Realizado por Frank Darabont
Com Thomas Jane, Alexa Davalos, Marcia Gay Harden, Nathan Gamble
“The Mist” é a adaptação da hómonima obra literária de Stephen King ao grande ecrã pelas mãos do realizador/guionista Frank Darabont. É caracterizado pelos seus criadores como sendo uma obra de terror/ ficção cientifica mas convence mais como um thriller de ficção cientifica que contém alguns elementos característicos dos filmes de terror. É um filme competente mas que fica muito longe da qualidade de outros filmes que também têm na sua origem obras de Stephen King. A sua história passa-se numa pequena cidade no Estado do Maine nos Estados Unidos da América onde os habitantes são surpreendidos por uma violenta tempestade que após terminar deixa ficar para trás uma densa neblina. David Drayton (Thomas Jane) e o seu pequeno filho Billy (Nathan Gamble) estão entre o largo grupo de habitantes que se abrigaram da tempestade numa mercearia local mas que foram praticamente alienadas do resto da cidade pela neblina. David é o primeiro a perceber que há coisas escondidas na neblina, coisas horríveis e mortíferas, criaturas que certamente não são deste mundo e que atacam qualquer pessoa que se aventura no exterior. À medida que David e os outros elementos do grupo pensam numa forma de escapar de uma morte certa, começam a aparecer brigas e querelas no seio do grupo. David sabe que a única maneira de sobreviverem é se todos trabalharem em equipa mas será isso verdadeiramente possível atendendo à natureza da raça humana?
Como é facilmente perceptível pela sinopse do filme, este joga bastante com o factor psicológico das personagens, demonstrando como é que a raça humana reage em situações de crise especialmente quando não sabe ou não conhece as razões que levaram a essa situação. Darabont conseguiu criar uma obra bastante competente na criação de suspense e na análise do comportamento humano sobre grande pressão, demonstrando muito bem que por vezes o ser humano é o seu pior inimigo em situações de crise. A longa duração do filme prejudica um pouco o desenlace da história que se torna por vezes demasiado parada e sem emoção. Os diálogos são muito importantes, ajudando a explicar a história do filme e a estabelecer um ponto de situação em relação as personagens, contudo existem várias conversas que são exageradamente longas e pouco produtivas e que nada acrescentam ao desenrolar da história servindo apenas para “matar” o suspense da cena. O melhor do filme acaba mesmo por ser o seu final, surpreendente e demolidor acaba por compensar todos os momentos perdidos em diálogos inúteis. Sinceramente à muito tempo que não assistia a um final tão interessante em filmes do género.
A ficção está bem presente ou não fosse esta uma história original de Stephen King, o mesmo já não se pode dizer do terror, é lógico que o medo é um factor sempre presente ao longo do filme mas tendo em conta o desenrolar da história e a especificidade da mesma penso que seja mais acertado caracterizar o filme como thriller porque o suspense e a curiosidade são mais notórios e importantes e no fundo são estas duas características que acabam por induzir a sensação de medo e incerteza ao público. O filme conta com alguns efeitos especiais bem utilizados por parte de Darabont que como realizador e guionista secundário esteve bem, apresentando um filme complexo e intrigante que é capaz de surpreender com o seu final mas que no entanto deixa um pouco a desejar no desenvolvimento da história que não se mostra tão interessante e intensa como a do livro de King. É claro que “The Mist” não é o seu melhor trabalho como realizador, estando a léguas do aclamado “ The Shawshank Redemption” e “The Majestic”. O elenco apresenta-se competente e sem nenhum particular destaque pela positiva a nenhum dos actores. A banda sonora é outro aspecto técnico que cumpre o seu papel, inserindo-se muito bem no contexto da obra. No fundo, estamos perante uma obra interessante que peca em alguns aspectos mas que é capaz de oferecer um entretenimento de qualidade para aqueles que procuram um filme mais complexo e intrigante. Se gostam de Stephen King e de thrillers à moda antiga então não vão querer perder este “The Mist”.
