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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Crítica - Saw 3D (2010)


Realizado por Kevin Greutert
Com Tobin Bell, Costas Mandylor, Betsy Russell, Sean Patrick Flanery

O último (?) capítulo de “Saw” arrecadou milhões de dólares nas bilheteiras norte-americanas e mundiais, no entanto, este seu sucesso comercial não é sustentado por nenhum critério qualitativo porque este “Saw 3D” acaba por não ser muito diferente dos últimos “Saw”. Em “Saw 3D” ou “Saw VII” somos novamente confrontados com uma narrativa extremamente fraca e confusa que é acompanhada por uma série de sequências sadistas e macabras que são visualmente exacerbadas pela tecnologia tridimensional que não foi convenientemente utilizada por Kevin Greutert, assim sendo, estamos novamente perante um “Saw” medíocre que não presta uma devida homenagem a “Saw” (2004) ou “Saw II” (2005), os dois melhores capítulos desta saga. A sua história volta a ser protagonizada pelo Detective Hoffman (Costas Mandylor) que continua vivo e a montar armadilhas a todos aqueles que se atrevem a atravessar o seu caminho - Jill Tuck (Betsy Russell) ou Matt Gibson (Chad Donella) - e àqueles que são demasiado ingratos ou egoístas para continuarem a viver, assim sendo, a sua nova vítima dentro deste último grupo é Bobby Dagen (Sean Patrick Flannery), um falso sobrevivente das armadilhas de Jigsaw que acabou por se tornar famoso às custas desta mentira e que agora vai ter que pagar por todos os seus pecados. Hoffman vai também ter que lidar com uma figura extremamente familiar de “Saw” que regressa para se vingar e para cumprir uma promessa a outro velho conhecido.


O enredo de “Saw 3D” utiliza a mesma fórmula cansativa e visivelmente esgotada dos capítulos anteriores e volta também a se assumir como um mero complemento às violentas sequências de sadismo e carnificina que se assumem claramente como o elemento central desta saga. A sua história acompanha essencialmente a luta pela sobrevivência de Bobby Dagen (Sean Patrick Flanery) e a batalha intelectual do instável Hoffman (Costas Mandylor) contra a Policia e Jill Tuck (Betsy Russell), no entanto, nenhuma destas duas vertentes é cativante ou interessante. A história ligada a Hoffman (Costas Mandylor) acaba por ser a mais interessante porque envolve algumas reviravoltas e alguns regressos inesperados que esclarecem algumas dúvidas e preenchem algumas lacunas mas que acabam por vulgarizar Jigsaw. As famosas sequências onde as personagens secundárias e algumas principais são vítimas de macabras armadilhas mortais continuam sangrentas e sádicas, no entanto, não há nenhuma armadilha mortal que nos consiga deixar profundamente chocados ou surpreendidos até porque os capítulos anteriores tinham armadilhas muito mais arrepiantes e com um final muito menos previsível. As três dimensões beneficiam claramente essas sequências, no entanto, esta tecnologia poderia ter rentabilizado muito mais esta obra caso Kevin Greutert a tivesse “tratado” um pouco melhor. O seu elenco tem uma performance global extremamente medíocre e só Costas Mandylor é que ainda nos consegue oferecer uma performance minimamente positiva. O cameo de Chester Bennington (Linkin Park) também não acrescenta muito ao filme. A conclusão deste medíocre “Saw 3D” também não é satisfatória porque não oferece um final conclusivo a “Saw”, muito pelo contrário, deixa antever um “Saw VIII” que poderá diminuir ainda mais a honra desta saga que desde “Saw III” (2006) tem vindo a receber capítulos de fraca qualidade mas extremamente rentáveis.

