Direção: John Hughes Elenco: Kelly LeBrock, Anthony Michael Hall, Ilan Mitchell-Smith, Bill Paxton, Robert Downey Jr Título original: Weird Science Mulher Nota 1000 no imdb
Outro filme com a Kelly LeBrock dos anos 80, dessa vez dirigido pelo John Hughes que, infelizmente, parou de atuar nesta função no início dos anos 90 (mas que continuou a escrever para cinema até quase a sua morte, em 2009). Mulher Nota 1000 vale muito a pena, embora não seja o melhor filme dele (que é, claro, Curtindo a Vida Adoidado).
Não é um filme de uma diretora, mas bem que poderia ser, tamanha a sensibilidade feminina que o Almodóvar tem (claro que essa percepção muda de pessoa para pessoa). Acho o segundo melhor filme dele (Fale com Ela é o melhor). E é interessante o fato de que praticamente só há mulheres no filme ou, pelo menos para mim, ficou essa sensação de que praticamente não há homens na história. Eu nunca revi os filmes do Almodóvar, quando fizer isso vou começar com Volver.
Ótimo filme com um título que eu gosto muito que conta a história da comunidade de Javé que vai desaparecer devido a uma represa que será construída no local. As pessoas, para tentar evitar a mudança forçada, passam a contar a história da cidade para Antonio Biá, o salafrário local, na tentativa de criar uma identidade relevante. Provavelmente a melhor atuação do José Dumont que eu já vi. Quem ainda acha que o cinema nacional é uma porcaria, taí um filme pra começar a mudar essa ideia. Bom, pra quem não gosta do trio nordeste-pobreza-comédia, talvez seja melhor começar com algum outro. Mas nunca é demais lembrar que Narradores de Javé é ótimo apesar disso (mas a história é boa justamente por isso).
Direção: Claude Lelouch Elenco: Audrey Dana, Dominique Pinon, Jacky Ido, Anouk Aimée, Kristina Cepraga Título original: Ces Amour Là Esses Amores no imdb
Eu sempre gosto de filmes sobre triângulos amorosos e, embora isso seja apenas uma das coisas de Esses Amores, só essa parte da história já renderia um outro filme. E o resto do filme também é muito bom, comédia, drama e uma forma menos óbvia de encarar o gênero romance (sabe aquela coisinha chata dos filmes com a mulher que quer porque quer casar com fulano? Então, não tem nada disso nesse filme). Afinal, qualquer mulher/personagem que tem a coragem de viver vários amores ao longo de uma vida/filme merece destaque. Fiquei muito curioso sobre o trabalho anterior desse diretor, que parece ser muito bom. Mais trocentos filmes para a lista para assistir.
Direção: Michael Haneke Elenco: Naomi Watts, Tim Roth, Michael Pitt, Brady Corbet, Devon Gearhart Título no Brasil: Violência Gratuita Funny Games no imdb
Filme violento e bastante perturbador. Fazia horas que eu queria assistir, aí procurei e acabei me deparando com o remake americano e não com o original austríaco. Mas como o diretor era o próprio Michael Haneke, decidi ver mesmo assim (sabendo que, assim, acabaria demorando muito para assistir o original. Mas um remake realizado pelo diretor original e com a Naomi Watts e o Tim Roth não pode ficar tanto a dever ao original, se não for melhor. Influência clara do Alex nas roupas dos dois sádicos. No filme também. Aliás, no trailer também.
Direção: Terrence Malick Elenco: Brad Pitt, Sean Penn, Jessica Chastain, Hunter McCracken, Laramie Eppler, Tye Sheridan Título original: The Tree of Life A Árvore da Vida no imdb
Ainda bem que eu assisti no cinema. Com certeza, se fosse em casa, em dvd ou avi, alguma coisa iria me desviar a atenção do filme, tipo o msn, a rádio (isso mesmo, eu assisto filmes no quarto com o rádio ligado na sala), ou o Hank subindo na pia ou o Günter miando. A Árvore da Vida é um filme mais poesia do que filme, poucos diálogos, muitas imagens bonitas e quase nenhuma linearidade. Eu gostei muito. É uma ótima experiência cinematográfica, especialmente se for no cinema mesmo. Fiquei muito curioso para ver os filmes anteriores do diretor.
