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terça-feira, 7 de abril de 2009

Crítica - Che - Guerrilha (2008)

Realizado por Steven Soderbergh
Com Benicio Del Toro, Rodrigo Santoro, Joaquim de Almeida

Em “Che-The Argentine”, Steven Soderbergh apresentou-nos um relato biográfico da época áurea de Che Guevara que engloba a vitória do Movimento Revolucionário na Revolução Cubana (1959). Após esta importante vitória, Fidel Castro implementou um regime Leninista-Marxista em Cuba e Che Guevara tornou-se no embaixador da Ilha Socialista no Mundo. Neste segundo filme, “Che – Guerrilha”, Steven Soderbergh relata-nos os acontecimentos que ocorreram após Che Guevara ter abandonado Cuba e ter iniciado um novo Movimento Revolucionário na Bolívia. Esse movimento visava aproveitar o balanço da Revolução Cubana para derrubar todos os regimes ditatoriais da América Latina, unificando assim os diversos Estados dessa conturbada região. Infelizmente, o fraco empenho da população bolívar neste movimento e a ignorância de Che Guevara relativamente aos costumes e à geografia da região, ditaram um fracasso total desta operação que terminou com a morte do mítico revolucionário em 1967.
A primeira parte desta valorosa biografia cinematográfica conquistou o meu apreço porque consegue explicar e contextualizar sem pretensiosíssimos políticos a participação de Che Guevara no Movimento Revolucionário Cubano e na Revolução Cubana. Esse retrato objectivo e simples, baseado no livro "Reminiscences of the Cuban Revolutionary War” escrito pelo próprio Che Guevara, ilustra com exactidão histórica os melhores anos do revolucionário argentino, oferecendo ao público uma visão realista e concreta desses momentos históricos. Este “Che – Guerrilha” também apresenta um argumento baseado numa obra de Che Guevara intitulada “The Bolivian Diary of Ernesto Che Guevara” que relata com bastante pormenor os complexos acontecimentos que ditaram o falhanço do Movimento Revolucionário Boliviano. Os escritos presentes nessa obra literária foram completados por vários relatos da época que descrevem com algum pormenor os últimos dias de Che Guevara. Apesar desta valiosa e fidedigna informação, “Che – Guerrilha” negligência alguns acontecimentos anteriores à criação do Movimento Revolucionário Boliviano que poderiam ajudar a explicar as várias decisões radicais que Che Guevara tomou. O filme abre com Che Guevara na Bolívia sem oferecer ao público uma contextualização dos acontecimentos anteriores ou uma referência à sua importante e histórica passagem por Moscovo e África. O desenvolvimento é inteiramente pautado pelos momentos mais relevantes da Revolução Bolívar que são retractados com alguma leveza e descontextualização que afecta claramente o ritmo da obra. A conclusão é a única parte do filme que fornece ao espectador alguns momentos de verdadeira intensidade e emoção, exibindo com algum drama e realismo a morte de Che Guevara. A nível narrativo, “Che – Guerrilha” apresenta um final claramente mais rico e intenso que “Che-The Argentine”, no entanto, o argumento da primeira parte apresenta um desenvolvimento mais completo e contextual.
A realização de Steven Soderbergh mantém-se qualitativamente idêntica à de “Che-The Argentine”, o mesmo se pode dizer da prestação de Benicio Del Toro que volta a interpretar Che Guevara com grande qualidade. O elenco apresenta algumas caras novas em relação a “Che-The Argentine”, nomeadamente o actor português Joaquim de Almeida que interpreta com bastante carisma e atitude latina o Presidente Bolivano René Barrientos, o grande vilão desta segunda parte. Mais uma boa prestação do actor português que continua a dar cartas no estrangeiro. Em relação aos aspectos técnicos laterais, basta dizer que a banda aonora continua forte e a fotografia continua excessivamente verdejante.
Como obra individual, “Che-Guerrilha” não consegue superar o seu antecessor “Che-The Argentine” que apresenta um argumento bastante interessante e historicamente completo que assume uma clara superioridade em relação ao argumento desta segunda parte. No entanto, como obra única, “Che” é claramente a melhor biografia cinematográfica sobre Che Guevara. É claro que apresenta algumas falhas narrativas ao negligenciar certos acontecimentos importantes e ao incluir certos momentos perfeitamente dispensáveis mas, no geral, é uma obra interessante e correcta.

