Realizado por Pete Travis
Com Dennis Quaid, Matthew Fox, William Hurt, Forest Whitaker, Sigourney Weaver
“Vantage Point” é um filme que prometia um espectáculo cinematográfico de boa qualidade ao conter um bom grupo de actores e uma história aparentemente intrigante e interessante. O filme realizado por Pete Travis apresentava todos os indícios de ser uma boa obra de entretenimento, no entanto, acaba por se revelar como a primeira grande desilusão de 2008. A principal causa deste autêntico descalabro é o argumento que apesar de partir de um conceito interessante acaba por ser mal conduzido/ escrito, revelando-se uma autêntica confusão, entrelaçando oito diferentes pontos de vista num gigantesco festival de repetições e contradições.
Estamos perante uma história centrada em questões políticas que mistura um pouco de acção com thriller. O Presidente dos Estados Unidos viaja até Espanha, mais precisamente até Salamanca onde irá participar numa conferência sobre a paz mundial. No meio do seu discurso à multidão é vítima de um atentado à sua vida. A partir daqui iremos acompanhar oito personagens, cada uma com a sua versão dos acontecimentos, todas com um ponto de vista e um relato diferente sobre o acontecimento o que leva à pergunta central do filme, afinal o que realmente aconteceu? A ideia das diferentes perspectivas é bastante interessante e consegue ser bastante produtiva quando é bem idealizada e construída, infelizmente esse não é o caso de “Vantage Point”. A primeira grande falha são o número de mini-histórias abordadas, penso que oito é um claro exagero por parte dos guionistas, com apenas quatro ou cinco histórias a ideia ficaria melhor vincada, oferecendo na mesma um bom nível de suspense e intriga ao espectador, assim este não correria o risco de ficar saturado com relatos confusos e distintos sobre a mesma história, isto leva-me à segunda grande falha, as repetições. É impressionante o numero de vezes em que vemos a cena do assassinato do presidente e da explosão da bomba, infelizmente não é só esta que é repetida, muitas cenas são repescadas pelas oito histórias o que leva claramente à frustração de quem o vê . Escusado será dizer que o suspense pretendido pelos seus criadores vai-se esfumando a cada história que passa porque simplesmente o interesse e a atenção do espectador vão diminuindo.
O argumento acaba por ser tão fraco que acaba por praticamente esquecer um tema mais sério, rico em questões importantes e interessantes como é o caso da conferência mundial pró paz e anti-guerra. Uma ideia com um potencial argumentativo claro que acaba por ser desperdiçada, sendo apenas usada como pano de fundo para uma grande conspiração. Parece que os guionistas estavam mais interessados em revelar o nome do assassino e qual das histórias é a do verdadeiro mau da fita em vez de oferecer um filme politicamente interessante que certamente resultaria muito bem entre o público. O argumento acaba por condicionar a realização, esta tenta evitar as repetições usando diferentes ângulos mas a história acaba sempre por ser a mesma. No entanto, esta também acaba por ser desleixada por conta própria, apresenta várias falhas/erros facilmente perceptíveis ao olhar do mais desatento espectador, a mais importante é a informação tácita de que o filme não foi filmado em Espanha mas sim no México, isto é visível nas matriculas dos carros, na disposição e dimensão da praça e claro nos vários letreiros. Erros que são demasiado visíveis e que não foram corrigidos o que demonstra uma enorme falta de preocupação para com os detalhes, esquecendo portanto que muitas das vezes a qualidade de um filme depende do promenor dos seus detalhes.
O elenco é composto por actores de renome mas que acabam por ser muito mal utilizados, a personagem de Whitaker por exemplo, não aproveita nem metade do potencial do seu actor o que é sem dúvida uma pena. Os nomes estão lá mas os próprios papeis não apresentam qualidade e interesse e portanto o trabalho dos actores torna-se muito difícil e isso é notório, nenhum deles consegue brilhar nem se destacar não passando de peões de uma história mal estruturada. Tenho que dizer que os primeiros quinze minutos até são bastante interessantes, apresentando a qualidade esperada, se ao menos o filme mantivesse a qualidade desses quinze minutos iniciais não hesitaria em dizer que estávamos perante um dos filmes do ano, em vez disso digo que estamos perante uma das grandes desilusões de 2008.
