domingo, 10 de abril de 2011

Crítica - Hop (2011)

Realizado por Tim Hill
Com Russell Brand, Elizabeth Perkins, David Hasselhoff, Hugh Laurie

A Illumination Entertainment maravilhou a crítica com “Despicable Me” (2010), uma fantástica obra animada que rivalizou comercialmente com os maiores sucessos da Disney/Pixar e da DreamWorks Animation. O seu novo filme, “Hop”, não é assim tão maravilhoso, muito pelo contrário, é um trabalho excessivamente infantil que até nos oferece um visual cuidado e interessante mas que infelizmente não nos oferece uma narrativamente minimamente interessante. A sua história centra-se em E.B. (Russell Brand), um coelho ambicioso que sonha em ser um famoso baterista, no entanto, este seu sonho contraria os planos do seu pai que quer que ele o substitua e se torne no novo Coelho da Pascoa. E.B. não quer desistir do seu sonho e decide tentar a sua sorte em Los Angeles, uma cidade cheia de músicos e de actores onde conhece Fred (James Marsden), um homem indolente e solitário que entra acidentalmente na sua vida e que o vai auxiliar na sua aventura musical.


A sua narrativa não é sofrível mas também não é nada cativante, uma característica que é absolutamente fundamental para qualquer filme animado que tenha como público-alvo o publico infantil que quer ver um filme que o prenda ao ecrã do inicio ao fim e “Hop” não é, no meu entender, um desses filmes. A sua história dá um twist moderno à história tradicional do Coelho da Páscoa mas a verdade é que a sua narrativa é muito semelhante à de “Alvin and the Chipmunks” (2007), um filme que também tem uma temática musical e que também se centra num animal falante que se relaciona com um humano que inicialmente não o aceita mas que acaba por vê-lo como parte da sua família. A única coisa que “Hop” tem e “Alvin and the Chipmunks” não tem é um vilão carismático e cómico como Carlos ou Phil, dois “vilões” hilariantes que se assumem claramente como o melhor elemento deste filme. “Hop” também tem um visual muito semelhante a “Alvin and the Chipmunks”, afinal de contas ambos foram realizados por Tim Hill, um cineasta que mais uma vez soube misturar o live-action com uma realista vertente animada. James Marsden é o único actor do elenco real que nos oferece uma performance razoável, muito embora David Hasselhoff tenha um cameo interessante. O seu elenco vocal tem em Russell Brand o seu actor central mas é Hank Azaria (Carlos e Phil) que mais se destaca ao dar voz aos dois hilariantes vilões. Tim Hill e a Illumination Entertainment falharam redondamente com este “Hop”, um filme que não se mostra capaz de rivalizar com “Rio”, “Cars 2”, “Winnie The Pooh”, “Puss in Boots” ou “Kung Fu Panda 2: The Kaboom of Doom”, filmes que também são direccionados ao público infantil e que certamente serão mais apetecíveis que esta medíocre obra que apenas tem dois bons vilões e uma razoável vertente visual.

Classificação – 2 Estrelas Em 5

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