Realizado por Tony Kaye
Com Edward Norton, Edward Furlong, Beverly D’AngeloO medo e o ódio são os dois sentimentos analisados neste filme sobre o percurso de um jovem que se torna num carismático neo-nazi, Derek Vinyard (Edward Norton), até ver as suas ideologias postas em causa para tentar salvar o seu irmão mais novo, Danny (Edward Furlong). American History X conta a história a dois tempos, o presente e o passado. São essas incursões no passado a preto-e-branco, sublinhando o contraste entre os diversos grupos, a fúria eufórica neo-nazi, a violência extrema do ambiente repleto de imigrantes, que conferem qualidade artística à obra. Embora não conheçamos todos os dos dados da incursão de Derek no neo-nazismo e da sua ascensão a líder, a construção que Edward Nortan faz da personagem é brilhante em todos os momentos, tendo-lhe merecido uma nomeação para o Óscar de Melhor Actor Principal.
Por outro lado, as cenas de violência são bárbaras e tão chocantes como as cenas sexuais. American History X incomoda o espectador. Ainda assim o argumento propõe uma visão diferente sobre as motivações dos jovens que acedem à ideologia neo-nazi tal como da duríssima vida das classes americanas mais desfavorecidas e a sua luta brutal pela sobrevivência em meios onde ninguém tem afinidades com ninguém até aparecer uma ideia que os una, mesmo que essa ideia seja completamente condenável. A evolução de Derek ao longo do filme mostra-nos que a influência que esta obra possa ter sobre os jovens que vivem nas mesmas condições da personagem procura ser positiva e uma forma de combater a intolerância e os radicalismos. No entanto, o filme termina de forma demasiadamente previsível diminuindo desse modo toda a força dos momentos anteriores.
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