Com Thomas Jane, Alexa Davalos, Marcia Gay Harden, Nathan Gamble
“The Mist” é a adaptação da hómonima obra literária de Stephen King ao grande ecrã pelas mãos do realizador/guionista Frank Darabont. É caracterizado pelos seus criadores como sendo uma obra de terror/ ficção cientifica mas convence mais como um thriller de ficção cientifica que contém alguns elementos característicos dos filmes de terror. É um filme competente mas que fica muito longe da qualidade de outros filmes que também têm na sua origem obras de Stephen King. A sua história passa-se numa pequena cidade no Estado do Maine nos Estados Unidos da América onde os habitantes são surpreendidos por uma violenta tempestade que após terminar deixa ficar para trás uma densa neblina. David Drayton (Thomas Jane) e o seu pequeno filho Billy (Nathan Gamble) estão entre o largo grupo de habitantes que se abrigaram da tempestade numa mercearia local mas que foram praticamente alienadas do resto da cidade pela neblina. David é o primeiro a perceber que há coisas escondidas na neblina, coisas horríveis e mortíferas, criaturas que certamente não são deste mundo e que atacam qualquer pessoa que se aventura no exterior. À medida que David e os outros elementos do grupo pensam numa forma de escapar de uma morte certa, começam a aparecer brigas e querelas no seio do grupo. David sabe que a única maneira de sobreviverem é se todos trabalharem em equipa mas será isso verdadeiramente possível atendendo à natureza da raça humana?
Como é facilmente perceptível pela sinopse do filme, este joga bastante com o factor psicológico das personagens, demonstrando como é que a raça humana reage em situações de crise especialmente quando não sabe ou não conhece as razões que levaram a essa situação. Darabont conseguiu criar uma obra bastante competente na criação de suspense e na análise do comportamento humano sobre grande pressão, demonstrando muito bem que por vezes o ser humano é o seu pior inimigo em situações de crise. A longa duração do filme prejudica um pouco o desenlace da história que se torna por vezes demasiado parada e sem emoção. Os diálogos são muito importantes, ajudando a explicar a história do filme e a estabelecer um ponto de situação em relação as personagens, contudo existem várias conversas que são exageradamente longas e pouco produtivas e que nada acrescentam ao desenrolar da história servindo apenas para “matar” o suspense da cena. O melhor do filme acaba mesmo por ser o seu final, surpreendente e demolidor acaba por compensar todos os momentos perdidos em diálogos inúteis. Sinceramente à muito tempo que não assistia a um final tão interessante em filmes do género.
A ficção está bem presente ou não fosse esta uma história original de Stephen King, o mesmo já não se pode dizer do terror, é lógico que o medo é um factor sempre presente ao longo do filme mas tendo em conta o desenrolar da história e a especificidade da mesma penso que seja mais acertado caracterizar o filme como thriller porque o suspense e a curiosidade são mais notórios e importantes e no fundo são estas duas características que acabam por induzir a sensação de medo e incerteza ao público. O filme conta com alguns efeitos especiais bem utilizados por parte de Darabont que como realizador e guionista secundário esteve bem, apresentando um filme complexo e intrigante que é capaz de surpreender com o seu final mas que no entanto deixa um pouco a desejar no desenvolvimento da história que não se mostra tão interessante e intensa como a do livro de King. É claro que “The Mist” não é o seu melhor trabalho como realizador, estando a léguas do aclamado “ The Shawshank Redemption” e “The Majestic”. O elenco apresenta-se competente e sem nenhum particular destaque pela positiva a nenhum dos actores. A banda sonora é outro aspecto técnico que cumpre o seu papel, inserindo-se muito bem no contexto da obra. No fundo, estamos perante uma obra interessante que peca em alguns aspectos mas que é capaz de oferecer um entretenimento de qualidade para aqueles que procuram um filme mais complexo e intrigante. Se gostam de Stephen King e de thrillers à moda antiga então não vão querer perder este “The Mist”.
Classificação - 3 Estrelas Em 5
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