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domingo, 2 de agosto de 2009

Crítica - The Boat That Rocked (2009)

Realizado por Richard Curtis
Com Philip Seymour Hoffman, Bill Nighy, Tom Sturridge, Kenneth Branagh, Chris O'Dowd

Philip Seymor Hoffman é um grande actor. E não é só pela respeitosa percentagem de adiposidade texugosa. É que não é nos grandes papéis que se afere a qualidade superior de um actor. É nos medianos, naqueles de encher-chouriço, ou contas bancárias, a custo de menores esforços. Como ia dizendo, bastou ver o nome deste senhor inserido no elenco para escolher o filme de Sábado à tarde. E, obviamente, só a interpretação de Hoffman, vestindo um The Count que em mais não consiste do que num Lester Bangs recauchutado, requintado, remasterizado, para usar termos mais musicais, já vale o dinheiro do bilhete. Ora, se adicionar àquele nome o de Bill Nighy, a quem basta um qualquer secundaríssimo quinhão interpretativo para brilhar, estando para a comédia como Judi Dench para o drama, salvo seja, e ainda duas participações de Chris O'Dowd e Katherine Parkinson, 50% de IT Crowd em todo o seu esplendor. Resulta bem, afianço-vos!
Atente-se desde já no facto de ao filme subjazer uma pequena história sobre as rádios pirata britânicas que, durante os magnos 60's prestavam o serviço público de pôr o sacrossanto rock no ar, coisa que as rádios dentro dos normais parâmetros não faziam. A acção começa ainda no auge de liberdade radiodifusora, uma vez que tais emissões não eram exactamente ilegais mas antes localizadas numa bela lacuna da lei, com o Young Carl (Tom Sturridge) a ser deportado para bordo de um barco que calha mesmo a albergar piratas da rádio. E que tripulação autocolante! Quentin (Bill Nighy), o líder acima das rasteirices humanas, divino e marado da pinha como só Nighy sabe ser e dar às almas que veste, The Count (Seymor Hoffman), o DJ-maravilha vindo dos EUA para a pândega nas ondas de rádio, com um nick ilustrativo do seu estatuto, Doctor Dave (Nick Frost) o galã mais obeso e feioso desde Austin Powers, 'Simple' Simon Swafford (Chris O'Dowd) com grau zero de qualidade acima de IT Crowd, mas ainda assim, um mimo de se assistir, e a lista de cromos continua, estes é que são aqueles que quereria na primeira saqueta que me calhasse.


É pois no seio desta gigantesca e improvável família disfuncional que o Young Carl irá exorcizar os devidos demónios, passar os rituais da idade, criar laços, praticar valentias e, acima de tudo, ouvir muita música (e logo a daquele tempo! Kinks, The Who, Supremes, Jimi Hendrix, The Beach Boys e outros). A mesma música que rende aos pés desta cambada de loucos toda a massa clandestina de almas com o ouvido sintonizado em maiores liberdades do que desejável no numero 10 de Downing Street, cuja cadeia de comando acaba por incumbir ao (pouco) vilão Twatt (sim, esse nome, interpretado por Jack Davenport) a importante missão de aniquilar as velhacas rádios pirata. Eis pois o húmus e os vectores da acção: nóia, regabofe, confraternização e muita música a bordo, todo um sem número de ouvintes individualizados ao nível do aparelho de rádio libertário, e os senhores estáticos regrados e revistos do governo, de tudo fazendo para salvar a nação de uma degradação de moral e costumes sem precedentes, ridicularizados até aos quarks em todos os detalhes possíveis.
O tom fabulesco e a comédia “juntou-se malta e saiu esta cena, ora vejam aí” imperam. Mas imperam muito bem e com um elenco jeitoso. Mesmo que nenhum se destaque e todos hajam emprestado de si o suficiente para o suficiente, o resultado é quase bom. Talvez muito aquém do desejável para a homenagem que eu acho que eles (ou só Richard Curtis, talvez) queriam. Mas do alto da minha bondade lhes dou o devido perdão! Como "quase bom" para filme de Sábado à tarde é naice e Richard Curtis está isento de maiores exigências, que o homem não é pretensioso.