Classificação – 1 Estrela Em 5

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Crítica - Saw VI (2009)


Realizado por Kevin Greutert
Com Tobin Bell, Costas Mandylor, Shawnee Smith

À semelhança dos seus antecessores, “Saw VI” é uma afronta ao icónico “Saw” (2004), um filme que mereceu inteiramente o seu enorme sucesso comercial ao contrário das suas medíocres e intermináveis continuações onde a violência exacerbada é uma constante. A história de “Saw VI” é iniciada com a conclusão dos mortíferos eventos de “Saw V” que conduzem o FBI até ao ultimo herdeiro sobrevivo de Jigsaw (Tobin Bell), Mark Hoffman (Costas Mandylor), no entanto, este não desiste nem se rende e está determinado em continuar o trabalho do seu diabólico mentor, assim sendo, inicia um novo ”Deathly Game” centrado em William Easton (Peter Outerbridge), um executivo de uma seguradora norte-americana.
A narrativa de “Saw VI” é muito semelhante à de “Saw V” ou “Saw IV”. As armadilhas mortais continuam violentas e sádicas, os flashbacks voltam a não esclarecer muitas coisas, as vitimas voltam a ser indivíduos imorais e o vilão (Mark Hoffman) continua a iludir o FBI e a matar sem remorsos, assim sendo, somos novamente confrontados com uma história medíocre e extremamente trivial. A sua falta de criatividade é facilmente evidenciada através da sua tentativa de criticar/atacar o actual sistema de saúde norte-americano ao colocar a vítima central, William Easton, no centro de uma enorme armadilha mortal onde este é forçado a escolher quem morre e quem sobrevive da mesma forma que escolhe quem recebe ou quem não recebe um seguro de saúde, no entanto, uma crítica muito semelhante foi feita em “Drag Me To Hell” com melhores resultados. Os tradicionais flashbacks voltam a não nos dar muitas respostas concretas e introduzem novas informações que tornam a história em redor de Jigsaw e dos seus herdeiros ainda mais confusa. As armadilhas são a única coisa verdadeiramente criativa em “Saw VI” mas não são as mais vistosas ou as mais sádicas de “Saw”, excepção feita à armadilha da introdução que nos oferece um resultado muito irónico e violento. A conclusão é novamente composta por uma surpresa não muito surpreendente porque os outros “Saw” também terminaram com surpresas, assim sendo, um final “surpresa” não é uma novidade.
O trabalho de Kevin Greutert não é o mais interessante ou o mais criativo, este cineasta voltou a não inovar e manteve o mesmo estilo e o mesmo visual, um hino à conformidade e à uniformidade que não faz muito sentido numa saga que é constantemente acusada de estar desactualizado e de ser repetitiva. Os icónicos actores de “Saw”, Tobin Bell, Costas Mandylor e Shawnee Smith, também entram em “Saw VI”, no entanto, Tobin Bell e Shawnee Smith estão restritos a cenas secundárias e Costas Mandylor não está tão bem como nos últimos dois filmes. Em suma, “Saw VI” é tão frívolo e tão confuso como os seus antecessores e tal como estes também não convenceu minimamente a crítica internacional com as suas cenas excessivamente violentas, no entanto, estas mesmas cenas não deverão desiludir os fervorosos admiradores desta conhecida saga cinematográfica.

Classificação – 2 Estrelas Em 5

sábado, 1 de novembro de 2008

Crítica - Saw V (2008)

Realizado por David Hackl
Com Tobin Bell, Alexa Vega, Scott Patterson, Costas Mandylor

