Brevemente Na América do Norte
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Singularidades De Uma Rapariga Loura - Trailer
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Singularidades de uma Rapariga Loura
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Crítica - Singularidades de uma Rapariga Loura (2009)
Realizado por Manoel de Oliveira
Com Catarina Wallenstein, Leonor Silveira, Rogério Samora, Ricardo Trêpa
Dois anos depois da estreia do seu último filme “Cristóvão Colombo – O Enigma”, o mestre Manoel de Oliveira volta a presentear-nos com uma magnífica longa-metragem que de certa forma assinala o centenário deste verdadeiro símbolo da cultura nacional. “Singularidades de uma Rapariga Loura” é uma longa-metragem que recupera um conto que foi escrito por Eça de Queiroz no final do século XIX mas que só foi publicado (post mortem) no ínicio do século XX. A história do filme mantém-se fiel às principais vertentes narrativas do conto, apostando na ampla ironia e no carismático sentido de humor que Eça de Queiroz incutiu ao seu ambíguo retrato da sociedade. Graças ao talentoso e experiente Manoel de Oliveira, essa caracterização é maravilhosamente transposta para o grande ecrã e para a nossa sociedade actual que permanece dividia pelos amplos e vastos valores morais da Humanidade.
A história do filme passa-se durante uma viagem de comboio para o Algarve, onde Macário conta as atribulações da sua vida amorosa a uma desconhecida. Ele conta-lhe que se apaixonou perdidamente por Luísa Vilaça, uma rapariga loira que vivia numa casa em frente ao seu primeiro local de trabalho num armazém lisboeta pertencente ao seu Tio Francisco. Mal a conheceu quis logo casar com ela mas o seu tio não estava de acordo, despediu-o e expulsou-o de casa. Macário partiu então para Cabo-Verde, onde enriqueceu e quando conseguiu finalmente a aprovação do seu tio para casar com a sua amada, descobriu finalmente a "singularidade" do carácter da sua noiva que estava na base da oposição familiar.
Aparentemente, estamos perante uma bela história de amor praticamente idílica que numa primeira fase, sobrevive à distância e às desavenças familiares mas que perto da sua fatídica conclusão, sofre um duro golpe que destrói todos os ideais românticos montados até aquela altura. As duas personagens que compõem este romance, vão-se revelando como verdadeiros opostos morais e culturais com Macário a assumir uma posição trabalhadora e honesta que contrasta com as atitudes materialistas e socialmente reprováveis de Luísa. Através deste elucidativo contraste entre o correcto e o errado que é enaltecido pelas constantes ironias da vida e do destino, “Singularidades de uma Rapariga Loura” elabora um complexo quadro sobre as moralidades da Humanidade que chocam cada vez mais numa sociedade ampla e receptiva aos maus exemplos. Esta história também incute um pouco de realismo ao típico idealismo presente nos romances, mostrando que nem sempre o amor sobrevive a todos os testes.
A realização de Manoel de Oliveira aposta num estilo clássico e natural que deixa de lado os grandes modernismos tecnológicos para apostar num direcção simples e cultural que desenvolve sem grandes pressas, as diferentes ideologias e lições da história. As perversidades sexuais que ultimamente têm vindo a conquistar um lugar cativo nas produções nacionais, não têm lugar nesta obra que aposta essencialmente em sequências dignas que são pautadas por um desenvolvimento exímio. Os flashbacks estão bem orquestrados e sincronizados com os fantásticos e elucidativos diálogos da carruagem entre Macário e a Desconhecida.
O elenco apresenta algumas prestações individuais bastante interessantes. Ricardo Trêpa surpreende com uma óptima interpretação de Macário, o valoroso protagonista masculino da história. A protagonista feminina também é adequadamente interpretada por Catarina Wallenstein que depois de uma prestação sofrível em “A Vida Privada de Salazar”, regressa aos bons caminhos. Os experientes Diogo Dória (Tio Fransciso) e Leonor Silveira (Desconhecida do Comboio) também apresentam performances secundárias de qualidade.
Em apenas sessenta e quatro minutos, Manoel de Oliveira conseguiu contar uma interessante história que utiliza a ironia para misturar o romance com alguns choques morais e ideológicos que se inserem na perfeição na actual conjectura socioeconómica portuguesa. Esta obra sobre o poder do dinheiro e os diferentes caminhos que seguimos para o obter ou gastar, demonstra as principais divisões morais da sociedade em relação ao materialismo e os diferentes valores e atitudes que as pessoas assumem no quotidiano em relação a esta temática.