Com Dennis Quaid, Matthew Fox, William Hurt, Forest Whitaker, Sigourney Weaver
“Vantage Point” é um filme que prometia um espectáculo cinematográfico de boa qualidade ao conter um bom grupo de actores e uma história aparentemente intrigante e interessante. O filme realizado por Pete Travis apresentava todos os indícios de ser uma boa obra de entretenimento, no entanto, acaba por se revelar como a primeira grande desilusão de 2008. A principal causa deste autêntico descalabro é o argumento que apesar de partir de um conceito interessante acaba por ser mal conduzido/ escrito, revelando-se uma autêntica confusão, entrelaçando oito diferentes pontos de vista num gigantesco festival de repetições e contradições.
Estamos perante uma história centrada em questões políticas que mistura um pouco de acção com thriller. O Presidente dos Estados Unidos viaja até Espanha, mais precisamente até Salamanca onde irá participar numa conferência sobre a paz mundial. No meio do seu discurso à multidão é vítima de um atentado à sua vida. A partir daqui iremos acompanhar oito personagens, cada uma com a sua versão dos acontecimentos, todas com um ponto de vista e um relato diferente sobre o acontecimento o que leva à pergunta central do filme, afinal o que realmente aconteceu? A ideia das diferentes perspectivas é bastante interessante e consegue ser bastante produtiva quando é bem idealizada e construída, infelizmente esse não é o caso de “Vantage Point”. A primeira grande falha são o número de mini-histórias abordadas, penso que oito é um claro exagero por parte dos guionistas, com apenas quatro ou cinco histórias a ideia ficaria melhor vincada, oferecendo na mesma um bom nível de suspense e intriga ao espectador, assim este não correria o risco de ficar saturado com relatos confusos e distintos sobre a mesma história, isto leva-me à segunda grande falha, as repetições. É impressionante o numero de vezes em que vemos a cena do assassinato do presidente e da explosão da bomba, infelizmente não é só esta que é repetida, muitas cenas são repescadas pelas oito histórias o que leva claramente à frustração de quem o vê . Escusado será dizer que o suspense pretendido pelos seus criadores vai-se esfumando a cada história que passa porque simplesmente o interesse e a atenção do espectador vão diminuindo.
O argumento acaba por ser tão fraco que acaba por praticamente esquecer um tema mais sério, rico em questões importantes e interessantes como é o caso da conferência mundial pró paz e anti-guerra. Uma ideia com um potencial argumentativo claro que acaba por ser desperdiçada, sendo apenas usada como pano de fundo para uma grande conspiração. Parece que os guionistas estavam mais interessados em revelar o nome do assassino e qual das histórias é a do verdadeiro mau da fita em vez de oferecer um filme politicamente interessante que certamente resultaria muito bem entre o público. O argumento acaba por condicionar a realização, esta tenta evitar as repetições usando diferentes ângulos mas a história acaba sempre por ser a mesma. No entanto, esta também acaba por ser desleixada por conta própria, apresenta várias falhas/erros facilmente perceptíveis ao olhar do mais desatento espectador, a mais importante é a informação tácita de que o filme não foi filmado em Espanha mas sim no México, isto é visível nas matriculas dos carros, na disposição e dimensão da praça e claro nos vários letreiros. Erros que são demasiado visíveis e que não foram corrigidos o que demonstra uma enorme falta de preocupação para com os detalhes, esquecendo portanto que muitas das vezes a qualidade de um filme depende do promenor dos seus detalhes.
O elenco é composto por actores de renome mas que acabam por ser muito mal utilizados, a personagem de Whitaker por exemplo, não aproveita nem metade do potencial do seu actor o que é sem dúvida uma pena. Os nomes estão lá mas os próprios papeis não apresentam qualidade e interesse e portanto o trabalho dos actores torna-se muito difícil e isso é notório, nenhum deles consegue brilhar nem se destacar não passando de peões de uma história mal estruturada. Tenho que dizer que os primeiros quinze minutos até são bastante interessantes, apresentando a qualidade esperada, se ao menos o filme mantivesse a qualidade desses quinze minutos iniciais não hesitaria em dizer que estávamos perante um dos filmes do ano, em vez disso digo que estamos perante uma das grandes desilusões de 2008.
Classificação 2 estrelas em 5
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