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domingo, 1 de janeiro de 2012

Os Filmes Mais Aguardados do Novo Ano - Parte 2

Todos sabemos que 2012 vai ser um ano difícil, não havendo propriamente muitas razões para darmos as boas-vindas ao novo ano. Porém, pelo menos cinematograficamente falando, 2012 tem tudo aquilo que é preciso para ser um ano em grande. Tem dúvidas? Então veja esta lista de filmes que estão para chegar e talvez mude um pouco de opinião.


The Avengers

É uma obra que se destaca por nunca ter sido feito algo do género, em mais de um século de História cinematográfica. Alguns dos super-heróis mais famosos do universo Marvel unem forças para uma batalha que se julga épica, e ninguém duvida que as máquinas de pipocas rebentarão com tanta afluência no Verão que se aproxima. Resta saber se Joss Whedon conseguirá fazer com que os heróis partilhem o ecrã de forma moderada.


The Hobbit: An Unexpected Journey

Se também ainda não ouviu falar deste filme é porque sofre de Alzheimer ou já não sai de casa há mais de vinte anos. Após o estrondoso sucesso da trilogia “The Lord of the Rings”, a curiosidade é muita para ver se Peter Jackson e companhia conseguem voltar a fazer História no mundo do cinema. As comparações com a trilogia serão inevitáveis (apesar de se tratar de uma história completamente diferente) e Jackson terá de estar ao seu melhor nível para não desapontar os fãs acérrimos de J.R.R. Tolkien.


The Great Gatsby

É um dos romances mais aclamados de F. Scott Fitzgerald e volta a ser adaptado ao cinema pelas mãos do visionário mas controverso Baz Luhrmann. Será interessante ver o que Luhrmann (realizador de “Moulin Rouge” e “Australia”) fará com este tipo de material, ainda para mais em conjunto com um elenco de onde sobressaem os nomes de Leonardo DiCaprio, Carey Mulligan e Tobey Maguire.


Lincoln

Se “War Horse” não triunfar nos Óscares, “Lincoln” terá grandes hipóteses de o fazer na cerimónia do ano seguinte. Steven Spielberg junta-se a Daniel Day Lewis para abordar uma parte da vida de Abraham Lincoln, um dos mais famosos presidentes norte-americanos, e o resultado final augura-se extraordinário. Pena é que só estreie no final do ano.


Cosmopolis

Não se sabe propriamente muito acerca deste “Cosmopolis”, apenas que seguirá o percurso de um multimilionário (interpretado por Robert Pattinson) ao longo de uma pequena odisseia pela cidade de Manhattan. Porém, tem a chancela de David Cronenberg e isso é mais do que suficiente para nos deixar com água na boca.


The Girl With the Dragon Tattoo

A trilogia original sueca baseada nos escritos de Stieg Larsson já vale bastante por si só, mas sob o olhar destemido e penetrante de David Fincher, poderemos estar aqui perante algo ainda mais louvável. Fala-se num dos filmes mais violentos e provocadores de todos os tempos, algo que se coaduna com a forma de fazer cinema de Fincher. Agora junte-se a isto um elenco de actores consagrados e ficamos com um rico banquete para alguns dos momentos mais memoráveis de 2012.


The Artist

Tem sido o filme sensação de 2011, mas só estreia em Portugal no próximo mês de Fevereiro. “The Artist” assume-se com uma carta de amor ao cinema mudo e correm rumores de que poderá ser o grande vencedor da próxima cerimónia dos Óscares, o que, a confirmar-se e dado que se trata de um filme francês, seria bastante surpreendente. Ficamos então cada vez mais ansiosos para ver o que esta obra nos reserva.


Les Misérables

Ninguém se esquece que Tom Hooper foi o último cineasta a ser premiado com o Óscar de Melhor Realizador pelo seu “The King’s Speech”. Ora, depois disto, o seu próximo filme só poderia gerar curiosidade. E quando se trata de uma adaptação da famosa obra de Victor Hugo, essa curiosidade aumenta ainda mais. Ainda por cima quando se trata de um musical com Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway e Helena Bonham Carter no elenco.


