quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Crítica - Rambo (2008)

Realizado por Sylvester Stallone
Com Sylvester Stallone, Julie Benz, Matthew Marsden, Graham McTavish

"Rambo 3" estreou nas salas de cinemas mundiais em 1988, vinte anos depois estreia "Rambo 4" a nova aventura do militar veterano John Rambo. Este filme marca não só o regresso da saga ao grande ecrã mas também a primeira incursão de Sylvester Stallone como realizador. Não se pode dizer que este filme seja muito diferente dos seus antepassados, é verdade que Stallone está mais velho e que a saga já não tem o impacto que tinha à vinte anos atrás até porque os tempos são outros e a competição nas bilheteiras também mas é verdade que a essência e o espírito da saga estão bem presentes. "Rambo 4" tem uma história muito semelhante aos filmes anteriores, aliás, devo dizer que o argumento deste quarto filme é uma cópia com modificações da história do terceiro, assim sendo, mais uma vez temos um John Rambo reformado e a viver pacificamente até que é chamado para salvar o dia num terrorífico cenário de guerra mas desta vez tem que salvar um grupo humanitário das mãos do exército birmanes. Esta quarta entrega não tem muito sentido é apenas mais do mesmo, um filme carregado de violência e sangue. Compreende-se a ideia de fazer regressar um clássico blockbuster mas, ao contrário de outros clássicos como "Indiana Jones" e "Rocky" que também regressam ao cinema após décadas de descanso, "Rambo" não tem uma história continuada ou uma mítica banda sonora e para além de John Rambo não existe mais nenhuma personagem mediática. "Rambo" só tem basicamente o nome e fama provenientes do século passado. "Rambo" é simplesmente um filme vazio sem história e brilho onde temos uma dose excessiva de guerra e violência.
Não posso culpar Stallone pelo fracasso desta obra. A sua interpretação como actor mantém-se intacta já a sua forma de realizar é fraca e denota inexperiência mas, na minha opinião, nem o melhor realizador do mundo podia fazer de "Rambo 4" um filme de sucesso que prestasse a devida homenagem à saga. O problema do filme é que nos dias de hoje o púbico geral não quer filmes de violência pura e dura, quer sim filmes com um forte argumento e que possa satisfazer as suas necessidades de entretenimento. Ora a fórmula de "Rambo" poderia resultar nos anos 70/80 onde a Guerra Fria estava em alta e principalmente os americanos sentiam necessidade de descarregar a sua frustração nesses filmes de guerra e violência mas actualmente não se justifica. A própria pobreza dos “inimigos” de Rambo chega a ser patética porque se antigamente John Rambo lutava contra os exércitos das maiores potências do mundo mas agora está reduzido a um contingente birmanês simplesmente patético. E os inimigos são só a ponta do iceberg deste filme sem sentido. A isto temos que juntar as sequências lentas e fracas de acção, os diálogos pobres e sem sentido, uma falta de credibilidade incrível na história do filme, a ausência de pormenores e de efeitos especiais que pudessem abrilhantar a obra. "Rambo" foi apenas uma triste intenção de marketing que resultou muito mal. A saga nunca deveria ter sido renascida porque o tempo de Rambo já passou e se há filmes que vale a pena trazer de volta há outros como Rambo que devem ficar enterrados no passado.

Classificação - 2 Estrelas Em 5

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