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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Crítica - Midnight in Paris (2011)

Realizado por Woody Allen
Com Owen Wilson, Rachel McAdams, Michael Sheen, Marion Cotillard

Qualquer estreia de um filme de Woody Allen é um evento cinematográfico que não se pode perder. Detentor de uma forma muito peculiar de contar histórias e, por conseguinte, inventor do seu próprio estilo de cinema, Woody Allen provoca esta sensação de obrigatoriedade na grande maioria dos cinéfilos. Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Uma expressão que parece ter sido criada com o inconformista nova-iorquino em mente. Pois se à primeira vista se estranham os filmes de Allen, logo começamos a devorá-los sofregamente, como se a nossa vida dependesse disso. “Midnight in Paris” não é uma excepção à regra. Há quem diga que este filme marca o regresso do genial cineasta aos seus tempos de maior glória. Nós achamos que é uma obra repleta de magia e romantismo, aqui e ali com algumas tiradas cómicas bem típicas de Allen, mas ainda assim órfã daquela sombra trágica e espírito crítico que sempre estão presentes na sua cinematografia. Saímos da sala com a nítida sensação de que acabámos de assistir a algo mágico e fantástico; algo culturalmente relevante e repleto de uma beleza clássica. Mas saímos também com a sensação de que passámos por algo demasiado leve e inocente. Como se nos tivesse sido servida uma história de embalar quando todos estávamos à espera de um conto de terror. E se tal coisa cativa a atenção dos que mais apreciam o lado romântico do mago nova-iorquino, por outro lado decepciona aqueles que deliram com a sua visão do mundo infinitamente trágica e neurótica.



Gil Pender (Owen Wilson) é um argumentista norte-americano que parte para Paris com a sua noiva Inez (Rachel McAdams), com vista a alguns dias de relaxamento e diversão. Num jantar com os irritantes pais de Inez, o casal dá de caras com Paul (Michael Sheen) – um pedante com a mania que sabe de tudo – e Carol (Nina Arianda) – a esposa deste último. A partir dessa noite Inez faz questão de seguir Paul para todo o lado, algo que aborrece Gil sobremaneira, já que este não pode com a atitude permanentemente sobranceira do outro. Para não aborrecer a esposa, Gil decide então deixá-la sair com o casal de snobs enquanto opta por vaguear por uma Paris nocturna e quase onírica. Logo na primeira noite, em virtude de não conhecer a cidade e de estar com uns copos a mais, Gil perde-se. E é quando opta por se sentar numa viela para aclarar ideias que um táxi a morrer de velho pára mesmo em frente a si. Os ocupantes do táxi obrigam Gil a juntar-se-lhes na festa e é assim que o argumentista com aspirações a romancista se deixa viajar até ao passado, através de saltos temporais pela capital francesa que o levam a conhecer figuras tão ilustres da cultura mundial como Hemingway, Scott Fitzgerald, Picasso, Salvador Dalí, entre muitos outros. Sem saber bem como explicar o que lhe está a acontecer, Gil aproveita o contacto com a crème de la crème para conhecer novas paixões e descobrir sonhos ocultos.



Como facilmente se percebe pela sinopse apresentada, “Midnight in Paris” é um filme que jorra cultura por todos os poros. São inúmeras as figuras das artes internacionais (desde a escrita à pintura) que fazem aqui uma aparição. Woody Allen levou à letra a ideia de que Paris é a capital das artes e da cultura em geral, presenteando-nos com uma viagem intelectual que tanto nos ensina como nos obriga a rir às gargalhadas (a obsessão de Dalí por rinocerontes e o fascínio de Hemingway pelo boxe são de chorar a rir). A nível puramente estético e até musical, “Midnight in Paris” transforma-se portanto numa obra de altíssimo calibre, tão encantadora como memorável. Allen continua a dirigir actores com uma mestria ao alcance de muito poucos, deixando as personagens fluir pela narrativa com uma naturalidade estonteante, narrativa essa que (uma vez mais) põe a nu os dotes de escrita do grande cineasta nova-iorquino. Depois de uma fase mais negra e dramática com obras como “Match Point” e “Cassandra’s Dream” (curiosamente, ambas rodadas em Londres), Woody Allen parece ter visto em Paris o portal para regressar a contos mais leves e românticos, onde tudo deixa de ser trágico para se deixar assombrar por um céu de arco-íris. Infelizmente, isto faz com que “Midnight in Paris” não tenha tanta substância (crítica e narrativa) como outras obras recentes do realizador, ainda que não faltem as reflexões sobre a vida e as tiradas críticas tão ao seu jeito. Uma obra para apaixonados, não tanto para inconformistas.

Classificação – 3,5 Estrelas Em 5

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Os Filmes Favoritos Aos Óscares 2012 - 3ª Parte

Os Óscares 2012 ainda não se avizinham no horizonte mas existem por estes dias vários filmes que se assumem como sérios candidatos aos Óscares de Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento (Original e Adaptado), Melhor Actor Principal, Melhor Actriz Principal, Melhor Fotografia e Melhor Banda-Sonora. A lista que vos apresentamos contém os filmes (live action) a ter em conta porque poderão fazer parte da lista final de nomeados que vai ser anunciada pela Academia a de Janeiro de 2012.

Hugo Cabret de Martin Scorsese

O selo de qualidade de Martin Scorsese é suficientemente forte para considerar este “Hugo Cabret” um dos filmes favoritos aos Óscares 2012 mas a sua narrativa aparentemente infantil poderá afectar a sua candidatura ao Óscar de Melhor Filme ou de Melhor Realizador (Martin Scorsese).