Frankenweenie

Paixão de criança de Tim Burton, “Frankenweenie” passa de curta-metragem a longa-metragem numa altura em que o realizador já tem crédito mais do que suficiente para fazer o que bem lhe apetece, com os meios que bem deseja ter à sua disposição. Se “Dark Shadows” for tudo aquilo que se espera e “Frankenweenie” encantar tudo e todos com a sua técnica de stop-motion, Burton poderá estar perante um ano em grande.


Warrior

Graças a “Inception” e a “Tinker Tailor Soldier Spy”, Tom Hardy alcançou já o estatuto que lhe permite encabeçar o elenco de uma produção de grandes ambições. “Warrior” promete ser um filme à imagem de “Rocky” ou do mais recente “The Fighter” e os elogios têm sido muitos, razão pela qual é justo conferirmos-lhe alguma atenção.

Os Filmes Mais Aguardados do Novo Ano - Parte 1

Todos sabemos que 2012 vai ser um ano difícil, não havendo propriamente muitas razões para darmos as boas-vindas ao novo ano. Porém, pelo menos cinematograficamente falando, 2012 tem tudo aquilo que é preciso para ser um ano em grande. Tem dúvidas? Então veja esta lista de filmes que estão para chegar e talvez mude um pouco de opinião.


Prometheus

À semelhança do que “Super 8” foi no ano passado, este é o filme mais misterioso do novo ano. Tudo está a ser desenvolvido no segredo dos deuses, sabendo-se apenas que “Prometheus” promete ser uma ambiciosa prequela de “Alien”, quiçá explorando a origem dos extraterrestres mais mortíferos da História do cinema. Conseguirá Ridley Scott exceder a sua própria obra-prima?


Brave

Filme da Pixar é sempre sinónimo de filme mais aguardado do ano. “Cars 2” desiludiu bastante no Verão de 2011, sendo demasiado infantil para aquilo que estamos habituados a ver na empresa de John Lasseter e companhia. Mas “Brave” apresenta todas as condições para devolver a glória aos estúdios de animação mais premiados da actualidade, apostando de novo numa história original e cheia de coração.


The Amazing Spider-Man

Quando a saga de Sam Raimi chegou a um fim abrupto (e inesperado) e a Columbia Pictures anunciou um reboot das aventuras de Peter Parker, muitos torceram o nariz. E com razão, diga-se. Todavia, com um elenco recheado de novas estrelas e um realizador como Mark Webb, será justo aguardar pela estreia do filme para ver quem terá razão na hora da verdade. Estaremos perante um fracasso instantâneo ou o início de uma nova saga?


Skyfall

Graças a problemas financeiros, a 23ª aventura de James Bond esteve quase para ser uma miragem. Porém, as coisas resolveram-se e os fãs do agente secreto mais famoso do planeta podem respirar de alívio. Sam Mendes a dirigir uma aventura de Bond? Ainda por cima com Daniel Craig, Ralph Fiennes e Javier Bardem no elenco principal? “Skyfall” só poderia mesmo encontrar-se na lista de filmes mais apetecíveis de 2012.


Django Unchained

Joseph Gordon-Levitt, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson, Sacha Baron Cohen, Christoph Waltz, Kurt Russel e Jamie Foxx num filme de Quentin Tarantino? Mais palavras para quê? Oxalá “Django Unchained” estreasse já amanhã e não no fim do ano…


War Horse

Qualquer filme de Steven Spielberg merece figurar numa lista deste tipo. É um estatuto que o realizador mais famoso do mundo já atingiu por mérito próprio, ao longo de uma carreira absolutamente brilhante. “War Horse” marca o regresso de Spielberg a um formato de storytelling mais clássico, antevendo-se já uma epopeia de lágrima fácil. Que cheiro é este? Bolo-rei? Rabanadas? Não. É o cheiro a Óscares.


J. Edgar

Surpreendentemente, o mais recente filme do veterano Clint Eastwood tem sido arrasado pela crítica. Mas pelo menos a interpretação de Leonardo DiCaprio tem sido sobejamente elogiada e nem por sombras nos atreveríamos a deixar uma obra deste género de fora desta lista.