Classificação - 3 Estrelas Em 5

Crítica - Che - Guerrilha (2008)

Realizado por Steven Soderbergh
Com Benicio Del Toro, Rodrigo Santoro, Joaquim de Almeida

Em “Che-The Argentine”, Steven Soderbergh apresentou-nos um relato biográfico da época áurea de Che Guevara que engloba a vitória do Movimento Revolucionário na Revolução Cubana (1959). Após esta importante vitória, Fidel Castro implementou um regime Leninista-Marxista em Cuba e Che Guevara tornou-se no embaixador da Ilha Socialista no Mundo. Neste segundo filme, “Che – Guerrilha”, Steven Soderbergh relata-nos os acontecimentos que ocorreram após Che Guevara ter abandonado Cuba e ter iniciado um novo Movimento Revolucionário na Bolívia. Esse movimento visava aproveitar o balanço da Revolução Cubana para derrubar todos os regimes ditatoriais da América Latina, unificando assim os diversos Estados dessa conturbada região. Infelizmente, o fraco empenho da população bolívar neste movimento e a ignorância de Che Guevara relativamente aos costumes e à geografia da região, ditaram um fracasso total desta operação que terminou com a morte do mítico revolucionário em 1967.
A primeira parte desta valorosa biografia cinematográfica conquistou o meu apreço porque consegue explicar e contextualizar sem pretensiosíssimos políticos a participação de Che Guevara no Movimento Revolucionário Cubano e na Revolução Cubana. Esse retrato objectivo e simples, baseado no livro "Reminiscences of the Cuban Revolutionary War” escrito pelo próprio Che Guevara, ilustra com exactidão histórica os melhores anos do revolucionário argentino, oferecendo ao público uma visão realista e concreta desses momentos históricos. Este “Che – Guerrilha” também apresenta um argumento baseado numa obra de Che Guevara intitulada “The Bolivian Diary of Ernesto Che Guevara” que relata com bastante pormenor os complexos acontecimentos que ditaram o falhanço do Movimento Revolucionário Boliviano. Os escritos presentes nessa obra literária foram completados por vários relatos da época que descrevem com algum pormenor os últimos dias de Che Guevara. Apesar desta valiosa e fidedigna informação, “Che – Guerrilha” negligência alguns acontecimentos anteriores à criação do Movimento Revolucionário Boliviano que poderiam ajudar a explicar as várias decisões radicais que Che Guevara tomou. O filme abre com Che Guevara na Bolívia sem oferecer ao público uma contextualização dos acontecimentos anteriores ou uma referência à sua importante e histórica passagem por Moscovo e África. O desenvolvimento é inteiramente pautado pelos momentos mais relevantes da Revolução Bolívar que são retractados com alguma leveza e descontextualização que afecta claramente o ritmo da obra. A conclusão é a única parte do filme que fornece ao espectador alguns momentos de verdadeira intensidade e emoção, exibindo com algum drama e realismo a morte de Che Guevara. A nível narrativo, “Che – Guerrilha” apresenta um final claramente mais rico e intenso que “Che-The Argentine”, no entanto, o argumento da primeira parte apresenta um desenvolvimento mais completo e contextual.
A realização de Steven Soderbergh mantém-se qualitativamente idêntica à de “Che-The Argentine”, o mesmo se pode dizer da prestação de Benicio Del Toro que volta a interpretar Che Guevara com grande qualidade. O elenco apresenta algumas caras novas em relação a “Che-The Argentine”, nomeadamente o actor português Joaquim de Almeida que interpreta com bastante carisma e atitude latina o Presidente Bolivano René Barrientos, o grande vilão desta segunda parte. Mais uma boa prestação do actor português que continua a dar cartas no estrangeiro. Em relação aos aspectos técnicos laterais, basta dizer que a banda aonora continua forte e a fotografia continua excessivamente verdejante.
Como obra individual, “Che-Guerrilha” não consegue superar o seu antecessor “Che-The Argentine” que apresenta um argumento bastante interessante e historicamente completo que assume uma clara superioridade em relação ao argumento desta segunda parte. No entanto, como obra única, “Che” é claramente a melhor biografia cinematográfica sobre Che Guevara. É claro que apresenta algumas falhas narrativas ao negligenciar certos acontecimentos importantes e ao incluir certos momentos perfeitamente dispensáveis mas, no geral, é uma obra interessante e correcta.