Sinopse – Paris, 1930. Hugo Cabret (Asa Butterfield) é um órfão que se vê envolvido num estanho mistério que envolve o desaparecimento do seu pai e o aparecimento de um estranho robot.

Margin Call de J.C. Chandor

O início da actual crise financeira é o tema central deste “Margin Call”, um filme que não é um dos favoritos aos Óscares mas que poderá proporcionar uma ou outra surpresa.

Sinopse – Quando a Crise Financeira de 2008 atinge os Estados Unidos da América, oito trabalhadores de um banco de investimentos tentam manter as suas carreiras e as suas fortunas.

Midnight In Paris de Woody Allen

A crítica está rendida a este “Midnight In Paris” de Woody Allen, uma comédia romântica que poderá ter uma palavra a dizer nos Óscares 2012, mesmo sendo uma comédia romântica. Vale a pena lembrar que nos últimos anos tivemos comedias entre os dez nomeados ao Óscar de Melhor Filme.

Sinopse – A vida de uma família transforma-se drasticamente durante uma viagem de negócios a Paris. A esta família pertence um casal (Owen Wilson e Rachel McAdams) que é forçado a confrontar a ilusão de que uma vida diferente do seu estilo de vida é melhor.

Salmon Fishing in the Yemen de Lasse Hallström

Se “Salmon Fishing in the Yemen” ainda estrear nos Estados Unidos da América em 2011 e se corresponder às enormes expectativas que têm vindo a ser criadas pela crítica, então poderá ser uma das melhores comédias do ano e um possível candidato ao Óscar de Melhor Filme

Sinopse – A história do Dr. Alfred Jones (Ewan McGregor), um cientista que se envolve, relutantemente, na construção de um viveiro de salmão no Iémen, um projecto que vai mudar a sua vida e o curso da história política britânica.

The Descendants de Alexander Payne

Um filme dramático com George Clooney no elenco tem sido sinónimo de Óscares nos últimos anos, resta saber se este “The Descendants” tem o estofo dramático suficiente para se candidatar aos Óscares mais importantes.

Sinopse – Matt King (George Clooney) é um rico latifundiário que vive no Havai e que tenta se reconciliar emocionalmente com as suas duas filhas que ficaram seriamente afectadas pelo acidente de barco que vitimou a sua mãe.

The Ides of March de George Clooney

Uma obra realizada por George Clooney sobre as atitudes desonestas dos políticos norte-americanos que estreia em vésperas das Eleições Presidências só não será um dos favoritos aos Óscares se realmente for inferior à sua concorrência.

Sinopse – Um político idealista decide candidatar-se às Eleições Presidenciais dos Estados Unidos da América, recebendo para esse efeito um curso intensivo sobre as artimanhas políticas mais sombrias e desonestas que deverá utilizar durante a campanha eleitoral.

Take Shelter de Jeff Nichols

O vencedor do Prémio da Crítica do Festival de Cannes 2011 tem leves hipóteses de obter uma nomeação ao Óscar de Melhor Filme mas será Michael Shannon que melhores hipóteses terá de ser nomeado ao Óscar de Melhor Actor Principal.

Sinopse - Atormentado por uma série de visões apocalípticas, Curtis LaForche (Michael Shannon) enfrenta um dilema: proteger a sua família de uma iminente tempestade ou protege-la de si mesmo?

The Whistleblower de Larysa Kondracki

O filme em si dificilmente será candidato a um prémio importante mas a performance de Rachel Weisz poderá valer-lhe uma nomeação ao Óscar de Melhor Actriz Principal.

Sinopse – A história verídica de Kathryn Bolkovac (Rachel Weisz), uma ex-policia que aceitou trabalhar numa Missão de Paz da ONU na Bósnia mas que acaba por ser demitida, um acontecimento que a leva a expor o envolvimento dos funcionários da ONU no tráfico sexual no país.

terça-feira, 29 de março de 2011

Midnight in Paris - Segundo Poster & Trailer


Realizado por Woody Allen
Com Owen Wilson, Marion Cotillard, Rachel McAdams, Michael Sheen
Género – Comédia Romântica
Estreia Mundial – Festival de Cannes
Sinopse – A vida de uma família transforma-se durante uma viagem de negócios a Paris.

sábado, 19 de março de 2011

Midnight in Paris - Primeiro Poster

Realizado por Woody Allen
Com Owen Wilson, Marion Cotillard, Rachel McAdams
Género - Comédia
Estreia Mundial - Outubro de 2011
Sinopse - “Midnight in Paris” acompanha duas histórias separadas que são unidas pela ilusão de que as suas personagens têm de que se levassem uma vida diferente seriam mais felizes.

sábado, 24 de abril de 2010

Midnight in Paris - Elenco

O elenco de “Midnight in Paris” já é conhecido. A comédia romantica que será realizada por Woody Allen contará com um elenco de grande qualidade que será encabeçado por Owen Wilson, Marion Cotillard e Rachel McAdams mas que também contará com a ilustre presença de Carla Bruni-Sarkozy, Michael Sheen, Nina Arianda, Tom Hiddleston, Kathy Bates, Corey Stoll, Kurt Fuller e Mimi Kennedy. “Midnight in Paris”acompanha duas histórias separadas que são unidas pela ilusão de que as suas personagens têm de que se levassem uma vida diferente seriam mais felizes. As filmagens de “Midnight In Paris” começam em Junho de 2010 e a sua estreia mundial está marcada para 2011.