Realizado por Anton Corbijn
Com George Clooney, Violante Placido, Thekla Reuten, Paolo Bonacelli, Johan Leysen
O cineasta Anton Corbijn é mundialmente conhecido por ter realizado vários vídeos musicais de vários artistas conceituados como os U2 ou Depeche Mode mas foi com “Control” (2007), uma excelente cinebiografia do mítico Ian Curtis dos Joy Division, que este novato realizador conseguiu surpreender a crítica especializada e o público internacional. O seu novo trabalho, “The American”, é um thriller razoável que tentou aproveitar o sucesso de obras como “The Bourne Identity (2002)”, “The Bourne Supremacy (2004)” ou “The Bourne Ultimatum (2006) para cativar o espectador mas a verdade é que este filme se assume como um thriller relativamente mais fraco e enfadonho que esses grandes sucessos cinematográficos. A sua história é baseada no livro “A Very Private Gentleman” de Martin Booth e acompanha os dramas e as dúvidas de Jack (George Clooney), um exímio assassino por encomenda com um histórico verdadeiramente exemplar que se refugia na vila italiana Castel del Monte após ter sido alvo de uma emboscada que custou a vida à sua namorada, Ingrid (Irina Björklund). Este acontecimento leva-o a ponderar o seu futuro e a abandonar esta sua perigosa profissão mas, antes de o fazer, é obrigado a completar uma última missão que consiste na criação de uma nova arma para uma mulher misteriosa chamada Mathilde (Thekla Reuten), uma missão aparentemente fácil que o leva a compreender que o seu vínculo ao mundo do crime é vitalício e que só a sua morte o poderá quebrar. Durante a sua breve estadia em Castel del Monte, Jack acaba por se relacionar com o Padre Benedetto (Paolo Bonacelli) e com Clara (Violante Placido), uma belíssima prostituta a quem se liga emocionalmente e romanticamente e que acaba por lhe mostrar que há coisas mais importantes na vida do que o trabalho e o dinheiro.
A introdução de “The American” é fantástica porque nos apresenta uma excelente sequência onde Jack se assume como um assassino extremamente frio e calculista que não hesita em matar a sua namorada, no entanto, esta sua fria e calculista caracterização é meramente temporária porque a partir deste momento, “The American” tenta nos mostrar que Jack é um humano relativamente normal que também tem um lado sensível e romântico, lado esse que nos é mostrado através de vários momentos onde Jack revela os seus verdadeiros sentimentos ao Padre Benedetto e a Clara, no entanto, esses momentos pecam pela sua excessiva vertente melodramática e acabam por transformar um thriller que até poderia ser interessante num autêntico drama com algumas sequências de acção e violência que acabam por não ser suficientes para satisfazer as necessidades de um espectador que esperava ver uma obra semelhante a “The Bourne Ultimatum” (2006) ou a “The Good Shepherd” (2005). ”The American” só tem portanto algumas cenas dignas de um thriller, cenas essas que são protagonizadas por Jack, Mathilde ou Pavel (Johan Leysen) e que apenas estão inseridas na sua introdução e conclusão, assim sendo, todo o seu desenvolvimento é composto por cenas onde Jack se descobre a si próprio e onde se dá a conhecer ao seu novo melhor amigo (Padre Benedetto) e ao seu interesse romântico (Clara). A sua conclusão é extremamente previsível e a sua última cena é verdadeiramente ridícula, chegando mesmo a ser o momento mais risível deste filme.
Após “Control (2007), Anton Corbijn tinha que confirmar as altas expectativas que Hollywood criou em seu redor e apesar de “The American” não ser um mau filme não deixou de ficar aquém das expectativas criadas. O seu trabalho técnico até é satisfatório mas este cineasta poderia ter controlado melhor a sua história e editado muito melhor algumas das suas sequencias que por vezes roçam o aborrecimento. O trabalho de Martin Ruhet (Fotografia) é muito bom e consegue exaltar com muita habilidade as fantásticas paisagens italianas. O seu elenco é liderado por George Clooney, um actor muito experiente que nos oferece com este “The American” uma performance muito obscura mas interessante. Clooney é claramente o melhor elemento do elenco mas Paolo Bonacelli também nos oferece um trabalho muito razoável. As actrizes Violante Placido e Thekla Reuten também nos oferecem uma performance satisfatória. Anton Corbijn tentou criar com “The American” um thriller mais sentimental e mais sério que a esmagadora maioria dos filmes norte-americanos do género mas a verdade é que Corbijn não foi muito bem sucedido nesta sua tentativa. É verdade que “The American” é composto por muitos momentos sérios onde exploramos a mente do protagonista e onde este se abre com outras personagens mas também é verdade que esses momentos sobrepõem-se à essência do thriller, tornando assim este “The American” num filme razoável mas num fraco thriller.
