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domingo, 23 de agosto de 2009

Crítica - Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back (1980)

Realizado por Irvin Kershner
Com Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, David Prowse, Frank Oz

1977 foi o ano de nascimento de uma das maiores e mais adoradas sagas de toda a História do cinema mundial. Pelas mãos de George Lucas, o público de todo o mundo delirava com “Star Wars” – um grande épico de ficção científica onde o Universo era o parque temático das maiores batalhas algumas vez vistas no grande ecrã. Tal foi a onda de euforia e sucesso, que três anos mais tarde a saga era retomada e a aventura continuava numa galáxia muito longínqua.
“Star Wars: Episode V – The Empire Strikes Back” retoma a fantástica história de Luke Skywalker, um jovem e humilde camponês, que de um dia para o outro vê a sua simples vida alterar-se drasticamente quando descobre que é um guerreiro Jedi e que o maléfico Império anda atrás dele. Depois de uma breve vitória sobre Darth Vader – o lacaio do Imperador – Luke (Hamill) decide que tem de visitar o mestre Yoda (Oz) – o velho líder dos Jedi – na tentativa de aprender mais sobre a Força e desenvolver as suas capacidades de guerreiro Jedi. Ao mesmo tempo que o seu treino se vai desenrolando, Han Solo (Ford) e a princesa Leia (Fisher) são continuamente perseguidos pelo Império, que pretende utilizá-los como isco para chegar até Luke. Quando Luke descobre que os seus amigos estão em apuros, interrompe o treino com Yoda e decide confrontar Darth Vader, numa terrível batalha que tirará o véu sobre o mistério do passado dos Jedi e sobre a verdadeira identidade da família Skywalker.


“Star Wars: Episode V – The Empire Strikes Back” é um filme mais introspectivo e profundo. Mais completo e espectacular que o filme original, este episódio V é também muito mais evoluído em todas as áreas. Os aspectos técnicos como os efeitos especiais, a fotografia e a caracterização de personagens estão mais cuidados, e acima de tudo, “The Empire Strikes Back” é dotado de um argumento bem mais profundo, apaixonado e complexo do que o filme anterior. De facto, o ponto forte deste filme é o aprofundar do passado trágico da família Skywalker e a descoberta da ligação que o herói tem com o grande vilão; uma ligação que vai muito além do simples confronto entre Bem e Mal.
Luke Skywalker torna-se neste filme uma personagem muito mais madura, culta e credível, fruto de um treino curioso e intenso com o mestre Yoda (deliciosamente manuseado por Frank Oz). Darth Vader despe também a ideia de que é apenas um lacaio robótico sem pensamento, adquirindo uma postura bem mais interessante onde os sentimentos sobem à flor da pele e o tornam uma personagem trágica e simplesmente única na História do cinema. Destaque também para as interpretações enérgicas e cómicas de Harrison Ford e Carrie Fisher, um duo sempre pronto a levar os espectadores ao riso ou a um impulso de adrenalina. Quanto à banda-sonora do mestre John Williams, palavras para quê? Simplesmente uma das melhores de todos os tempos e o tema criado para Darth Vader descreve perfeitamente todo o rancor existente na personagem.
Resumindo, “The Empire Stikes Back” suplanta o filme original de todas as maneiras imagináveis, pecando apenas por alguma infantilidade em certas cenas na tentativa de expandir a audiência da saga e não a limitar a um público mais adulto. Ponto este que acaba por afectar todos os filmes da saga, retirando-lhes alguns pontos.

Classificação - 4 Estrelas Em 5

Crítica - Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back (1980)

Realizado por Irvin Kershner
Com Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, David Prowse, Frank Oz

1977 foi o ano de nascimento de uma das maiores e mais adoradas sagas de toda a História do cinema mundial. Pelas mãos de George Lucas, o público de todo o mundo delirava com “Star Wars” – um grande épico de ficção científica onde o Universo era o parque temático das maiores batalhas algumas vez vistas no grande ecrã. Tal foi a onda de euforia e sucesso, que três anos mais tarde a saga era retomada e a aventura continuava numa galáxia muito longínqua.
“Star Wars: Episode V – The Empire Strikes Back” retoma a fantástica história de Luke Skywalker, um jovem e humilde camponês, que de um dia para o outro vê a sua simples vida alterar-se drasticamente quando descobre que é um guerreiro Jedi e que o maléfico Império anda atrás dele. Depois de uma breve vitória sobre Darth Vader – o lacaio do Imperador – Luke (Hamill) decide que tem de visitar o mestre Yoda (Oz) – o velho líder dos Jedi – na tentativa de aprender mais sobre a Força e desenvolver as suas capacidades de guerreiro Jedi. Ao mesmo tempo que o seu treino se vai desenrolando, Han Solo (Ford) e a princesa Leia (Fisher) são continuamente perseguidos pelo Império, que pretende utilizá-los como isco para chegar até Luke. Quando Luke descobre que os seus amigos estão em apuros, interrompe o treino com Yoda e decide confrontar Darth Vader, numa terrível batalha que tirará o véu sobre o mistério do passado dos Jedi e sobre a verdadeira identidade da família Skywalker.


