Realizado por Phillip Noyce
Com Angelina Jolie, Liev Schreiber, Andre Braugher
Os fantasmas da Guerra Fria e a eterna rivalidade entre os Estados Unidos da América e a Rússia (União Soviética) estão no centro da história de “Salt”, um thriller satisfatório mas não muito convincente ou realista que é protagonizado por Evelyn Salt (Angelina Jolie), uma das melhores agentes secretas da CIA que subitamente vê o seu mundo desabar quando um desertor russo, Vassily Orlov (Daniel Olbrychski), a acusa de ser uma espiã russa que irá assassinar o Presidente Russo durante o funeral do Vice-Presidente dos Estados Unidos da América, uma acusação que é imediatamente tida como verdadeira pela CIA que decide investigar e interrogar Salt, no entanto, esta sabe que está inocente mas para o conseguir provar terá que se tornar uma fugitiva e utilizar a sua vasta experiência para provar a sua inocência e a sua lealdade para com os Estados Unidos da América.
O enredo de “Salt” não é muito inovador porque é essencialmente uma versão feminina de verdadeiros sucessos comerciais como “Bourne”, “Mission Impossible” ou “James Bond”. É verdade que o facto de ”Salt” ser protagonizado por uma personagem feminina oferece algum interesse extra a este filme mas também é verdade que, em ultima analise, a sua história é muito confusa e incoerente porque nunca nos fornece muitas respostas claras e concisas sobre os seus acontecimentos mais relevantes e muitos desses acontecimentos acabam mesmo por nos ser introduzidos sem nenhum contexto ou concluídos sem nenhum esclarecimento concreto. Os típicos clichés de Hollywood também estão presentes em “Salt”, um dos melhores exemplos é o facto de os norte-coreanos e os russos serem retratados como vilões sedentos de violência e os norte-americanos serem retratados como verdadeiros heróis internacionais, uma caracterização claramente superficial que só aumenta a leviandade desta obra. O seu enredo também não é muito surpreendente porque desde muito cedo ficamos a saber que Evelyn Salt não é uma vilã, no entanto, existem algumas reviravoltas interessantes referentes a Ted Winter (Liev Schreiber) e a Mike Krause (August Diehl), este último é uma personagem secundária que acaba por ter um final abrupto e muito pouco comum tendo em conta a sua importância para a personagem principal.
As cenas de acção são abundantes em “Salt” mas muitas delas são excessivamente artificiais e completamente irrealistas, assim sendo, somos confrontados com um filme que é maioritariamente composto por sequências absolutamente desnecessárias que acabam por não lhe oferecer muita coisa, muito pelo contrário, acabam por não permitir um desenvolvimento mais sério e mais detalhado do seu enredo. O realizador Phillip Noyce é claramente o principal responsável por este excesso que acabou por transformar “Salt” num filme muito menos apelativo que os seus maiores rivais comerciais. A sua fotografia é banal mas a sua banda sonora até é muito boa, James Newton Howard criou várias sonoridades interessantes que se misturam muito bem com a história e com as características de Evelyn Salt. Angelina Jolie está muito bem como Salt/Chenkov, no entanto, este não é claramente o seu melhor trabalho até porque no seu currículo encontramos excelentes performances em filmes como “Changeling” (2008) ou “Girl, Interrupted” (1999). O elenco secundário é composto por actores como Liev Schreiber, Daniel Olbrychski e Andre Braugher , três actores que nos oferecem três performances aceitáveis. “Salt” não é um mau filme e até deverá agradar à maioria dos espectadores mas poderia ter sido um thriller muito melhor caso não tivesse tantas cenas de acção e tivesse apostado um pouco mais no desenvolvimento do seu enredo, no entanto, teria sido um filme muito pior caso os planos originais se tivessem mantido e Tom Cruise tivesse assumido o protagonismo.
Com Angelina Jolie, Liev Schreiber, Andre Braugher
Os fantasmas da Guerra Fria e a eterna rivalidade entre os Estados Unidos da América e a Rússia (União Soviética) estão no centro da história de “Salt”, um thriller satisfatório mas não muito convincente ou realista que é protagonizado por Evelyn Salt (Angelina Jolie), uma das melhores agentes secretas da CIA que subitamente vê o seu mundo desabar quando um desertor russo, Vassily Orlov (Daniel Olbrychski), a acusa de ser uma espiã russa que irá assassinar o Presidente Russo durante o funeral do Vice-Presidente dos Estados Unidos da América, uma acusação que é imediatamente tida como verdadeira pela CIA que decide investigar e interrogar Salt, no entanto, esta sabe que está inocente mas para o conseguir provar terá que se tornar uma fugitiva e utilizar a sua vasta experiência para provar a sua inocência e a sua lealdade para com os Estados Unidos da América.
O enredo de “Salt” não é muito inovador porque é essencialmente uma versão feminina de verdadeiros sucessos comerciais como “Bourne”, “Mission Impossible” ou “James Bond”. É verdade que o facto de ”Salt” ser protagonizado por uma personagem feminina oferece algum interesse extra a este filme mas também é verdade que, em ultima analise, a sua história é muito confusa e incoerente porque nunca nos fornece muitas respostas claras e concisas sobre os seus acontecimentos mais relevantes e muitos desses acontecimentos acabam mesmo por nos ser introduzidos sem nenhum contexto ou concluídos sem nenhum esclarecimento concreto. Os típicos clichés de Hollywood também estão presentes em “Salt”, um dos melhores exemplos é o facto de os norte-coreanos e os russos serem retratados como vilões sedentos de violência e os norte-americanos serem retratados como verdadeiros heróis internacionais, uma caracterização claramente superficial que só aumenta a leviandade desta obra. O seu enredo também não é muito surpreendente porque desde muito cedo ficamos a saber que Evelyn Salt não é uma vilã, no entanto, existem algumas reviravoltas interessantes referentes a Ted Winter (Liev Schreiber) e a Mike Krause (August Diehl), este último é uma personagem secundária que acaba por ter um final abrupto e muito pouco comum tendo em conta a sua importância para a personagem principal.
As cenas de acção são abundantes em “Salt” mas muitas delas são excessivamente artificiais e completamente irrealistas, assim sendo, somos confrontados com um filme que é maioritariamente composto por sequências absolutamente desnecessárias que acabam por não lhe oferecer muita coisa, muito pelo contrário, acabam por não permitir um desenvolvimento mais sério e mais detalhado do seu enredo. O realizador Phillip Noyce é claramente o principal responsável por este excesso que acabou por transformar “Salt” num filme muito menos apelativo que os seus maiores rivais comerciais. A sua fotografia é banal mas a sua banda sonora até é muito boa, James Newton Howard criou várias sonoridades interessantes que se misturam muito bem com a história e com as características de Evelyn Salt. Angelina Jolie está muito bem como Salt/Chenkov, no entanto, este não é claramente o seu melhor trabalho até porque no seu currículo encontramos excelentes performances em filmes como “Changeling” (2008) ou “Girl, Interrupted” (1999). O elenco secundário é composto por actores como Liev Schreiber, Daniel Olbrychski e Andre Braugher , três actores que nos oferecem três performances aceitáveis. “Salt” não é um mau filme e até deverá agradar à maioria dos espectadores mas poderia ter sido um thriller muito melhor caso não tivesse tantas cenas de acção e tivesse apostado um pouco mais no desenvolvimento do seu enredo, no entanto, teria sido um filme muito pior caso os planos originais se tivessem mantido e Tom Cruise tivesse assumido o protagonismo.
Classificação – 3 Estrelas Em 5
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