Com Ebru Ceylan, Nuri Bilge Ceylan, Nazan Kirilmis, Mehmet Eryilmaz, Arif Asçi, Can Ozbatur
Prémio da Critica em Cannes em 2006, Climas é um ensaio sobre a ruptura do amor e a falta dele e o tempo. Esse ensaio provém da forma como se filma as estações e se gerem os silêncios entre as personagens. Isa (Nuri Bilge Ceylan) e Bahar (Ebru Ceylan) representam um casal que estão em ruptura, evidenciada na total falta de intimidade entre os dois, nos silêncios incómodos e no olhar indiferente de Bahar. A ruptura aconteceu antes, e se no inicio supomos que Bahar está a ter uma atitude algo exagerada, no final temos a confirmação de que nas relações ambos são culpados. Estas respostas vêm em forma de traição por parte de Isa não no presente, mas no passado.
O filme não expõe as situações de forma forçada, a ruptura acontece naturalmente e é fruto das acções de cada um. As estações do ano são o terceiro protagonista deste filme, pois exprimem quais as emoções por que o protagonista está a passar desde à apatia do verão, à nostalgia do Outono, à Saudade do Inverno, e Isa é um homem que está em constante conflito interior, nunca satisfeito com aquilo que tem e sempre em busca daquilo que perdeu. Curioso dado é que em Climas o casal de namorados em ruptura é representado por um casal na vida real, logo esta ficção realista ganha uma dimensão simbólica muito pessoal e intimista. As personagens podem ser ficção mas são reais na sua dimensão, simbolismo e ambiguidade. As personagens são humanas e merecem um tratamento digno à sua dimensão. Perfeitamente imperfeitas.
Um filme belo e intimista, próprio para quem aprecia a subtileza ao explicito, o silêncio ao diálogo. Para apreciadores do género, um cinema subtil, algo elitista mas extremamente rico em simbolismos, com referencias a Antonioni e Bergman. Uma óptima proposta para quem quer conhecer cinema turco. A fragilidade relacional humana em toda a sua plenitude.
O filme não expõe as situações de forma forçada, a ruptura acontece naturalmente e é fruto das acções de cada um. As estações do ano são o terceiro protagonista deste filme, pois exprimem quais as emoções por que o protagonista está a passar desde à apatia do verão, à nostalgia do Outono, à Saudade do Inverno, e Isa é um homem que está em constante conflito interior, nunca satisfeito com aquilo que tem e sempre em busca daquilo que perdeu. Curioso dado é que em Climas o casal de namorados em ruptura é representado por um casal na vida real, logo esta ficção realista ganha uma dimensão simbólica muito pessoal e intimista. As personagens podem ser ficção mas são reais na sua dimensão, simbolismo e ambiguidade. As personagens são humanas e merecem um tratamento digno à sua dimensão. Perfeitamente imperfeitas.
Um filme belo e intimista, próprio para quem aprecia a subtileza ao explicito, o silêncio ao diálogo. Para apreciadores do género, um cinema subtil, algo elitista mas extremamente rico em simbolismos, com referencias a Antonioni e Bergman. Uma óptima proposta para quem quer conhecer cinema turco. A fragilidade relacional humana em toda a sua plenitude.
Classificação - 3,5 Estrelas Em 5
0 comentários :
Postar um comentário