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sábado, 11 de dezembro de 2010

Crítica - The Chronicles of Narnia: Voyage of the Dawn Treader (2010)


Realizado por Michael Apted
Com Skandar Keynes, Georgie Henley, Ben Barnes, Will Poulter

Ao contrário de “Harry Potter” ou “Twilight”, “The Chronicles of Narnia” não tem arrancado bons números nas bilheteiras mundiais e esta evidente falta de lucros levou a Walt Disney Pictures a vender os seus direitos sobre esta obra à 20th Century Fox, um dos maiores estúdios norte-americanos que espera convencer e cativar o público norte-americano e mundial com este “The Chronicles of Narnia: Voyage of the Dawn Treader”, um filme que não é muito diferente dos seus antecessores e que à semelhança destes é extremamente fiel ao trabalho literário em que se baseia, sendo também constituído por uma vertente visual cuidada e muitíssimo atraente e por uma narrativa razoável mas ocasionalmente cansativa e aborrecida, narrativa essa que se volta a centrar nas aventuras de Edmund Pevensie (Skandar Keynes) e Lucy Pevensie (Georgie Henley), dois dos conhecidos protagonistas dos dois filmes anteriores que voltam mais uma vez ao Reino de Nárnia, mais concretamente aos seus vastos Oceanos onde se reencontram com o Rei Caspian X (Ben Barnes) e com o seu Dawn Treader, um enorme e sublime navio narniano que tem como principal missão encontrar os Sete Lordes Perdidos de Nárnia que foram bandidos por Miraz durante o seu malvado reinado. Edmund, Lucy e Eustace (Primo dos Irmãos Pevensie), acabam por se unir a Caspian X e a Reepicheep (Simon Pegg) nesta missão para encontrar os Sete Lordes, uma missão em que estas personagens vão ter que enfrentar vários perigos e inimigos como uma maliciosa Serpente Marítima ou uma misteriosa Neblina Verde que poderá exterminar todas as criaturas que vivem neste reino.


O novo ”Chronicles of Narnia” da 20th Century Fox acaba por não nos oferecer nada de novo e está essencialmente ao mesmo nível dos seus antecessores: “The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe” (2005) e “The Chronicles of Narnia: Prince Caspian” (2008) da Walt Disney, assim sendo, “The Chronicles of Narnia: Voyage of the Dawn Treader” deverá obter um feedback muito semelhantes àquele que as outras duas obras obtiveram nas bilheteiras norte-americanas e internacionais, obras essas que narrativamente até são mais atractivas e menos confusas que esta. O enredo deste terceiro filme volta a nos transportar até um mundo encantado onde reina a fantasia e o fantástico, no entanto, entre os vários elementos sobrenaturais que inundam o ecrã e os inúmeros confrontos físicos e relativamente violentos que envolvem humanos e criaturas narnianas, somos confrontados com uma análise moralista e relativamente interessante de várias temáticas sérias e reais que se materializam essencialmente nos medos e nas incertezas das quatro personagens principais, assim sendo, analisamos subtilmente as incertezas que Lucy sente em relação à sua aparência e o medo que Edmund e Caspian têm de falhar e de desiludir os seus companheiros e antecessores, no entanto, estas personagens não são aquelas que são alvo de uma maior analise à sua personalidade porque esse título pertence a Eustace que acaba por ser a personagem principal que sofre a maior metamorfose mental até porque ele passa de um miúdo mimado e odioso para um rapaz valente e audaz que até vai ser o protagonista de “The Chronicles of Narnia: The Silver Chair”, uma transformação muito semelhante à que Edmund sofreu em “The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe”. À semelhança do que aconteceu em “The Chronicles of Narnia: Prince Caspian”, Caspian volta a estar no centro de um romance secundário que acaba por se assumir como o único elemento romântico desta obra, um elemento tão fraco e tão subtil que apenas serve para contextualizar os acontecimentos do próximo filme. O herói máximo de Nárnia, Aslam, volta a ter um pequeno cameo nesta nova obra, cameo esse que é utilizado para apresentar o Aslam Country, um local que só se torna verdadeiramente relevante no último filme destas crónicas, ainda assim, esta introdução foi muito bem idealizada e conduzida pelos criadores deste filme. Os diálogos continuam simples e a sua conclusão prepara satisfatoriamente “The Chronicles of Narnia: The Silver Chair”, oferecendo também uma “despedida” emocional a Edmund e Lucy que aparentemente não vão poder regressar a Nárnia.


