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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Crítica - Spider-Man (2002)


Realizado por Sam Raimi
Com Tobey Maguire, Willem Dafoe, Kirsten Dunst, James Franco

O Homem-Aranha, um dos super-heróis mais conhecidos do planeta, recebeu em 2002 uma valorosa adaptação cinematográfica que bateu inúmeros recordes comerciais e elevou a fasquia de qualidade dos filmes de super-heróis ao extremo, obrigando outras produções do género a investirem enormes quantias monetárias em elementos de luxo como efeitos especiais inovadores ou elencos recheados de actores célebres.
O intrépido protagonista desta história é Peter Parker (Tobey Maguire), um rapaz vulgar que vive com os seus adorados tios, estando secretamente apaixonado pela rapariga que vive na casa ao lado, Mary Jane (Kirsten Dunst). Quando uma 'super-aranha' modificada geneticamente o morde durante uma visita de estudo, Peter desenvolve estranhas capacidades, uma força e uma agilidade fantásticas, poderes de percepção sobrenaturais e um enorme talento aracnídeo. Mas é só quando a tragédia lhe bate à porta que Peter decide utilizar os seus novos poderes para lutar contra o crime, sob uma identidade secreta, o Homem-Aranha. Quando o diabólico Duende Verde (Willem Dafoe) ataca Nova Iorque e põe em perigo a vida de Mary Jane, Peter promete a si mesmo derrotar o seu arqui-inimigo e conquistar o coração da rapariga que ama.


Estamos perante um filme popular que facilmente agradará às massas e aos inúmeros fãs do mítico super-herói da Marvel Comics. É claro que este último grupo poderá implicar com alguns pormenores da história mas atendendo às características editoriais de Hollywood, não se poderia exigir aos guionistas de “Spider-Man”, uma fidelização completa à história original. Dentro das características do género, o argumento convence e expira qualidade através da sua organização competente. O enredo começa por explicitar as origens do homem por detrás do super-herói e as razões que o levaram a combater o crime e as injustiças sociais. Durante esta primeira parte mais lenta e dramática, exploramos a evolução mental de Peter Parker que rapidamente vai modificando e fortalecendo a sua personalidade outrora frágil e insegura, no entanto, essa evolução também acarreta alguns problemas de egocentrismo e insubordinação que são forçosamente corrigidos por uma tragédia inesperada que provoca o nascimento do verdadeiro Homem-Aranha. É também durante esta primeira parte que entramos em contacto com a verdadeira mensagem de vida da história, sobre a necessidade de acarretar novas responsabilidades e aceitar as consequências das nossas decisões. A partir das primeiras acções maléficas do vilão desta história, o argumento inicia o desenvolvimento duma segunda parte mais previsível e mais centrada na acção física. É durante esta segunda metade da história que encontramos as grandes lutas entre os antagonistas da história, batalhas essas que encarnam o verdadeiro espírito da mítica guerra entre as forças maléficas e benéficas.
As cenas de acção do filme estão bem construídas e são completadas com grandes e eficazes efeitos especiais. Estas sequencias não ocupam a grande maioria do tempo do filme, apenas ocupam uma pequena parte e ainda bem que assim é porque as cenas existentes são de grande qualidade e suficientes para entreter o espectador. A realização de Sam Raimi é extremamente competente e bastante atenta aos pormenores, este talentoso cineasta conteve-se na direcção das sempre complicadas sequências de acção, algo que evitou o exagero visual e a entrada no ridículo.


A bela fotografia capta uma Nova York socialmente e esteticamente irrealista mas extremamente próxima da descrita na banda desenhada, algo que realça a fantasia da história e a imaginação presente no mundo dos super-heróis. Outro ponto de interesse do filme é a banda sonora da autoria do icónico Danny Elfman que mais uma vez, fez um excelente trabalho na criação e mistura de sonoridades de grande qualidade que assentam na perfeição à história do filme.
O elenco é muito provavelmente, o único elemento de destaque que convence mas não deslumbra. Dentro do elenco secundário, Willem Dafoe (Green Goblin) assume a melhor prestação do filme, através duma interpretação negra e cativante que contrasta com a fraca performance de Kirsten Dunst que desempenha um papel frágil e pouco apelativo. O grande protagonista, Tobey Maguire, convence a audiência mas poderia ter incutido um pouco mais de carisma à personagem.
Em suma, “Spider-Man” é um filme de acção bastante divertido e de fácil entendimento que graças a múltiplos elementos técnicos e narrativos de qualidade, alcançou um lugar seguro na mente da grande maioria do público que esperava ansiosamente por uma produção cinematográfica sobre um dos super-heróis mais famosos e empolgantes da Marvel.