The Dictator

Larry Charles (realizador de “Bruno”, “Borat” e “Religulous”) a trabalhar de novo com o irreverente Sacha Baron Cohen só pode significar diversão assegurada. Desta vez, o duo aposta em criticar (ao seu bom estilo) o modo de actuar de alguns ditadores presentes e passados. Polémico? Com certeza que será. Obrigatório? Of course, indeed.


Dark Shadows

Depois da forte desilusão que foi “Alice in Wonderland”, espera-se que Tim Burton regresse à boa forma com esta adaptação cinematográfica de uma série televisiva bastante popular dos anos 60. Johnny Depp é Barnabas Collins, um vampiro tão pálido quanto apático, naquela que é a enésima colaboração do actor com o seu realizador fetiche. Tem tudo o que é preciso para brilhar bem alto, mas será que se vai deixar engolir por sombras mais negras que petróleo?


The Dark Knight Rises

Se ainda não ouviu falar deste filme é porque foi raptado por extraterrestres ou despertou agora de um congelamento corporal que lhe foi feito nos anos 40. Não há como evitar. Antes mesmo de ter estreado, “The Dark Knight Rises” é já o filme mais escaldante de 2012, com todos a quererem saber que fim Christopher Nolan terá planeado para o seu cavaleiro negro. Já não conta com o Joker de Heath Ledger e é uma pena que assim seja. Mas Tom Hardy e o seu Bane prometem afirmar-se como um poderoso trunfo escondido na manga.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Melhores Posters de 2011

Os elementos promocionais cultivam e aumentam o nosso interesse por um certo e determinado filme, assim sendo, os estúdios/ distribuidores têm que criar o maior número possível de posters e trailers de qualidade, para assim atraírem o maior número possível de espectadores. Os posters que se seguem são, no meu entender, os melhores deste ano, porque para além de serem belos e cativantes, promoverem habilmente o filme em causa.

1º - Midnight In Paris

2º - The Girl With The Dragon Tattoo

3º - Hobo With a Shotgun

4º - The Tree of Life

5º - The Rum Diary

6º - Drive

7º - The Devil's Double

8º - Meek's Cutoff

9º - Young Adult

10º - The Artist

Menção Honrosa - Melancholia

Menção Honrosa - The Submarine

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Os Piores Filmes de 2011

Os Piores Filmes de 2011

Os Piores Filmes de 2011A listagem que se segue apresenta os cinquenta piores filmes deste ano, no entanto, dentro desta classificação apenas estão as produções cinematográficas que tiveram uma distribuição nos cinemas norte-americanos ou estrangeiros, não estando incluídos as curtas-metragens ou as longas-metragens que saíram directamente para DVD em todos os principais mercados internacionais. Esta lista foi elaborada tendo em vista dois critérios fundamentais de avaliação, sendo o primeiro a minha opinião pessoal sobre os filmes em questão e o segundo a opinião generalizada da crítica especializada, nomeadamente as opiniões críticas da imprensa norte-americana mais conceituada. As comédias voltam a ocupar as posições cimeiras desta lista, com "Bucky Larson: Born to Be a Star", "Jack & Jill" e "Big Mommas: Like Father, Like Son" a assumirem-se claramente como os piores filmes deste ano. Os sofríveis "Dylan Dog: Dead of Night" e "The Roommate" foram os filmes não cómicos mais fracos deste ano, onde também estrearam vários colossos comerciais de muita fraca qualidade como "New Years Eve", "Red Ridding Hood", "Priest", "The Smurfs", "Alvin and the Chipmunks: Chipwrecked", "Green Lantern", "Conan The Barbarian", "Transformers – Dark of the Moon", "The Twilight Saga: Breaking Dawn Part 1", "Mars Needs Moms" e Sucker Punch".

