Funny Games (2007)

Direção: Michael Haneke
Elenco: Naomi Watts, Tim Roth, Michael Pitt, Brady Corbet, Devon Gearhart
Título no Brasil: Violência Gratuita
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Filme violento e bastante perturbador. Fazia horas que eu queria assistir, aí procurei e acabei me deparando com o remake americano e não com o original austríaco. Mas como o diretor era o próprio Michael Haneke, decidi ver mesmo assim (sabendo que, assim, acabaria demorando muito para assistir o original. Mas um remake realizado pelo diretor original e com a Naomi Watts e o Tim Roth não pode ficar tanto a dever ao original, se não for melhor. Influência clara do Alex nas roupas dos dois sádicos. No filme também. Aliás, no trailer também.

9 Canções (2004)

Direção: Michael Winterbottom
Elenco: Margo Stilley, Kieran O'Brien
Título original: 9 Songs
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Lembrei desse filme após assistir Deite Comigo. 9 Canções sim vai além, mostra sexo mesmo entre o casal. São 9 músicas (rock, claro) com seqüências de sexo, e são cenas muito boas (e o ator desse filme não precisa ficar muito preocupado como o cara de Deite Comigo). A Margo Stilley é realmente uma atriz corajosa. E sexy. Mas talvez eu só ache ela sexy somente por causa de 9 Canções. E eu não deixo de pensar que as músicas só estão ali para preencher a falta de história, ou pelo menos de uma história mais consistente. Mas vale a pena mesmo assim.

Cova Rasa (1994)

Direção: Danny Boyle
Elenco: Ewan McGregor, Christopher Eccleston, Kerry Fox, Keith Allen, Ken Stott
Título original: Shallow Grave
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O segundo diretor que vou postar hoje e que ainda não constava aqui é o Danny Boyle. É justo começar, então, pelo melhor filme dele (dos que eu vi, claro). Ótima história sobre três amigos que dividem um apartamento e que resolvem selecionar, entre muitos candidatos, um quarto roommate. Só que esse novo colega de apartamento vem com uma mala cheia de dinheiro. Um dos melhores filmes sobre a sabedoria popular do amigos, amigos; negócios, à parte.

Crash (1996)

Direção: David Cronenberg
Elenco: James Spader, Holly Hunter, Rosanna Arquette, Deborah Kara Unger
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O fetiche por pessoas com deformidades em decorrência de acidentes de carro. Um dos filmes mais perturbadores que eu já assisti. Há cenas muito corajosas. Vale a pena (para quem não é cheio de frescura). E o David Cronenberg já estava deixando de ser um diretor meio tosco (de filmes como Scanner, de 1981, e Videodrome, de 1983) para se tornar um diretor que de tosco não tem nada (de filmes como A History of Violance, de 2005, e Eastern Promisses, de 2007). Acho que se você ainda não assistiu nada do Cronenberg, Crash é o filme certo. Não, A Mosca é o melhor para começar. E, logo em seguida, Crash.

Irreversível (2002)

Direção: Gaspar Noé
Elenco: Monica Bellucci, Vincent Cassel, Albert Dupontel
Título original: Irréversible
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Com certeza um dos filmes mais violentos já produzidos, o filme da famosa cena de estupro de muitos e muitos minutos. A essa altura do campeonato se você ainda não ouviu falar disso, bom, então você não merece ter essa supresa guardada para a hora do filme. De qualquer forma, todo mundo que assiste a Irreversível já sabe mais ou menos do que se trata. E a cena é violenta, muito em um função da sua duração. Ela é interminável. Estamos acostumados a ver cenas de estupro que duram pouco, já estamos preparados. Mas a cena do túnel com a Monica Bellucci, para essa não tem preparação. É pra incomodar mesmo. Uma coisa sobre as cenas de estupro (no caso de você nunca ter assistido a um pornô na sua vida): elas são interpretadas de formas diferentes por homens e por mulheres já que nós, homens, crescemos treinados por estes filmes onde a violência, a dominação, a humilhação e o estupro fazem parte do repertório. O estupro (de mentira) é trabalhado de forma a se tornar excitante. Em Irreversível isso fica como um soco no estômago tamanha a realidade da violência, ainda mais se tu assiste ao lado de uma mulher. Grande filme. Mas para ver só uma vez.

