terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Crítica - Pirates of the Caribbean – At World’s End (2007)

Realizado por Gore Verbinski
Com Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley, Geoffrey Rush, Jonathan Pryce

"Pirates of the Caribbean – At World’s End" marcou o final de "Pirates of the Caribbean", uma trilogia milionária da Walt Disney. Mais uma vez, a tríade maravilha de actores (Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley) regressa pata esta aventura que é baseada na famosa atracção da Disneylândia. O filme mantém também todos os elementos que fizeram dos outros dois um sucesso de vendas: o humor, os toques de suspense e sobrenatural, as electrizantes cenas de acção e os efeitos especiais de excelente qualidade, no entanto, tudo em doses mais reduzidas porque a acção excessiva do segundo filme deu lugar a um desenvolvimento mais profundo da complexa história e dos personagens e logo no seu início, o filme mostra que pretende dar mais atenção às personagens que acompanham Jack Sparrow (Johnny Depp) nas suas aventuras tresloucadas. Sabendo que Lorde Cutler Beckett (Tom Hollander) pretende acabar com todos os piratas do mundo, Elizabeth Swann (Keira Knightley) e o Capitão Barbossa (Geoffrey Rush) viajam para Singapura para encontrar Sao Feng (Chow Yun-Fat), um pirata que detém os mapas que conduzem ao Fim do Mundo, um estranho e misterioso lugar onde se encontra Jack Sparrow que, após os acontecimentos do segundo filme, ficou lá preso por conta da dívida que tem de pagar a Davy Jones (Bill Nighy). Também acompanhados por Will Turner (Orlando Bloom), Swan e Barbossa partem numa missão que tem como objectivo salvar Sparrow para que este possa estar presente na Reunião dos Nove Lordes da Corte da Irmandade Pirata, um grupo que reúne os principais piratas de todos os mares do mundo. Juntos, eles podem salvar os piratas da destruição total.
Na produção que encerra a trilogia, a balança pende mais para o drama e para o romance, há histórias que envolvem as típicas traições dos piratas mas também há espaço para uma crise no romance entre Elizabeth Swann (Keira Knightley) e Will Turner (Orlando Bloom), crise essa que eventualmente é afastada. A transformação da personalidade de Elizabeth é a que fica mais evidente porque se no primeiro filme ela era uma donzela indefesa, nesta última produção ela é um verdadeira pirata, usando as calças e os chapéus típicos dos piratas. O Capitão Barbossa (Geoffrey Rush) e Tia Dalma (Naomie Harris) também ganham mais destaque na história, especialmente a segunda. O posto de vilão nesta terceira aventura é ocupado não somente por Davy Jones (Bill Nighy), que vem do filme anterior, mas também pelo Lorde Cutler Beckett (Tom Hollander). Há ainda que salientar a ilustre participação de Keith Richards, histórico guitarrista dos Rolling Stones, como o pai de Jack Sparrow e guardião do sagrado e rigoroso código dos piratas.
A realização continua a cabo de Gore Verbinski, um cineasta que se mostra capaz de acompanhar muito bem as histórias piratas entre ondas e brigas, fazendo mais uma vez com que o espectador consiga sentir-se bem inserido na aventura, uma inserção que também é feita por intremédio de efeitos especiais de primeira linha. "Pirates of the Caribbean – At World’s End" ofereceu aos admiradores dos dois filmes anteriores exactamente aquilo que eles esperavam mas pode ser um tanto ou quanto cansativo para os restantes espectadores, especialmente por conta da sua duração porque, afinal de contas, estamos perante uma obra que dura aproximadamente três horas. "Pirates of the Caribbean – At World’s End" é uma obra que nos oferece um tipo de entretenimento raro na maioria das aventuras. O filme tem qualidade quanto baste mas a sua fórmula está a perder força e qualidade, uma questão que ainda tem relevância prática porque a conclusão do seu argumento possibilita mais uma continuação.

Classificação - 4 Estrelas Em 5

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