois, claro, Os Bons Companheiros. Uma pena que o Stanley Kubrick nunca fez um filme sobre gângsters.
Direção: Alejandro González Iñárritu Elenco: Javier Bardem, Maricel Álvarez, Guillermo Estrella, Eduard Fernández, Cheikh Ndiaye, Diaryatou Daff, Cheng Tai Sheng, Luo Jin Biutiful no imdb
Chorei muito. Sabe aqueles que terminam e tu ainda fica ali, olhando para os créditos, chorando como um bebê? Biutiful é assim. É muito bonita a história de um pai que está morrendo de câncer e luta para deixar alguma coisa para os filhos, principalmente a sua imagem gravada na memória deles. A partir desse filme, o Jarvier Bardem é, para mim, o melhor ator que existe. E não só o Javier Bardem está bom como todos estão muito bons no filme, especialmente o gurizinho que interpreta o filho dele (linda e triste a cena em que o Uxbal acorda no meio da noite e encontra o filho acordado, logo no início do filme). Não achava que o Alejandro González Iñárritu pudesse fazer um filme melhor que Amores Perros, de 2000, ainda mais depois do apenas muito bom 21 Gramas, de 2006, e do apenas bom Babel, de 2006. Mas Biutiful supera Amores Perros em tudo. Bem, menos em violência.
Direção: Danny Boyle Elenco: Ewan McGregor, Christopher Eccleston, Kerry Fox, Keith Allen, Ken Stott Título original: Shallow Grave Cova Rasa no imdb
O segundo diretor que vou postar hoje e que ainda não constava aqui é o Danny Boyle. É justo começar, então, pelo melhor filme dele (dos que eu vi, claro). Ótima história sobre três amigos que dividem um apartamento e que resolvem selecionar, entre muitos candidatos, um quarto roommate. Só que esse novo colega de apartamento vem com uma mala cheia de dinheiro. Um dos melhores filmes sobre a sabedoria popular do amigos, amigos; negócios, à parte.
Ótimo seriado sobre a 2ª Guerra Mundial com cenas muito, mas muito boas mesmo. E os próprios pára-quedistas norte-americanos que deram origem ao seriado (e ao livro, antes disso) dão entrevistas no início de cada episódio. Três momentos são muito marcantes no seriado: 1) quando o avião está se aproximando do combate e começamos a ouvir os canhões e bombas que parecem trovões ao longe, então o avião começa a descer e atravessar as nuvens, e então a guerra aparece na tela, uma cena muito boa mesmo; 2) no mesmo episódio, quando os pára-quedistas se preparam para saltar “tem ok, nine ok...”; 3) quando os combatentes entram pela primeira vez em um campo de concentração. Muito muito muito recomendado. E tem a continuação, que é o The Pacific, sobre a mesma Guerra, só que sobre os combates contra o Japão.
Direção: Woddy Allen Elenco: Larry David, Evan Rachel Wood, Henry Cavill, Patricia Clarkson, Ed Begley, Jr., Michael McKean Título no Brasil: Tudo Pode Dar Certo Whatever Works no imdb
Me arrependi muito de não ter assistido esse no cinema no ano passado. É um típico filme do Woody Allen: inteligente, ótimas atuações, engraçado e cheio, lotado de diálogos. Do jeito que tem que ser. E eu me lembro muito bem de, logo ao começar assistir aos filmes dele, sei lá quantos anos atrás, era justamente disso que eu não gostava. Ainda bem que a gente muda. A história de Whatever Woks se passa novamente em NY, uma pausa americana no meio dos filmes europeus que ele anda fazendo (e que espero que continue por lá). Tem um quê de Woddy Allen antigão, e hoje, quando fui buscar as informações para este texto, li que esse roteiro já tem 30 anos. Talvez seja por isso, ou por se passar em NY, não sei. E dos atores que interpretaram o Woddy Allen, o Larry David é o meu preferido. E a nossa tradução ficou, de novo, estranha. Tudo Pode dar Certo não representa exatamente o conteúdo do filme. O filme precisa se chamar Whatever Woks.
Gosto muito desse filme, acho ele muito emocionante e bem-feito. Mesmo depois de algumas coisas ficarem claras na história, lá pela metade do filme, ainda assim eu não tinha certeza do que era ou não era, assim como o personagem do Russel Crowe. Pra mim, essa é a melhor atuação dele. E a Jennifer Connelly está muito linda com aquele jeitinho de esposa dedicada.
Ótimo documentário e, se não me engano, o primeiro do Michael Moore. Vi numa madrugada no SBT, no original (de vez em quando o Sílvio passa coisas boas). Difícil dizer qual dos filmes do Michael Morre é o melhor, já que são todos muito bons, mas este aqui tem um quê de improvisação, talvez seja o fato de Roger & Eu ser um filme menor em termos de produção, daí dá aquele ar de independente, coisa que combina muito bem com documentários desse tipo.
Dos cinco filmes que eu assisti do Milos Forman (a pronúncia é Milos com o s chiado, inclusive a grafia correta é o s com um treco sobre a letra), O Povo Contra Larry Flynt é o mais movimentado, ou o mais roqueiro (não no sentido musical). Eu gosto bastante do Woody Harrelson e do Edward Norton, então a combinação com o diretor e a história que fala do editor pornográfico Larry Flynt não poderia resultar em um filme menos do que ótimo. Até a a Courtney Love está ótima, acho que ela interpreta o que deve ser na vida real, mas alguns anos mais tarde ela faz um papel diferente em outro filme do Milos Forman, Man on the Moon, e faz bem o seu trabalho. O trailer abaixo não dá a ideia exata do filme, mas enfim, é o trailer oficial.
Direção: Milos Forman Elenco: Jim Carrey, Danny DeVito, Courtney Love, Paul Giamatti, Vincent Schiavelli Título no Brasil: O Mundo de Andy Man on the Moon no imdb
Ontem, com essa história do assassinato da rádio ipaNema ser na verdade uma grande pegadinha (ou a palavrinha mais atual, viral), eu me lembrei desse filme genial sobre o ator e comediante Andy Kaufman que fazia brincadeiras e pegadinhas que deixavam as pessoas sem saber se as coisas eram reais ou não. Aí, procurando as infos sobre Man on the Moon, eu decidi postar essa semana só filmes do Millos Forman, porque ele é um diretor incrível e que eu fui postar o primeiro filme só na semana passada. Imperdoável. Vou compensar, então, postando os outros 4 filmes que eu assisti dele (muito pouco, considerando que ele tem mais de 20). Ainda sobre o filme: a atuação do Jim Carrey é absurda. Ele realmente é um bom ator, pena que perca muito tempo com filmes ruins. E depois de assistir Man on the Moon, procure no youtube os vídeos do Andy Kaufman real e a interpretação do Jim Carrey. A semelhança é impressionante. Acho até que o Andy Kaufman não morreu e na verdade ele é o próprio Jim Carrey.
Direção: Milos Forman Elenco: Jack Nicholson, Louise Fletcher, Will Sampson, Christopher Lloyd Título original: One Flew Over the Cuckoo's Nest Um Estranho no Ninho no imdb
Eu acho o Milos Forman um dos melhores diretores, isso que eu vi apenas cinco dos mais de vinte filmes dele. E, desses cinco, Um Estranho no Ninho é sem dúvida o melhor. Lembro que eu tinha a MAD que fazia gozação com a história (mas não tenho a mínima ideia de onde foi parar a revista). Mas só fui assistir o filme muitos e muitos anos depois, num dvd duplo que eu tive a sorte de encontrar no BIG pelo mesmo preço do dvd simples. Chorei muito no final. E que final.