Adorava este seriado, gostava tanto da música de abertura que gravei o tema de abertura com um gravador, desses de pilha, para poder escutar a música quando eu quisesse. Uma das melhores abordagens sobre super-herois que eu já vi. “Believe it or not / I'm walking on air / I never thought I could feel so free / Flying away on a wing and a prayer / Who could it be? / Believe it or not, it's just me...”
Lembrei desse filme após assistir Deite Comigo. 9 Canções sim vai além, mostra sexo mesmo entre o casal. São 9 músicas (rock, claro) com seqüências de sexo, e são cenas muito boas (e o ator desse filme não precisa ficar muito preocupado como o cara de Deite Comigo). A Margo Stilley é realmente uma atriz corajosa. E sexy. Mas talvez eu só ache ela sexy somente por causa de 9 Canções. E eu não deixo de pensar que as músicas só estão ali para preencher a falta de história, ou pelo menos de uma história mais consistente. Mas vale a pena mesmo assim.
Eu não fiquei tão fascinado assim por este filme, queria ter gostado muito mais. Do Campanella, prefiro O Filho da Noiva. Mas O Segredo de Seus Olhos é um filme muito bom, bem feito, com uma história muito bem construída e um final surpreendente. É até estranho que eu não tenha gostado tanto assim. Acho que eu estava com espírito de porco no dia. Preciso assistir de novo.
Baita filme. Muito bem dirigido e atuado. E bem simples, história simples com situações simples e, justamente por isso, acaba se tornando um dos melhores filmes gaúchos* dos últimos anos. Cão Sem Dono realmente se destaca. E a Tainá Müller é linda. E geminiana.
* Uma coisa interessante é que é um filme foi feito em Porto Alegre, com atores gaúchos, mas dirigido por paulistas. .
Não é o melhor do Clint Eastwood na direção, mas é um bom filme. Lembro de ter lido o Pablo Villaça detonando Gran Torino (cometi o erro de ler a crítica antes de assistir ao filme), mas eu acho que foi um exagero dele. Gosto das atuações e da história, e em muitos aspectos acabo preferindo esse filme a Million Dollar Baby. Eu gosto de filmes simples.
Direção: John Milius Elenco: Arnold Schwarzenegger, James Earl Jones, Max von Sydow, Valérie Quennessen Título original: Conan the Barbarian Conan no imdb
Nessa onda de reviver os sucessos do passado fazendo filmes ruins em 3D (não, eu não vi a nova versão de Conan, e nem irei – já cometi esse erro com Fúria de Titãs), o mais sensato a fazer é reviver o sucesso do passado com o próprio original. Então, faça um favor a você mesmo: não vá ao cinema ver a nova versão. Alugue/compre/baixe a versão que realmente importa. E gaste o dinheiro do cinema com outro filme que valha a pena.
Direção: Joann Sfar Elenco: Eric Elmosnino, Lucy Gordon, Laetitia Casta, Doug Jones Título no Brasil: Gainsbourg: o Homem que Amava as Mulheres Gainsbourg no imdb
Eu não sabia nada sobre o Serge Gainsbourg até ver esse filme. E, antes disso, só sabia da filha dele, Charlotte Gainsbourg, e só sabia dela porque assisti recentemente ao (magnífico) Melancholia, do Lars von Trier. Mas nunca é tarde para saber mais (ou de menos). Gainsbourg é um ótimo filme sobre a vida do cantor e pai da atriz citada acima. Como muitos filmes no estilo, um monte de coisa fica de fora já que é impossível resumir em 2 horas uma vida inteira, e isso faz com que algumas coisas na cronologia possam ficar no ar para quem não tem familiaridade com a história, mas isso em nada atrapalha a experiência do filme. Alguns recursos fora da “realidade” são utilizados pelo diretor Joann Sfar, e esses recursos trazem um bom diferencial ao filme. E é impressionante a semelhança que eles (diretor, atores – principalmente o Eric Elmosnino, maquiadores, etc) conseguem com as personalidades reais. Tem uma imagem com a Charlotte ainda criança em que o olhar é igual ao da Charlotte real. Dá até a impressão de computação gráfica tamanha a semelhança. E, claro, o casal Serge Gainsbourg e Jane Birkin também ficaram muito próximos do real.