O Povo contra Larry Flynt (1996)

Direção: Milos Forman
Elenco: Woody Harrelson, Courtney Love, Edward Norton
Título original: The People vs. Larry Flynt
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Dos cinco filmes que eu assisti do Milos Forman (a pronúncia é Milos com o s chiado, inclusive a grafia correta é o s com um treco sobre a letra), O Povo Contra Larry Flynt é o mais movimentado, ou o mais roqueiro (não no sentido musical). Eu gosto bastante do Woody Harrelson e do Edward Norton, então a combinação com o diretor e a história que fala do editor pornográfico Larry Flynt não poderia resultar em um filme menos do que ótimo. Até a a Courtney Love está ótima, acho que ela interpreta o que deve ser na vida real, mas alguns anos mais tarde ela faz um papel diferente em outro filme do Milos Forman, Man on the Moon, e faz bem o seu trabalho. O trailer abaixo não dá a ideia exata do filme, mas enfim, é o trailer oficial.

Calígula (1979)

Direção: Tinto Brass
Elenco: Malcolm McDowell, Teresa Ann Savoy, Helen Mirren, Peter O'Toole
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Antes de mais nada: não acho o meu dvd do Calígula. Simplesmente não acho, e não consigo lembrar pra quem foi que eu emprestei. Ainda bem que eu raramente empresto dvd's ou livros, e quando faço, eu anoto. Calígula eu não anotei. Me fodi. Bom, vamos ao filme: definitivamente ele é único. No trailer diz que é o mais controverso que existe. Se é o mais mais eu não sei, mas com certeza ele deve ficar entre os dez mais. É a história da ascenção e queda do imperador romano Calígula (alguém que você com certeza já ouviu falar) de uma forma crua, obscena e muito real (ou o que se pensa que era real naquela época). Tem grandes atuações, tem sexo explícito (tem muito sexo explícito), tem violência, tem de tudo. É um grande filme, daquele tipo que nunca vai passar na Globo (ou será que passou, com cortes?). Eu me recuso a dar créditos pro Bob Guccione como diretor, mas ele fez algumas cenas adicionais depois da briga com o (esse sim) diretor Tinto Brass. Não lembro bem, mas acho que tudo começou com o autor do roteiro Gore Vidal querendo decidir como o diretor deveria dirigir o roteiro. E o Malcom McDowell com certeza sepultou de vez qualquer chance de fazer um mocinho depois desse filme.

Y Tu Mamá También (2001)

Direção: Alfonso Cuarón
Elenco: Gael García Bernal, Maribel Verdú, Diego Luna
Título no Brasil: E Sua Mãe Também
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Um dos melhores filme que eu já vi. Direção e atuações impressionantes. E a história é realmente muito boa, daquelas difíceis de se ver por aí. E isso que eu só assisti uma vez. Há uma cena que é enlouquecedoramente excitante. Ultrapassa os limites comuns das cenas de sexo quase-sempre-iguais. E o engraçado é que depois desse filme o diretor Alfonso Cuarón fez um dos Harry Potter (tanto faz qual). E ele também dirigiu o Great Expectations, que é o filme predileto do Cartuman. E foi a partir de Y tu Mamá También que eu passei a levantar a tampa do vaso com o pé, sempre com o pé.

Encurralado (1971)

Direção: Steven Spielberg
Elenco: Dennis Weaver
Título original: Duel
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Tava faltando um Spielberg aqui e nada melhor do que começar por um dos melhores filmes dele. Acho que assisti na tv a primeira vez e não desgrudei os olhos da tela. É um filme bem anos 70 e, pelo que eu sei, foi feito originalmente para a tv mas acabou ficando tão bom que filmaram mais uns minutos para poderem lançá-lo no cinema. Foi um dos primeiros filmes do SS. Que medo daquele caminhão.

Das Experiment (2001)

Direção: Oliver Hirschbiegel
Elenco: Moritz Bleibtreu, Christian Berkel, Oliver Stokowski, Wotan Wilke Möhring
Título no Brasil: A Experiência
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A experiência é: pessoas se oferecem para um estudo sobre o comportamento humano na prisão, a maior parte delas faz o papel de presos (em um presídio falso mas que acaba se tornando real) e um grupo menor faz o papel dos carcereiros. Em pouco tempo os dois grupos assumem de tal forma os papéis que coisas realmente terríveis acontecem. Me disseram que esse estudo existiu de fato e que as conseqüências foram parecidas com as do filme. Tu realmente entra no filme, as cenas são fortes e é tudo imprevisível. Só uma coisa besta estraga o filme: uma tal garota que é a quase namorada do herói (que está no grupo dos presidiários) e as cenas com ela cortam totalmente o clima denso do filme. Nos extras do dvd o próprio diretor assume isso. Péssima decisão, Sr. Hirschbiegel. Filme denso e pesado tem que ser denso e pesado, oras. Sem medinhos. Mas, fora isso, é um baita filme.

