Realizado por Sam Mendes
Com: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Kathy Bates e Michael Shannon
Baseado no romance de Richard Yates, “Revolutionary Road” apresenta-nos um casal igual a tantos outros, mas que no entanto tenta rumar contra a maré do destino e das regras ditadas pela sociedade. Frank e April Wheeler formam um casal regido pelos mesmos valores e interesses e que se conhece numa festa banal. Acabam por se apaixonar e mais tarde casam, mas com a condição de não deixarem de viver as suas vidas e nunca se deixarem cair no manto de retalhos que opera o conservadorismo, convencionalismo e comodismo da sociedade. Porém, April engravida e ambos decidem que o próximo passo é arranjar uma casa maior para viver, ao mesmo tempo que Frank arranja um emprego que vai contra tudo o que sempre desejou e April se força a tomar conta dos filhos em casa. À medida que o tempo vai passando e surge um segundo filho, ambos se apercebem que os seus sonhos não passam de uma mentira e que não conseguem escapar ao modus operandi da sociedade ocidental.
“Revolutionary Road” é um filme complexo e ousado que tenta fazer uma reflexão crítica ao modo de vida dessa sociedade. Frank e April representam todos os jovens que defendem que nunca irão deixar de perseguir as suas ambições e nunca deixarão de lutar pelos seus sonhos, mas que esbarram no casamento e nas exigências da vida familiar e profissional. O filme levanta inúmeras questões. Será que as pessoas são realmente felizes com a vida que levam? Deveremos optar pela família ou pela carreira profissional? Viveremos todos presos a uma sociedade que nos conspurca a liberdade e a criatividade, transformando-nos todos em autómatos conformistas? Questões complexas mas pertinentes.
Com: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Kathy Bates e Michael Shannon
Baseado no romance de Richard Yates, “Revolutionary Road” apresenta-nos um casal igual a tantos outros, mas que no entanto tenta rumar contra a maré do destino e das regras ditadas pela sociedade. Frank e April Wheeler formam um casal regido pelos mesmos valores e interesses e que se conhece numa festa banal. Acabam por se apaixonar e mais tarde casam, mas com a condição de não deixarem de viver as suas vidas e nunca se deixarem cair no manto de retalhos que opera o conservadorismo, convencionalismo e comodismo da sociedade. Porém, April engravida e ambos decidem que o próximo passo é arranjar uma casa maior para viver, ao mesmo tempo que Frank arranja um emprego que vai contra tudo o que sempre desejou e April se força a tomar conta dos filhos em casa. À medida que o tempo vai passando e surge um segundo filho, ambos se apercebem que os seus sonhos não passam de uma mentira e que não conseguem escapar ao modus operandi da sociedade ocidental.
“Revolutionary Road” é um filme complexo e ousado que tenta fazer uma reflexão crítica ao modo de vida dessa sociedade. Frank e April representam todos os jovens que defendem que nunca irão deixar de perseguir as suas ambições e nunca deixarão de lutar pelos seus sonhos, mas que esbarram no casamento e nas exigências da vida familiar e profissional. O filme levanta inúmeras questões. Será que as pessoas são realmente felizes com a vida que levam? Deveremos optar pela família ou pela carreira profissional? Viveremos todos presos a uma sociedade que nos conspurca a liberdade e a criatividade, transformando-nos todos em autómatos conformistas? Questões complexas mas pertinentes.
Frank e April são a imagem perfeita de duas pessoas que se julgavam especiais e que nunca iriam ser como os seus antecessores. Frank e April são a perfeita imagem da decepção e da tormenta de quem vê a vida passar ao lado enquanto simplesmente luta para sobreviver. As regras ditadas pela sociedade são postas em causa e a concepção de família feliz é alvo de inúmeros questionamentos. Frank não quer ser o marido com o trabalho chato que vive apenas para sustentar a família. Mas a isso é obrigado. April não se conforma com a ideia de ser dona de casa e viver em função dos filhos. Mas a isso é obrigada. Imersos num mar de frustração que afoga qualquer alma, Frank e April vão então virar-se um contra o outro, desconhecendo a razão pela qual se deixaram mergulhar no quotidiano enfadonho e miserável da maior parte dos casais.
Como se percebe, os ânimos aquecem com o decorrer do filme e o duo DiCaprio-Winslet é obrigado a interpretar cenas de uma enorme carga emocional. E tanto um como outro são absolutamente excepcionais! Sam Mendes conta a história em função destas personagens e fixa a câmara nos dois protagonistas, por vezes como se de uma peça de teatro se tratasse. Este é um filme de actores e “Revolutionary Road” apresenta-nos algumas das melhores interpretações dos últimos anos. Winslet só não foi nomeada para o Oscar neste filme porque foi nomeada por “The Reader”; quanto a DiCaprio, não se percebe porque ficou de fora. Este é sem dúvida alguma o seu melhor papel desde “The Aviator”. A tensão emocional lê-se nos olhos dos actores e para além disso, Mendes conta a história com mestria, serenidade e coragem. Nota também para Michael Shannon que interpreta um homem aparentemente louco, mas que acaba por ser o único a visionar a verdade por trás da cadeia de mentiras. Como único a desafiar o funcionamento da sociedade, a sua personagem é imediatamente classificada de “louca”, algo que Mendes não introduz por mero acaso. “Revolutionary Road” é um filme que nos faz pensar e que transforma o “sonho americano” numa mentira e a “casa dos nossos sonhos” numa autêntica prisão. Um pouco à imagem de “American Beauty”, o que nos mostra que o realizador têm uma paixão mórbida por este tema. Mas “Revolutionary Road” não é uma cópia de “American Beauty” e pela sua coragem, perspicácia e ousadia, a última obra de Sam Mendes facilmente se afirma como um dos melhores filmes dos últimos anos.
Classificação - 5 Estrelas Em 5
2ª Crítica - AQUI
3ª Crítica - AQUI
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