Uma das sagas de terror mais famosas do planeta está de regresso às salas de cinema internacionais com “Saw V”, a quarta sequela do célebre filme independente “Saw”, que no Halloween de 2004 aterrorizou milhares de espectadores e bateu inúmeros recordes de bilheteira. Neste novo capítulo, o detective Hoffman (Costas Mandylor) assume-se como o único herdeiro do legado de Jigsaw (Tobin Bell) já que todos os outros vilões foram mortos em sequelas anteriores, no entanto a sádica missão de Hoffman pode ter os dias contados já que o seu fatídico segredo arrisca-se a ser descoberto pela polícia, e é por isso que Hoffman não pode correr riscos e tem de eliminar todas as ameaças à sua liberdade. Ao longo dos anos a qualidade dos filmes “Saw” tem diminuído de sequela para sequela, os dois primeiros foram muito bons mas os dois seguintes apresentaram uma qualidade desastrosa. Este quinto filme não acrescenta nada de novo à saga e acompanha a qualidade dos dois filmes anteriores, ou seja, é um autêntico desastre. Na minha opinião, a saga “Saw” deveria ter acabado com a morte do infame Jigsaw em “Saw III”, teria sido um final digno para um produto que revitalizou o terror sádico e sangrento, no entanto, a Lionsgate preferiu continuar com esta lucrativa história por mais algum tempo até que esta deixe de render, contudo isto implica um estender excessivo do argumento original e a criação de novas vertentes narrativas pouco apelativas e até absurdas.
A essência de “Saw” morreu com Jigsaw, o terror psicológico e as magnificas cenas de tortura dos dois primeiros filmes já não têm lugar nas mais recentes obras da saga. Este quinto filme é o perfeito exemplo disso já que com o novo vilão (Hoffman), a saga ganhou um estilo menos terrorífico e mais previsível, diria até que “Saw V” aproxima-se mais dum thriller do que dum filme de terror. A história desta “terrorífica” obra incorpora uma espécie de jogo entre o gato (Hoffman) e o rato (polícia) que se vai desenrolando lentamente e sem qualquer intriga ou twist que dei-a alento a um enredo que roça o básico e que, no final, não oferece qualquer conclusão brilhante. Como é comum na saga “Saw”, a história do filme recorre muitas vezes a flashbacks para preencher espaços deixados em branco pelos filmes anterior, estes tal como os diálogos, pouco acrescentam à nova realidade de “Saw” que simplesmente já não tem interesse. A fraca qualidade de “Saw V” também afecta directamente um ponto-chave da saga, as armadilhas, estas já não estão inseridas num ambiente frustrante e psicologicamente desafiante, estão sim envoltas num clima de previsibilidade que mostra claramente quem será a vítima de cada armadilha mortal. É certo que as armadilhas deste quinto filme estão mais violentas mas também é verdade que estão menos inteligentes e sádicas.
Em termos técnicos, “Saw V” também não apresenta grande qualidade, a fotografia perdeu a obscuridade e mistério dos primeiros filmes e a banda sonora limita-se a apostar em sons barulhentos que tentam inspirar, sem sucesso, um ambiente gore nos espectadores. O elenco também não consegue surpreender o público pela positiva, é certo que os filmes “Saw” nunca apresentaram uma grande qualidade a este nível mas também é verdade que alguns dos filmes anteriores tinham vários aspectos valorativos que apagavam as más prestações do elenco. Costas Mandylor, que veste a pele do novo vilão da história, apresenta uma performance medíocre e demasiado básica que não condiz em nada com o carisma apresentado pelo antigo vilão, interpretado por Tobin Bell. Os ilustres desconhecidos que dão vida às cinco vítimas das armadilhas mortais, não conseguem “vender” devidamente o seu sofrimento e angústia.
O tempo dourado de “Saw” terminou com “Saw III”, desde então este autêntico franchise de terror tem tentado vender um produto que já não corresponde ao original, este autêntico negócio comercial da Lionsgate vai perdendo credibilidade e qualidade à medida que vai lançando novos filmes da saga no mercado. “Saw V” é o pior filme da saga até ao momento mas com o anúncio de um “Saw VI” para 2009, certamente que não manterá esse estatuto durante muito tempo.

