The Savage Innocents (1960)

Direção: Nicholas Ray
Elenco: Anthony Quinn, Yoko Tani, Carlo Giustini
Título no Brasil: Sangue Sobre a Neve
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Um esquimó, por causa de um mal-entendido, mata acidentalmente um missionário e acaba sendo perseguido pela polícia. Bom drama, do mesmo diretor de Juventude Transviada, com o sempre ótimo Anthony Quinn no papel principal. Tem, de certa forma, uma narrativa mais lenta que o normal, afinal, estamos falando de um filme que tem mais de 50 anos. Mas nada que um pouco de paciência não resolva.

9 Canções (2004)

Direção: Michael Winterbottom
Elenco: Margo Stilley, Kieran O'Brien
Título original: 9 Songs
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Lembrei desse filme após assistir Deite Comigo. 9 Canções sim vai além, mostra sexo mesmo entre o casal. São 9 músicas (rock, claro) com seqüências de sexo, e são cenas muito boas (e o ator desse filme não precisa ficar muito preocupado como o cara de Deite Comigo). A Margo Stilley é realmente uma atriz corajosa. E sexy. Mas talvez eu só ache ela sexy somente por causa de 9 Canções. E eu não deixo de pensar que as músicas só estão ali para preencher a falta de história, ou pelo menos de uma história mais consistente. Mas vale a pena mesmo assim.

La Cité Des Enfants Perdus (1995)

Direção: Marc Caro e Jean-Pierre Jeunet
Elenco: Ron Perlman, Daniel Emilfork, Judith Vittet
Título no Brasil: Ladrão de Sonhos
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Um cara tem seu irmão mais novo raptado por um cientista que não consegue sonhar e sequestra crianças para roubar-lhes os sonhos, então ele vai em busca do seu irmão. Excelente filme, uma mistura de drama, aventura e comédia ambientado numa espécie de futuro caótico e sombrio, com alto teor de surrealismo. Cheguei a pensar que o ator Ron Perlman falasse francês, mas ele apenas decorou suas falas. Do mesmo diretor de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain e do desnecessário e decepcionante Alien – Resurrection.

Fahrenheit 451 (1966)

Direção: François Truffaut
Elenco: Oskar Werner, Julie Christie, Cyril Cusack, Anton Diffring, Jeremy Spenser
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Estava protelando esse filme porque pretendia ler o livro antes, mas aí não resisti e acabei assistindo (mesmo as chances de eu ler um livro depois de ver o filme serem muito pequenas). Gosto da ideia de os bombeiros, num futuro qualquer, serem encarregados de queimarem os livros e não mais de apagarem incêndios (já que as residências são à prova de fogo). Acho que eu assisti esse filme quando era criança (na tv?), lembro vagamente de algumas cenas, o caminhão de bombeiros indo e vindo, os caras em pé, retos, condicionados. O final de Fahrenheit 451 (que provavelmente é de autoria muito mais do Ray Bradbury e do que do Truffaut) não deixa de ser ao mesmo tempo poético e uma prisão. Filme bom, mas um pouco cansativo.

Fúria de Titãs (1981)

Direção: Desmond Davis
Elenco: Harry Hamlin, Judi Bowker, Burgess Meredith, Maggie Smith, Ursula Andress, Laurence Olivier, Claire Bloom
Título original: Clash of the Titans
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“Release the Kraken!”*

Fúria de Titãs me marcou muito. Fiquei fascinando com o Pegasus, adorava a coruja de metal, vibrei muito com a morte do Kraken e tinha muito, muito medo da Medusa (depois da Cuca, a mulher mais terrível do imaginário infantil). Passava na tv, acho que na Globo, e eu não perdia uma. A última vez que assisti foi em vhs (!). E eu adoro os títulos, os dois, muito fortes. Uma pena que tenham estragado a nova versão.

O trailer abaixo foi atualizado para os moldes de trailer que temos nos dias de hoje (com musiquinhas grandiosas e tal), mas acho que vale a pena assistir o trailer original (não está aqui porque o mocorongo desabilitou a incorporação do vídeo).



