O ano está a terminar e chegou a altura de escolher aqueles que foram, no meu entender, os Melhores Filmes de 2011. Relembro que esta lista versa apenas sobres os filmes que estrearam nas salas de cinema portuguesas entre Janeiro e Dezembro de 2011. Lista de Rui Madureira.
1º - Black Swan
Melhor que “Drive” só mesmo “Black Swan”, o surpreendente e hipnotizante drama musical de Darren Aronofsky. Este é um filme que transpira grandiosidade por todos os poros, com a ajuda de uma realização soberba e um desempenho de Natalie Portman de nos fazer chorar por mais. Belo, cativante e imaginativo, “Black Swan” é cinema em todo o seu esplendor, não deixando ninguém indiferente.
2º - Drive
Será, porventura, o filme mais violento e perturbador do ano, e isso não é dizer pouco. Sob as ordens sábias e visionárias de Nicolas Winding Refn, Ryan Gosling desabrocha como um dos actores mais talentosos da sua geração, comprovando que nem sempre é necessário ser-se verborreico para deixar as mais negras das emoções à vista desarmada. Tenso, artístico e sanguinolento, “Drive” só não terá hipóteses de se consagrar o melhor filme do ano porque não tem um pingo de convencionalismo, algo que ainda continua a pesar nas cerimónias de entrega de prémios.
3º - Camino
Foi a grande surpresa (pelo menos para mim) do último Fantasporto, ficando-me na memória não apenas como um dos melhores filmes de 2011, mas também como um dos melhores da última década. “Camino” é um objecto complexo de provocações subtis ao fanatismo religioso, apresentando algumas das sequências mais belas e comoventes de todo o ano cinematográfico. Nerea Camacho mostrou ser um rosto a seguir no futuro do cinema espanhol, cinema esse que continua a crescer a olhos vistos.
4º - La Piel Que Habito
É Almodóvar no seu melhor. Não terá de se esforçar muito para vencer o galardão de filme mais chocante e polémico do ano, servindo-se de um controlo narrativo impressionante para brindar o espectador com alguns dos momentos cinematográficos mais deliciosos de 2011. A não perder.
5º - The Ides of March
À primeira vista, parece ser apenas mais um filme sobre o sistema político norte-americano. Mas George Clooney transforma-o numa das grandes bombas do ano com uma realização corajosa e eficaz. Ryan Gosling não se deixou intimidar por um elenco bafejado de estrelas e Clooney tratou de o ajudar a tornar-se o grande actor deste ano. Pode ter dividido a crítica, mas “The Ides of March” merece toda a atenção que lhe possamos dar.
6º - 50/50
Será, talvez, a obra com o maior coração do ano. “50/50” tem tudo o que é preciso para triunfar, ante o grande público e a crítica especializada. As pitadas de comédia não desrespeitam o realismo da situação retratada e os momentos dramáticos não caem no melodrama barato. Uma excelente escolha para quem quiser assistir a uma comédia inteligente e bem estruturada.
7º - I Saw The Devil
É o cinema sul-coreano a demonstrar que ainda está aqui para as curvas, especialmente no que ao cinema fantástico diz respeito. “I Saw The Devil” pode não ser filme para todos os públicos, mas é certamente obrigatório para todos os aficionados da Sétima Arte.
8º - X-Men: First Class
Se Matthew Vaughn ainda necessitava de comprovar o seu talento após o magnífico “Kick-Ass”, esta prequela dos mutantes da Marvel veio acabar com todas as dúvidas. Num Verão carregado de testosterona, “X-Men: First Class” foi rei e senhor, demarcando-se das outras obras de super-heróis através de uma realização soberba, interpretações fascinantes e um enredo com classe para dar e vender.
9º - 127 Hours
Depois do sucesso de “Slumdog Millionaire”, Danny Boyle regressou às luzes da ribalta com esta obra tão chocante quanto claustrofóbica. E o resultado foi deveras surpreendente, com James Franco nomeado para os Óscares e pessoas a desmaiar em plena sala de cinema.
10º - Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2
Final cinematográfico mais épico e memorável da saga criada por J.K. Rowling seria difícil de atingir. Após uma primeira parte marcada por alguma falta de ritmo, esta segunda parte encerrou as aventuras do jovem mágico com grande estrondo, para gáudio de miúdos e graúdos. Harry Potter despediu-se dos cinemas e todos iremos sentir a sua falta.
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