Classificação - 3 Estrelas Em 5

segunda-feira, 23 de março de 2009

Crítica - Che - The Argentine (2008)

Realizado por Steven Soderbergh
Com Benicio Del Toro, Catalina Sandino Moreno, Demián Bichir, Rodrigo Santoro

A vida militar do mítico guerrilheiro socialista Che Guevara já originou dezoito filmes biográficos nos últimos quarenta anos, um número bastante impressionante que agora é aumentado pelas duas obras de Steven Soderbergh que apostam num relato bastante profundo e exacto dos acontecimentos que antecederam e sucederam à Revolução Cubana de 1956.
O guionista Peter Buchman assina o argumento deste primeiro filme que se baseia nos escritos presentes no livro Reminiscences of the Cuban Revolutionary War, escrito pelo próprio Che Guevara. A história do filme inicia-se em 1954 mas a verdadeira história começa dois anos antes em Cuba quando o General Batista toma o poder e anula as eleições. Um jovem advogado chamado Fidel Castro (Demián Bichir) decide confrontar o poder e, depois de uma tentativa de levantamento popular em 1953 que o leva dois anos à prisão, exila-se no México. Durante estes anos, um jovem médico argentino chamado Ernesto Guevara (Benicio Del Toro) também luta pelos seus ideais e acaba por ter de se refugiar no México, onde vai conhecer o grupo revolucionário cubano. De um encontro em 1955 entre Fidel e Che nasce o momento chave na história de Cuba. Em 1956, Fidel chega à ilha com 80 homens e o objectivo de derrubar a ditadura de Batista. Apenas 12 guerrilheiros sobrevivem, entre os quais Che que vai provar ao longo dos anos as suas qualidades de combatente que o levam a tornar-se no rosto mítico da revolução socialista em Cuba.
Como já referi, a vida de Che Guevara deu origem a dezoito biografias cinematográficas que caracterizaram amplamente a personalidade e a mentalidade deste famoso guerrilheiro. No entanto, esta obra de Steven Soderbergh diverge bastante desse conceito porque prefere apostar no relato exacto dos acontecimentos que antecederam a famosa Revolução Socialista de Cuba. Steven Soderbergh nunca aborda em pormenor o lado mais íntimo de Che Guevara, limita-se apenas a contextualizar as suas acções militares no âmbito da complexa Revolução Cubana. O único momento em que somos apresentados ao lado mais pessoal do guerrilheiro é quando este integra a delegação cubana na ONU. Durante este período, o eterno militar exibe o seu lado mais diplomático e idealista que demonstra na perfeição a sua personalidade culta e socialista. O lado intelectual de Che Guevara também é demonstrado durante as várias batalhas que antecedem a Revolução e onde Che exibe na perfeição a sua destreza táctica e militar. É durante este conturbado período que Che exprime as suas opiniões mais radicais, defendendo entre outras ideologias, a progressiva independência económica da América Latina em relação aos EUA.
Históricamente, esta primeira parte de “Che” aborda com grande exactidão as diversas batalhas travadas por Che Guevara e os vários movimentos políticos que os irmãos Castro operaram para chegar ao poder. Estas acções militares e políticas são retractadas com bastante objectivismo e transparência que reforçam a natureza biográfica e precisa do filme. Na minha opinião, esta obra mistura na perfeição as essências do documentário e da biografia porque retrata com bastante precisão histórica, as acções dos grandes rostos da Revolução que são alvo dum tratamento bastante correcto e objectivo, no entanto, acho que Che Guevara poderia ter sido alvo de um tratamento biográfico mais profundo e intimista que revelasse concretamente o seu lado mais pessoal.
Tecnicamente, “Che – The Argentine” apresenta uma fotografia bastante verdejante porque grande parte da acção passa-se nas florestas da América Latina. É nestes espaços verdejantes que ocorrem as constantes batalhas entre guerrilhas e exércitos que apresentam traços bastante realistas que nos transportam para o meio da sangrenta e violenta confusão bélica. É graças a este inerente realismo causado, em grande parte, pela realização astuta de Steven Soderbergh que as cenas bélicas assumem-se como um dos pontos fortes do filme. Esta obra é protagonizada por alguns actores de qualidade, nomeadamente Benicio Del Toro que interpreta na perfeição Che Guevara. Os irmãos Castro também foram muito bem interpretados pelo mexicano Demián Bichir e pelo brasileiro Rodrigo Santoro. A conclusão de “Che” estreia em Portugal no princípio de Abril. Essa parte irá aprofundar os acontecimentos que ocorreram após a Revolução Cubana e que culminaram com a morte de Che Guevara. Quanto a esta primeira parte fica um registo bastante positivo porque conseguiu retratar fielmente a história de Che Guevara e do Movimento Revolucionário sem incutir grandes subjectivismos e invenções.