Com Catarina Wallenstein, Leonor Silveira, Rogério Samora, Ricardo Trêpa
Dois anos depois da estreia do seu último filme “Cristóvão Colombo – O Enigma”, o mestre Manoel de Oliveira volta a presentear-nos com uma magnífica longa-metragem que de certa forma assinala o centenário deste verdadeiro símbolo da cultura nacional. “Singularidades de uma Rapariga Loura” é uma longa-metragem que recupera um conto que foi escrito por Eça de Queiroz no final do século XIX mas que só foi publicado (post mortem) no ínicio do século XX. A história do filme mantém-se fiel às principais vertentes narrativas do conto, apostando na ampla ironia e no carismático sentido de humor que Eça de Queiroz incutiu ao seu ambíguo retrato da sociedade. Graças ao talentoso e experiente Manoel de Oliveira, essa caracterização é maravilhosamente transposta para o grande ecrã e para a nossa sociedade actual que permanece dividia pelos amplos e vastos valores morais da Humanidade.
A história do filme passa-se durante uma viagem de comboio para o Algarve, onde Macário conta as atribulações da sua vida amorosa a uma desconhecida. Ele conta-lhe que se apaixonou perdidamente por Luísa Vilaça, uma rapariga loira que vivia numa casa em frente ao seu primeiro local de trabalho num armazém lisboeta pertencente ao seu Tio Francisco. Mal a conheceu quis logo casar com ela mas o seu tio não estava de acordo, despediu-o e expulsou-o de casa. Macário partiu então para Cabo-Verde, onde enriqueceu e quando conseguiu finalmente a aprovação do seu tio para casar com a sua amada, descobriu finalmente a "singularidade" do carácter da sua noiva que estava na base da oposição familiar.
Aparentemente, estamos perante uma bela história de amor praticamente idílica que numa primeira fase, sobrevive à distância e às desavenças familiares mas que perto da sua fatídica conclusão, sofre um duro golpe que destrói todos os ideais românticos montados até aquela altura. As duas personagens que compõem este romance, vão-se revelando como verdadeiros opostos morais e culturais com Macário a assumir uma posição trabalhadora e honesta que contrasta com as atitudes materialistas e socialmente reprováveis de Luísa. Através deste elucidativo contraste entre o correcto e o errado que é enaltecido pelas constantes ironias da vida e do destino, “Singularidades de uma Rapariga Loura” elabora um complexo quadro sobre as moralidades da Humanidade que chocam cada vez mais numa sociedade ampla e receptiva aos maus exemplos. Esta história também incute um pouco de realismo ao típico idealismo presente nos romances, mostrando que nem sempre o amor sobrevive a todos os testes.
A realização de Manoel de Oliveira aposta num estilo clássico e natural que deixa de lado os grandes modernismos tecnológicos para apostar num direcção simples e cultural que desenvolve sem grandes pressas, as diferentes ideologias e lições da história. As perversidades sexuais que ultimamente têm vindo a conquistar um lugar cativo nas produções nacionais, não têm lugar nesta obra que aposta essencialmente em sequências dignas que são pautadas por um desenvolvimento exímio. Os flashbacks estão bem orquestrados e sincronizados com os fantásticos e elucidativos diálogos da carruagem entre Macário e a Desconhecida.
O elenco apresenta algumas prestações individuais bastante interessantes. Ricardo Trêpa surpreende com uma óptima interpretação de Macário, o valoroso protagonista masculino da história. A protagonista feminina também é adequadamente interpretada por Catarina Wallenstein que depois de uma prestação sofrível em “A Vida Privada de Salazar”, regressa aos bons caminhos. Os experientes Diogo Dória (Tio Fransciso) e Leonor Silveira (Desconhecida do Comboio) também apresentam performances secundárias de qualidade.
Em apenas sessenta e quatro minutos, Manoel de Oliveira conseguiu contar uma interessante história que utiliza a ironia para misturar o romance com alguns choques morais e ideológicos que se inserem na perfeição na actual conjectura socioeconómica portuguesa. Esta obra sobre o poder do dinheiro e os diferentes caminhos que seguimos para o obter ou gastar, demonstra as principais divisões morais da sociedade em relação ao materialismo e os diferentes valores e atitudes que as pessoas assumem no quotidiano em relação a esta temática.