“Star Wars: Episode V – The Empire Strikes Back” é um filme mais introspectivo e profundo. Mais completo e espectacular que o filme original, este episódio V é também muito mais evoluído em todas as áreas. Os aspectos técnicos como os efeitos especiais, a fotografia e a caracterização de personagens estão mais cuidados, e acima de tudo, “The Empire Strikes Back” é dotado de um argumento bem mais profundo, apaixonado e complexo do que o filme anterior. De facto, o ponto forte deste filme é o aprofundar do passado trágico da família Skywalker e a descoberta da ligação que o herói tem com o grande vilão; uma ligação que vai muito além do simples confronto entre Bem e Mal.
Luke Skywalker torna-se neste filme uma personagem muito mais madura, culta e credível, fruto de um treino curioso e intenso com o mestre Yoda (deliciosamente manuseado por Frank Oz). Darth Vader despe também a ideia de que é apenas um lacaio robótico sem pensamento, adquirindo uma postura bem mais interessante onde os sentimentos sobem à flor da pele e o tornam uma personagem trágica e simplesmente única na História do cinema. Destaque também para as interpretações enérgicas e cómicas de Harrison Ford e Carrie Fisher, um duo sempre pronto a levar os espectadores ao riso ou a um impulso de adrenalina. Quanto à banda-sonora do mestre John Williams, palavras para quê? Simplesmente uma das melhores de todos os tempos e o tema criado para Darth Vader descreve perfeitamente todo o rancor existente na personagem.
Resumindo, “The Empire Stikes Back” suplanta o filme original de todas as maneiras imagináveis, pecando apenas por alguma infantilidade em certas cenas na tentativa de expandir a audiência da saga e não a limitar a um público mais adulto. Ponto este que acaba por afectar todos os filmes da saga, retirando-lhes alguns pontos.

Classificação - 4 Estrelas Em 5

sábado, 30 de agosto de 2008

Crítica - Star Wars: The Clone Wars (2008)

Realizado por Dave Filoni.
Com vozes de Matt Lanter, Ashley Eckstein, James Arnold Taylor, Dee Bradley Baker

