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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Alpha e Aquele Querido Mês de Agosto em Roterdão


A segunda longa-metragem de Miguel Gomes e a curta de Miguel Fonseca, ambas produções de O Som e a Fúria de 2008, foram seleccionadas para a 38.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Roterdão, que se realiza de 21 de Janeiro a 1 de Fevereiro próximos. “Aquele Querido Mês de Agosto” integra a secção “Bright Future” e “Alpha” um programa que resulta de uma compilação de curtas denominada “Hidden Futures”.
O Festival Internacional de Cinema de Roterdão é considerado um dos grandes acontecimentos culturais do país e os índices de popularidade apontam-no como um dos mais atractivos, e portanto respeitados, festivais a nível mundial. A edição de 2009 do festival, mais simples do que as anteriores, divide a sua vasta selecção de filmes por três secções: Bright Future, Spectrum e Signals. A primeira, uma secção competitiva que engloba curtas e longas-metragens, é aquela que pretende caracterizar-se como plataforma para os “realizadores do futuro”, bem como “departamento” em que o festival apresenta os mais importantes, individuais e audazes novos trabalhos desenvolvidos por realizadores de todo o mundo, um deles o premiado trabalho de Miguel Gomes.
Relativamente à secção em que se inscreve “Alpha”, “Hidden Futures”, trata-se de uma muito restrita compilação de curtas-metragens – apenas três outros filmes se juntam ao de Miguel Fonseca – que tem por linha de orientação a fronteira entre o real e a ficção científica: “O mundo mágico na fronteira entre as histórias verdadeiras e a ficção científica”.De acordo com o programa de exibições do festival, “Aquele Querido Mês de Agosto” será apresentado nos dias 25, 28 e 29 de Janeiro e “Alpha” a 22 e 24.
Aquele Querido Mês de Agosto” – a escolha de três críticos convidados pela revista Britânica “Sight & Sound” para um dos cinco melhores filmes de 2008 e que constituiu o terceiro maior sucesso de bilheteira do ano passado no nosso país em termos de produções nacionais – foi, recorde-se, capa da mais recente edição da revista Cinema Scope, que lhe dedicou uma introdução muito especial, como já tivemos oportunidade de salientar. Depois de Roterdão, “Aquele Querido Mês de Agosto” estará presente no Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires, que se realiza de 25 de Março a 5 de Abril.

Sinopse de Alpha - O que começa como experiências em laboratório com animais conduz no futuro ao desenvolvimento de seres artificiais capazes de executar as mais diversas e complexas tarefas. Estes seres, cuja aparência é totalmente humana, são inteligentes e versáteis: são capazes de realizar simples tarefas como regar plantas, pôr uma mesa, tratar da roupa ou alimentar um animal de estimação. Mas não só. São seres quase autónomos e podem mesmo falar e interagir connosco. Construídos para serem mais do que electrodomésticos perfeitos, são um pouco o que os clientes quiserem que sejam: podem ser meros ajudantes na lida da casa ou simples brinquedos para as crianças, mas também podem ser amantes sofisticados e apaixonados ou uma companhia perfeita para pessoas sós. Antes de serem entregues aos clientes, as empresas desenvolvem uma espécie de estágio final dos seus produtos, supervisionado por um técnico, no qual se efectua o controlo de qualidade e onde certas capacidades são aperfeiçoadas, como a aprendizagem da língua dos clientes, por exemplo. Esta fase do processo é levada a cabo invariavelmente num meio fechado, normalmente numa casa que reproduz características-chave da casa do cliente. Alpha é um destes seres artificiais e juntamente com Beta faz parte de um casal que está agora a poucas semanas de ser transportado para os seus futuros donos no Japão.

Sinopse de Aquele Querido Mês de Agosto - No coração de Portugal, serrano, o mês de Agosto multiplica os populares e as actividades. Regressam à terra, lançam foguetes, controlam fogos, cantam karaoke, atiram-se da ponte, caçam javalis, bebem cerveja, fazem filhos. Se o realizador e a equipa do filme tivessem ido directamente ao assunto, resistindo aos bailaricos, reduzir-se-ia a sinopse: «Aquele Querido Mês de Agosto acompanha as relações sentimentais entre pai, filha e o primo desta, músicos numa banda de baile». Amor e música, portanto.

