Realizado por Alexandre Valente
Com Ana Padrão, Cláudia Vieira, José Wallenstein, Lúcia Moniz, Nicolau Breyner
Após a estreia de “Contrato”, o cinema português voltou a desiludir com a apresentação deste “Second Life”, uma espécie de thriller dramático sobre as ambiguidades e ínfimas possibilidades da vida. No meu entender, Alexandre Valente pretendia apresentar uma história intelectual e filosófica que deixasse de boca aberta os portugueses mas em vez disso apresenta-nos uma história oca e completamente desprovida de conteúdo que apenas choca e capta a atenção do público, através das suas múltiplas cenas sexuais.
O protagonista de “Second Life” é Nicholas (Piotr Adamczyk), um homem que decide passar o seu 40º aniversário na companhia da sua mulher e de alguns amigos na sua herdade no Alentejo. À medida que a festa progride no tempo, descobrimos as profissões, os segredos, as paixões, os vícios, as traições e as ambições de cada um dos personagens presentes na festa. Após a diversão, a festa é abalada por um trágico acontecimento que envolve o aniversariante Nicholas, encontrado morto na sua piscina. A partir deste momento, o argumento assume uma postura completamente incoerente e ilógica que é exteriorizada por uma narrativa confusa e mal construída que nunca assume uma linha coerente de pensamento, acabando mesmo por ter um daqueles finais incompreensíveis que tenta ser filosófico mas que apenas é estúpido.
O argumento, um dos piores elementos do filme, não se preocupa com a coerência da história ou com a construção das personagens, preocupa-se apenas em chocar o espectador através de segredos macabros e cenas de sexo blasfémicas. No fundo, estamos perante um filme comercial que apenas tem como objectivo agarrar o dinheiro do público português que graças a uma campanha publicitária vergonhosa, foi convencido a entrar numa sala de cinema para ver esta tentativa falhada de cinema português. Quando uma obra cinematográfica portuguesa conta com o apoio financeiro de uma televisão privada (SIC e TVI) sabemos à partida que essa obra não irá apresentar nenhuma qualidade, nem irá fazer jus ao verdadeiro valor do cinema português. Normalmente esses filmes são pautados por uma história pouco desenvolvida e por uma realização que promove a actividade sexual e o nudismo dos protagonistas. Ora como já referi, este “Second Life” não foge à regra e volta a apostar nesses elementos que aparentemente resultaram no passado. Infelizmente, enquanto o público português não abrir os olhos e começar a boicotar este tipo de filmes, as estações televisivas privadas continuaram a apostar neste cinema sem sentido e depreciativo da capacidade portuguesa.
Numa perspectiva desconstrutiva, acredito piamente que a Playboy apresenta produtos com menos cenas sexuais e com mais consistência e coerência narrativa que este “Second Life”. Acredito também que os actores que trabalham para a Playboy, são mais talentosos e convincentes do que alguns que trabalharam em “Second Life”. Não consigo entender como é que nomes importantes e talentosos do cinema português como Lúcia Moniz ou Ruy de Carvalho decidiram participar numa obra como esta. Apesar do seu comprovado talento, nem estes actores conseguiram arrancar uma boa prestação neste filme, muito por culpa das personagens mal construídas que incorporam e da fraca história em que se vêem envolvidos. Em contraste com o elenco talentoso temos o elenco dispensável e o elenco comercial, o primeiro é composto por actrizes como Liliana Santos, Sandra Coias ou Cláudia Vieira, esta última podia ser muito talentosa na TVI mas a partir do momento em que se transferiu para a SIC começou a desempenhar papeis onde só o seu aspecto físico conta. O elenco comercial é composto por nomes como Luís Figo ou Fátima Lopes, celebridades que não estão ligadas ao cinema mas que fizeram aqui uma aparição especial para ajudar a vender o filme.
Em suma, “Second Life” é mais um produto do capitalismo e comercialismo do cinema português. Um produto vergonhoso que vende sexo em vez de qualidade. Nesta altura do ano, começam a chegar a Portugal os melhores filmes internacionais do ano passado, portanto aconselho vivamente ao público português a preferirem esses filmes em detrimento desta obra portuguesa. Na minha opinião, só devemos respeitar e apoiar o cinema português de qualidade e nunca devemos alimentar o lixo português como este “Second Life”.
