segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Espaço Memória – Cleópatra (1963)

Realizado por Joseph L. Mankiewicz
Com Elizabeth Taylor, Richard Burton, Rex Harrison, Martin Landau

Esta obra é a mais famosa adaptação ao cinema da vida de Cleópatra e das suas relações com Júlio César e, depois da morte deste, com Marco António. Apesar do enfoque nas ligações amorosas, este épico centra-se também nas lutas políticas de Roma e do Egipto e do papel estratégico de Cleópatra nos jogos de poder, desde a sua ascensão ao declínio.
Cleópatra foi um dos mais caros filmes de sempre, levando quase à falência os estúdios da 20th Century Fox. Demorou quatro anos a ser rodado, tendo as filmagens sido atrasadas pela doença de Liz Taylor e ainda pela contratação de diferentes realizadores. Na sua versão final apresentava uma duração de perto de seis horas, diminuídas depois na versão para o grande ecrã. O carácter épico da narrativa, o estatuto divino de Cleópatra que se considerava Ísis e o poder de ambos os homens que amou exigiram cenários impressionantes, cenas verdadeiramente apoteóticas como a entrada de Cleópatra em Roma, um guarda-roupa muitíssimo luxuoso e um incontável número de figurantes. Segundo os historiadores esta versão é em muitos pontos bastante fiel à verdade histórica e um dos mais famosos épicos do cinema.


O filme, ainda que não muito bem recebido pela crítica da época, é marcado pela esplêndida representação de Elizabeth Taylor que soube dar à personagens todos os cambiantes da jovem, da mulher, da mãe, da amante, da deusa e governante, aliando a sábia interpretação à sua beleza única. A química inegável entre a actriz e Richard Burton, que interpreta Marco António, e por quem estava apaixonada e com quem viveu uma longa e tempestuosa relação e dois casamentos, dá um cunho de veracidade à força deste amor até ao final.
O filme recebeu justamente os Óscares de Melhor Actor Principal (Rex Harrison), Melhor Fotografia a Cores, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Guarda-Roupa, Melhor Edição de Arte, Melhor Direcção de Arte a cores. Foi ainda nomeado para três outros Óscares que não recebeu.

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