Com George Clooney, Violante Placido, Thekla Reuten, Paolo Bonacelli, Johan Leysen
O cineasta Anton Corbijn é mundialmente conhecido por ter realizado vários vídeos musicais de vários artistas conceituados como os U2 ou Depeche Mode mas foi com “Control” (2007), uma excelente cinebiografia do mítico Ian Curtis dos Joy Division, que este novato realizador conseguiu surpreender a crítica especializada e o público internacional. O seu novo trabalho, “The American”, é um thriller razoável que tentou aproveitar o sucesso de obras como “The Bourne Identity (2002)”, “The Bourne Supremacy (2004)” ou “The Bourne Ultimatum (2006) para cativar o espectador mas a verdade é que este filme se assume como um thriller relativamente mais fraco e enfadonho que esses grandes sucessos cinematográficos. A sua história é baseada no livro “A Very Private Gentleman” de Martin Booth e acompanha os dramas e as dúvidas de Jack (George Clooney), um exímio assassino por encomenda com um histórico verdadeiramente exemplar que se refugia na vila italiana Castel del Monte após ter sido alvo de uma emboscada que custou a vida à sua namorada, Ingrid (Irina Björklund). Este acontecimento leva-o a ponderar o seu futuro e a abandonar esta sua perigosa profissão mas, antes de o fazer, é obrigado a completar uma última missão que consiste na criação de uma nova arma para uma mulher misteriosa chamada Mathilde (Thekla Reuten), uma missão aparentemente fácil que o leva a compreender que o seu vínculo ao mundo do crime é vitalício e que só a sua morte o poderá quebrar. Durante a sua breve estadia em Castel del Monte, Jack acaba por se relacionar com o Padre Benedetto (Paolo Bonacelli) e com Clara (Violante Placido), uma belíssima prostituta a quem se liga emocionalmente e romanticamente e que acaba por lhe mostrar que há coisas mais importantes na vida do que o trabalho e o dinheiro.
A introdução de “The American” é fantástica porque nos apresenta uma excelente sequência onde Jack se assume como um assassino extremamente frio e calculista que não hesita em matar a sua namorada, no entanto, esta sua fria e calculista caracterização é meramente temporária porque a partir deste momento, “The American” tenta nos mostrar que Jack é um humano relativamente normal que também tem um lado sensível e romântico, lado esse que nos é mostrado através de vários momentos onde Jack revela os seus verdadeiros sentimentos ao Padre Benedetto e a Clara, no entanto, esses momentos pecam pela sua excessiva vertente melodramática e acabam por transformar um thriller que até poderia ser interessante num autêntico drama com algumas sequências de acção e violência que acabam por não ser suficientes para satisfazer as necessidades de um espectador que esperava ver uma obra semelhante a “The Bourne Ultimatum” (2006) ou a “The Good Shepherd” (2005). ”The American” só tem portanto algumas cenas dignas de um thriller, cenas essas que são protagonizadas por Jack, Mathilde ou Pavel (Johan Leysen) e que apenas estão inseridas na sua introdução e conclusão, assim sendo, todo o seu desenvolvimento é composto por cenas onde Jack se descobre a si próprio e onde se dá a conhecer ao seu novo melhor amigo (Padre Benedetto) e ao seu interesse romântico (Clara). A sua conclusão é extremamente previsível e a sua última cena é verdadeiramente ridícula, chegando mesmo a ser o momento mais risível deste filme.
Após “Control (2007), Anton Corbijn tinha que confirmar as altas expectativas que Hollywood criou em seu redor e apesar de “The American” não ser um mau filme não deixou de ficar aquém das expectativas criadas. O seu trabalho técnico até é satisfatório mas este cineasta poderia ter controlado melhor a sua história e editado muito melhor algumas das suas sequencias que por vezes roçam o aborrecimento. O trabalho de Martin Ruhet (Fotografia) é muito bom e consegue exaltar com muita habilidade as fantásticas paisagens italianas. O seu elenco é liderado por George Clooney, um actor muito experiente que nos oferece com este “The American” uma performance muito obscura mas interessante. Clooney é claramente o melhor elemento do elenco mas Paolo Bonacelli também nos oferece um trabalho muito razoável. As actrizes Violante Placido e Thekla Reuten também nos oferecem uma performance satisfatória. Anton Corbijn tentou criar com “The American” um thriller mais sentimental e mais sério que a esmagadora maioria dos filmes norte-americanos do género mas a verdade é que Corbijn não foi muito bem sucedido nesta sua tentativa. É verdade que “The American” é composto por muitos momentos sérios onde exploramos a mente do protagonista e onde este se abre com outras personagens mas também é verdade que esses momentos sobrepõem-se à essência do thriller, tornando assim este “The American” num filme razoável mas num fraco thriller.
Classificação –3 Estrelas Em 5
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