1º - Bucky Larson: Born to Be a Star
2º - Big Mommas: Like Father, Like Son
3º - Jack and Jill
4º - Dylan Dog: Dead of Night
5º - The Roommate
6º - I Don't Know How She Does It
7º - New Year's Eve
8º - Trespass
9º - Shark Night 3D
10º - Beastly
11º - Passion Play
12º - Atlas Shrugged Part 1
13º - Hoodwinked Too! Hood vs. Evil
14º - Abduction
15º - Season of the Witch
16º - Seven Days In Utopia
17º - Red Riding Hood
18º - I Melt With You
19º - Zookeeper
20º - Priest
21º - The Double
22º - Something Borrowed
23º - Alvin and the Chipmunks: Chipwrecked
24º - Dirty Girl
25º - The Smurfs
26º - The Art of Getting By
27º - Dream House
28º - The Dilemma
29º - Just Go With It
30º - Green Lantern
31º - Seeking Justice
32º - The Darkest Hour
33º - How Do You Know
34º - Conan The Barbarian
35º - Apollo 18
36º - The Change-Up
37º - The Son of No One
38º - 13
39º - Prom
40º - There Be Dragons
41º - The Twilight Saga: Breaking Dawn Part 1
42º - No Strings Attached
43º - The Rite
44º - Your Highness
45º - Mr. Popper's Penguins
46º - Sucker Punch
47º - Transformers – Dark of the Moon
48º - Johnny English Reborn
49º - Miral
50º - The Human Centipede 2 (Full Sequence)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Top 10 - Filmes de 2011

O ano está a terminar e chegou a altura de escolher aqueles que foram, no meu entender, os Melhores Filmes de 2011. Relembro que esta lista versa apenas sobres os filmes que estrearam nas salas de cinema portuguesas entre Janeiro e Dezembro de 2011. Lista de Rui Madureira.

1º - Black Swan

Melhor que “Drive” só mesmo “Black Swan”, o surpreendente e hipnotizante drama musical de Darren Aronofsky. Este é um filme que transpira grandiosidade por todos os poros, com a ajuda de uma realização soberba e um desempenho de Natalie Portman de nos fazer chorar por mais. Belo, cativante e imaginativo, “Black Swan” é cinema em todo o seu esplendor, não deixando ninguém indiferente.

2º - Drive

Será, porventura, o filme mais violento e perturbador do ano, e isso não é dizer pouco. Sob as ordens sábias e visionárias de Nicolas Winding Refn, Ryan Gosling desabrocha como um dos actores mais talentosos da sua geração, comprovando que nem sempre é necessário ser-se verborreico para deixar as mais negras das emoções à vista desarmada. Tenso, artístico e sanguinolento, “Drive” só não terá hipóteses de se consagrar o melhor filme do ano porque não tem um pingo de convencionalismo, algo que ainda continua a pesar nas cerimónias de entrega de prémios.

3º - Camino

Foi a grande surpresa (pelo menos para mim) do último Fantasporto, ficando-me na memória não apenas como um dos melhores filmes de 2011, mas também como um dos melhores da última década. “Camino” é um objecto complexo de provocações subtis ao fanatismo religioso, apresentando algumas das sequências mais belas e comoventes de todo o ano cinematográfico. Nerea Camacho mostrou ser um rosto a seguir no futuro do cinema espanhol, cinema esse que continua a crescer a olhos vistos.

4º - La Piel Que Habito

É Almodóvar no seu melhor. Não terá de se esforçar muito para vencer o galardão de filme mais chocante e polémico do ano, servindo-se de um controlo narrativo impressionante para brindar o espectador com alguns dos momentos cinematográficos mais deliciosos de 2011. A não perder.

5º - The Ides of March

À primeira vista, parece ser apenas mais um filme sobre o sistema político norte-americano. Mas George Clooney transforma-o numa das grandes bombas do ano com uma realização corajosa e eficaz. Ryan Gosling não se deixou intimidar por um elenco bafejado de estrelas e Clooney tratou de o ajudar a tornar-se o grande actor deste ano. Pode ter dividido a crítica, mas “The Ides of March” merece toda a atenção que lhe possamos dar.

6º - 50/50

Será, talvez, a obra com o maior coração do ano. “50/50” tem tudo o que é preciso para triunfar, ante o grande público e a crítica especializada. As pitadas de comédia não desrespeitam o realismo da situação retratada e os momentos dramáticos não caem no melodrama barato. Uma excelente escolha para quem quiser assistir a uma comédia inteligente e bem estruturada.

