Realizado por Stanley Kubrick
Com Keir Dullea, Gary Lockwood, William Sylvester, Daniel Richter, Douglas Rain
Qual é o motivo para escrever uma critica de um filme que já conta com 40 anos de existência? Será admiração, ou a constatação de que ame-se ou odeie-se, este filme, acima de tudo consegue ter o estatuto de “obra de arte”. Stanley Kubrick, sempre “sus generis”, coloca a sua impressão digital em cada fotograma que filma! Temos aqui uma obra-prima que primeiro estranha-se e depois entranha-se, uma experiência visual inigualável! Quem ler a critica muito provavelmente já viu o filme, e sabe certamente que os diálogos não são o ponto forte do filme. Este filme anda de mão dada com a subjectividade, e pretende questionar quem o visiona sobre os limites da consciência humana! Essas questões são elevadas através da presença do monólito nas quatro fases do filme (1ª o despoletar da humanidade - 2ª A viagem até à lua – 3ª A caminho de Júpiter – 4ª Júpiter e para além do infinito).
O monólito se quisermos dizer é a figura carismática do filme, é através dela que o homem ganha capacidades para construir a sua primeira arma, e consequentemente ganhar instintos de domínio sobre outros. Através do monólito que a vida tem inicio, e por sinal seu fim. O homem encontra-se no meio desta odisseia cósmica, como marioneta do seu próprio destino. Na terceira fase numa missão a Júpiter somos confrontados com a subjectividade do filme, onde o homem combate a tecnologia que o próprio criou, por esta se tornar auto-consciente e querer corrigir os próprios erros. HAL 9000 é daquelas figuras shakespearianas que na eterna busca de consciência humana não questiona, apenas age instintivamente, tal e qual o homem pré-histórico no início do filme. O filme questiona de forma subtil os meandros da evolução da espécie humana, e no final sugere o ser humano como veículo derradeiro do monólito! E no decorrer da humanidade, a derradeira viagem de um homem apenas termina quando se conhece a si mesmo.
Confuso? Têm aqui 2001- Odisseia no Espaço! O filme não dá respostas, apenas questiona sem sequer questionar. Cabe a cada um de nós decidir a sua resposta, na consciência que detemos qual o propósito do filme. Kubrick construiu uma obra-prima que se mantém actual, e a cada visionamento vislumbra-se sempre um pormenor novo, ou interpretação nova. Adaptado de “The Sentinel” de Arthur C. Clarke, 2001 é um filme com um passado muito contestado, refere-se que na altura houve “guerra” com o autor da obra e argumentista do filme que queria mais diálogo e espectáculo visual. Kubrick sacrificou uma em prol da outra. O resultado está a vista desde 1968. Vejam-no como um Bom Vinho do Porto.
O monólito se quisermos dizer é a figura carismática do filme, é através dela que o homem ganha capacidades para construir a sua primeira arma, e consequentemente ganhar instintos de domínio sobre outros. Através do monólito que a vida tem inicio, e por sinal seu fim. O homem encontra-se no meio desta odisseia cósmica, como marioneta do seu próprio destino. Na terceira fase numa missão a Júpiter somos confrontados com a subjectividade do filme, onde o homem combate a tecnologia que o próprio criou, por esta se tornar auto-consciente e querer corrigir os próprios erros. HAL 9000 é daquelas figuras shakespearianas que na eterna busca de consciência humana não questiona, apenas age instintivamente, tal e qual o homem pré-histórico no início do filme. O filme questiona de forma subtil os meandros da evolução da espécie humana, e no final sugere o ser humano como veículo derradeiro do monólito! E no decorrer da humanidade, a derradeira viagem de um homem apenas termina quando se conhece a si mesmo.
Confuso? Têm aqui 2001- Odisseia no Espaço! O filme não dá respostas, apenas questiona sem sequer questionar. Cabe a cada um de nós decidir a sua resposta, na consciência que detemos qual o propósito do filme. Kubrick construiu uma obra-prima que se mantém actual, e a cada visionamento vislumbra-se sempre um pormenor novo, ou interpretação nova. Adaptado de “The Sentinel” de Arthur C. Clarke, 2001 é um filme com um passado muito contestado, refere-se que na altura houve “guerra” com o autor da obra e argumentista do filme que queria mais diálogo e espectáculo visual. Kubrick sacrificou uma em prol da outra. O resultado está a vista desde 1968. Vejam-no como um Bom Vinho do Porto.
Classificação - 5 Estrelas Em 5
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