O filme é comandado por Michael Apted, um cineasta muito experiente que conseguiu manter o altíssimo nível técnico e visual desta saga cinematográfica que sempre nos apresentou efeitos visuais muito cativantes e coloridos mas não tão requintado ou pormenorizados como aqueles que foram utilizados em obras como “Lord Of The Rings” ou “Avatar”. “The Chronicles of Narnia: Voyage of the Dawn Treader” é portanto um filme com uma vertente visual muito idónea e atractiva que acaba por conferir um maior realismo aos seus coloridos cenários e às várias criaturas narnianas que voltaram a ser habilmente idealizadas e graficamente construídas. As batalhas também são cativantes mas são um pouco confusas e excessivas, sendo essas características negativas exponenciadas pelo 3D que até foi bem inserido. O elenco não é fantástico mas também não nos desilude. Os actores mais novos - Skandar Keynes, Georgie Henley e Will Poulter – têm uma performance razoável e os actores mais experientes raramente aparecem no ecrã. O casal Ben Barnes (Rei Caspian) e Laura Brent (Lilliandil) também não estão mal mas oferecem muito pouco ao filme. Em suma, “The Chronicles of Narnia: Voyage of the Dawn Treader” é um filme razoável que mantém o nível dos outros filmes das “Chronicles of Narnia” mas esta deverá obter melhores receitas nas bilheteiras mundiais devido ao seu lançamento em 3D, no entanto, esta tecnologia acaba por não acrescentar muito ao filme até porque a vertente visual desta saga sempre foi pautada pela extravagância e pela cor.

Classificação - 3 Estrelas Em 5

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Crítica - The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe (2005)

Realizado por Andrew Adamson
Com Tilda Swinton, Rupert Everett, James McAvoy, Georgie Henley

O fantástico universo fantasioso criado por C. S. Lewis na década de cinquenta foi finalmente adaptado ao cinema pela Walt Disney em 2005 com este “The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe”, uma obra visualmente radiosa e cativante que adapta então o homónimo primeiro livro da famosa colectânea literária das “Chronicles of Narnia” de uma forma muito correcta e criativa. A sua história é ambientada na Segunda Guerra Mundial e é centrada em Lucy (Georgie Henley), Edmund (Skandar Keynes), Susan (Anna Popplewell) e Peter (William Moseley), quatro irmãos que são enviados pela sua mãe para a enorme mansão do solitário Professor Digory Kirke, onde encontram um armário que os leva até ao Reino de Nárnia, uma terra encantadora que é habitada por vários animais falantes e inúmeras criaturas mitológicas que são chefiadas e constantemente torturadas pela diabólica Jadis – A Bruxa Branca do Inverno (Tilda Swinton), uma líder autoritária e impiedosa que vê no Leão Aslan (Liam Neeson) o seu maior rival, no entanto, este só conseguirá derrotar esta vilã com o auxilio dos quatro irmãos que vão então liderar as criaturas do Reino de Nárnia numa fantástica batalha contra a Rainha Branca com o intuito de os libertar do Inverno Eterno e de devolver a este reino a felicidade e o encanto de outrora.


A narrativa deste “The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe” é extremamente fiel ao homónimo trabalho literário de C. S. Lewis, uma fidelidade louvável mas relativamente excessiva que acabou por contribuir para a durabilidade desmesurada desta obra que se arrasta por mais de duas horas. O seu enredo é claramente direccionado aos espectadores mais novos, no entanto, todos os espectadores de todas as idades deverão ficar satisfeitos com esta obra que se assume como um “Lord Of The Rings” menos sério e obscuro mas mais fantasioso e idílico. “The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe” é muito rico em contrastes entre a fantasia e o realismo, uma característica que é evidenciada através de várias sequências onde temas reais e sérios como a tirania ou o ciúme são abordados e mascarados por elementos sobrenaturais e idílicos, suavizando assim a sua análise e eventual transmissão ao público. As suas personagens principais são bem apresentadas ao público e o seu desenvolvimento é muito completo e competente, evidenciando assim todas as suas falhas e atributos, no entanto, Lucy e Edmund acabam por se destacar mais que Susan e Peter, não só pela sua relevância para a história mas também pelo seu contributo individual. O Leão Aslam e a Bruxa Jadis também obedecem a uma estrutura narrativa muito atractiva e eficaz, Aslam é visto como um herói misterioso e Jadis é uma vilã carismática e extremamente malvada que se assume como a perfeita rival de Aslam e dos quatro irmãos. A construção cuidada dos principais intervenientes desta obra não foi aplicada às personagens secundárias que pecam pela sua superficialidade e em alguns casos pela sua clara falta de relevância para a história, um problema que felizmente só acarreta a existência de algumas cenas perfeitamente dispensáveis. A sua conclusão inclui uma batalha épica e um final feliz que prepara satisfatoriamente a sequela deste filme, no entanto, não deixa de ser um bocado confusa para quem não conheça o trabalho literário de C. S. Lewis.


