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segunda-feira, 16 de março de 2009

Crítica - Happy-Go-Lucky (2008)


Realizado por Mike Leigh
Com Sally Hawkins, Eddie Marsan e Alexis Zegerman

O realizador britânico Mike Leigh habituou-nos ao longo dos anos a reflectir sobre o lado mais negro da vida e da realidade na qual estamos inseridos. Os seus filmes são dotados de um realismo absoluto e a sua visão nunca pretendeu iludir o espectador. Poderia dizer-se que Mike Leigh é um realista por excelência. Ora então qual não é a nossa surpresa ao testemunharmos uma completa mudança nesta visão negra do realizador quando visionamos "Happy-Go-Lucky". Estamos perante um filme que é uma autêntica ode à vida e à forma como ela poderia ou deveria ser encarada.
Poppy (Hawkins) é uma jovial e entusiasta professora primária que insiste em saborear os lados positivos da vida e se recusa a cair no negrume da realidade. Ela não é afortunada e a sua vida não tem nada de especial, mas ainda assim ela encara tudo e todos com um sorriso constante e uma alegria luminosa. Um dia decide que é tempo de tirar a carta de condução e é aí que se depara com Scott (Marsan), um solitário e encolerizado instrutor de condução que é o perfeito oposto de Poppy. É nestas aulas de condução que Poppy vai colidir com o negrume da realidade, participando em acesas discussões que irão marcar de forma indelével a sua visão perfeita e colorida do mundo.


Sally Hawkins é simplesmente fenomenal neste filme. Ela não interpreta Poppy. Ela é Poppy. A sua inesgotável alegria e boa-disposição contagiam o espectador, à medida que ela preenche a tela transformando-se num furacão de pura felicidade e positivismo. A obra de Leigh apresenta-nos uma batalha de extremos: Poppy é o extremo da felicidade, enquanto Scott o extremo da cólera e do abatimento. Scott é o espectro do indivíduo derrotado pela sociedade cruel, que se vira contra essa sociedade através de um pessimismo e raiva que desgastam qualquer um. Por seu lado, Poppy vive num bairro pobre e infeliz mas ao olhar à sua volta não vê os graffiti nas paredes nem o lixo no chão, mas antes as árvores em flor e os pássaros a cantar. Ela não é propriamente uma criança pois tem noção da feia realidade. Porém, não consegue evitar optar por viver a sua vida com alegria. Neste sentido, "Happy-Go-Lucky" é uma autêntica lição de vida, especialmente nos negros tempos de crise em que vivemos.
A personagem de Poppy é simplesmente fascinante e é essencialmente definida numa brilhante cena com um mendigo algo perdido e atordoado, cena em que Poppy pressente o perigo mas ainda assim não é capaz de abandonar o homem na sua dor solitária e incompreendida. A realização e argumento de Mike Leigh demonstram todo o poder de um génio do cinema. Só não se compreende como a Academia se pôde esquecer de Sally Hawkins na categoria de Melhor Actriz. Até Eddie Marsan merecia uma nomeação como Actor Secundário. Mas nunca se pode agradar a todos e o que realmente importa é que, com prémios ou sem eles, "Happy-Go-Lucky" não deixa de ser um doce de filme.

Classificação -4 Estrelas Em 5

Crítica - Happy-Go-Lucky (2008)


Realizado por Mike Leigh
Com Sally Hawkins, Eddie Marsan e Alexis Zegerman

O realizador britânico Mike Leigh habituou-nos ao longo dos anos a reflectir sobre o lado mais negro da vida e da realidade na qual estamos inseridos. Os seus filmes são dotados de um realismo absoluto e a sua visão nunca pretendeu iludir o espectador. Poderia dizer-se que Mike Leigh é um realista por excelência. Ora então qual não é a nossa surpresa ao testemunharmos uma completa mudança nesta visão negra do realizador quando visionamos "Happy-Go-Lucky". Estamos perante um filme que é uma autêntica ode à vida e à forma como ela poderia ou deveria ser encarada.
Poppy (Hawkins) é uma jovial e entusiasta professora primária que insiste em saborear os lados positivos da vida e se recusa a cair no negrume da realidade. Ela não é afortunada e a sua vida não tem nada de especial, mas ainda assim ela encara tudo e todos com um sorriso constante e uma alegria luminosa. Um dia decide que é tempo de tirar a carta de condução e é aí que se depara com Scott (Marsan), um solitário e encolerizado instrutor de condução que é o perfeito oposto de Poppy. É nestas aulas de condução que Poppy vai colidir com o negrume da realidade, participando em acesas discussões que irão marcar de forma indelével a sua visão perfeita e colorida do mundo.