As décadas de 70 e 80 foram pautadas pelo sucesso arrebatador da saga “Star Wars”, durante anos milhares de fãs da saga cultivaram um enorme culto aos três filmes que contaram a fantástica história de uma Galáxia distante. Em 1999, George Lucas apresentou “The Phantom Menace”, o primeiro de três filmes criados para relatar os acontecimentos anteriores aos retratados na saga original, esta decisão de Lucas enfureceu os fãs de “Star Wars” que atacaram ferozmente a atitude capitalista do cineasta, contudo as prequelas acabaram por apresentar uma boa qualidade ao nível do enredo e imagem que lhes permitiu alcançar um sucesso moderado. Agora chega-nos “Star Wars – The Clone Wars”, um filme de animação que recupera a história da mítica saga, no entanto fá-lo de uma forma assustadoramente pobre e fraca que faz novamente sobressair os desejos capitalistas de Lucas e dos restantes responsáveis pela saga, ao mesmo tempo que denigre o legado de “Star Wars”. Cronologicamente, a acção de “The Clone Wars” decorre entre os Episódios II (2002) e III (2005) e relata a Guerra dos Clones que devastou a Galáxia e que terminou com a extinção da República e o nascimento do glorioso Império. O filme transporta-nos para um cenário de devastação e guerra entre os maléficos Separatistas, com os seus enormes exércitos de andróides, e a República, auxiliada pelos seus exércitos de Clones e pelos Cavaleiros Jedi. O futuro da República e do Universo está nas mãos do jovem Anakin Skywalker, que juntamente com os Mestres Yoda e Obi-Wan Kenobi, vai tentar impedir que o Lado Negro triunfe sobre o bem.
O aspecto visual do filme acaba por ser o seu pior defeito, a animação computorizada do filme fica a léguas da qualidade apresentada pelos estúdios peritos neste campo, como a Pixar ou a Dreamworks, nem os trabalhos iniciais destes estúdios apresentavam uma qualidade tão má como a que nos apresenta “The Clone Wars”. A animação do filme faz-nos lembrar os efeitos visuais e tecnológicos de um mau videojogo dirigido a crianças ou pré-adolescentes, algo que contrasta com a maturidade e seriedade visual apresentada pela saga original.O argumento também não ajuda a compensar a enorme falha do campo visual, este não consegue contextualizar devidamente a história acabando por oferecer ao público um enredo confuso e algo afastado da realidade “Star Wars”, contudo esta lacuna pode ser desculpada quando nos apercebemos que 70% do filme é ocupado por cenas de batalha, o que deixa pouca margem de manobra para diálogos ou explicações alongada.
Essas cenas de batalha que preenchem a maior parte do tempo do filme não passam de um fraco espectáculo visual repleto de batalhas laser de cores aguerridas e algumas explosões pobremente executadas, à medida que o filme se desenvolve estas cenas de acção ficam cada vez mais aborrecidas e deslocadas. Quanto ao elenco que empresta as suas vozes às personagens animadas do filme, não tenho nada a dizer, cumprem a sua função e nada mais. "Star Wars - The Clone Wars" é sem dúvida o pior produto da mítica saga criada por George Lucas na década de 70, o cineasta ocupou apenas o cargo de produtor nesta nova aventura no entanto, não deixa de ser o grande responsável por trazer de volta uma saga que já merecia um descanso definitivo e dar-lhe um filme de pobre qualidade que não faz jus ao seu passado. É de relembrar que este filme funciona como lançamento para uma série animada baseada na história "Star Wars" que deverá estrear em Outubro nos EUA no canal Cartoon Network. A série contará com mais de 100 episódios baseados na Guerra dos Clones e será produzida pela LucasFilms Animation. Contudo isto não chega para explicar a fraca qualidade de uma obra com o nome "Star Wars" nem tão pouco chega para explicar como é que conseguiu chegar aos cinemas.

Classificação - 1,5 Estrela Em 5

Crítica - Star Wars: The Clone Wars (2008)

Realizado por Dave Filoni.