O melhor elemento de “The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe” é claramente a sua vertente visual que é absolutamente deslumbrante, captando assim a essência fantasiosa do Reino de Narnia e das criaturas que nele habitam de uma forma praticamente perfeita. Os efeitos visuais em CGI são extremamente realistas e cativantes, obedecendo também às descrições criteriosas que C. S. Lewis fez nos seus livros sobre as personagens animalescas e sobre os fantásticos cenários deste mundo ilusório e utópico. Andrew Adamson esteve muito bem na direcção desta obra, especialmente na criação dos cenários e das personagens deste mundo, no entanto, deveria ter editado melhor alguns momentos deste filme que é excessivamente longo e que por vezes se torna enfadonho. O seu elenco tem em Tilda Swinton o seu expoente máximo. É verdade que esta conceituada actriz interpreta uma personagem relevante para a história mas também é verdade que são poucos os momentos em que esta aparece no ecrã, no entanto, isto não impediu esta actriz de nos oferecer uma performance magnífica que arrasou com as performances louváveis mas relativamente mais fracas de Georgie Henley, Skandar Keynes, Anna Popplewell e William Moseley, os quatro actores que interpretam os quatro irmãos em que se centra este “The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe”, um filme que se assume como uma boa adaptação cinematográfica do homónimo trabalho literário do icónico C. S. Lewis e um início muito bom para uma saga fantasiosa com muito potencial

Classificação - 3,5 Estrelas Em 5

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Crítica - The Chronicles of Narnia: Prince Caspian (2008)

Realizado por Andrew Adamson
Com Ben Barnes, Georgie Henley, Skandar Keynes, William Moseley

Três anos depois do primeiro filme, o realizador Andrew Adamson apresenta o segundo filme das "Crónicas de Nárnia" apelidado de “The Chronicles of Narnia: Prince Caspian”, baseado no segundo livro da fantástica saga escrita por C.S.Lewis. Esta segunda aventura acontece um ano depois dos incríveis acontecimentos de “The Lion, the Witch and the Wardrobe”. Os quatro jovens que representam os quatro Reis e Rainhas de Nárnia encontram-se de novo naquele longínquo e incrível reino, descobrindo de imediato que passaram mais de mil anos desde a sua última visita. Durante a sua ausência, a Era Dourada de Nárnia extinguiu-se tendo o reino sido conquistada pelos Telmarines que agora são controlados pelo malvado Rei Miraz que governa o reino sem piedade. As quatro crianças depressa irão conhecer uma nova intrigante personagem e o herdeiro legítimo do trono de Nárnia, o jovem Príncipe Caspian que foi forçado a esconder-se enquanto o seu tio Miraz conspirava a sua morte com o intuito de colocar o seu filho, recém-nascido, no trono. Com a ajuda de um simpático anão, um corajoso rato falante chamado Reepicheep, um texugo chamado Trufflehunter e um anão negro, Nikabrik, os habitantes de Nárnia, liderados pelos grandiosos cavaleiros Peter e Caspian, embarcam numa memorável jornada para encontrar Aslan, resgatar Nárnia do domínio tirano de Miraz e restaurar a magia e glória no reino.


“The Chronicles of Narnia: Prince Caspian” é uma obra mais madura que o seu antecessor. O mundo de Nárnia já não é retratado de uma forma tão fantasiosa e fantástica como no primeiro filme, desta forma a Walt Disney tenta agradar a um público mais vasto, expandindo a sua audiência para além das crianças e jovens-adultos. Esta nova fórmula impediu que a obra original de C.S.Lewis fosse religiosamente seguida pelo argumento do filme. A base da história mantêm-se intacta mas certos pormenores foram rejeitados para impedir a infantilidade do filme enquanto outros foram criados pela equipa criativa do filme de forma a completar o enredo. De certa forma a Walt Disney tentou aproximar-se da base visual de "Senhor dos Anéis", oferecendo uma experiência cinematográfica com mais maturidade e com um visual um pouco mais negro que o primeiro filme que de certa forma ajuda a tornar esta segunda obra mais apelativo para os mais crescidos. O argumento mais sério e adulto deste segundo filme abalou um pouco a mística de conto de fadas que acompanha toda a saga literária de Nárnia, para os amantes dos livros, este novo filme irá certamente destoar um pouco com a ideia que estes criaram no seu imaginário, no entanto, este amadurecimento veio na minha opinião beneficiar o projecto, não só numa vertente económica mas também numa vertente de qualidade. Quem viu o primeiro filme irá certamente notar que a história de Prince Caspian apesar de mais adulta não é mais forte que a da primeira obra. As personagens não foram tão bem desenvolvidas, entre as cinco personagens principais do filme temos uma série de sentimentos e emoções que não são devidamente aprofundadas o que causa uma certa confusão. A certo ponto não sabemos se Peter ainda odeia Caspian ou se afinal já são amigos ou se a jovem Susan ainda se encontra apaixonada por Caspian ou se já mudou de ideias, este lapso prejudica não só o entendimento das relações pessoais no filme mas também dificulta a tarefa do público em saber em que aspectos é que os quatro jovens modificaram em relação à primeira aventura e como estarão na terceira. Também o vilão de “The Chronicles of Narnia: Prince Caspian”, o Rei Miraz, está pobremente construído, ficando a léguas da vilã de “The Lion, the Witch and the Wardrobe” a temivél Bruxa Branca interpretada por Tilda Swinton.


