Realizado por David Lynch
Com Laura Dern, Jeremy Irons, Justin Theroux, Harry Dean Stanton, Julia Ormond
Quando nos deparamos com “Inland Empire” entramos num mundo à parte, no mundo de Lynch. E se para uns é um mundo indecifrável e inexplicável, para outros é um mundo fascinante onde se aceita e explora a visão de Lynch. Um mundo onde entramos para testemunhar os pesadelos do cineasta canadiano. Um mundo surrealista que me fascina, como me fascinou “Eraserhead” (entre os dois nem sei qual será mais surrealista e difícil), “Lost Highway”, “Mulholland Drive” e aquele final enigmático de “Twin Peaks”.
E “Inland Empire” é talvez o seu trabalho mais ambicioso. Um filme por detrás do filme dentro do filme. Complexo, sim. Mas fascinante. Porque estamos ali para ver, viver e sentir o seu pesadelo, testemunhar o seu mundo desafiando a lógica e a racionalidade. Porque Lynch desafia convencionalismos, regras e linearidades, porque Lynch atinge cada espectador que tente encontrar respostas pessoalmente. E “Inland Empire” transcende-se na sua espiral que se desenvolve, na sua beleza metafórica e onírica. Porque Lynch deixa-nos de tal forma envolvidos que a dado momento nos perdemos tal e qual Laura Dern (numa interpretação impressionante). E Lynch consegue criar e transmitir essa vertente sensorial, esse aglomerar de sensações e alucinações de Dern, como que se estivéssemos dentro da sua mente a testemunhar toda essa viagem alucinogénica que Dern experiencia.
“Inland Empire” perde-se e encontra-se, afunda-se nos mais obscuros pesadelos e brinda-nos com delírios lynchianos. Tal como em “Eraserhead”, “Mulholland Drive” e “Lost Highway”, Lynch cria um ambiente surrealista (in) explicável, quiçá onírico, onde explora uma dualidade de personalidades que origina um conflito entre demência e sanidade. E o cineasta cria uma obra enigmática, um filme hermeticamente poético, um reflector dos nossos medos e desesperos, onde nos cabe a nós explorar o seu mundo, onde a história tem que ser descoberta dentre os mais tenebrosos e abstractos pesadelos psicadélicos de Lynch.
Com Laura Dern, Jeremy Irons, Justin Theroux, Harry Dean Stanton, Julia Ormond
Quando nos deparamos com “Inland Empire” entramos num mundo à parte, no mundo de Lynch. E se para uns é um mundo indecifrável e inexplicável, para outros é um mundo fascinante onde se aceita e explora a visão de Lynch. Um mundo onde entramos para testemunhar os pesadelos do cineasta canadiano. Um mundo surrealista que me fascina, como me fascinou “Eraserhead” (entre os dois nem sei qual será mais surrealista e difícil), “Lost Highway”, “Mulholland Drive” e aquele final enigmático de “Twin Peaks”.
E “Inland Empire” é talvez o seu trabalho mais ambicioso. Um filme por detrás do filme dentro do filme. Complexo, sim. Mas fascinante. Porque estamos ali para ver, viver e sentir o seu pesadelo, testemunhar o seu mundo desafiando a lógica e a racionalidade. Porque Lynch desafia convencionalismos, regras e linearidades, porque Lynch atinge cada espectador que tente encontrar respostas pessoalmente. E “Inland Empire” transcende-se na sua espiral que se desenvolve, na sua beleza metafórica e onírica. Porque Lynch deixa-nos de tal forma envolvidos que a dado momento nos perdemos tal e qual Laura Dern (numa interpretação impressionante). E Lynch consegue criar e transmitir essa vertente sensorial, esse aglomerar de sensações e alucinações de Dern, como que se estivéssemos dentro da sua mente a testemunhar toda essa viagem alucinogénica que Dern experiencia.
“Inland Empire” perde-se e encontra-se, afunda-se nos mais obscuros pesadelos e brinda-nos com delírios lynchianos. Tal como em “Eraserhead”, “Mulholland Drive” e “Lost Highway”, Lynch cria um ambiente surrealista (in) explicável, quiçá onírico, onde explora uma dualidade de personalidades que origina um conflito entre demência e sanidade. E o cineasta cria uma obra enigmática, um filme hermeticamente poético, um reflector dos nossos medos e desesperos, onde nos cabe a nós explorar o seu mundo, onde a história tem que ser descoberta dentre os mais tenebrosos e abstractos pesadelos psicadélicos de Lynch.
Classificação - 5 Estrelas Em 5
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