Com vozes de Matt Lanter, Ashley Eckstein, James Arnold Taylor, Dee Bradley Baker

As décadas de 70 e 80 foram pautadas pelo sucesso arrebatador da saga “Star Wars”, durante anos milhares de fãs da saga cultivaram um enorme culto aos três filmes que contaram a fantástica história de uma Galáxia distante. Em 1999, George Lucas apresentou “The Phantom Menace”, o primeiro de três filmes criados para relatar os acontecimentos anteriores aos retratados na saga original, esta decisão de Lucas enfureceu os fãs de “Star Wars” que atacaram ferozmente a atitude capitalista do cineasta, contudo as prequelas acabaram por apresentar uma boa qualidade ao nível do enredo e imagem que lhes permitiu alcançar um sucesso moderado. Agora chega-nos “Star Wars – The Clone Wars”, um filme de animação que recupera a história da mítica saga, no entanto fá-lo de uma forma assustadoramente pobre e fraca que faz novamente sobressair os desejos capitalistas de Lucas e dos restantes responsáveis pela saga, ao mesmo tempo que denigre o legado de “Star Wars”. Cronologicamente, a acção de “The Clone Wars” decorre entre os Episódios II (2002) e III (2005) e relata a Guerra dos Clones que devastou a Galáxia e que terminou com a extinção da República e o nascimento do glorioso Império. O filme transporta-nos para um cenário de devastação e guerra entre os maléficos Separatistas, com os seus enormes exércitos de andróides, e a República, auxiliada pelos seus exércitos de Clones e pelos Cavaleiros Jedi. O futuro da República e do Universo está nas mãos do jovem Anakin Skywalker, que juntamente com os Mestres Yoda e Obi-Wan Kenobi, vai tentar impedir que o Lado Negro triunfe sobre o bem.
O aspecto visual do filme acaba por ser o seu pior defeito, a animação computorizada do filme fica a léguas da qualidade apresentada pelos estúdios peritos neste campo, como a Pixar ou a Dreamworks, nem os trabalhos iniciais destes estúdios apresentavam uma qualidade tão má como a que nos apresenta “The Clone Wars”. A animação do filme faz-nos lembrar os efeitos visuais e tecnológicos de um mau videojogo dirigido a crianças ou pré-adolescentes, algo que contrasta com a maturidade e seriedade visual apresentada pela saga original.O argumento também não ajuda a compensar a enorme falha do campo visual, este não consegue contextualizar devidamente a história acabando por oferecer ao público um enredo confuso e algo afastado da realidade “Star Wars”, contudo esta lacuna pode ser desculpada quando nos apercebemos que 70% do filme é ocupado por cenas de batalha, o que deixa pouca margem de manobra para diálogos ou explicações alongada.
Essas cenas de batalha que preenchem a maior parte do tempo do filme não passam de um fraco espectáculo visual repleto de batalhas laser de cores aguerridas e algumas explosões pobremente executadas, à medida que o filme se desenvolve estas cenas de acção ficam cada vez mais aborrecidas e deslocadas. Quanto ao elenco que empresta as suas vozes às personagens animadas do filme, não tenho nada a dizer, cumprem a sua função e nada mais. "Star Wars - The Clone Wars" é sem dúvida o pior produto da mítica saga criada por George Lucas na década de 70, o cineasta ocupou apenas o cargo de produtor nesta nova aventura no entanto, não deixa de ser o grande responsável por trazer de volta uma saga que já merecia um descanso definitivo e dar-lhe um filme de pobre qualidade que não faz jus ao seu passado. É de relembrar que este filme funciona como lançamento para uma série animada baseada na história "Star Wars" que deverá estrear em Outubro nos EUA no canal Cartoon Network. A série contará com mais de 100 episódios baseados na Guerra dos Clones e será produzida pela LucasFilms Animation. Contudo isto não chega para explicar a fraca qualidade de uma obra com o nome "Star Wars" nem tão pouco chega para explicar como é que conseguiu chegar aos cinemas.