7º - I Saw The Devil

É o cinema sul-coreano a demonstrar que ainda está aqui para as curvas, especialmente no que ao cinema fantástico diz respeito. “I Saw The Devil” pode não ser filme para todos os públicos, mas é certamente obrigatório para todos os aficionados da Sétima Arte.

8º - X-Men: First Class

Se Matthew Vaughn ainda necessitava de comprovar o seu talento após o magnífico “Kick-Ass”, esta prequela dos mutantes da Marvel veio acabar com todas as dúvidas. Num Verão carregado de testosterona, “X-Men: First Class” foi rei e senhor, demarcando-se das outras obras de super-heróis através de uma realização soberba, interpretações fascinantes e um enredo com classe para dar e vender.

9º - 127 Hours

Depois do sucesso de “Slumdog Millionaire”, Danny Boyle regressou às luzes da ribalta com esta obra tão chocante quanto claustrofóbica. E o resultado foi deveras surpreendente, com James Franco nomeado para os Óscares e pessoas a desmaiar em plena sala de cinema.

10º - Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2

Final cinematográfico mais épico e memorável da saga criada por J.K. Rowling seria difícil de atingir. Após uma primeira parte marcada por alguma falta de ritmo, esta segunda parte encerrou as aventuras do jovem mágico com grande estrondo, para gáudio de miúdos e graúdos. Harry Potter despediu-se dos cinemas e todos iremos sentir a sua falta.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Top 10 - Filmes de 2011

O ano está a terminar e chegou a altura de escolher aqueles que foram, no meu entender, os Melhores Filmes de 2011. Relembro que esta lista versa apenas sobres os filmes que estrearam nas salas de cinema portuguesas entre Janeiro e Dezembro de 2011.


1º - Black Swan

O estilo audaz e inconvencional de Darren Aronofsky está, uma vez mais, na base de um extraordinário filme com uma entusiasmante narrativa. A intensidade de "Black Swan" é evidente desde a sua maravilhosa cena inicial, e mantém-se forte e contante até à sua arrebatadora conclusão que não deixa nenhuma alma indiferente. Este thriller também é dotado de uma série de elementos técnicos e secundários de excelência, como uma clássica banda sonora ou uma cuidada fotografia. O notável trabalho de Natalie Portman também merece ser destacado como um dos extasiantes elementos centrais deste clássico instantâneo.

2º - Tinker Tailor Soldier Spy

Um thriller de luxo de Tomas Alfredson, que nos oferece uma história habilmente estruturada e intelectualmente desafiante que em nenhum momento nos desilude, já que nos mantém envoltos numa teia de mistério e de ansiedade até à sua brilhante conclusão. O seu elenco também é fenomenal. Gary Oldman, Tom Hardy, Colin Firth e Mark Strong nunca descuram nos detalhes e exibem todo o talento e carisma da escola britânica. Em suma, "Tinker Tailor Soldier Spy" é um filme de alto calibre, que parece resultar de um interessantíssimo e intenso cruzamento entre "The Departed" (Martin Scorsese), "The Good Shepherd" (Robert De Niro) e "Spy Game" (Tony Scott).

3º - Drive

Uma astuta e deliciosa mistura entre um drama artístico e um clássico noir. É difícil de encontrar só um elemento de relevo neste vibrante é memorável trabalho de Nicolas Winding Refn, onde reina a violência e a incontornável frieza de Ryan Gosling. "Drive" deslumbrou o Festival de Cannes, mas não é o clássico "Filme dos Óscares".

4º - Melancholia

Lars von Trier não é o melhor ou mais correcto comentador/ orador, mas o seu talento nunca foi posto em causa por ninguém e salta novamente à vista com este “Melancholia”, um filme emocionalmente forte e nitidamente cerebral que nos convence com a sua irreverência filosófica, no entanto, nem todos o verão como uma obra artística de luxo devido à sua inerente subjectividade. Eu adorei e recomendo-o a todos aqueles que apreciem um filme diferente e existencialista.