Classificação - 1,5 Estrela Em 5

Crítica - Saw V (2008)

Realizado por David Hackl
Com Tobin Bell, Alexa Vega, Scott Patterson, Costas Mandylor

Uma das sagas de terror mais famosas do planeta está de regresso às salas de cinema internacionais com “Saw V”, a quarta sequela do célebre filme independente “Saw”, que no Halloween de 2004 aterrorizou milhares de espectadores e bateu inúmeros recordes de bilheteira. Neste novo capítulo, o detective Hoffman (Costas Mandylor) assume-se como o único herdeiro do legado de Jigsaw (Tobin Bell) já que todos os outros vilões foram mortos em sequelas anteriores, no entanto a sádica missão de Hoffman pode ter os dias contados já que o seu fatídico segredo arrisca-se a ser descoberto pela polícia, e é por isso que Hoffman não pode correr riscos e tem de eliminar todas as ameaças à sua liberdade. Ao longo dos anos a qualidade dos filmes “Saw” tem diminuído de sequela para sequela, os dois primeiros foram muito bons mas os dois seguintes apresentaram uma qualidade desastrosa. Este quinto filme não acrescenta nada de novo à saga e acompanha a qualidade dos dois filmes anteriores, ou seja, é um autêntico desastre. Na minha opinião, a saga “Saw” deveria ter acabado com a morte do infame Jigsaw em “Saw III”, teria sido um final digno para um produto que revitalizou o terror sádico e sangrento, no entanto, a Lionsgate preferiu continuar com esta lucrativa história por mais algum tempo até que esta deixe de render, contudo isto implica um estender excessivo do argumento original e a criação de novas vertentes narrativas pouco apelativas e até absurdas.
A essência de “Saw” morreu com Jigsaw, o terror psicológico e as magnificas cenas de tortura dos dois primeiros filmes já não têm lugar nas mais recentes obras da saga. Este quinto filme é o perfeito exemplo disso já que com o novo vilão (Hoffman), a saga ganhou um estilo menos terrorífico e mais previsível, diria até que “Saw V” aproxima-se mais dum thriller do que dum filme de terror. A história desta “terrorífica” obra incorpora uma espécie de jogo entre o gato (Hoffman) e o rato (polícia) que se vai desenrolando lentamente e sem qualquer intriga ou twist que dei-a alento a um enredo que roça o básico e que, no final, não oferece qualquer conclusão brilhante. Como é comum na saga “Saw”, a história do filme recorre muitas vezes a flashbacks para preencher espaços deixados em branco pelos filmes anterior, estes tal como os diálogos, pouco acrescentam à nova realidade de “Saw” que simplesmente já não tem interesse. A fraca qualidade de “Saw V” também afecta directamente um ponto-chave da saga, as armadilhas, estas já não estão inseridas num ambiente frustrante e psicologicamente desafiante, estão sim envoltas num clima de previsibilidade que mostra claramente quem será a vítima de cada armadilha mortal. É certo que as armadilhas deste quinto filme estão mais violentas mas também é verdade que estão menos inteligentes e sádicas.
Em termos técnicos, “Saw V” também não apresenta grande qualidade, a fotografia perdeu a obscuridade e mistério dos primeiros filmes e a banda sonora limita-se a apostar em sons barulhentos que tentam inspirar, sem sucesso, um ambiente gore nos espectadores. O elenco também não consegue surpreender o público pela positiva, é certo que os filmes “Saw” nunca apresentaram uma grande qualidade a este nível mas também é verdade que alguns dos filmes anteriores tinham vários aspectos valorativos que apagavam as más prestações do elenco. Costas Mandylor, que veste a pele do novo vilão da história, apresenta uma performance medíocre e demasiado básica que não condiz em nada com o carisma apresentado pelo antigo vilão, interpretado por Tobin Bell. Os ilustres desconhecidos que dão vida às cinco vítimas das armadilhas mortais, não conseguem “vender” devidamente o seu sofrimento e angústia.
O tempo dourado de “Saw” terminou com “Saw III”, desde então este autêntico franchise de terror tem tentado vender um produto que já não corresponde ao original, este autêntico negócio comercial da Lionsgate vai perdendo credibilidade e qualidade à medida que vai lançando novos filmes da saga no mercado. “Saw V” é o pior filme da saga até ao momento mas com o anúncio de um “Saw VI” para 2009, certamente que não manterá esse estatuto durante muito tempo.