* Essa frase é dita na nova versão, realmente não lembro se na versão original isso também ocorre. Mas é uma grande frase para o filme, de qualquer forma.
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Gainsbourg – Vie Héroïque (2010)

Direção: Joann Sfar
Elenco: Eric Elmosnino, Lucy Gordon, Laetitia Casta, Doug Jones
Título no Brasil: Gainsbourg: o Homem que Amava as Mulheres
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Eu não sabia nada sobre o Serge Gainsbourg até ver esse filme. E, antes disso, só sabia da filha dele, Charlotte Gainsbourg, e só sabia dela porque assisti recentemente ao (magnífico) Melancholia, do Lars von Trier. Mas nunca é tarde para saber mais (ou de menos). Gainsbourg é um ótimo filme sobre a vida do cantor e pai da atriz citada acima. Como muitos filmes no estilo, um monte de coisa fica de fora já que é impossível resumir em 2 horas uma vida inteira, e isso faz com que algumas coisas na cronologia possam ficar no ar para quem não tem familiaridade com a história, mas isso em nada atrapalha a experiência do filme. Alguns recursos fora da “realidade” são utilizados pelo diretor Joann Sfar, e esses recursos trazem um bom diferencial ao filme. E é impressionante a semelhança que eles (diretor, atores – principalmente o Eric Elmosnino, maquiadores, etc) conseguem com as personalidades reais. Tem uma imagem com a Charlotte ainda criança em que o olhar é igual ao da Charlotte real. Dá até a impressão de computação gráfica tamanha a semelhança. E, claro, o casal Serge Gainsbourg e Jane Birkin também ficaram muito próximos do real.

Senna (2010)

Direção: Asif Kapadia
Elenco: Ayrton Senna, Alain Prost (e quase nada do Galvão Bueno) 
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Não gosto de Fórmula 1, acho um saco ficar grudado numa tv enquanto os carros passam sem sincronia com o som que ouvimos pelo aparelho. Mas é claro que eu gostava do Senna, não porque era Fórmula 1, mas porque ele era um dos nossos herois e nós, no Brasil, temos uma mania tão ruim de tratar mal esses herois (não muito no caso do Senna, mas isso vale muito para o caso do Zagallo, por exemplo). E acho uma pena que este documentário seja inglês e não brasileiro, mas isso deve ter a ver com essa mania citada anteriormente. O documentário é bom, quase não se ouve o Galvão Bueno, e tem bastante do próprio Senna em um inglês surpreendentemente tosco. Documentário que vale muito a pena.

Cova Rasa (1994)

Direção: Danny Boyle
Elenco: Ewan McGregor, Christopher Eccleston, Kerry Fox, Keith Allen, Ken Stott
Título original: Shallow Grave
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O segundo diretor que vou postar hoje e que ainda não constava aqui é o Danny Boyle. É justo começar, então, pelo melhor filme dele (dos que eu vi, claro). Ótima história sobre três amigos que dividem um apartamento e que resolvem selecionar, entre muitos candidatos, um quarto roommate. Só que esse novo colega de apartamento vem com uma mala cheia de dinheiro. Um dos melhores filmes sobre a sabedoria popular do amigos, amigos; negócios, à parte.

O Homem Elefante (1980)

Direção: David Lynch
Elenco: Anthony Hopkins, John Hurt, Anne Bancroft
Título original: The Elephant Man
Título no Brasil: O Homem Elefante
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Vou postar agora pela manhã dois diretores que eu gosto muito mas que ainda não havia colocado nenhum filme no blog. O primeiro é o David Lynch. Vou começar com O Homem Elefante que, dos filmes que eu conheço dele, é o mais diferente. Não é o melhor, título que fica com Mulholland Drive, de 2001 (que eu prefiro a nossa tradução Cidade dos Sonhos). Não é também o mais clássico, e o mais clássico do David Lynch é fácil: Twin Peaks, o seriado, de 1990 (quem matou Laura Palmer?). Mas, voltando aos filmes, o mais clássico acho que seria Veludo Azul, de 1986, passava direto na tv (na Band?). A personalidade real que o John Hurt interpreta é o Joseph Merrick. Acabei não falando muito sobre O Homem Elefante. Azar. O trailer está aí abaixo. O filme, na locadora.

Crash (1996)

Direção: David Cronenberg
Elenco: James Spader, Holly Hunter, Rosanna Arquette, Deborah Kara Unger
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O fetiche por pessoas com deformidades em decorrência de acidentes de carro. Um dos filmes mais perturbadores que eu já assisti. Há cenas muito corajosas. Vale a pena (para quem não é cheio de frescura). E o David Cronenberg já estava deixando de ser um diretor meio tosco (de filmes como Scanner, de 1981, e Videodrome, de 1983) para se tornar um diretor que de tosco não tem nada (de filmes como A History of Violance, de 2005, e Eastern Promisses, de 2007). Acho que se você ainda não assistiu nada do Cronenberg, Crash é o filme certo. Não, A Mosca é o melhor para começar. E, logo em seguida, Crash.