Classificação - 4 Estrelas em 5

Crítica - Spider-Man (2002)


Realizado por Sam Raimi
Com Tobey Maguire, Willem Dafoe, Kirsten Dunst, James Franco

O Homem-Aranha, um dos super-heróis mais conhecidos do planeta, recebeu em 2002 uma valorosa adaptação cinematográfica que bateu inúmeros recordes comerciais e elevou a fasquia de qualidade dos filmes de super-heróis ao extremo, obrigando outras produções do género a investirem enormes quantias monetárias em elementos de luxo como efeitos especiais inovadores ou elencos recheados de actores célebres.
O intrépido protagonista desta história é Peter Parker (Tobey Maguire), um rapaz vulgar que vive com os seus adorados tios, estando secretamente apaixonado pela rapariga que vive na casa ao lado, Mary Jane (Kirsten Dunst). Quando uma 'super-aranha' modificada geneticamente o morde durante uma visita de estudo, Peter desenvolve estranhas capacidades, uma força e uma agilidade fantásticas, poderes de percepção sobrenaturais e um enorme talento aracnídeo. Mas é só quando a tragédia lhe bate à porta que Peter decide utilizar os seus novos poderes para lutar contra o crime, sob uma identidade secreta, o Homem-Aranha. Quando o diabólico Duende Verde (Willem Dafoe) ataca Nova Iorque e põe em perigo a vida de Mary Jane, Peter promete a si mesmo derrotar o seu arqui-inimigo e conquistar o coração da rapariga que ama.


Estamos perante um filme popular que facilmente agradará às massas e aos inúmeros fãs do mítico super-herói da Marvel Comics. É claro que este último grupo poderá implicar com alguns pormenores da história mas atendendo às características editoriais de Hollywood, não se poderia exigir aos guionistas de “Spider-Man”, uma fidelização completa à história original. Dentro das características do género, o argumento convence e expira qualidade através da sua organização competente. O enredo começa por explicitar as origens do homem por detrás do super-herói e as razões que o levaram a combater o crime e as injustiças sociais. Durante esta primeira parte mais lenta e dramática, exploramos a evolução mental de Peter Parker que rapidamente vai modificando e fortalecendo a sua personalidade outrora frágil e insegura, no entanto, essa evolução também acarreta alguns problemas de egocentrismo e insubordinação que são forçosamente corrigidos por uma tragédia inesperada que provoca o nascimento do verdadeiro Homem-Aranha. É também durante esta primeira parte que entramos em contacto com a verdadeira mensagem de vida da história, sobre a necessidade de acarretar novas responsabilidades e aceitar as consequências das nossas decisões. A partir das primeiras acções maléficas do vilão desta história, o argumento inicia o desenvolvimento duma segunda parte mais previsível e mais centrada na acção física. É durante esta segunda metade da história que encontramos as grandes lutas entre os antagonistas da história, batalhas essas que encarnam o verdadeiro espírito da mítica guerra entre as forças maléficas e benéficas.
As cenas de acção do filme estão bem construídas e são completadas com grandes e eficazes efeitos especiais. Estas sequencias não ocupam a grande maioria do tempo do filme, apenas ocupam uma pequena parte e ainda bem que assim é porque as cenas existentes são de grande qualidade e suficientes para entreter o espectador. A realização de Sam Raimi é extremamente competente e bastante atenta aos pormenores, este talentoso cineasta conteve-se na direcção das sempre complicadas sequências de acção, algo que evitou o exagero visual e a entrada no ridículo.


A bela fotografia capta uma Nova York socialmente e esteticamente irrealista mas extremamente próxima da descrita na banda desenhada, algo que realça a fantasia da história e a imaginação presente no mundo dos super-heróis. Outro ponto de interesse do filme é a banda sonora da autoria do icónico Danny Elfman que mais uma vez, fez um excelente trabalho na criação e mistura de sonoridades de grande qualidade que assentam na perfeição à história do filme.
O elenco é muito provavelmente, o único elemento de destaque que convence mas não deslumbra. Dentro do elenco secundário, Willem Dafoe (Green Goblin) assume a melhor prestação do filme, através duma interpretação negra e cativante que contrasta com a fraca performance de Kirsten Dunst que desempenha um papel frágil e pouco apelativo. O grande protagonista, Tobey Maguire, convence a audiência mas poderia ter incutido um pouco mais de carisma à personagem.
Em suma, “Spider-Man” é um filme de acção bastante divertido e de fácil entendimento que graças a múltiplos elementos técnicos e narrativos de qualidade, alcançou um lugar seguro na mente da grande maioria do público que esperava ansiosamente por uma produção cinematográfica sobre um dos super-heróis mais famosos e empolgantes da Marvel.