Alpha e Aquele Querido Mês de Agosto em Roterdão


A segunda longa-metragem de Miguel Gomes e a curta de Miguel Fonseca, ambas produções de O Som e a Fúria de 2008, foram seleccionadas para a 38.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Roterdão, que se realiza de 21 de Janeiro a 1 de Fevereiro próximos. “Aquele Querido Mês de Agosto” integra a secção “Bright Future” e “Alpha” um programa que resulta de uma compilação de curtas denominada “Hidden Futures”.
O Festival Internacional de Cinema de Roterdão é considerado um dos grandes acontecimentos culturais do país e os índices de popularidade apontam-no como um dos mais atractivos, e portanto respeitados, festivais a nível mundial. A edição de 2009 do festival, mais simples do que as anteriores, divide a sua vasta selecção de filmes por três secções: Bright Future, Spectrum e Signals. A primeira, uma secção competitiva que engloba curtas e longas-metragens, é aquela que pretende caracterizar-se como plataforma para os “realizadores do futuro”, bem como “departamento” em que o festival apresenta os mais importantes, individuais e audazes novos trabalhos desenvolvidos por realizadores de todo o mundo, um deles o premiado trabalho de Miguel Gomes.
Relativamente à secção em que se inscreve “Alpha”, “Hidden Futures”, trata-se de uma muito restrita compilação de curtas-metragens – apenas três outros filmes se juntam ao de Miguel Fonseca – que tem por linha de orientação a fronteira entre o real e a ficção científica: “O mundo mágico na fronteira entre as histórias verdadeiras e a ficção científica”.De acordo com o programa de exibições do festival, “Aquele Querido Mês de Agosto” será apresentado nos dias 25, 28 e 29 de Janeiro e “Alpha” a 22 e 24.
Aquele Querido Mês de Agosto” – a escolha de três críticos convidados pela revista Britânica “Sight & Sound” para um dos cinco melhores filmes de 2008 e que constituiu o terceiro maior sucesso de bilheteira do ano passado no nosso país em termos de produções nacionais – foi, recorde-se, capa da mais recente edição da revista Cinema Scope, que lhe dedicou uma introdução muito especial, como já tivemos oportunidade de salientar. Depois de Roterdão, “Aquele Querido Mês de Agosto” estará presente no Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires, que se realiza de 25 de Março a 5 de Abril.

Sinopse de Alpha - O que começa como experiências em laboratório com animais conduz no futuro ao desenvolvimento de seres artificiais capazes de executar as mais diversas e complexas tarefas. Estes seres, cuja aparência é totalmente humana, são inteligentes e versáteis: são capazes de realizar simples tarefas como regar plantas, pôr uma mesa, tratar da roupa ou alimentar um animal de estimação. Mas não só. São seres quase autónomos e podem mesmo falar e interagir connosco. Construídos para serem mais do que electrodomésticos perfeitos, são um pouco o que os clientes quiserem que sejam: podem ser meros ajudantes na lida da casa ou simples brinquedos para as crianças, mas também podem ser amantes sofisticados e apaixonados ou uma companhia perfeita para pessoas sós. Antes de serem entregues aos clientes, as empresas desenvolvem uma espécie de estágio final dos seus produtos, supervisionado por um técnico, no qual se efectua o controlo de qualidade e onde certas capacidades são aperfeiçoadas, como a aprendizagem da língua dos clientes, por exemplo. Esta fase do processo é levada a cabo invariavelmente num meio fechado, normalmente numa casa que reproduz características-chave da casa do cliente. Alpha é um destes seres artificiais e juntamente com Beta faz parte de um casal que está agora a poucas semanas de ser transportado para os seus futuros donos no Japão.