Com Ana Padrão, Cláudia Vieira, José Wallenstein, Lúcia Moniz, Nicolau Breyner
Após a estreia de “Contrato”, o cinema português voltou a desiludir com a apresentação deste “Second Life”, uma espécie de thriller dramático sobre as ambiguidades e ínfimas possibilidades da vida. No meu entender, Alexandre Valente pretendia apresentar uma história intelectual e filosófica que deixasse de boca aberta os portugueses mas em vez disso apresenta-nos uma história oca e completamente desprovida de conteúdo que apenas choca e capta a atenção do público, através das suas múltiplas cenas sexuais.
O protagonista de “Second Life” é Nicholas (Piotr Adamczyk), um homem que decide passar o seu 40º aniversário na companhia da sua mulher e de alguns amigos na sua herdade no Alentejo. À medida que a festa progride no tempo, descobrimos as profissões, os segredos, as paixões, os vícios, as traições e as ambições de cada um dos personagens presentes na festa. Após a diversão, a festa é abalada por um trágico acontecimento que envolve o aniversariante Nicholas, encontrado morto na sua piscina. A partir deste momento, o argumento assume uma postura completamente incoerente e ilógica que é exteriorizada por uma narrativa confusa e mal construída que nunca assume uma linha coerente de pensamento, acabando mesmo por ter um daqueles finais incompreensíveis que tenta ser filosófico mas que apenas é estúpido.
O argumento, um dos piores elementos do filme, não se preocupa com a coerência da história ou com a construção das personagens, preocupa-se apenas em chocar o espectador através de segredos macabros e cenas de sexo blasfémicas. No fundo, estamos perante um filme comercial que apenas tem como objectivo agarrar o dinheiro do público português que graças a uma campanha publicitária vergonhosa, foi convencido a entrar numa sala de cinema para ver esta tentativa falhada de cinema português. Quando uma obra cinematográfica portuguesa conta com o apoio financeiro de uma televisão privada (SIC e TVI) sabemos à partida que essa obra não irá apresentar nenhuma qualidade, nem irá fazer jus ao verdadeiro valor do cinema português. Normalmente esses filmes são pautados por uma história pouco desenvolvida e por uma realização que promove a actividade sexual e o nudismo dos protagonistas. Ora como já referi, este “Second Life” não foge à regra e volta a apostar nesses elementos que aparentemente resultaram no passado. Infelizmente, enquanto o público português não abrir os olhos e começar a boicotar este tipo de filmes, as estações televisivas privadas continuaram a apostar neste cinema sem sentido e depreciativo da capacidade portuguesa.
Numa perspectiva desconstrutiva, acredito piamente que a Playboy apresenta produtos com menos cenas sexuais e com mais consistência e coerência narrativa que este “Second Life”. Acredito também que os actores que trabalham para a Playboy, são mais talentosos e convincentes do que alguns que trabalharam em “Second Life”. Não consigo entender como é que nomes importantes e talentosos do cinema português como Lúcia Moniz ou Ruy de Carvalho decidiram participar numa obra como esta. Apesar do seu comprovado talento, nem estes actores conseguiram arrancar uma boa prestação neste filme, muito por culpa das personagens mal construídas que incorporam e da fraca história em que se vêem envolvidos. Em contraste com o elenco talentoso temos o elenco dispensável e o elenco comercial, o primeiro é composto por actrizes como Liliana Santos, Sandra Coias ou Cláudia Vieira, esta última podia ser muito talentosa na TVI mas a partir do momento em que se transferiu para a SIC começou a desempenhar papeis onde só o seu aspecto físico conta. O elenco comercial é composto por nomes como Luís Figo ou Fátima Lopes, celebridades que não estão ligadas ao cinema mas que fizeram aqui uma aparição especial para ajudar a vender o filme.
Em suma, “Second Life” é mais um produto do capitalismo e comercialismo do cinema português. Um produto vergonhoso que vende sexo em vez de qualidade. Nesta altura do ano, começam a chegar a Portugal os melhores filmes internacionais do ano passado, portanto aconselho vivamente ao público português a preferirem esses filmes em detrimento desta obra portuguesa. Na minha opinião, só devemos respeitar e apoiar o cinema português de qualidade e nunca devemos alimentar o lixo português como este “Second Life”.
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