5º - Camino

A sua estreia nacional veio com três anos de atraso, mas ainda bem que “Camino” foi exibido nas nossas salas de cinema, porque este é claramente um dos melhores filmes europeus dos últimos dez anos. A controvérsia está bem viva na sua narrativa, mas este “Camino” não é, no meu entender, um filme sobre o Cancro ou a Opus Dei, mas sim sobre os altos e baixos do primeiro amor de uma valente menina, cuja história de vida (baseada em factos reais) vai certamente arrancar muitas lágrimas aos mais sensíveis e sentimentais. Nerea Camacho é a estrela mais brilhante do assombroso elenco deste melodrama espanhol que venceu vários Prémios Goya em 2009.


6º - The King’s Speech

O aceitável mas controverso vencedor do Óscar de Melhor Filme da 83ª Edição dos Prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos da América, também merece entrar nesta lista. A sua vitória ainda é discutida por muitos, mas “The King’s Speech” é de facto um drama muito interessante e habilmente construído/ estruturado sobre a vida do Rei George VI, um dos rostos mais amados e caricatos do Reino Unido do Século XX. Um filme excelente, mas não tão bom como “Black Swan”.

7º - The Ides of March

A comunidade cinéfila via-o como um dos maiores candidatos aos Óscares de 2012, mas este seu estatuto foi-se esfumado com as estreias dos seus maiores rivais, no entanto, eu continuo a achar que “The Ides of March” é um dos melhores filmes do ano. George Clooney voltou a mostrar-nos o seu inerente talento para a realização, tendo delegado em Ryan Gosling a difícil tarefa de levar às costas uma interessantíssima história cheia de reviravoltas e traições.

8º - La Piel Que Habito

A ilustre carreira de Pedro Almodóvar está recheada de sucessos, mas nenhum desses títulos de luxo é tão sombrio ou intenso como este “La Piel Que Habito”, um thriller muito dado a reviravoltas que tem cativado a crítica internacional. É verdade que “La Piel Que Habito” não é o melhor trabalho de Almodóvar, mas é indiscutivelmente um dos filmes de maior interesse de 2011.


9º - Beginners

A sua história é uma das mais belas do ano, mas existem muitos outros atractivos neste “Beginners”, um filme sobre amor e família que se assume claramente como o melhor trabalho de Mike Mills até à data. O valor do seu enredo é indiscutível, mas se não fossem as fantásticas performances de Ewan McGregor, Christopher Plummer e Mélanie Laurent, não tenho dúvidas que “Begginers” não seria tão incrível.

10º - Incendies

Um admirável filme do talentoso Denis Villeneuve, um talentoso cineasta canadiano que merecia ter levado para casa o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2010 por esta obra, no entanto, "Incendies" acabou por ser derrotado por “In a Better World”, um drama muito menos denso e emotivo. Mélissa Désormeaux-Poulin e Lubna Azabal estão fantásticas como Jeanne e Nawal Marwan, as duas mulheres centrais deste fortíssimo melodrama, que se assume claramente como uma das melhores obras indies do ano.


Menções Honrosas

Os dez filmes mencionados não foram as únicas obras de luxo que estrearam este ano nas nossas salas de cinema, mas foram as que mais me cativaram. “Another Year”, de Mike Leigh, “The Fighter”, de David O. Russell, “The Tree of Life”, de Terrence Malick, “127 Hours”, de Danny Boyle, “True Grit” de Ethan & Joel Coen, “Winter’s Bone”, de Debra Granik, “Blue Valentine” de Derek Cianfrance, “Super 8” de J.J. Abrams, “Contagion”, de Steven Soderbergh, “A Dangerous Method”, de David Cronenberg, “Cisne”, de Teresa Villaverde, “Sangue do Meu Sangue”, de João Canijo, “Crazy, Stupid Love”, de Glenn Ficarra e John Requa, “Midnight In Paris”, de Woody Allen, “Habemus Papam”, de Nanni Moretti, "A Separation", de Asghar Farhadi, "Carnage” de Roman Polanski e “Le Gamin au Velo”, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, também mereciam estar nesta lista, mas infelizmente não há espaço para todos.