Sally Hawkins é simplesmente fenomenal neste filme. Ela não interpreta Poppy. Ela é Poppy. A sua inesgotável alegria e boa-disposição contagiam o espectador, à medida que ela preenche a tela transformando-se num furacão de pura felicidade e positivismo. A obra de Leigh apresenta-nos uma batalha de extremos: Poppy é o extremo da felicidade, enquanto Scott o extremo da cólera e do abatimento. Scott é o espectro do indivíduo derrotado pela sociedade cruel, que se vira contra essa sociedade através de um pessimismo e raiva que desgastam qualquer um. Por seu lado, Poppy vive num bairro pobre e infeliz mas ao olhar à sua volta não vê os graffiti nas paredes nem o lixo no chão, mas antes as árvores em flor e os pássaros a cantar. Ela não é propriamente uma criança pois tem noção da feia realidade. Porém, não consegue evitar optar por viver a sua vida com alegria. Neste sentido, "Happy-Go-Lucky" é uma autêntica lição de vida, especialmente nos negros tempos de crise em que vivemos.
A personagem de Poppy é simplesmente fascinante e é essencialmente definida numa brilhante cena com um mendigo algo perdido e atordoado, cena em que Poppy pressente o perigo mas ainda assim não é capaz de abandonar o homem na sua dor solitária e incompreendida. A realização e argumento de Mike Leigh demonstram todo o poder de um génio do cinema. Só não se compreende como a Academia se pôde esquecer de Sally Hawkins na categoria de Melhor Actriz. Até Eddie Marsan merecia uma nomeação como Actor Secundário. Mas nunca se pode agradar a todos e o que realmente importa é que, com prémios ou sem eles, "Happy-Go-Lucky" não deixa de ser um doce de filme.

Classificação -4 Estrelas Em 5

quinta-feira, 12 de março de 2009

"Happy-Go-Lucky" Finalmente no Porto!


Atenção cinéfilos portuenses! "Happy-Go-Lucky" ("Um Dia de Cada Vez" na versão portuguesa), o último filme de Mike Leigh nomeado para o Oscar de Melhor Argumento Original e vencedor do Golden Globe de Melhor Actriz numa comédia ou musical para a actriz britânica Sally Hawkins, chegou finalmente às salas de cinema do Porto. O filme estreou já há algumas semanas em Portugal, mas estava apenas em exibição na cidade de Lisboa. Por fim e porque mais vale tarde que nunca, "Happy-Go-Lucky" estreia agora também na cidade Invicta. O filme encontra-se em exibição nos cinemas do Shopping Cidade do Porto. Fica o aviso para quem não tenha ainda reparado e para quem já tinha perdido a esperança de ver um dos melhores filmes do passado ano de 2008. A não perder!

"Happy-Go-Lucky" Finalmente no Porto!


Atenção cinéfilos portuenses! "Happy-Go-Lucky" ("Um Dia de Cada Vez" na versão portuguesa), o último filme de Mike Leigh nomeado para o Oscar de Melhor Argumento Original e vencedor do Golden Globe de Melhor Actriz numa comédia ou musical para a actriz britânica Sally Hawkins, chegou finalmente às salas de cinema do Porto. O filme estreou já há algumas semanas em Portugal, mas estava apenas em exibição na cidade de Lisboa. Por fim e porque mais vale tarde que nunca, "Happy-Go-Lucky" estreia agora também na cidade Invicta. O filme encontra-se em exibição nos cinemas do Shopping Cidade do Porto. Fica o aviso para quem não tenha ainda reparado e para quem já tinha perdido a esperança de ver um dos melhores filmes do passado ano de 2008. A não perder!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Crítica - Happy-Go-Lucky (2008)


Realizado por Mike Leigh
Com Sally Hawkins, Alexis Zegerman, Eddie Marsan, Andrea Riseborough

