Realizado por Chen Kaige
Com Hiroyuki Sanada, Cecilia Cheung e Jang Dong-kun
Como todos os filmes desta nouvelle vague de épicos chineses, “The Promise” é visualmente belo e opulento. Os cenários e a fotografia são extremamente belos e o guarda-roupa e os adereços deixam-nos boquiabertos. Algumas das sequências de acção estão também bem filmadas e satisfatórias, apesar de não se compararem às dos filmes anteriormente mencionados. Neste ponto a realização deixa um pouco a desejar e é notória a diferença de talento entre Chen Kaige e o mestre Zhang Yimou.
Mas o pior do filme é mesmo a concepção das personagens, demasiado artificiais e nada credíveis. A química entre os actores não existe, as interpretações não são propriamente boas e as personagens não se definem. Uma realização com algumas falhas e um argumento algo forçado são também uma das causas para este falhanço. Em certas alturas da película as personagens parecem não ter uma identidade definida, variando conforme a vontade do vento (o que prejudica a empatia com o público). As interpretações são demasiado mecânicas e a própria narrativa do filme não parece ter coerência nem um encadeamento lógico de ideias. Percebe-se que “The Promise” se tenta aproximar mais a um estilo fantástico onde tudo é possível. Porém, graças a isso, algumas cenas têm um aspecto simplesmente ridículo, o que prejudica mais uma vez a concepção das personagens (a cena introdutória de Kunlun a fugir de uma debandada de touros é de morrer a rir.). O filme, por vezes bem filmado mas muito intermitente, tenta reflectir sobre a emoção humana mais poderosa – o amor. Kaige tenta reflectir sobre o amor e o impacto da beleza de uma mulher sobre um homem, impacto esse que o leva aos confins do mundo e ao desespero. Porém, a fórmula não funciona e “The Promise” desabrocha como um filme simplesmente estranho.
Com Hiroyuki Sanada, Cecilia Cheung e Jang Dong-kun
“The Promise” surge na sequência da nova concepção de filmes épicos de acção chineses iniciada com Ang Lee e o seu “Crouching Tiger Hidden Dragon”. Antigamente estes épicos de acção asiáticos eram filmes de série B, e eram na sua maioria filmes medíocres. O filme de Ang Lee veio mudar essa visão das coisas e na actualidade, este género cinematográfico é o grande embaixador do cinema chinês em todo o mundo. Filmes como “Hero”, “House of Flying Daggers”, “Curse of the Golden Flower” (todos do realizador Zhang Yimou) e “The Banquet” passaram a ser apreciados pela crítica internacional e aplaudidos pelo público em geral. De certa forma, este “The Promise” surge como um parente de todos esses filmes e devo dizer que, infelizmente, é o parente pobre desta nobre família.
“The Promise” é um filme que se aproxima mais do género fantástico e conta-nos a história de uma menina (Qingcheng) que faz um pacto com uma Deusa. O pacto consiste na oferenda de uma vida cheia de riqueza e prestígio em detrimento do amor, já que como consequência, nenhum homem por quem ela se apaixonar poderá viver muito tempo. A menina aceita o pacto e 20 anos mais tarde conhece e apaixona-se por Kunlun – um homem aparentemente banal e de classe social baixa, mas que na verdade pertence a um povo há muito obliterado pelo governante do reino do Norte que também anseia pela beleza e pelo amor de Qingcheng. A premissa é boa mas acaba por não funcionar. Por fim, após meses e meses de espera, tive a oportunidade de ver este filme de Chen Kaige, filme que acaba por se revelar uma verdadeira desilusão.
“The Promise” é um filme que se aproxima mais do género fantástico e conta-nos a história de uma menina (Qingcheng) que faz um pacto com uma Deusa. O pacto consiste na oferenda de uma vida cheia de riqueza e prestígio em detrimento do amor, já que como consequência, nenhum homem por quem ela se apaixonar poderá viver muito tempo. A menina aceita o pacto e 20 anos mais tarde conhece e apaixona-se por Kunlun – um homem aparentemente banal e de classe social baixa, mas que na verdade pertence a um povo há muito obliterado pelo governante do reino do Norte que também anseia pela beleza e pelo amor de Qingcheng. A premissa é boa mas acaba por não funcionar. Por fim, após meses e meses de espera, tive a oportunidade de ver este filme de Chen Kaige, filme que acaba por se revelar uma verdadeira desilusão.
Como todos os filmes desta nouvelle vague de épicos chineses, “The Promise” é visualmente belo e opulento. Os cenários e a fotografia são extremamente belos e o guarda-roupa e os adereços deixam-nos boquiabertos. Algumas das sequências de acção estão também bem filmadas e satisfatórias, apesar de não se compararem às dos filmes anteriormente mencionados. Neste ponto a realização deixa um pouco a desejar e é notória a diferença de talento entre Chen Kaige e o mestre Zhang Yimou.
Mas o pior do filme é mesmo a concepção das personagens, demasiado artificiais e nada credíveis. A química entre os actores não existe, as interpretações não são propriamente boas e as personagens não se definem. Uma realização com algumas falhas e um argumento algo forçado são também uma das causas para este falhanço. Em certas alturas da película as personagens parecem não ter uma identidade definida, variando conforme a vontade do vento (o que prejudica a empatia com o público). As interpretações são demasiado mecânicas e a própria narrativa do filme não parece ter coerência nem um encadeamento lógico de ideias. Percebe-se que “The Promise” se tenta aproximar mais a um estilo fantástico onde tudo é possível. Porém, graças a isso, algumas cenas têm um aspecto simplesmente ridículo, o que prejudica mais uma vez a concepção das personagens (a cena introdutória de Kunlun a fugir de uma debandada de touros é de morrer a rir.). O filme, por vezes bem filmado mas muito intermitente, tenta reflectir sobre a emoção humana mais poderosa – o amor. Kaige tenta reflectir sobre o amor e o impacto da beleza de uma mulher sobre um homem, impacto esse que o leva aos confins do mundo e ao desespero. Porém, a fórmula não funciona e “The Promise” desabrocha como um filme simplesmente estranho.
Classificação - 2,5 Estrelas Em 5