Sinopse de Aquele Querido Mês de Agosto - No coração de Portugal, serrano, o mês de Agosto multiplica os populares e as actividades. Regressam à terra, lançam foguetes, controlam fogos, cantam karaoke, atiram-se da ponte, caçam javalis, bebem cerveja, fazem filhos. Se o realizador e a equipa do filme tivessem ido directamente ao assunto, resistindo aos bailaricos, reduzir-se-ia a sinopse: «Aquele Querido Mês de Agosto acompanha as relações sentimentais entre pai, filha e o primo desta, músicos numa banda de baile». Amor e música, portanto.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Aquele Querido Mês de Agosto Ganha FIPRESCI


A segunda longa-metragem de Miguel Gomes, “Aquele Querido Mês de Agosto” ganhou o Prémio FIPRESCI (Federação Internacional da Crítica Cinematográfica), atribuído durante a Viennale, Festival Internacional de Cinema de Viena, o mais importante certame de cinema da Áustria. A obtenção deste prémio, bem como o programa especial que a edição deste ano da Viennale dedicou ao realizador Miguel Gomes, e que constou de uma exibição integral da sua obra, são factos de enorme relevo para o cinema português. O prémio FIPRESCI será entregue hoje, durante a cerimónia de encerramento do festival. “Aquele Querido Mês de Agosto” recebe assim o seu terceiro prémio. Recorde-se que o filme venceu recentemente o Festival de Valdivia, Chile, onde foi galardoado com o Grande Prémio Longa-Metragem Internacional e o Prémio Internacional da Crítica.

Aquele Querido Mês de Agosto Ganha FIPRESCI


A segunda longa-metragem de Miguel Gomes, “Aquele Querido Mês de Agosto” ganhou o Prémio FIPRESCI (Federação Internacional da Crítica Cinematográfica), atribuído durante a Viennale, Festival Internacional de Cinema de Viena, o mais importante certame de cinema da Áustria. A obtenção deste prémio, bem como o programa especial que a edição deste ano da Viennale dedicou ao realizador Miguel Gomes, e que constou de uma exibição integral da sua obra, são factos de enorme relevo para o cinema português. O prémio FIPRESCI será entregue hoje, durante a cerimónia de encerramento do festival. “Aquele Querido Mês de Agosto” recebe assim o seu terceiro prémio. Recorde-se que o filme venceu recentemente o Festival de Valdivia, Chile, onde foi galardoado com o Grande Prémio Longa-Metragem Internacional e o Prémio Internacional da Crítica.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Crítica - Aquele Querido Mês de Agosto (2008)


Realizado por Miguel Gomes
Com Sónia Bandeira, Fábio Oliveira, Joaquim Carvalho.

De nome claramente inspirado no hit single do já finado Dino Meira, a segunda longa-metragem de Miguel Gomes é a pérola cinéfila made in Portugal que merece ser vista por estes dias. Por todo o lado este filme se etiquetou (com justiça) como documentário/ficção, mas arriscaria a dizer que ele é mais surrealmente prosaico/objectivamente poético. Esta minha etiquetagem conhece a sua única falha no facto de assim não traçar a divisão clara das duas partes em que se divide o filme. Vamos adensar. Desde criança que o Miguel Gomes passa férias no espaço geográfico onde se desenrola o filme: concelhos de Arganil e Oliveira do Hospital. E com a ímpar matéria-prima do Portugal profundo com que se deparou produziu um documentário onde se sucedem as personagens e os eventos num contexto único, irrepetível e singular... exactamente aquele que se encontra em qualquer aldeia do interior nesse mês opulento em reencontros, romarias, foguetes, incêndios florestais e hormonas à flor da pele: o mês de Agosto.
A abordagem documental/ficcional é a pièce de résistance que faz da "primeira parte" (aproximadamente 1h15') algo de sublime, como muito poucas vezes se vê em português. Sem pudores nem cerimónias, Miguel Gomes filma os bailes de "pistas de dança" a encher aos poucos até os casais prováveis e improváveis rodopiarem em estilos, no mínimo, exótico-rústicos, as personagens reais que nem a mais ousada ficção ultrapassaria, tão romantizadas quanto apresentadas de uma forma crua... os elementos e as pessoas da vida real (podem não ser os melhores actores, mas são de verdade! - a opção por não-actores, recrutando habitantes daquelas terras foi tão corajosa quanto ampla de sucesso) vão-se entranhando até que o espectador deixe de ser o observador desterrado e "conheça" tudo e todos. Logo que assim é, vem a segunda parte, a ficção, enxertada mas transportada pelas pessoas reais que entretanto ganham dimensão ficcional. Conta-se uma história de Agosto, como tantas outras, só que pintada e emoldurada com a tal matéria-prima da primeira parte. Pessoalmente preferia que esta segunda parte não existisse, mas compreende-se inteiramente a ideia e saúda-se a qualidade que mesmo assim tem o somatório de ambas as partes.
Em cima referi que se filmou sem pudores nem cerimónias o sentido do ridículo e o bom gosto musical também tiram férias (ou não seja Agosto!), a canção ligeira portuguesa (politicamente correcto para pimba emético mas que por alguma razão é o deleite e a celebração sonora das romarias portuguesas) serve de OST às situações mais prováveis e improváveis, chega mesmo a ocupar segmentos da acção... e... pasme-se o espectador! Em exacta conta e medida. A genialidade deste filme será, muito provavelmente, a inserção de prestações do Marante/Diapasão sem haver chamamento pelo Gregório numa velocidade superior à do som. Agora a sério: "Aquele Querido Mês de Agosto" é o melhor filme português desde "Alice". Pelo menos para mim não houve mais nenhum que me fizesse sacrificar o dinheiro do bilhete para o ver. Merece ser visto e projectado em muitas salas.