Classificação - 4 Estrelas em 5

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Crítica - Spider-Man 3 (2007)

Realizado por Sam Raimi
Com Tobey Maguire, Kirsten Dunst, James Franco, Thomas Haden Church, Topher Grace
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As aventuras do “aranhiço” mais famoso do mundo têm vindo a conquistar um lugar de destaque em Hollywood, batendo recordes atrás de recordes e maravilhando as audiências mundiais com as suas aventuras repletas de acção e óptimos efeitos especiais. Estas produções tornaram-se referências para outros estúdios que queiram adaptar outras obras de banda desenhada ao cinema. A saga "Spider-Man" é sem dúvida o melhor exemplo a seguir, por apresentar uma qualidade fenomenal e claro uns lucros de rebentar a escala. Peter Parker regressou em 2007 mais forte que nunca com "Spider-Man 3", um filme com o triplo da acção já que o fantástico herói vai ter que defrontar não um mas três vilões, ao mesmo tempo que tenta salvar as suas relações pessoais. O filme volta a acompanhar Peter Parker (Tobey Maguire) que finalmente habituou-se ao seu papel de super-herói. Se no filme anterior ele estava indeciso em relação ao seu papel para com a cidade de Nova York, neste ele já está habituado e determinado a ser o amigo da vizinhança e a salvar os dias na Big Apple. Enquanto o romance com Mary Jane (Kirsten Dunst) parece caminhar para algo mais sério, ela continua a tentar a sua sorte como actriz, conseguindo inclusivamente um papel numa peça da Broadway. Mas as dificuldades não demoram a aparecer na vida do nosso herói, desta vez aparecem três vilões na sua vida. Primeiramente temos Harry Osborn (James Franco), supostamente o melhor amigo de Peter Parker mas que está determinado a vingar a morte do pai, Norman (Willem Dafoe), o excêntrico milionário que originalmente vestia a armadura do Duende Verde em "Homem-Aranha" (2002) e que foi morto pelo super-herói. Além de ter que lidar com o Duende Verde Jr, o Homem-Aranha também tem que defrontar o criminoso Flint Marko (Thomas Haden) que assassinou o seu tio, Ben Parker (Cliff Robertson), no primeiro filme mas que entretanto fugiu da prisão e após um trágico acidente que envolveu testes nucleares transformou-se no Homem-Areia. Para finalizar esta ameaça tripla, temos uma simbiose extraterrestre que cai no Planeta Terra e na vida de Peter Parker, a sua presença é capaz de exaltar o lado mais maligno do super-herói que encontra em si mesmo um inimigo. Paralelamente, o fotógrafo freelancer Eddie Brock (Topher Grace) está desejoso de roubar o posto de Peter Parker no jornal dirigido por J. Jonah Jameson (J.K. Simmons). Na vida amorosa de Parker aparece mais uma mulher, Gwen Stacy (Bryce Dallas Howard), que vai lutar com Mary Jane pelo coração de Parker.
O argumento de "Spider-Man 3" consegue lidar muito bem com esta grande quantidade de novos vilões e personagens. As histórias secundárias podem ser algo confusas de inicio mas são bem desenvolvidas e resolvidas, tornando a produção mais complexa que os dois filmes anteriores, tanto nas personagens como nas situações que apresenta, elevando-as a um patamar superior. A produção equilibra com qualidade os conflitos internos das personagens, mostrando que por detrás dos fantásticos super-poderes há sempre um ser humano repleto de defeitos e dúvidas. Nesta nova aventura, Parker é inundado por valores não tão nobres como o desejo de vingança pela morte do tio, a vaidade como consequência da fama exacerbada e as vantagens gananciosas de poder usar os seus poderes livremente. Todos estes valores negativos tomam conta da mente de Parker, especialmente quando entra em contacto com a simbiose malígna. Este filme traz mais cenas de lutas, além das incríveis cenas de acção que o realizador Sam Raimi soube conduzir muito bem, temos os já tradicionais voos do Homem-Aranha entre os prédios e becos de Nova York, muito bem conduzidos e produzidos, temos também os já habituais momentos de comédia que servem perfeitamente para relaxar entre cenas de acção intensa. A história mostra mais maturidade ao conseguir lidar com tantos personagens e dramas complexos, sempre envolvendo dilemas morais relacionados com o desejo de vingança e as escolhas entre o que é certo e errado. "Spider-Man 3" aguça ainda mais o apetite para um possivel "Spider-Man 4" e se depender da Sony Pictures, estúdio produtor do filme, podemos esperar mais uma série de filmes do super-herói. O próprio Sam Raimi confirmou que a produtora pretende realizar mais filmes baseados nas aventuras do herói mas não se sabe se ele ou o elenco continuaram nesta saga, resta-nos esperar para ver.

Classificação - 4 estrelas em 5