Classificação - 1,5 Estrela Em 5

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Crítica - Saw IV (2004)

Realizado por Darren Lynn Bousman
Com Tobin Bell, Lyriq Bent, Costas Mandylor, Scott Patterson, Angus Macfadyen


Quem viu "Saw III" e o comparou com os outros dois filmes da saga ficou certamente desiludido, no entanto, ainda mais desiludido ficará com este "Saw IV", um dos piores filmes que já vi e que trás desonra ao nome desta fantástica saga. O argumento de "Saw IV" foge totalmente ao padrão criado até então, abrindo um abismo entre os demais, principalmente em relação ao primeiro filme de 2004. É simples explicar esta diferença abismal, os argumentistas não são os mesmos. Leigh Whannell, o grande responsável pelos argumentos anteriores, cedeu o seu lugar aos inexperientes Patrick Melton e Marcus Dunstan. Em "Saw IV" acompanhamos dois agentes do FBI especialistas em perfis psicológicos de criminosos. Eles ajudam o veterano detective Hoffman (Costas Mandylor) a desvendar os crimes do serial killer Jigsaw (Tobin Bell). Entretanto, o comandante Rigg (Lyriq Bent) da SWAT, é raptado e arrastado para mais um jogo mortal. A dupla do FBI entra imediatamente em acção e passa a seguir um rasto de cadáveres deixado pela cidade. As pistas levam-nos até Jill, uma mulher que era casada com John Kramer antes de este se tornar num assassino.
A única característica que se manteve intacta em "Saw IV" foi o facto do enredo mostrar diversas histórias que se cruzam no decorrer do filme, sem esquecer os flashbacks. Porém, a dupla de argumentistas exagerou na dosagem e criou um dos filmes mais confusos e sem sentido da história do cinema de terror, levando a saga "Saw" á sua primeira nota negativa dos críticos de Hollywood. O espectador perde-se na enorme quantidade de armadilhas e assassinatos e perde-se também no tempo, não distinguindo passado de actualidade. Nas produções anteriores, essa técnica é utilizada para criar grandes reviravoltas na história até chegar o momento da grande conclusão, tanto que, essa criatividade foi considerada uma inovação no género. Mas desta vez, o filme termina sem a menor pretensão de causar impacto. Pelo contrário, passa completamente despercebido, arruinando mais uma característica da saga, um final espectacular. Apesar de tudo, o filme possui alguns pontos positivos. Neste episódio, os fãs vão finalmente conhecer os detalhes da história de Jigsaw, irão portanto descobrir o verdadeiro motivo que o levou a transformar-se em serial killer. Quem gostou da linguagem visual repleta de cortes e efeitos de edição de "Saw II" e "Saw III", pode ficar descansado, pois Darren Lynn Bousman manteve a mesma linha nesta quarta entrega. Pelo menos esteticamente, "Saw IV" continua a seguir o mesmo padrão de qualidade, mas isso não basta. As armadilhas são sangrentas e perturbadoras mas em menos quantidade que o terceiro, por um lado isto é um facto positivo já que o terceiro exagerou na violência.
De forma geral, a sensação com que fiquei é que as boas ideias que fizeram os três filmes anteriores acabaram, a fonte secou. Se "Saw IV" não fizesse parte de uma saga de terror histórica, não sei se teria saído para o cinema, limitando-se a sair directamente para DVD. Na minha opinião, os filmes "Saw" deviam ter acabado numa trilogia mas a força capitalista dos estúdios tem destas coisas.

Classificação - 2 Estrelas Em 5

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Crítica - Saw III (2006)

Realizado por Darren Lynn Bousman
Com Tobin Bell, J. LaRose, Angus Macfadyen, Debra McCabe, Dina Meyer