Direção: Greg Olliver e Wes Orshoski Elenco: Dave Grohl, Slash, Ozzy Osbourne, James Hetfield, Lars Ulrich, Robert Trujillo, Kirk Hammett, David Ellefson, Scott Ian, Alice Cooper, Peter Hook, Dee Snider, Nikki Sixx, Mick Jones, Kat Von D, Henry Rollins, Lars Frederiksen, Jim Heath, Slim Jim Phantom, Mike Inez, Joan Jett, Dave Navarro, Ice-T, Geoff Rowley, Triple H, Fast Eddie Clarke, Jarvis Cocker, Marky Ramone, Dave Brock, Stacia, Steve Vai e o Lemmy, claro Lemmy no imdb
Ótimo documentário sobre uma das lendas do rock. Eu nunca fui muito de Motorhead, não gosto muito da voz do Lemmy, mas é inegável a importância dele para a história da música. O cara é, fora dos palcos, exatamente o que se espera dele: bebedor profissional e péssimo dono de casa (o apartamento dele é uma zona total). Acho que poderia ter aparecido menos dos chatos do Metallica, mas enfim, eles são uma super banda e blá blá blá. Mas, apesar disso, é um senhor documentário, muito bem feito, apesar daquela coisa de falar-naturalmente-como-se-a-câmera-não-estivesse-ali, mas não tem como fugir muito disso. E eu não sabia que o Lemmy tinha tocado no Hawkwind.
Direção: Jonathan Mostow Elenco: Arnold Schwarzenegger, Nick Stahl, Claire Danes, Kristanna Loken Título no Brasil: O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas Terminator 3 no imdb
Desse eu gosto. Ninguém gosta, mas do T3 eu gosto (e acho o título muito bom). Não gosto assim, como se fosse um bom filme, mas acho que ele conserta os erros da história do T2. E gosto da ênfase na história dos personagens e gosto bastante do final. Vale a pena assistir esse, apesar de não ter mais a linda Linda Hamilton. E não esquece de clicar em “Rise of the Terminators, enfim!”.
Direção: James Cameron Elenco: Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Edward Furlong, Robert Patrick Título no Brasil: O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final Terminator 2 no imdb
Tá, tem o lance dos efeitos especiais e tal, música do Guns e tal, mas eu não sou fã desse filme. Para mim, poderia ter ficado apenas no T1. Mas enfim, o filme é bom, blá blá blá, e tem a linda Linda Hamilton. Mas aquilo de ter um super-ultra-mega-exterminador de metal líquido... aquilo foi demais! Não esquece de clicar em “Rise of the Terminators, enfim!”.
Só assisti porque o diretor é o Vincenzo Natali, de Cubo. Confesso que comecei assistindo cheio de preconceito e um bom nível de espírito de porco. Só que o filme foi ficando cada vez melhor, cada vez mais inteligente. Não chega a ser um grande filme como Cubo foi, mas não é um daqueles filmes B toscos e ruins. O que eu pensei que seria apenas uma história de um monstro atrás dos humanos se mostrou um filme muito mais complexo com uma história sobre um casal e sua filha e as relações doentias entre mãe e filha e pai e filha. Claro, há cuidado demais com a pirotecnia desnecessária (mas eu achei que o filme seria apenas isso). Outro ponto muito positivo de Splice: a Dren, a criatura-filha, que representa a nova espécie, é retratada de forma sensual apesar das deformidades em relação ao que nós temos como normal no corpo humano. E o Vincenzo Natali e Delphine Chanéac fizeram muito bem isso.