terça-feira, 28 de julho de 2009

Crítica - The Boat That Rocked (2009)


Realizado por Richard Curtis
Com Bill Nighy, Kenneth Branagh, Philip Seymour Hoffman, Tom Sturridge

O clima depressivo do pós-guerra favoreceu a indústria musical que durante a década de cinquenta cresceu exponencialmente, tendo apresentado ao mundo, inúmeros talentos musicais que procuraram inspiração nas consequenciais sociais da Segunda Guerra Mundial. No entanto, os novos e virtuosos talentosos musicais não eram devidamente aproveitados na Inglaterra pela BBC que passava apenas duas horas de música comercial por semana. Na década de sessenta, um grupo de amigos decidiu montar uma emissora de rádio ilegal numa grande embarcação de pesca atracada no Mar do Norte, dando inicio à Radio Rock (Radio Caroline), uma estação clandestina de grande sucesso que desafiou o poder político e ajudou a difundir a música dos Beatles, Rolling Stones, Jimmy Hendrix e muitos outros artistas que agora fazem parte da história musical do século XX.
Apesar de prestar uma merecida homenagem às rádios clandestinas que durante anos auxiliaram a indústria musical e permitiram o crescimento de alguns artistas de renome internacional, “The Boat That Rocked” não correspondeu às grandes expectativas criadas pela imprensa especializada e pelo público. O cineasta Richard Curtis apresenta-nos uma obra substancialmente frágil que aposta num argumento artificial e superficial que raramente apresenta momentos/ideias que possam cativar o espectador. Entre piadas ordinárias e comportamentos incompreensíveis, “The Boat That Rocked” deixa de lado as abordagens politicas e históricas da época e aposta numa abordagem meramente cómica e libertina que explora as atitudes infantis e os comportamentos desleixados das personagens da história.
A virtuosa banda sonora e o luxuoso elenco são os únicos elementos cinematográficos que contrariam a mediocridade geral do filme. Dentro do célebre leque de actores que compõem o elenco, destaco as prestações de Bill Nighy e Philip Seymour Hoffman, dois conhecidos profissionais da representação que sem grande surpresa, convencem o público e abrilhantam o filme. Na vertente musical somos presenteados com várias sonoridades de vários ícones musicais da época que transmitem energia e contextualidade à história do filme. Graças aos poucos elementos de interesse e qualidade, “The Boat That Rock” assume-se como uma comédia esquecível que poderia ter seguido um caminho mais sério e concreto.

Classificação – 2 Estrelas Em 5
2ª Crítica - AQUI

0 comentários :

Postar um comentário