Classificação - 3,5 Estrelas Em 5

Crítica - Che - The Argentine (2008)

Realizado por Steven Soderbergh
Com Benicio Del Toro, Catalina Sandino Moreno, Demián Bichir, Rodrigo Santoro

A vida militar do mítico guerrilheiro socialista Che Guevara já originou dezoito filmes biográficos nos últimos quarenta anos, um número bastante impressionante que agora é aumentado pelas duas obras de Steven Soderbergh que apostam num relato bastante profundo e exacto dos acontecimentos que antecederam e sucederam à Revolução Cubana de 1956.
O guionista Peter Buchman assina o argumento deste primeiro filme que se baseia nos escritos presentes no livro Reminiscences of the Cuban Revolutionary War, escrito pelo próprio Che Guevara. A história do filme inicia-se em 1954 mas a verdadeira história começa dois anos antes em Cuba quando o General Batista toma o poder e anula as eleições. Um jovem advogado chamado Fidel Castro (Demián Bichir) decide confrontar o poder e, depois de uma tentativa de levantamento popular em 1953 que o leva dois anos à prisão, exila-se no México. Durante estes anos, um jovem médico argentino chamado Ernesto Guevara (Benicio Del Toro) também luta pelos seus ideais e acaba por ter de se refugiar no México, onde vai conhecer o grupo revolucionário cubano. De um encontro em 1955 entre Fidel e Che nasce o momento chave na história de Cuba. Em 1956, Fidel chega à ilha com 80 homens e o objectivo de derrubar a ditadura de Batista. Apenas 12 guerrilheiros sobrevivem, entre os quais Che que vai provar ao longo dos anos as suas qualidades de combatente que o levam a tornar-se no rosto mítico da revolução socialista em Cuba.
Como já referi, a vida de Che Guevara deu origem a dezoito biografias cinematográficas que caracterizaram amplamente a personalidade e a mentalidade deste famoso guerrilheiro. No entanto, esta obra de Steven Soderbergh diverge bastante desse conceito porque prefere apostar no relato exacto dos acontecimentos que antecederam a famosa Revolução Socialista de Cuba. Steven Soderbergh nunca aborda em pormenor o lado mais íntimo de Che Guevara, limita-se apenas a contextualizar as suas acções militares no âmbito da complexa Revolução Cubana. O único momento em que somos apresentados ao lado mais pessoal do guerrilheiro é quando este integra a delegação cubana na ONU. Durante este período, o eterno militar exibe o seu lado mais diplomático e idealista que demonstra na perfeição a sua personalidade culta e socialista. O lado intelectual de Che Guevara também é demonstrado durante as várias batalhas que antecedem a Revolução e onde Che exibe na perfeição a sua destreza táctica e militar. É durante este conturbado período que Che exprime as suas opiniões mais radicais, defendendo entre outras ideologias, a progressiva independência económica da América Latina em relação aos EUA.
Históricamente, esta primeira parte de “Che” aborda com grande exactidão as diversas batalhas travadas por Che Guevara e os vários movimentos políticos que os irmãos Castro operaram para chegar ao poder. Estas acções militares e políticas são retractadas com bastante objectivismo e transparência que reforçam a natureza biográfica e precisa do filme. Na minha opinião, esta obra mistura na perfeição as essências do documentário e da biografia porque retrata com bastante precisão histórica, as acções dos grandes rostos da Revolução que são alvo dum tratamento bastante correcto e objectivo, no entanto, acho que Che Guevara poderia ter sido alvo de um tratamento biográfico mais profundo e intimista que revelasse concretamente o seu lado mais pessoal.
Tecnicamente, “Che – The Argentine” apresenta uma fotografia bastante verdejante porque grande parte da acção passa-se nas florestas da América Latina. É nestes espaços verdejantes que ocorrem as constantes batalhas entre guerrilhas e exércitos que apresentam traços bastante realistas que nos transportam para o meio da sangrenta e violenta confusão bélica. É graças a este inerente realismo causado, em grande parte, pela realização astuta de Steven Soderbergh que as cenas bélicas assumem-se como um dos pontos fortes do filme. Esta obra é protagonizada por alguns actores de qualidade, nomeadamente Benicio Del Toro que interpreta na perfeição Che Guevara. Os irmãos Castro também foram muito bem interpretados pelo mexicano Demián Bichir e pelo brasileiro Rodrigo Santoro. A conclusão de “Che” estreia em Portugal no princípio de Abril. Essa parte irá aprofundar os acontecimentos que ocorreram após a Revolução Cubana e que culminaram com a morte de Che Guevara. Quanto a esta primeira parte fica um registo bastante positivo porque conseguiu retratar fielmente a história de Che Guevara e do Movimento Revolucionário sem incutir grandes subjectivismos e invenções.

Classificação - 3,5 Estrelas Em 5