terça-feira, 27 de novembro de 2007

Crítica - Butterfly Effect (2004)

Realizado por Eric Bress
Com Ashton Kutcher, Amy Smart, Melora Walters, Elden Henson

"Butterfly Effect” é sem dúvida alguma uma boa experiência cinematográfica. O filme conseguiu surpreender muitos espectadores com a sua narrativa original que aborda vários temas tabús como a pedofilia ou a violência contra animais e que se centra nas viagens temporais, uma temática bastante interessante que raramente é abordada com tanta criatividade pela indústria cinematográfica. A sua história é protagonizada por Evan (Ashton Kutcher), um rapaz que sofre de um raro caso de perda de memória recente e que ocasionalmente é atingido por algumas brancas que lhe causam alguns constrangimentos. Para evitar os danos causados por esses ataques, ele passa a escrever um diário. Alguns anos mais tarde, ele descobre que esse diário pode ser uma porta para o passado, funcionando como uma máquina do tempo, assim sendo, passará a servir-se desse recurso para tentar reparar algun eventos da sua vida a partir de três momentos cruciais da sua infância: a explosão de uma bomba, uma luta que teve com um ex-amigo e que provocou a morte do seu cão e o facto de ter sido abusado pelo pai da namorada de infância. O que vai descobrir é que, ao tentar mudar o seu passado, tudo no seu futuro será afectado.



A sua intrigante história é baseada num dos muitos paradoxos temporais que se desenvolveu durante o século XX: Quais seriam as consequências na nossa vida individual e colectiva se a viagem no tempo fosse possível? As duas principais teorias podem ser resumidas na seguinte dicotomia: 1 - A história não pode ser modificada, ou seja, independentemente das acções individuais, a história possui um determinismo que faz com que ela, de um modo ou de outro, repita sempre os mesmos eventos. 2 - A história pode ser modificada, ou seja, actos individuais podem modificar o rumo dos acontecimentos e resultar em eventos completamente diversos..O seu enredo é inteligente e está muito bem estruturado, no entanto, a sua maior qualidade reside no facto de nos obrigar a reflectir sobre a vida e sobre o tempo. Talvez mais do que pensar em como seriam as nossas vidas caso nos tivéssemos comportado de maneira diferente, "Butterfly Effect" faz-nos pensar se a liberdade de decidir os rumos da nossa vida é ou não arbitrária e casual. O seu elenco é comandado por Ashton Kutcher, um actor verdadeiramente medíocre que nos oferece mais uma performance leviana e sem qualquer carisma. Amy Smart sai-se relativamente melhor ao viver diversas versões da triste Kayleigh, enquanto que os talentosos Eric Stoltz e Melora Walters pouco fazem no filme."Butterfly Effect" é uma obra surpreendentemente interessante que parte de uma premissa meio bizarra para atingir resultados bem satisfatórios.


Classificação - 3,5 Estrelas Em 5

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