A expectativa que se gerou à volta de "Saw III" foi muito grande mas o filme decepcionou os fãs de suspence que tinha conquistado com os dois produtos anteriores. A produção não é má mas quando comparado com os outros filmes da saga, o espectador fica francamente decepcionado porque nesta longa-metragem o suspence e os jogos psicológicos dão lugar a uma violência sanguinária dura e crua. Os fãs de suspence podem ter perdido mas os fãs de filmes sangrentos ganharam. Este filme custou apenas 10 milhões de dólares e rendeu mais de 34 milhões só no seu fim-de-semana de estreia. Em "Saw III", Jigsaw (Tobin Bell) está às portas da morte mas quer acompanhar o seu último jogo. A sua assistente, Amanda (Shawnee Smith), sequestra a médica Lynn (Bahar Soomekh) para mantê-lo vivo até que Jeff (Angus Macfadyen) passe por três testes distintos. Jeff é um homem transtornado que foi escolhido por Jigsaw por se ter tornado vingativo e obcecado com a morte do seu filho, deixando de lado os cuidados com a sua outra filha. Lynn foi eleita por ser uma médica desleixada e fria com os seus doentes, além de bastante ausente e distante da sua família.
Darren Lynn Bousman está mais uma vez à frente da realização, repetindo a mesma linguagem visual utilizada em "Saw II" com os invariáveis efeitos de edição que confundem a mente do espectador já atormentado com as cenas fortes, no entanto, os jogos psicológicos estão mais fracos e o suspance é praticamente inexistente. Esteticamente, o filme continua a ser brilhante nos efeitos especiais que apresenta. As mortes estão mais perversas e frias, tornando bastante difícil a tarefa de ver o filme todo sem fechar os olhos uma única vez. Desta vez, Bousman preferiu causar uma maior repulsa e medo ao espectador do que confundi-lo psicologicamente. Com isto, o filme torna-se um pouco mais fraco que os anteriores, excepção feita ao final que é o melhor da saga.
Shawnee Smith é sem dúvida o grande destaque do elenco. Ela interpreta uma Amanda diferente que está mais forte e passional em relação ao segundo filme. Imprevisível, ela torna-se no único fio de suspense da produção. Já Angus Macfadye e Bahar Soomekh não conseguem transmitir o desespero e o medo que qualquer pessoa sentiria se estivesse na mesma situação que eles, ou seja, são demasiado corajosos e fazem com que o público também não sinta muito medo, nem receio do que está para vir."Saw III" não tem o mesmo vigor e tensão que os anteriores possuem; não há um clima de suspense, somente uma violência explícita que desagrada aos fãs que se apaixonaram pelas armadilhas e reviravoltas mirabolantes da série. No entanto, encanta aos espectadores mais sanguinários e ávidos por um bom filme de violência. Talvez aqui a intenção dos produtores e realizador fosse oferece algo de novo e inovador na saga Saw.

Classificação - 3 Estrelas Em 5

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Crítica - Saw II (2005)

Realizado por Darren Lynn Bousman
Com Tobin Bell, Tim Burd, John Fallon, Franky G, Erik Knudsen