Classificação - 1,5 Estrela Em 5

sábado, 8 de março de 2008

Crítica - Star Wars - Episode III: Revenge Of The Sith (2005)

Realizado por: George Lucas
Com Ewan McGregor, Hayden Christensen, Natalie Portman, Ian McDiarmid e Samuel L. Jackson

Muitos dirão que a segunda trilogia de Star Wars (a que engloba os episódios I, II e III) nunca deveria ter visto a luz do dia. Muitos amaldiçoaram George Lucas por reinventar este grande clássico de ficção científica, chegando mesmo a dizer que “ele deveria era estar quieto!”. A maior parte dos fãs da saga defende com alma e coração que estas 3 prequelas são uma palhaçada, em comparação com os 3 filmes originais. Eu não sou da mesma opinião. Quando “Star Wars” (actualmente o Episódio IV) surgiu em 1977, rapidamente se percebeu que estávamos perante um clássico iminente da ficção científica. “Star Wars” é um dos filmes com mais sucesso da História do cinema e a trilogia original transformou-se naturalmente numa das maiores sagas dessa História. Perante algo tão inovador e apaixonante, os fãs de cinema depressa se renderam à magia das batalhas espaciais e dos sabres de luz. Assim sendo, é perfeitamente natural que os fãs da trilogia original não vejam com bons olhos esta trilogia mais recente (ainda que não estejamos a falar de um remake mas sim de prequelas). A trilogia original despertou uma verdadeira paixão nos seus fãs, de modo que ver essa trilogia remexida ou com uma nova abordagem não é algo fácil de aceitar. Por exemplo, iria custar-me muito ver um remake da trilogia de “Lord Of The Rings” daqui a umas décadas. Por muito bons que os filmes fossem. Basicamente, eu compreendo perfeitamente os sentimentos desses fãs, mas apesar de tudo sei que por vezes quem está “por fora” consegue ver melhor a realidade das coisas. Como eu nunca tinha visto a trilogia original, a minha visão ou o meu julgamento não estavam toldados pelo sentimento de lealdade aos filmes originais. E assim, sou capaz de ter uma opinião diferente e fazer uma análise mais imparcial.
Em 1999 com o episódio I (“The Phantom Menace”), os fãs estavam à espera de ver um universo semelhante ao dos filmes originais. Em vez disso, depararam-se com uma verdadeira revolução e um universo muito diferente, onde os únicos pontos de ligação com a trilogia original eram as personagens de Obi-Wan Kenobi e o maléfico Darth Sidious. Naturalmente isto irritou muitos fãs, que assim viram as suas expectativas algo defraudadas. Estavam à espera de ver a história de como Darth Vader surgiu e em vez disso deparam-se com a história de um rapazinho sonhador… Imediatamente surgiram os “buus”, os polegares apontados para baixo e as críticas a George Lucas. Mas o episódio I não é assim tão mau. Não é mau o episódio I nem é má esta trilogia mais recente. Na minha opinião, esta trilogia é até melhor do que a anterior. E antes que me matem por dizer isto, tenho que explicar que a minha opinião não se baseia nos efeitos especiais melhorados, mas antes no equilíbrio dos argumentos e na realização de George Lucas mais aprimorada e cuidada. Uma das personagens mais criticadas nesta trilogia mais recente é a de Jar Jar Binks. Ok, concordo que é uma personagem algo infantil e desnecessária mas tem a sua piada. Para além disso, comparem-na com os irritantes ursinhos de peluche do episódio VI (“Return Of The Jedi”) que destroem um exército inteiro de clones e depois digam-me alguma coisa. George Lucas (após inúmeras críticas e insultos à sua pessoa) disse numa entrevista que se existem falhas e defeitos na sua saga, elas encontram-se maioritariamente na trilogia original. Tendo em conta o exemplo dos referidos ursinhos de peluche, não podia estar mais de acordo. Mas não quero que me interpretem mal! Eu sou um fã da trilogia original! Sem dúvida que sou! Simplesmente acho que esta trilogia mais recente é melhor. Mas esta minha crítica é referente ao terceiro episódio da saga (“Revenge Of The Sith”) e é sobre esse filme que me vou debruçar.
Para mim, “Star Wars – Episode III: Revenge Of The Sith” é o melhor filme dos seis. A seguir ao episódio III, talvez o melhor seja o V (“The Empire Strikes Back”) e o pior de todos o VI (“Return Of The Jedi”); mas o melhor é sem dúvida o 3º tomo da saga. “Revenge Of The Sith” é o mais negro dos filmes de Star Wars, sendo aquele que mais reflecte sobre a natureza da condição humana e aquele que mais profundamente explora o lado negro da Força. Com este 3º episódio, finalmente os fãs da saga tiveram a história por que tanto esperavam e perceberam a razão por que Anakin Sywalker renuncía ao bem e às leis dos Jedi, para se tornar Darth Vader – o mais temido dos Lordes Sith. E que mais poderia levar Anakin ao abismo que não o amor? O amor é de facto a mais poderosa das emoções humanas. É a emoção mais intensa. A emoção que nos faz sentir bem, mas também aquela mais perigosa que nos pode levar ao ódio, à raiva, ao sofrimento, ao desespero, à essência do lado negro da Força. Implicitamente e de forma subtil, neste episódio III, George Lucas faz uma verdadeira reflexão sobre as emoções e a alma humana. Como uma verdadeira tragédia grega, o robusto e bondoso herói da história – Anakin Skywalker – sucumbe às negras profundezas do sofrimento e é por amor que acaba por destruir a sua vida e mergulhar a galáxia numa escuridão interminável. É o medo de perder a sua amada que o leva à desgraça. Isto é a essência de uma verdadeira tragédia. E a vida real pode ser trágica, pelo que esta reflexão faz todo o sentido.
À medida que o filme vai passando, George Lucas mergulha-nos cada vez mais na escuridão e no sofrimento da personagem que depressa muda o seu estatuto de herói para o estatuto de vilão atormentado. O filme está filmado de uma forma bela, o argumento está carregado de tragédia, a banda sonora do mestre John Williams faz-nos sentir essa tragédia, os efeitos especiais são assombrosos e o filme faz todas as ligações com a trilogia original. Que mais poderíamos querer? Por muito criticado que Hayden Christensen possa ter sido, por muito que ele ainda não seja um actor muito versátil, o que é facto é que ele é perfeito neste papel. Hayden Christensen cumpre o papel de forma perfeita e só dessa forma poderíamos sentir a mágoa que sentimos quando o vemos cair nas profundezas da escuridão. Através da sua representação, conseguimos sentir a sua dor, conseguimos acreditar na personagem, e nós próprios sentimos dor e desperdício quando o vemos virar as costas à bondade e aos Jedi. Para além de tudo isto, soube muito bem voltar a ouvir a respiração perturbadora de Darth Vader, pelo que o momento em que o voltamos a ver na tela é simplesmente mágico. “Revenge Of The Sith” é (para mim) o filme mais sério, mais adulto e equilibrado da saga. Por todas as razões enunciadas, é um excelente filme e seria uma pena termos uma má imagem dele só porque faz parte duma trilogia mal-amada. Como conclusão resta dizer que “Revenge Of The Sith” não é (apesar de tudo) um filme perfeito mas anda lá perto.

Classificação - 4,5 Estrelas Em 5