quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Crítica - The Help (2011)

Realizado por Tate Taylor
Com Emma Stone, Viola Davis, Jessica Chastain, Bryce Dallas Howard

A leveza emocional de “The Help” é refrescante, no entanto, esta comédia dramática de Tate Taylor não é tão astuta ou tão interessante como os seus trailers nos levaram a crer. A sua história é baseada no homónimo bestseller literário de Kathryn Stockett, e leva-nos até à Era dos Direitos Civis nos Estados Unidos da América, onde encontramos Eugénia “Skeeter” Phelan (Emma Stone), uma jovem universitária que decide escrever um livro sobre as criadas afro-americanas que trabalham para as abastadas famílias brancas, famílias essas que as tratam como escravas. O seu livro cria uma onda de controvérsia, mas também forma um forte laço de amizade entre ela e as criadas que entrevistou e que a auxiliaram a escrever o livro e a romper todas as regras sociais da época.


O filme tem o seu valor dramático e histórico mas, no meu entender, não é um claro candidato aos Óscares 2012, um estatuto que lhe foi atribuído no Verão pela crítica norte-americana. É verdade que a luta de Skeeter para contar a sofredora história das criadas afro-americanas é motivante, no entanto, tal relato é prejudicado por uma série de momentos enfadonhos e mal construídos que diminuem o nosso interesse no seu desenrolar. O seu enredo não é sublime e ficou aquém das expectativas, mas o seu luxuoso elenco feminino não nos desiludiu. Emma Stone está muito segura como Skeeter, no entanto, as verdadeiras rainhas desta obra são Viola Davis e Octavia Spencer, duas actrizes veteranas que nos oferecem duas performances soberbas. A um nível mais secundário, também encontramos dois bons trabalhos de Jessica Chastain e de Bryce Dallas Howard. O seu realizador, Tate Taylor, também não esteve mal. É verdade que o seu trabalho não está isento de defeitos, mas as maiores falhas de “The Help” estão presentes na sua narrativa, e não na sua vertente técnica/visual. É óbvio que “The Help” não é um mau filme, mas esperava-se algo de mais concreto e refinado desta obra que é, mesmo assim, uma comédia dramática a ter em conta.

Classificação – 3,5 Estrelas Em 5

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