Band of Brothers (2001)

Autor original: Stephen E. Ambrose
Elenco: Damian Lewis, Ron Livingston, David Schwimmer
Título no Brasil: Irmãos de Guerra
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Ótimo seriado sobre a 2ª Guerra Mundial com cenas muito, mas muito boas mesmo. E os próprios pára-quedistas norte-americanos que deram origem ao seriado (e ao livro, antes disso) dão entrevistas no início de cada episódio. Três momentos são muito marcantes no seriado: 1) quando o avião está se aproximando do combate e começamos a ouvir os canhões e bombas que parecem trovões ao longe, então o avião começa a descer e atravessar as nuvens, e então a guerra aparece na tela, uma cena muito boa mesmo; 2) no mesmo episódio, quando os pára-quedistas se preparam para saltar “tem ok, nine ok...”; 3) quando os combatentes entram pela primeira vez em um campo de concentração. Muito muito muito recomendado. E tem a continuação, que é o The Pacific, sobre a mesma Guerra, só que sobre os combates contra o Japão.

Coupling (2000-2004)

Criador: Steven Moffat
Elenco: Jack Davenport, Gina Bellman, Sarah Alexander, Kate Isitt, Ben Miles, Richard Coyle, Richard Mylan
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Agora sim, um bom seriado. Dizem que é (foi) uma cópia de Friends e, de certa forma, é. Mas Coupling tem vida própria, eu comecei assistindo meio porque os avi's estavam ali no diretório, era só clilcar... mas logo no primeiro episódio eu já dei boas risadas, e nos seguintes eu passei a dar boas gargalhadas. É um seriado muito indicado pra quem gosta de rir das coisas absurdas das relações de amizades e das relações sexuais. Aliás, apesar de serem seis amigos, como no Friends, Coupling é muito mais sexual, mais ousado, mais putanheiro. Claro, tem a versão UK do Ross, do Joey e do Chandler e uma tentativa de Phoebe, mas mesmo assim o seriado não é apenas uma cópia. Bom, e mesmo que se considere uma cópia, qual o problema? Na pior das hipóteses é uma cópia muito boa.

If... (1968)

Direção: Lindsay Anderson
Elenco: Malcolm McDowell, Richard Warwick, Christine Noonan, David Wood, Robert Swann, Peter Jeffrey
Título no Brasil: Se...
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Primeiro filme do Malcolm McDowell e que já mostra o ator no papel de mauzinho, tipo de personagem que se consolidou, três anos mais tarde, em Laranja Mecânica, e em Calígula, quase uma década depois. If... é um bom filme, mas tem um quê de estranho. Como faz muitos anos que eu assisti não saberia dizer exatamente o que seria esse quê. Preciso assistir novamente. Felizmente existe hoje o torrent, porque me lembro de na época ter que procurar em muitas locadoras os filmes mais obscuros do Alex. Encontrei o vhs velho de If... numa locadora (que não existe mais) lá na Goethe. Nos extras do dvd duplo do Laranja Mecânica o Malcolm McDowell fala bastante sobre a relação dele com o diretor Lindsay Anderson.

O Discurso do Rei (2010)

Direção: Tom Hooper
Elenco: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter, Guy Pearce
Título original: The King's Speech
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Ótimo filme com ótima história e uma atuação muito boa do Colin Firth como o Rei gago (que era o pai da mãe do pai do príncipe que casou agora há pouco). A gagueira não é daquela de repetir as sílabas, é mais uma ausência da fala, um engasgar, e isso torna mais angustiante quando o cara não consegue ler um simples texto. Esse filme tem um dos meus atores prediletos, o Geoffrey Rush, que acho que quase nunca faz um papel principal (está maravilhoso no Contos Proibidos do Marquês de Sade), e mesmo quando ele é coadjuvante, é sempre muito mais do que isso (já assistiram Os Miseráveis?).

Exit Through the Gift Shop (2010)

Direção: Banksy
Elenco: Banksy, Thierry Guetta, Space Invader, Shepard Fairey, Monsieur André
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Documentário genial sobre arte de rua nos EUA, UK, França e outros lugares. Mas é muito mais do que um documentário. É, de certa forma, uma provocação, no mesmo sentido que a arte de rua se propõe a fazer (não confundir com simples pichação, das que temos muitas aqui em Porto Alegre, o assunto é arte mesmo - isso nós não temos muito, infelizmente). Se eu falar mais do filme pode estragar algumas surpresas. Impossível não olhar depois para as paredes vazias da cidade pedindo algum tipo de intervenção artística. E pode assistir o trailer sossegado que ele não entrega nada (como a maioria faz). O documentário não é apenas para quem gosta ou entende desse tipo de arte, é pra qualquer um, inclusive para os que detestam, até porque não há nenhum cara do tipo yo muthafucker no filme. Depois do documentário, vale a pena ver mais sobre o Banksy.