Os efeitos especiais utilizados nesta segunda entrega apresentam uma melhor qualidade do que os vistos em 2005. Os animais mitológicos como os centauros apresentam-se mais credíveis e realistas. Aslan, o leão mágico e uma das personagens principais dos livros de C.S.Lewis aparece mais robusto e mais semelhante a um leão real, um upgrade notório em relação à primeira aventura. A diferença mais notória entre o primeiro e segundo filme são as batalhas, estas em “The Chronicles of Narnia: Prince Caspian” desenvolvem-se de uma forma mais próxima à retratada em "Senhor dos Anéis", mais uma vez temos a nítida tentativa da Disney em sd aproximar do épico blockbuster de Peter Jackson. Se no primeiro filme tivemos apenas uma grande batalha no final, nesta segunda obra temos vários mini-conflitos que ocupam grande parte do tempo de duração. Mais uma vez estamos perante uma prova em como as "Crónicas de Nárnia" estão mais maduras porque o filme apresenta-se mais violento e destrutivo que o primeiro e apesar de não conter sangue ou violência excessiva, não deixa de ter cenas bem violentas para uma aventura infantil.O elenco mantém-se ao mesmo nível. Os quatro jovens que interpretam as principais personagens apresentam-no uma performance digna do filme e Ben Barnes que interpreta o príncipe Caspian também se mostrou a altura do desafio. “The Chronicles of Narnia: Prince Caspian” é um filme mais forte que “The Chronicles of Narnia - The Lion, the Witch and the Wardrobe”´. A Disney e o realizador Andrew Adamson foram bem sucedidos nas modificações efectuadas, tornando a saga mais apelativa para um público mais adulto mas igualmente atractivo para as crianças, o publico-alvo do filme. É certo que o argumento apresenta algumas falhas e que as batalhas demoram demasiado tempo e apresentam um grau de violência bem alto para uma aventura infantil, no entanto, esta segunda aventura nas terras mágicas de Nárnia representa uma boa dose de entretenimento.

Classificação - 3,5 Estrelas Em 5

Crítica - The Chronicles of Narnia: Prince Caspian (2008)

Realizado por Andrew Adamson
Com Ben Barnes, Georgie Henley, Skandar Keynes, William Moseley

Três anos depois do primeiro filme, o realizador Andrew Adamson apresenta o segundo filme das "Crónicas de Nárnia" apelidado de “The Chronicles of Narnia: Prince Caspian”, baseado no segundo livro da fantástica saga escrita por C.S.Lewis. Esta segunda aventura acontece um ano depois dos incríveis acontecimentos de “The Lion, the Witch and the Wardrobe”. Os quatro jovens que representam os quatro Reis e Rainhas de Nárnia encontram-se de novo naquele longínquo e incrível reino, descobrindo de imediato que passaram mais de mil anos desde a sua última visita. Durante a sua ausência, a Era Dourada de Nárnia extinguiu-se tendo o reino sido conquistada pelos Telmarines que agora são controlados pelo malvado Rei Miraz que governa o reino sem piedade. As quatro crianças depressa irão conhecer uma nova intrigante personagem e o herdeiro legítimo do trono de Nárnia, o jovem Príncipe Caspian que foi forçado a esconder-se enquanto o seu tio Miraz conspirava a sua morte com o intuito de colocar o seu filho, recém-nascido, no trono. Com a ajuda de um simpático anão, um corajoso rato falante chamado Reepicheep, um texugo chamado Trufflehunter e um anão negro, Nikabrik, os habitantes de Nárnia, liderados pelos grandiosos cavaleiros Peter e Caspian, embarcam numa memorável jornada para encontrar Aslan, resgatar Nárnia do domínio tirano de Miraz e restaurar a magia e glória no reino.


