Com Ana Vieira, Ruy de Cravalho, Jasmin Castro
As nossas salas de cinema só costumam acolher os filmes animados dos maiores estúdios norte-americanos, mas muito ocasionalmente somos confrontados com a estreia de uma obra animada de um mercado secundário. É verdade que esses filmes costumam ser visualmente mais fracos que os seus rivais norte-americanos, mas a nível narrativo até acabam por ter um valor semelhante. Uma dessas obras é precisamente este “Niko na Terra do Pai Natal”, um filme finlandês que não é tão cativante como os seus actuais rivais natalícios, “Arthus Christmas” ou “Happy Feet 2”, mas que nos oferece uma divertida e carinhosa narrativa que deverá fazer as delícias dos mais novos. A sua história centra-se em Niko, uma jovem rena que sonha vir um dia a pertencer à Escolta do Pai Natal, um grupo de renas de elite que têm a difícil missão de conduzir o Trenó do Pai Natal na Noite de Natal. O seu sonho parece ser inconcretizável porque ele não sabe voar muito bem, mas ao descobrir que o seu pai é um dos membros dessa exclusiva escolta, Niko decide ir até à Terra de Pai Natal para encontrar o seu herói e receber os seus valiosos ensinamentos. A sua viagem será atribulada, mas os seus aliados, Júlio e Elsa, vão ajuda-lo a superar todos os desafios e a chegar são e salvo ao seu destino.
A aventura natalícia de Niko e dos seus aliados está recheada de clássicos clichés comerciais e de elevadas doses de idealismo, mas tais excessos são aceitáveis porque “Niko na Terra do Pai Natal” é um filme nitidamente infantil que foi idealizado para satisfazer as necessidades mais levianas dos mais novos, que vão certamente divertir-se muito com esta carinhosa obra, que também lhes transmite uma série de relevantes valores familiares e morais. É verdade que todos estes valores já foram abordados em outros filmes mais conhecidos, mas nunca se espera encontrar muita criatividade ou originalidade num filme como este. A vertente visual de “Niko na Terra do Pai Natal” até é muito boa para um filme animado não norte-americano, mas é, mesmo assim, substancialmente mais fraca e muito menos cativante e cuidada que a dos colossos comerciais da Pixar/ Disney ou da DreamWorks Animation. Os seus intervenientes e cenários até estão bem construídos, mas não existe o detalhe ou o brilho dos filmes animados norte-americanos. O seu elenco vocal nacional está muito bem, mas o seu carismático trabalho não é suficientemente forte para conferir o estatuto de clássico instantâneo a este "Niko na Terra do Pai Natal”, um bom filme para os mais novos, mas muito fraco para os mais velhos que dificilmente encontrarão algum elemento de interesse nesta obra finlandesa.
Classificação - 2,5 Estrelas Em 5