Com Amanda Seyfried, Gary Oldman, Lukas Haas
O conto “Little Red Riding Hood” de Charles Perrault é um famoso clássico infantil que serviu de base a vários filmes relativamente recentes como “Red Riding Hood” (2003) de Giacomo Cimini ou “Hard Candy” (2005) de David Slade. “Red Riding Hood” de Catherine Hardwicke é a mais recente versão alternativa deste clássico literário, uma versão sofrível que não foi bem aceite pela crítica e pelo público que não cedeu à sua medíocre narrativa. A sua história é ambientada numa aldeia medieval que é aterrorizada há várias décadas por um lobisomem que prometeu não atacar os humanos se estes também não o atacarem, no entanto, tudo isto se altera quando uma habitante da aldeia, Lucie (Alexandria Maillot), é morta por esta monstruosa criatura. A sua irmã mais velha, Valerie (Amanda Seyfried), fica chocada com a sua morte mas fica ainda mais chocada ao saber que os seus pais combinaram o seu casamento com Henry (Max Irons), um rapaz educado e extremamente rico por quem ela não sente qualquer afecto porque está loucamente apaixonada por Peter (Shiloh Fernandez). A morte de Lucie leva os aldeões a pedirem auxílio ao Padre Salomon (Gary Oldman), um famoso caçador de criaturas sobrenaturais que lhes revela que o lobisomem não só vive na aldeia como também quer transformar Valerie num lobisomem durante a Lua Vermelha.
A carreira de Catherine Hardwicke não é das mais ilustres mas também não é das mais fracas porque entre os seus maiores trabalhos encontramos vários filmes interessantes como “Thirteen” (2003) ou “Lords of Dogtown” (2005), no entanto, entre esses filmes só encontramos um sucesso comercial: “Twilight” (2008). O seu mais recente trabalho, “Red Riding Hood”, tem várias similaridades com esse blockbuster porque também tem uma temática sobrenatural e também se centra numa calorosa vertente romântica mas a verdade é que comparar este filme com o seu maior sucesso comercial é insultar este último porque “Twilight” funciona quer como uma história de amor quer como uma história sobrenatural para adolescentes ao passo que “Red Riding Hood” não passa de um filme medíocre sem chama e cheio de clichés onde não reina nem a intensidade nem o mistério.
A mediocridade de “Red Riding Hood” é fortalecida pela sua previsível conclusão e pela sua vertente técnica pouco atenta aos pormenores como provam os vários erros de caracterização e o fraco visual do lobisomem. O seu elenco é liderado por Amanda Seyfried, uma actriz com um enorme potencial que nos oferece mais uma performance eficaz como Valerie, uma personagem que poderia ter tido uma construção narrativa mais ambiciosa e sensual. Gary Oldman tem também uma interessante performance como o obcecado e sombrio Padre Salomon mas os dois sex symbols do elenco, Max Irons e Shiloh Fernandez, ficaram muito aquém das expectativas. “Red Riding Hood” é mais um fraco produto comercial que transformou um fantástico conto clássico num filme que é narrativamente e visualmente sofrível.
Classificação – 1,5 Estrelas Em 5
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