“The Chronicles of Narnia: Prince Caspian” é uma obra mais madura que o seu antecessor. O mundo de Nárnia já não é retratado de uma forma tão fantasiosa e fantástica como no primeiro filme, desta forma a Walt Disney tenta agradar a um público mais vasto, expandindo a sua audiência para além das crianças e jovens-adultos. Esta nova fórmula impediu que a obra original de C.S.Lewis fosse religiosamente seguida pelo argumento do filme. A base da história mantêm-se intacta mas certos pormenores foram rejeitados para impedir a infantilidade do filme enquanto outros foram criados pela equipa criativa do filme de forma a completar o enredo. De certa forma a Walt Disney tentou aproximar-se da base visual de "Senhor dos Anéis", oferecendo uma experiência cinematográfica com mais maturidade e com um visual um pouco mais negro que o primeiro filme que de certa forma ajuda a tornar esta segunda obra mais apelativo para os mais crescidos. O argumento mais sério e adulto deste segundo filme abalou um pouco a mística de conto de fadas que acompanha toda a saga literária de Nárnia, para os amantes dos livros, este novo filme irá certamente destoar um pouco com a ideia que estes criaram no seu imaginário, no entanto, este amadurecimento veio na minha opinião beneficiar o projecto, não só numa vertente económica mas também numa vertente de qualidade. Quem viu o primeiro filme irá certamente notar que a história de Prince Caspian apesar de mais adulta não é mais forte que a da primeira obra. As personagens não foram tão bem desenvolvidas, entre as cinco personagens principais do filme temos uma série de sentimentos e emoções que não são devidamente aprofundadas o que causa uma certa confusão. A certo ponto não sabemos se Peter ainda odeia Caspian ou se afinal já são amigos ou se a jovem Susan ainda se encontra apaixonada por Caspian ou se já mudou de ideias, este lapso prejudica não só o entendimento das relações pessoais no filme mas também dificulta a tarefa do público em saber em que aspectos é que os quatro jovens modificaram em relação à primeira aventura e como estarão na terceira. Também o vilão de “The Chronicles of Narnia: Prince Caspian”, o Rei Miraz, está pobremente construído, ficando a léguas da vilã de “The Lion, the Witch and the Wardrobe” a temivél Bruxa Branca interpretada por Tilda Swinton.


Os efeitos especiais utilizados nesta segunda entrega apresentam uma melhor qualidade do que os vistos em 2005. Os animais mitológicos como os centauros apresentam-se mais credíveis e realistas. Aslan, o leão mágico e uma das personagens principais dos livros de C.S.Lewis aparece mais robusto e mais semelhante a um leão real, um upgrade notório em relação à primeira aventura. A diferença mais notória entre o primeiro e segundo filme são as batalhas, estas em “The Chronicles of Narnia: Prince Caspian” desenvolvem-se de uma forma mais próxima à retratada em "Senhor dos Anéis", mais uma vez temos a nítida tentativa da Disney em sd aproximar do épico blockbuster de Peter Jackson. Se no primeiro filme tivemos apenas uma grande batalha no final, nesta segunda obra temos vários mini-conflitos que ocupam grande parte do tempo de duração. Mais uma vez estamos perante uma prova em como as "Crónicas de Nárnia" estão mais maduras porque o filme apresenta-se mais violento e destrutivo que o primeiro e apesar de não conter sangue ou violência excessiva, não deixa de ter cenas bem violentas para uma aventura infantil.O elenco mantém-se ao mesmo nível. Os quatro jovens que interpretam as principais personagens apresentam-no uma performance digna do filme e Ben Barnes que interpreta o príncipe Caspian também se mostrou a altura do desafio. “The Chronicles of Narnia: Prince Caspian” é um filme mais forte que “The Chronicles of Narnia - The Lion, the Witch and the Wardrobe”´. A Disney e o realizador Andrew Adamson foram bem sucedidos nas modificações efectuadas, tornando a saga mais apelativa para um público mais adulto mas igualmente atractivo para as crianças, o publico-alvo do filme. É certo que o argumento apresenta algumas falhas e que as batalhas demoram demasiado tempo e apresentam um grau de violência bem alto para uma aventura infantil, no entanto, esta segunda aventura nas terras mágicas de Nárnia representa uma boa dose de entretenimento.

Classificação - 3,5 Estrelas Em 5