Realizado por Stanley Kubrick
Com Peter Sellers, George C. Scott, Sterling Hayden, Keenan Wynn
Com Peter Sellers, George C. Scott, Sterling Hayden, Keenan Wynn
Dr. Strangelove é uma denúncia dura, sob a forma de uma comédia negra, da iminência de uma guerra nuclear que destruiria o mundo. O argumento, produzido a partir da obra de Peter George, um oficial da RAF, apresenta-nos uma parafernália de bizarras e inesquecíveis personagens. O General Jack D. Ripper (Sterling Hayden), enlouquecido, ordena um ataque nuclear à União Soviética. Peter Sellers, num extraordinário exercício de virtuosismo, desdobra-se convincentemente pelas personagens de Lionel Mandrake, oficial da RAF, que ainda que sequestrado por Ripper tenta a todo o custo apelar ao seu bom senso; pela figura do calmíssimo e sensato presidente dos EUA, President Merkin Muffley, que ligado directamente ao Kremlin pelo telefone vermelho tenta impedir o ataque nuclear e salvaguardar as relações com a URSS, chegando mesmo ao ponto de impedir cenas de violência na sala de guerra, sala essa que constitui um dos mais interessantes cenários do filme, concebido por Ken Adam; eainda a mais louca, alucinado e inesquecível personagem, o próprio Dr. Stangelove, o cientista louco, a quem a criatividade de Sellers deu uma dimensão iconográfica. Enquanto isto no B52 tudo está pronto para o ataque e sem possibilidade de comunicação com a base.
Obra de intervenção pelo desarmamento nuclear muitíssimo original, Dr. Strangelove distingue-se quer pelo argumento, quer pelas interpretações inesquecíveis de Peter Sellers quer ainda pela fotografia ímpar a preto e branco de Gilbert Taylor. O filme foi nomeado para os Óscares de Melhor Realizador (Stanley Kubrick), Melhor Filme (Stanley Kubrick), Melhor Argumento Adaptado (Stanley Kubrick, Peter George e Terry Southern) e Melhor Actor Principal (Peter Sellers) que não chegou a receber.
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