Obrigado por Fumar (2005)

Direção: Jason Reitman
Elenco: Aaron Eckhart, Katie Holmes, William H. Macy, J. K. Simmons, Robert Duvall
Título original: Thank You for Smoking
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Filme genial. Genial mesmo. Engraçado em todo o seu humor negro e inteligente, a história fala do absurdo da indústria do cigarro nos EUA e na sua forma de se propagandear e se vender de forma positiva. Grande atuação do Aaron Eckhart. Tem um lance muito bem sacado do diretor (que eu acredito ser do diretor, mas isso nunca se pode saber com toda a certeza - cinema não é arte de uma pessoa só, afinal), mas fica totalmente sem graça saber isso antes de ver o filme, embora não entregue nada da história. Enfim, filme genial sempre tem suas pequenas genialidades, às vezes quase imperceptíveis.

As Idades de Lulu (1990)

Direção: Bigas Luna
Elenco: Francesca Neri, Fernando Guillén Cuervo, Javier Bardem
Título original: Las Edades de Lulú
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Filme bem interessante e bastante sexual, de uma forma crua, digamos assim. É a história de um casal que não sabe quando parar no que diz respeito ao prazer sexual. Há cenas bem fortes, não tanto pelo conteúdo sexual, mas pelas implicações psicológicas. Não achei um trailer no youtube, mas merece ser assistido. É um filme corajoso.

The Thing (1982)

Direção: John Carpenter
Elenco: Kurt Russell, Keith David, T. K. Carter
Título no Brasil: O Enigma do Outro Mundo
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Como não ficar cagado de medo com este filme? Já pensou, no meio do nada, e uma criatura sei lá de onde começa a tomar a forma das pessoas ao seu redor e a matar todo mundo? Duas cenas que me marcaram muito: quando eles estão sentados e amarrados, fazendo o teste de sangue, e a cena final, um grande final para um filme com uma história muito boa e simples. E muito bem dirigido, ainda que tosco em algumas partes (mas isso é coisa da época, não tem a ver com a qualidade do diretor). No falecido Orkut há uma comunidade que eu criei em 2004 e que atualmente conta com mais de 5.000 membros. Até hoje eles discutem lá os Filmes que Ninguém se Lembra. A comunidade usa o poster deste filme como imagem.

Lua de Fel (1992)

Direção: Roman Polanski
Elenco: Peter Coyote, Emmanuelle Seigner, Hugh Grant, Kristin Scott Thomas
Título original: Bitter Moon
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Para mim esté o o filme que melhor define as relações apaixonadamente sexuais e também as relações normais. São dois casais em conflito, um por se entregar demais à paixão e outro justamente por não fazer isso; um tem picos de êxtase e de depressão e o outro... bem, o outro casal não tem nada já que não nada arrisca. Tudo isso num cruzeiro às vésperas de virada de ano. Cenas muito excitantes e atuações incríveis, especialmente o Peter Coyote e a Emmanuelle Seigner. As cenas de submissão e sadismo entre os dois são excitantes e tristes, às vezes ao mesmo tempo. Apesar da fêmea fatal ser a Emmanuelle, eu tenho uma queda enorme pela Kristin Scott Thomas, acho ela muito, muito sexy. Não achei a imagem que eu queria pra colocar aí abaixo, que é quando Oscar e Mimi estão na roda-gigante ao anoitecer, uma imagem muito triste de final de relacionamento.

Mad City (1997)

Direção: Costa-Gavras
Elenco: John Travolta, Dustin Hoffman
Título no Brasil: O Quarto Poder
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Um cara é demitido do museu e volta lá para convencer a ex-chefe a lhe dar o emprego de volta, e faz isso armado. Acho um filme genial. A história, as atuações, a direção, o final, a música final. É um filme denso, não é do tipo que ao final tu consegue se desligar do que acabou de assistir. O título O Quarto Poder em português se refere à midia, que ao longo do desespero do cara transforma tudo num grande circo, mas eu prefiro o original Mad City.

Vicky Cristina Barcelona (2008)

Direção: Woody Allen
Elenco: Javier Bardem, Penélope Cruz, Rebecca Hall, Scarlett Johansson
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Acho um dos melhores filmes do Woody Allen. E também um dos que melhor lida com a sexualidade a três, sem ficar com aquela moralzinha no final do tipo viu só, não funciona, que é coisa de quem não come nem uma, quanto mais duas. Qualquer relacionamento pode funcionar, desde que as pessoas não sejam loucas, mas como tudo mundo é louco – louco ativo ou louco passivo –, dá no que dá. Nesse filme a louca é a Penélope Cruz e, como toda boa louca, está muito sexy.