O optimismo e a felicidade reinam neste “Happy-Go-Lucky”, um filme dirigido pelo experiente cineasta Mike Leigh e protagonizado por Sally Hawkins que dá vida a Poppy, a grande protagonista desta simples mas divertida história sobre amor e bom humor. Poppy é uma generosa professora londrina que distribui simpatia e boa disposição pelos seus alunos e amigos, até as pessoas mais carrancudas tornam-se mais simpáticas à sua beira. Esta sua excessiva bondade é questionada por alguns dos seus amigos mas Poppy não se preocupa e encara a vida com optimismo e esperança.
Este conto de felicidade é uma história sobre os extremos do positivismo. Durante duas horas, somos transportados para um mundo de alegria e magia incessantes que nos contagia de sentimentos positivos mas estes sentimentos são posteriormente abalados pela patente falta de dualidade da personagem principal que só parece conhecer a felicidade e a alegria. Esta constante boa disposição de Poppy torna-se por vezes desmedida e algo irritante, até nas situações mais confrangedoras e frustrantes, esta personagem consegue manter a sua postura extravagante e feliz. A história do filme tenta alertar-nos para os benefícios de acreditar nas pessoas e encarar a vida de forma positiva e esperançosa, mas fá-lo duma forma demasiado radical porque ninguém neste mundo é como Poppy e, na minha opinião, essa excessividade prejudica a mensagem central do filme. Acho que faltou um pouco mais de humanidade à personagem Poppy, sinto que lhe falta o lado mais escuro do ser humano, lado esse que é normalmente exteriorizado por sentimentos negativos como a raiva ou a inveja. A mensagem de “Happy-Go-Lucky” é importante mas não deve ser entendida como uma verdade universal absoluta, devemos sempre manter um equilíbrio entre o bem e o mal e nunca devemos ser como Poppy, uma eterna optimista que no mundo real seria devorada pela patente maldade da humanidade. Apesar de apostar numa mensagem utópica que é exteriorizada por uma personagem ilidica,”Happy-Go-Lucky” apresenta-nos um conto sobre felicidade que contem algumas cenas divertidas que poderão impulsionar sentimentos positivos no espectador, no entanto, nem todos os espectadores poderão achar piada a este filme que claramente apela ao lado fantasioso do público.
O elenco é composto por bons actores mas é Sally Hawkins que absorve todo o protagonismo da história. Não é fácil interpretar uma personagem como Poppy mas Sally apagou por completo, todo o seu lado humano negativo para assumir na perfeição esta extravagante personagem. A magnífica fotografia também é absorvida pela alegria contagiante do filme, porque retrata a enevoada e escura Londres como uma cidade alegre e feliz que poderia ser a capital da alegria e felicidade. A bela banda sonora, também contribui para a constante boa disposição presente ao longo do filme Numa época de crise mundial que envenena negativamente os sentimentos e o optimismo da Humanidade, “Happy-Go-Lucky” brinda-nos com uma história utópica sobre felicidade que poderá levantar a moralidade e esperança do público.

Classificação - 3,5 Estrelas Em 5
2ª Crítica - AQUI

Crítica - Happy-Go-Lucky (2008)


Realizado por Mike Leigh
Com Sally Hawkins, Alexis Zegerman, Eddie Marsan, Andrea Riseborough

O optimismo e a felicidade reinam neste “Happy-Go-Lucky”, um filme dirigido pelo experiente cineasta Mike Leigh e protagonizado por Sally Hawkins que dá vida a Poppy, a grande protagonista desta simples mas divertida história sobre amor e bom humor. Poppy é uma generosa professora londrina que distribui simpatia e boa disposição pelos seus alunos e amigos, até as pessoas mais carrancudas tornam-se mais simpáticas à sua beira. Esta sua excessiva bondade é questionada por alguns dos seus amigos mas Poppy não se preocupa e encara a vida com optimismo e esperança.
Este conto de felicidade é uma história sobre os extremos do positivismo. Durante duas horas, somos transportados para um mundo de alegria e magia incessantes que nos contagia de sentimentos positivos mas estes sentimentos são posteriormente abalados pela patente falta de dualidade da personagem principal que só parece conhecer a felicidade e a alegria. Esta constante boa disposição de Poppy torna-se por vezes desmedida e algo irritante, até nas situações mais confrangedoras e frustrantes, esta personagem consegue manter a sua postura extravagante e feliz. A história do filme tenta alertar-nos para os benefícios de acreditar nas pessoas e encarar a vida de forma positiva e esperançosa, mas fá-lo duma forma demasiado radical porque ninguém neste mundo é como Poppy e, na minha opinião, essa excessividade prejudica a mensagem central do filme. Acho que faltou um pouco mais de humanidade à personagem Poppy, sinto que lhe falta o lado mais escuro do ser humano, lado esse que é normalmente exteriorizado por sentimentos negativos como a raiva ou a inveja. A mensagem de “Happy-Go-Lucky” é importante mas não deve ser entendida como uma verdade universal absoluta, devemos sempre manter um equilíbrio entre o bem e o mal e nunca devemos ser como Poppy, uma eterna optimista que no mundo real seria devorada pela patente maldade da humanidade. Apesar de apostar numa mensagem utópica que é exteriorizada por uma personagem ilidica,”Happy-Go-Lucky” apresenta-nos um conto sobre felicidade que contem algumas cenas divertidas que poderão impulsionar sentimentos positivos no espectador, no entanto, nem todos os espectadores poderão achar piada a este filme que claramente apela ao lado fantasioso do público.
O elenco é composto por bons actores mas é Sally Hawkins que absorve todo o protagonismo da história. Não é fácil interpretar uma personagem como Poppy mas Sally apagou por completo, todo o seu lado humano negativo para assumir na perfeição esta extravagante personagem. A magnífica fotografia também é absorvida pela alegria contagiante do filme, porque retrata a enevoada e escura Londres como uma cidade alegre e feliz que poderia ser a capital da alegria e felicidade. A bela banda sonora, também contribui para a constante boa disposição presente ao longo do filme Numa época de crise mundial que envenena negativamente os sentimentos e o optimismo da Humanidade, “Happy-Go-Lucky” brinda-nos com uma história utópica sobre felicidade que poderá levantar a moralidade e esperança do público.

Classificação - 3,5 Estrelas Em 5
2ª Crítica - AQUI