Classificação - 4 Estrelas Em 5
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Singularidades de uma Rapariga Loura
Crítica - Singularidades de uma Rapariga Loura (2009)
Realizado por Manoel de Oliveira
Com Catarina Wallenstein, Leonor Silveira, Rogério Samora, Ricardo Trêpa
Dois anos depois da estreia do seu último filme “Cristóvão Colombo – O Enigma”, o mestre Manoel de Oliveira volta a presentear-nos com uma magnífica longa-metragem que de certa forma assinala o centenário deste verdadeiro símbolo da cultura nacional. “Singularidades de uma Rapariga Loura” é uma longa-metragem que recupera um conto que foi escrito por Eça de Queiroz no final do século XIX mas que só foi publicado (post mortem) no ínicio do século XX. A história do filme mantém-se fiel às principais vertentes narrativas do conto, apostando na ampla ironia e no carismático sentido de humor que Eça de Queiroz incutiu ao seu ambíguo retrato da sociedade. Graças ao talentoso e experiente Manoel de Oliveira, essa caracterização é maravilhosamente transposta para o grande ecrã e para a nossa sociedade actual que permanece dividia pelos amplos e vastos valores morais da Humanidade.
A história do filme passa-se durante uma viagem de comboio para o Algarve, onde Macário conta as atribulações da sua vida amorosa a uma desconhecida. Ele conta-lhe que se apaixonou perdidamente por Luísa Vilaça, uma rapariga loira que vivia numa casa em frente ao seu primeiro local de trabalho num armazém lisboeta pertencente ao seu Tio Francisco. Mal a conheceu quis logo casar com ela mas o seu tio não estava de acordo, despediu-o e expulsou-o de casa. Macário partiu então para Cabo-Verde, onde enriqueceu e quando conseguiu finalmente a aprovação do seu tio para casar com a sua amada, descobriu finalmente a "singularidade" do carácter da sua noiva que estava na base da oposição familiar.
Aparentemente, estamos perante uma bela história de amor praticamente idílica que numa primeira fase, sobrevive à distância e às desavenças familiares mas que perto da sua fatídica conclusão, sofre um duro golpe que destrói todos os ideais românticos montados até aquela altura. As duas personagens que compõem este romance, vão-se revelando como verdadeiros opostos morais e culturais com Macário a assumir uma posição trabalhadora e honesta que contrasta com as atitudes materialistas e socialmente reprováveis de Luísa. Através deste elucidativo contraste entre o correcto e o errado que é enaltecido pelas constantes ironias da vida e do destino, “Singularidades de uma Rapariga Loura” elabora um complexo quadro sobre as moralidades da Humanidade que chocam cada vez mais numa sociedade ampla e receptiva aos maus exemplos. Esta história também incute um pouco de realismo ao típico idealismo presente nos romances, mostrando que nem sempre o amor sobrevive a todos os testes.
A realização de Manoel de Oliveira aposta num estilo clássico e natural que deixa de lado os grandes modernismos tecnológicos para apostar num direcção simples e cultural que desenvolve sem grandes pressas, as diferentes ideologias e lições da história. As perversidades sexuais que ultimamente têm vindo a conquistar um lugar cativo nas produções nacionais, não têm lugar nesta obra que aposta essencialmente em sequências dignas que são pautadas por um desenvolvimento exímio. Os flashbacks estão bem orquestrados e sincronizados com os fantásticos e elucidativos diálogos da carruagem entre Macário e a Desconhecida.
O elenco apresenta algumas prestações individuais bastante interessantes. Ricardo Trêpa surpreende com uma óptima interpretação de Macário, o valoroso protagonista masculino da história. A protagonista feminina também é adequadamente interpretada por Catarina Wallenstein que depois de uma prestação sofrível em “A Vida Privada de Salazar”, regressa aos bons caminhos. Os experientes Diogo Dória (Tio Fransciso) e Leonor Silveira (Desconhecida do Comboio) também apresentam performances secundárias de qualidade.
Em apenas sessenta e quatro minutos, Manoel de Oliveira conseguiu contar uma interessante história que utiliza a ironia para misturar o romance com alguns choques morais e ideológicos que se inserem na perfeição na actual conjectura socioeconómica portuguesa. Esta obra sobre o poder do dinheiro e os diferentes caminhos que seguimos para o obter ou gastar, demonstra as principais divisões morais da sociedade em relação ao materialismo e os diferentes valores e atitudes que as pessoas assumem no quotidiano em relação a esta temática.