Classificação - 4 Estrelas Em 5

Crítica - Aquele Querido Mês de Agosto (2008)


Realizado por Miguel Gomes
Com Sónia Bandeira, Fábio Oliveira, Joaquim Carvalho.

De nome claramente inspirado no hit single do já finado Dino Meira, a segunda longa-metragem de Miguel Gomes é a pérola cinéfila made in Portugal que merece ser vista por estes dias. Por todo o lado este filme se etiquetou (com justiça) como documentário/ficção, mas arriscaria a dizer que ele é mais surrealmente prosaico/objectivamente poético. Esta minha etiquetagem conhece a sua única falha no facto de assim não traçar a divisão clara das duas partes em que se divide o filme. Vamos adensar. Desde criança que o Miguel Gomes passa férias no espaço geográfico onde se desenrola o filme: concelhos de Arganil e Oliveira do Hospital. E com a ímpar matéria-prima do Portugal profundo com que se deparou produziu um documentário onde se sucedem as personagens e os eventos num contexto único, irrepetível e singular... exactamente aquele que se encontra em qualquer aldeia do interior nesse mês opulento em reencontros, romarias, foguetes, incêndios florestais e hormonas à flor da pele: o mês de Agosto.
A abordagem documental/ficcional é a pièce de résistance que faz da "primeira parte" (aproximadamente 1h15') algo de sublime, como muito poucas vezes se vê em português. Sem pudores nem cerimónias, Miguel Gomes filma os bailes de "pistas de dança" a encher aos poucos até os casais prováveis e improváveis rodopiarem em estilos, no mínimo, exótico-rústicos, as personagens reais que nem a mais ousada ficção ultrapassaria, tão romantizadas quanto apresentadas de uma forma crua... os elementos e as pessoas da vida real (podem não ser os melhores actores, mas são de verdade! - a opção por não-actores, recrutando habitantes daquelas terras foi tão corajosa quanto ampla de sucesso) vão-se entranhando até que o espectador deixe de ser o observador desterrado e "conheça" tudo e todos. Logo que assim é, vem a segunda parte, a ficção, enxertada mas transportada pelas pessoas reais que entretanto ganham dimensão ficcional. Conta-se uma história de Agosto, como tantas outras, só que pintada e emoldurada com a tal matéria-prima da primeira parte. Pessoalmente preferia que esta segunda parte não existisse, mas compreende-se inteiramente a ideia e saúda-se a qualidade que mesmo assim tem o somatório de ambas as partes.
Em cima referi que se filmou sem pudores nem cerimónias o sentido do ridículo e o bom gosto musical também tiram férias (ou não seja Agosto!), a canção ligeira portuguesa (politicamente correcto para pimba emético mas que por alguma razão é o deleite e a celebração sonora das romarias portuguesas) serve de OST às situações mais prováveis e improváveis, chega mesmo a ocupar segmentos da acção... e... pasme-se o espectador! Em exacta conta e medida. A genialidade deste filme será, muito provavelmente, a inserção de prestações do Marante/Diapasão sem haver chamamento pelo Gregório numa velocidade superior à do som. Agora a sério: "Aquele Querido Mês de Agosto" é o melhor filme português desde "Alice". Pelo menos para mim não houve mais nenhum que me fizesse sacrificar o dinheiro do bilhete para o ver. Merece ser visto e projectado em muitas salas.

Classificação - 4 Estrelas Em 5