Classificação - 3 Estrelas Em 5

Crítica - The Boat That Rocked (2009)

Realizado por Richard Curtis
Com Philip Seymour Hoffman, Bill Nighy, Tom Sturridge, Kenneth Branagh, Chris O'Dowd

Philip Seymor Hoffman é um grande actor. E não é só pela respeitosa percentagem de adiposidade texugosa. É que não é nos grandes papéis que se afere a qualidade superior de um actor. É nos medianos, naqueles de encher-chouriço, ou contas bancárias, a custo de menores esforços. Como ia dizendo, bastou ver o nome deste senhor inserido no elenco para escolher o filme de Sábado à tarde. E, obviamente, só a interpretação de Hoffman, vestindo um The Count que em mais não consiste do que num Lester Bangs recauchutado, requintado, remasterizado, para usar termos mais musicais, já vale o dinheiro do bilhete. Ora, se adicionar àquele nome o de Bill Nighy, a quem basta um qualquer secundaríssimo quinhão interpretativo para brilhar, estando para a comédia como Judi Dench para o drama, salvo seja, e ainda duas participações de Chris O'Dowd e Katherine Parkinson, 50% de IT Crowd em todo o seu esplendor. Resulta bem, afianço-vos!
Atente-se desde já no facto de ao filme subjazer uma pequena história sobre as rádios pirata britânicas que, durante os magnos 60's prestavam o serviço público de pôr o sacrossanto rock no ar, coisa que as rádios dentro dos normais parâmetros não faziam. A acção começa ainda no auge de liberdade radiodifusora, uma vez que tais emissões não eram exactamente ilegais mas antes localizadas numa bela lacuna da lei, com o Young Carl (Tom Sturridge) a ser deportado para bordo de um barco que calha mesmo a albergar piratas da rádio. E que tripulação autocolante! Quentin (Bill Nighy), o líder acima das rasteirices humanas, divino e marado da pinha como só Nighy sabe ser e dar às almas que veste, The Count (Seymor Hoffman), o DJ-maravilha vindo dos EUA para a pândega nas ondas de rádio, com um nick ilustrativo do seu estatuto, Doctor Dave (Nick Frost) o galã mais obeso e feioso desde Austin Powers, 'Simple' Simon Swafford (Chris O'Dowd) com grau zero de qualidade acima de IT Crowd, mas ainda assim, um mimo de se assistir, e a lista de cromos continua, estes é que são aqueles que quereria na primeira saqueta que me calhasse.


É pois no seio desta gigantesca e improvável família disfuncional que o Young Carl irá exorcizar os devidos demónios, passar os rituais da idade, criar laços, praticar valentias e, acima de tudo, ouvir muita música (e logo a daquele tempo! Kinks, The Who, Supremes, Jimi Hendrix, The Beach Boys e outros). A mesma música que rende aos pés desta cambada de loucos toda a massa clandestina de almas com o ouvido sintonizado em maiores liberdades do que desejável no numero 10 de Downing Street, cuja cadeia de comando acaba por incumbir ao (pouco) vilão Twatt (sim, esse nome, interpretado por Jack Davenport) a importante missão de aniquilar as velhacas rádios pirata. Eis pois o húmus e os vectores da acção: nóia, regabofe, confraternização e muita música a bordo, todo um sem número de ouvintes individualizados ao nível do aparelho de rádio libertário, e os senhores estáticos regrados e revistos do governo, de tudo fazendo para salvar a nação de uma degradação de moral e costumes sem precedentes, ridicularizados até aos quarks em todos os detalhes possíveis.
O tom fabulesco e a comédia “juntou-se malta e saiu esta cena, ora vejam aí” imperam. Mas imperam muito bem e com um elenco jeitoso. Mesmo que nenhum se destaque e todos hajam emprestado de si o suficiente para o suficiente, o resultado é quase bom. Talvez muito aquém do desejável para a homenagem que eu acho que eles (ou só Richard Curtis, talvez) queriam. Mas do alto da minha bondade lhes dou o devido perdão! Como "quase bom" para filme de Sábado à tarde é naice e Richard Curtis está isento de maiores exigências, que o homem não é pretensioso.

