Com Helen Mirren, Sam Worthington, Tom Wilkinson
O lançamento internacional de “The Debt” foi adiado várias vezes, mas este remake norte-americano do homónimo thriller israelita nunca deixou dúvidas sobre o seu real valor, até porque foi considerado um dos filmes sensação do Festival de Toronto 2010. É verdade que os remakes costumam ser mais fracos que os filmes originais, mas John Madden soube transformar esta obra num thriller mais carismático e intenso que aquele que nos foi oferecido por Assaf Bernstein em 2007. A sua história desenrola-se alternadamente entre 1966 e 1997, e centra-se em Rachel (Helen Mirren/ Jessica Chastain), David (Ciarán Hinds/ Sam Worthington) e Stefan (Tom Wilkinson/Marton Csokas), três agentes secretos israelitas que em 1966 foram incumbidos de capturar Dieter Vogel (Jesper Christensen), um famoso médico nazi que cometeu várias atrocidades durante a 2ª Guerra Mundial. A sua missão teve várias reviravoltas mas acabou por ser bem sucedida, tornando-os assim em verdadeiros heróis nacionais Em 1997, Rachel é subitamente confrontada com as mentiras que contou e com os vários erros que cometeu durante a fatídica missão que a transformou numa verdadeira celebridade, sendo desta forma forçada a remediar a situação.
A narrativa desta obra não é brilhante nem tem uma estrutura de excelência, mas oferece-nos, mesmo assim, vários momentos intensos e emotivos que são habilmente protagonizados por um elenco de luxo, que se assume claramente como um dos melhores elementos deste remake, e onde se destacam os fantásticos trabalhos individuais das assombrosas Jessica Chastain e Helen Mirren, como as versões de Rachel em 1966 e 1997. Tom Wilkinson e Marton Csokas também estão muito bem como as duas versões etárias do calculista Stefan, mas o elenco secundário é claramente dominado pela brilhante performance de Jesper Christensen, um veterano de renome internacional que nos consegue aterrorizar como o maléfico Cirurgião de Birkenau. O britânico John Madden teve o momento mais alto da sua carreira com o aclamado mas relativamente sobrevalorizado "Shakespeare in Love" (1998), no entanto, este thriller também se assume como um dos melhores trabalhos da sua carreira, muito embora não esteja isento de falhas e não seja um filme cem por cento original.
O enredo de “The Debt" recorre muitas vezes aos flashbacks para nos mostrar o que realmente aconteceu durante a desastrosa missão secreta dos três agentes israelitas, no entanto, esta técnica acabou por não ser utilizada da melhor maneira por Madden e Matthew Vaughn (Guionista). A verdade é que os constantes saltos entre o passado e o presente são necessários, mas tornam-se confusos e retiram um pouco de incerteza e emoção aos acontecimentos que se desenrolam em Berlim durante a década de sessenta, já que presumimos o que ali aconteceu através dos vários eventos que se realizam em 1997. A esta relevante falha narrativa, temos também que somar a excessiva duração do filme que advém da existência de certas cenas inúteis que apenas contribuem para um aumento desnecessário de melodramatismo, e que deviam ter sido por isso cortadas/ eliminadas durante o processo de edição. É verdade que “The Debt” não é um filme soberbo, mas as suas virtudes são muito mais abundantes que os seus defeitos, tornando-o assim num thriller nitidamente satisfatório.
O enredo de “The Debt" recorre muitas vezes aos flashbacks para nos mostrar o que realmente aconteceu durante a desastrosa missão secreta dos três agentes israelitas, no entanto, esta técnica acabou por não ser utilizada da melhor maneira por Madden e Matthew Vaughn (Guionista). A verdade é que os constantes saltos entre o passado e o presente são necessários, mas tornam-se confusos e retiram um pouco de incerteza e emoção aos acontecimentos que se desenrolam em Berlim durante a década de sessenta, já que presumimos o que ali aconteceu através dos vários eventos que se realizam em 1997. A esta relevante falha narrativa, temos também que somar a excessiva duração do filme que advém da existência de certas cenas inúteis que apenas contribuem para um aumento desnecessário de melodramatismo, e que deviam ter sido por isso cortadas/ eliminadas durante o processo de edição. É verdade que “The Debt” não é um filme soberbo, mas as suas virtudes são muito mais abundantes que os seus defeitos, tornando-o assim num thriller nitidamente satisfatório.
Classificação – 3,5 Estrelas Em 5