"Saw II" tinha a difícil tarefa de superar o grande sucesso comercial que foi obtido pelo seu antecessor e, na minha opinião, conseguiu-o na perfeição, tornando-se inclusivamente no melhor filme da saga até hoje. Esta obra marca o regresso de Jigsaw (Tobin Bell), um malévolo serial killer que nos volta a brindar com os seus maléficos jogos psicológicos e sádicas armadilhas que desta vez são ainda mais macabras. Os fãs que aguardaram ansiosamente pela continuação do filme de 2004 não ficaram certamente decepcionados. Inicialmente, o argumento pode parecer menos enigmático mas isso é um leigo engano. O filme realmente começa mais revelador e mais calmo, focando a sua história na identidade do assassino e na sua criatividade cada vez mais diabólica, no entanto, à medida que nos vamos aproximando da conclusão vai ficando cada vez melhor. As dúvidas que ficaram no ar depois do primeiro filme, como por exemplo, a origem do maníaco vilão, são rápidamente esclarecidas mas depois lá voltamos nós aos enigmas criados por Jigsaw, enigmas esses que se vão abater sobre as novas vítimas desta sequela ainda mais sanguinária e cheia de reviravoltas. O autor da proeza é o realizador e argumentista Darren Lynn Bousman.
O filme é protagonizado por Eri Mathews (Donnie Wahlberg), um detective que para sua infelicidade cruza caminhos com Jigsaw que faz dele a sua mais recente vítima. Jigsaw deixa algumas pistas na sua última cena de crime que levam à sua captura e, quando tudo parecia terminado, eis que Mathews descobre, por meio de uns monitores, um grupo de pessoas presas numa casa. Entre elas está o seu filho, obrigando assim o detective a seguir as regras do psicopata para o salvar. "Saw II" é uma verdadeira corrida alucinante contra o tempo em duas vertentes. As oito pessoas presas precisam de encontrar os antídotos para o gás venenoso que respiram dentro da casa, assim sendo, têm que superar as várias armadilhas que foram especialmente preparadas por Jigsaw para cada elemento do grupo. Enquanto isso, Eri Mathews tenta desvendar os enigmas de Jigsaw para salvar o seu filho antes que os outros participantes do jogo descubram que existe uma ligação entre eles.
O destaque do seu elenco vai claramente para a actuação de Tobin Bell como o grande vilão, um actor que cria uma personagem fria e sarcástica. Os argumentos dos dois filmes interligam-se constantemente, assim como o uso comum de flashbacks para explicar a história de cada personagem. A principal diferença entre eles está na forma de narração que é utilizada pelo realizador, assim sendo, enquanto que o primeiro centra-se no jogo psicológico, "Saw II" dá mais importância às histórias paralelas. Darren Lynn Bousman ficou mundialmente conhecido por dirigir videoclipes, um passado que está perfeitamente visível neste "Saw II" porque ele utiliza o tipo de edição característico desse formato, uma edição que acaba por favorecer o desenvolvimento da história. Um erro é achar que o facto de se saber quem é o assassino estraga a surpresa do filme, isso nem passa perto do desfecho de "Saw II". Então, se ainda não viu o filme, não se esqueça de preparar o seu estômago para cenas fortes de auto-flagelação, muitos imprevistos e mudanças bruscas na história, resultando num surpreendente final.

Classificação - 4 Estrelas Em 5

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Crítica - Saw (2004)

Realizado por James Wan
Com Leigh Whannell, Cary Elwes, Danny Glover, Ken Leung

O primeiro "Saw" estreou nos Estados Unidos da América no Halloween de 2004. O filme tinha sido previamente exibido no Festival de Toronto onde tinha causado um grande impacto entre o público presente. A sua estreia norte-americana correu muitíssimo bem até porque esta produção independente conseguiu subir à liderança do Box Office Americano no seu primeiro fim-de-semana em exibição, um feito raro que lhe trouxe um enorme lucro comercial que cobriu imediatamente o seu baixíssimo orçamento. A crítica especializada ficou rendida à sua qualidade e até comparou a sua simplicidade à de outras grandes obras de terror. O argumento de "Saw" é fenomenal porque brinca do princípio ao fim com a mente e com o estômago do espectador. O filme brinda-nos com uma série de jogos psicológicos que são praticados por Jigsaw, um assassino sádico que tem motivações redentoras e que praticamente obriga as suas vítimas a preferirem o suicídio às múltiplas torturas sádicas que ele lhes preparou. As suas duas infelizes vítimas em “Saw” são Gordon (Cary Elwes) e Adam (Leigh Whannell), dois homens que não se conhecem e que acordam acorrentados numa sala completamente destruída, um local sombrio que será o palco para uma série de torturas sádicas que vão por à prova a sua humanidade e a sua sanidade. A sua história consegue prender o espectador a um fantástico jogo psicológico que se vai desenrolando entre Gordon, Adam e Jigsaw mas também às macabras motivações deste vilão que acaba por ser uma espécie de justiceiro maléfico. “Saw” é um filme magnífico que através de uma narrativa simplista mas extremamente inventiva e violenta que conseguiu reinventar este género cinematográfico e convencer milhões de espectadores em todo o mundo.

Classificação - 4,5 Estrelas Em 5