Com Catarina Wallenstein, Leonor Silveira, Rogério Samora, Ricardo Trêpa
Dois anos depois da estreia do seu último filme “Cristóvão Colombo – O Enigma”, o mestre Manoel de Oliveira volta a presentear-nos com uma magnífica longa-metragem que de certa forma assinala o centenário deste verdadeiro símbolo da cultura nacional. “Singularidades de uma Rapariga Loura” é uma longa-metragem que recupera um conto que foi escrito por Eça de Queiroz no final do século XIX mas que só foi publicado (post mortem) no ínicio do século XX. A história do filme mantém-se fiel às principais vertentes narrativas do conto, apostando na ampla ironia e no carismático sentido de humor que Eça de Queiroz incutiu ao seu ambíguo retrato da sociedade. Graças ao talentoso e experiente Manoel de Oliveira, essa caracterização é maravilhosamente transposta para o grande ecrã e para a nossa sociedade actual que permanece dividia pelos amplos e vastos valores morais da Humanidade.
A história do filme passa-se durante uma viagem de comboio para o Algarve, onde Macário conta as atribulações da sua vida amorosa a uma desconhecida. Ele conta-lhe que se apaixonou perdidamente por Luísa Vilaça, uma rapariga loira que vivia numa casa em frente ao seu primeiro local de trabalho num armazém lisboeta pertencente ao seu Tio Francisco. Mal a conheceu quis logo casar com ela mas o seu tio não estava de acordo, despediu-o e expulsou-o de casa. Macário partiu então para Cabo-Verde, onde enriqueceu e quando conseguiu finalmente a aprovação do seu tio para casar com a sua amada, descobriu finalmente a "singularidade" do carácter da sua noiva que estava na base da oposição familiar.
Aparentemente, estamos perante uma bela história de amor praticamente idílica que numa primeira fase, sobrevive à distância e às desavenças familiares mas que perto da sua fatídica conclusão, sofre um duro golpe que destrói todos os ideais românticos montados até aquela altura. As duas personagens que compõem este romance, vão-se revelando como verdadeiros opostos morais e culturais com Macário a assumir uma posição trabalhadora e honesta que contrasta com as atitudes materialistas e socialmente reprováveis de Luísa. Através deste elucidativo contraste entre o correcto e o errado que é enaltecido pelas constantes ironias da vida e do destino, “Singularidades de uma Rapariga Loura” elabora um complexo quadro sobre as moralidades da Humanidade que chocam cada vez mais numa sociedade ampla e receptiva aos maus exemplos. Esta história também incute um pouco de realismo ao típico idealismo presente nos romances, mostrando que nem sempre o amor sobrevive a todos os testes.
A realização de Manoel de Oliveira aposta num estilo clássico e natural que deixa de lado os grandes modernismos tecnológicos para apostar num direcção simples e cultural que desenvolve sem grandes pressas, as diferentes ideologias e lições da história. As perversidades sexuais que ultimamente têm vindo a conquistar um lugar cativo nas produções nacionais, não têm lugar nesta obra que aposta essencialmente em sequências dignas que são pautadas por um desenvolvimento exímio. Os flashbacks estão bem orquestrados e sincronizados com os fantásticos e elucidativos diálogos da carruagem entre Macário e a Desconhecida.
O elenco apresenta algumas prestações individuais bastante interessantes. Ricardo Trêpa surpreende com uma óptima interpretação de Macário, o valoroso protagonista masculino da história. A protagonista feminina também é adequadamente interpretada por Catarina Wallenstein que depois de uma prestação sofrível em “A Vida Privada de Salazar”, regressa aos bons caminhos. Os experientes Diogo Dória (Tio Fransciso) e Leonor Silveira (Desconhecida do Comboio) também apresentam performances secundárias de qualidade.
Em apenas sessenta e quatro minutos, Manoel de Oliveira conseguiu contar uma interessante história que utiliza a ironia para misturar o romance com alguns choques morais e ideológicos que se inserem na perfeição na actual conjectura socioeconómica portuguesa. Esta obra sobre o poder do dinheiro e os diferentes caminhos que seguimos para o obter ou gastar, demonstra as principais divisões morais da sociedade em relação ao materialismo e os diferentes valores e atitudes que as pessoas assumem no quotidiano em relação a esta temática.
Classificação - 4 Estrelas Em 5
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