sábado, 6 de dezembro de 2008

Crítica - The Lord Of The Rings - The Return of the King (2003)

Realizado por Peter Jackson
Com Elijah Wood, Ian McKellen, Viggo Mortensen, Orlando Bloom, Liv Tyler

Qual o balanço que se pode fazer de LOTR de Peter Jackson, cerca de 5 anos após a estreia do ultimo filme da trilogia? Será um projecto que reúna admiração e o respeito por Peter Jackson ter conseguido transpor o Universo Tolkien para a Sétima Arte? De Megalomania pelo projecto em si, pelo que ficou por dizer, pelo que poderia ter sido dito? Ou de saudade? Penso que quem ler esta critica poderá se rever em qualquer um destes estados. Durante 3 anos, cinéfilos de todo mundo iam fervorosamente ao cinema ver o novo filme da saga, esperando para ver o desfecho da história e poucos serão os filmes que depois das luzes acenderem, deixarão um rasto de saudade como este deixou.


A trilogia de Peter Jackson teve o seu apogeu e o seu fim com este filme. "The Return of the King" é mais e melhor dos dois anteriores filmes, conjugando a solidez narrativa do primeiro e acção trepidante do segundo (pelo menos nos 40 minutos finais), este filme é uma brilhante conclusão de uma trilogia que sempre pareceu impossível de adaptar. Todas as personagens tem espaço para respirar e para se desenvolver, e se em "The Two Towers" o destaque vai para Gollum e Andy Serkis (impossível dissociar ambos), neste filme o destaque vai para Sean Astin que em termos de desempenho com o Hobbit Sam supera-se neste capitulo final. O mundo adaptado de Tolkien, tem em Peter Jackson a sua mais fiel adaptação, sendo que tudo é adaptado ao ínfimo pormenor desde cenários ao dialecto. Muitos detractores do(s) filme(s) e/ou seguidores da obra literária poderão contestar alguns cortes narrativos, alguns detalhes mais ou menos importante, mas não deixam de ficar indiferentes a este projecto megalómano que poderia ter sido uma catástrofe, mas que no final, tal como as suas personagens transcendeu-se no ultimo capitulo. A imponência desta obra é ainda mais evidenciada no director’s cut, onde por exemplo é revelado o destino de Saruman (um dos grandes vilões desta saga), que por motivos de força maior viu todo o seu tempo ser eliminado em "The Return of the King", na sua edição cinematográfica original. Pode-se falar nos director’s cut como uma forma de completar linhas narrativas que haviam sido rejeitadas na sala de montagem. Estas conferem uma maior coesão à história e complementam-na em vez de “encher chouriços”. É impossível não falar deste filme sem mencionar a saga completa e raras são as sagas literárias que reúnem o consenso quer de seguidores, quer de cinéfilos e publico mais generalista.


LOTR é uma dessas raridades e tem-se que agradecer a Jackson pela sua coragem em a transpor para o cinema. LOTR a obra literária, é uma obra que se adaptou aos tempos, arranjou sempre o seu nicho de mercado e tem a sua legião de fãs, a obra cinematográfica convergiu-a às massas. Resta saber se LOTR irá cinematograficamente resistir ao tempo, no entanto não deixa de ser inegável o impacto que este filme teve nos 3 anos em que foi exibido. Uma obra cinematograficamente superior que conseguiu agradar a gregos e a troianos na sua maioria, e raros são os filmes que deixarão saudades mesmo depois do começo dos créditos e das luzes se acenderem ao som de “Into the West” de Annie Lennox. LOTR de Peter Jackson é um deles

Classificação - 4,5 Estrelas Em 5

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