Classificação - 3 Estrelas Em 5

terça-feira, 28 de julho de 2009

Crítica - The Boat That Rocked (2009)


Realizado por Richard Curtis
Com Bill Nighy, Kenneth Branagh, Philip Seymour Hoffman, Tom Sturridge

O clima depressivo do pós-guerra favoreceu a indústria musical que durante a década de cinquenta cresceu exponencialmente, tendo apresentado ao mundo, inúmeros talentos musicais que procuraram inspiração nas consequenciais sociais da Segunda Guerra Mundial. No entanto, os novos e virtuosos talentosos musicais não eram devidamente aproveitados na Inglaterra pela BBC que passava apenas duas horas de música comercial por semana. Na década de sessenta, um grupo de amigos decidiu montar uma emissora de rádio ilegal numa grande embarcação de pesca atracada no Mar do Norte, dando inicio à Radio Rock (Radio Caroline), uma estação clandestina de grande sucesso que desafiou o poder político e ajudou a difundir a música dos Beatles, Rolling Stones, Jimmy Hendrix e muitos outros artistas que agora fazem parte da história musical do século XX.
Apesar de prestar uma merecida homenagem às rádios clandestinas que durante anos auxiliaram a indústria musical e permitiram o crescimento de alguns artistas de renome internacional, “The Boat That Rocked” não correspondeu às grandes expectativas criadas pela imprensa especializada e pelo público. O cineasta Richard Curtis apresenta-nos uma obra substancialmente frágil que aposta num argumento artificial e superficial que raramente apresenta momentos/ideias que possam cativar o espectador. Entre piadas ordinárias e comportamentos incompreensíveis, “The Boat That Rocked” deixa de lado as abordagens politicas e históricas da época e aposta numa abordagem meramente cómica e libertina que explora as atitudes infantis e os comportamentos desleixados das personagens da história.
A virtuosa banda sonora e o luxuoso elenco são os únicos elementos cinematográficos que contrariam a mediocridade geral do filme. Dentro do célebre leque de actores que compõem o elenco, destaco as prestações de Bill Nighy e Philip Seymour Hoffman, dois conhecidos profissionais da representação que sem grande surpresa, convencem o público e abrilhantam o filme. Na vertente musical somos presenteados com várias sonoridades de vários ícones musicais da época que transmitem energia e contextualidade à história do filme. Graças aos poucos elementos de interesse e qualidade, “The Boat That Rock” assume-se como uma comédia esquecível que poderia ter seguido um caminho mais sério e concreto.

Classificação – 2 Estrelas Em 5
2ª Crítica - AQUI

Crítica - The Boat That Rocked (2009)


Realizado por Richard Curtis
Com Bill Nighy, Kenneth Branagh, Philip Seymour Hoffman, Tom Sturridge

O clima depressivo do pós-guerra favoreceu a indústria musical que durante a década de cinquenta cresceu exponencialmente, tendo apresentado ao mundo, inúmeros talentos musicais que procuraram inspiração nas consequenciais sociais da Segunda Guerra Mundial. No entanto, os novos e virtuosos talentosos musicais não eram devidamente aproveitados na Inglaterra pela BBC que passava apenas duas horas de música comercial por semana. Na década de sessenta, um grupo de amigos decidiu montar uma emissora de rádio ilegal numa grande embarcação de pesca atracada no Mar do Norte, dando inicio à Radio Rock (Radio Caroline), uma estação clandestina de grande sucesso que desafiou o poder político e ajudou a difundir a música dos Beatles, Rolling Stones, Jimmy Hendrix e muitos outros artistas que agora fazem parte da história musical do século XX.
Apesar de prestar uma merecida homenagem às rádios clandestinas que durante anos auxiliaram a indústria musical e permitiram o crescimento de alguns artistas de renome internacional, “The Boat That Rocked” não correspondeu às grandes expectativas criadas pela imprensa especializada e pelo público. O cineasta Richard Curtis apresenta-nos uma obra substancialmente frágil que aposta num argumento artificial e superficial que raramente apresenta momentos/ideias que possam cativar o espectador. Entre piadas ordinárias e comportamentos incompreensíveis, “The Boat That Rocked” deixa de lado as abordagens politicas e históricas da época e aposta numa abordagem meramente cómica e libertina que explora as atitudes infantis e os comportamentos desleixados das personagens da história.
A virtuosa banda sonora e o luxuoso elenco são os únicos elementos cinematográficos que contrariam a mediocridade geral do filme. Dentro do célebre leque de actores que compõem o elenco, destaco as prestações de Bill Nighy e Philip Seymour Hoffman, dois conhecidos profissionais da representação que sem grande surpresa, convencem o público e abrilhantam o filme. Na vertente musical somos presenteados com várias sonoridades de vários ícones musicais da época que transmitem energia e contextualidade à história do filme. Graças aos poucos elementos de interesse e qualidade, “The Boat That Rock” assume-se como uma comédia esquecível que poderia ter seguido um caminho mais sério e concreto.

Classificação – 2 Estrelas Em 5
2ª Crítica - AQUI