sexta-feira, 20 de maio de 2011

Crítica - Arthur (2011)

Realizado por Jason Winer
Com Russell Brand, Helen Mirren, Jennifer Garner

A lista “100 Years, 100 Laughs” do American Film Institute é constituída pelos cem maiores filmes cómicos do Século XX e entre esses maravilhosos filmes encontramos “Arthur” de Steve Gordon (1981), um enorme sucesso comercial que maravilhou a crítica e que venceu os Óscares de Melhor Actor Secundário (John Gielgud) e Melhor Música Original, tendo também recebido nomeações para os Óscares de Melhor Actor Principal (Dudley Moore) e Melhor Argumento Original (Steve Gordon). “Arthur” de Jason Winer e da Warner Bros. é um remake desse icónico clássico que imortalizou Dudley Moore e Steve Gordon, um remake muito fraco que é uma autêntica sombra do clássico da década de oitenta. A sua história centra-se em Arthur Bach (Russell Brand), um multimilionário excêntrico e extremamente infantil que recebe um ultimato por parte da sua inexorável mãe: ou casa com a atraente mas inflexível Susan Johnson (Jennifer Garner) ou fica sem a sua fortuna e única fonte de rendimento. Arthur aceita casar com Susan mas quando conhece Naomi (Greta Gerwig), uma mulher amável que aceita a sua excentricidade e que o ama verdadeiramente, fica determinado em terminar o seu noivado com Susan e em mostrar à sua mãe que é capaz de comandar sozinho a sua vida, mesmo que isso implique ficar sem a sua fortuna.


A Warner Bros. e Jason Winer tentaram, sem sucesso, criar um filme tão divertido e tão criativo como ”Arthur” de Steve Gordon (1981) mas a verdade é que a essência cómica deste clássico nunca se manifestou neste remake. A sua vertente cómica pode não ser excelente mas encontramos, mesmo assim, várias cenas minimamente interessantes que envolvem Arthur (Russell Brand) e a sua excentricidade, no entanto, essas cenas não são suficientemente fortes para rivalizar com aquelas que foram criadas por Steve Gordon em “Arthur” (1981) ou para compensar a sua fraca vertente romântica que se assume claramente como o elemento mais fraco e artificial deste remake que é muito mais inconsistente e enfadonho que a clássica comédia dos anos oitenta.


O rookie Jason Winer não nos oferece com “Arthur” um trabalho tão criativo ou tão coeso como aquele que nos oferece normalmente em “Modern Family” da ABC, mostrando assim que realizar uma série não é a mesma coisa que realizar um filme. O elenco de “Arthur” é um dos raros atractivos deste remake e tem em Russell Brand a sua maior estrela cómica. Russell Brand não é nenhum Dudley Moore mas o seu Arthur acaba por salvar o filme com a sua característica excentricidade infantil. As performances secundárias de Helen Mirren e de Jennifer Garner são razoáveis e Greta Gerwig acaba por ter a performance mais sofrível do elenco. Os trailers de “Arthur” faziam antever uma comédia semelhante ao homónimo clássico da década de oitenta mas a verdade é que o filme em si acabou por ficar aquém das expectativas e ao nível da maioria das comédias românticas norte-americanas da actualidade.


Classificação – 2 Estrelas Em 5

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