sábado, 31 de julho de 2010

Crítica - The A-Team (2010)

Realizado por Joe Carnahan
Com Liam Neeson, Quinton 'Rampage' Jackson, Bradley Cooper, Sharlto Copley

Os audazes e mundialmente conhecidos soldados da fortuna, John "Hannibal" Smith, Templeton “Faceman” Peck, Bosco "BA" Barracus e H.M. Murdock, estão de volta ao activo com “The A-Team”, uma razoável versão cinematográfica da homónima série televisiva que entusiasmou milhões de pessoas em todo o mundo durante os anos oitenta. A sua história é muito fiel às bases da série, assim sendo, é nos inicialmente mostrado como é que John Smith (Liam Neeson) se reuniu com Templeton Peck (Bradley Cooper), Bosco Barracus (Quinton Jackson) e H.M. Murdock (Sharlto Copley) e como é que estes se tornaram em verdadeiros mercenários. À semelhança da série também o filme desenvolve uma única missão destes soldados, missão essa que lhes causa vários problemas com criminosos internacionais e com os serviços secretos norte-americanos, no entanto, com o recurso a muita violência e a muita adrenalina, estes mercenários vão acabar por conseguir ultrapassar todas as adversidades que lhes são colocadas.


A série televisiva foi um verdadeiro sucesso comercial mas nunca convenceu verdadeiramente a crítica norte-americana com as suas mini-histórias medíocres e mirabolantes, no entanto, as inúmeras aventuras da A-Team nunca foram o seu maior interesse, este estatuto sempre pertenceu à excelente dinâmica entre os vários soldados da fortuna e à excelente construção narrativa dos mesmos. O filme também é muito semelhante à serie neste aspecto, ou seja, a sua narrativa é sofrível e confusa e as suas sequências de acção/aventura são visualmente cativantes mas extremamente irrealistas, no entanto, a construção das personagens principais e a fantástica dinâmica que é estabelecida entre eles é muito boa e está muito fiel à versão televisiva, assim sendo, somos brindados com as emblemáticas interacções/picardias entre os intervenientes principais e com as suas icónicas características individuais mas também com as míticas “catch phrases” de B.A. O humor também está presente em “The A-Team” através das várias estiradas cómicas de B.A ou de Murdock, os dois intervenientes mais instáveis e mais divertidos da série e do filme.


A realização de Joe Carnahan é comercial e leviana, no entanto, “The A-Team” nunca foi uma série muito séria ou realista, assim sendo, o seu trabalho está harmonizado com as características superficiais deste produto. O filme é então dominado por várias sequências exacerbadas mas visualmente atractivas onde somos confrontados com muitas explosões e muita violência física e bélica, no entanto, este exagero não é estranho à série televisiva que também era muito rica em cenas tão inacreditáveis e tão violentas como às desta obra. O elenco é, muito provavelmente, o seu melhor elemento. Liam Neeson, Sharlto Copley e Bradley Cooper estão muito bem como Hannibal, Peck e Murdock mas Quinton Jackson não está tão bem como Bosco Barracus, no entanto, era muito difícil substituir o carismático Mr.T. Jessica Biel é um simples acessório feminino num elenco claramente dominado por homens muito mais talentoso que esta fraca actriz. O filme de “The A-Team” é tão competente como a série, no entanto, tal como esta, não deixa de ser um produto medíocre e comercial, assim sendo, só os admiradores da versão original e de filmes de acção/aventura é que deverão ficar completamente satisfeitos com esta produção.

Classificação – 3 Estrelas Em 5

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