Realizado por Juan José Campanella
Com Soledad Villamil, Ricardo Darín, Pablo Rago
Há dois elementos muito interessantes nesta película argentina, uma história que merece ser contada e um modo de o fazer maduro, sólido, poético e tenso surpreendente no momento que vivemos da história do cinema. Um crime horrendo toca particularmente um funcionário de um tribunal, Benjamín Esposito (Ricardo Darín), não só pela violência usada mas sobretudo por encontrar na história de amor da vítima algo do próprio amor que o alimenta. Esposito fará tudo ao seu alcance para encontrar o culpado, envolvendo no processo no seu colega e melhor amigo e ainda a chefe do departamento, a belíssima e inatingível Irene Menéndez Hastings. Apesar dos progressivos sucessos da sua investigação e, quando tudo parecia resolvido, revezes de uma justiça demasiado cega fazem reverter todo o processo. Vinte e cinco anos mais tarde, já reformado, Esposito decide escrever a história desta caso e rescrever muitos dos acontecimentos à luz daquilo que gostaria que tivesse acontecido. Esse projecto leva-o a procurar Irene e o marido da vítima o que o leva a perceber que nada se passou noutra vida, que ainda é tempo de reverter o curso dos acontecimentos e que há sempre muitas coisas na vida de que não nos conseguimos apercebera não ser muitas vezes muitos anos depois.
O argumento é original e bem conseguido, misturando nas doses certas amor, sexo, violência, mistério, terror e uma pitada de humor narrados no ritmo certo para prender a atenção do espectador e lhe permitir simultaneamente aproveitar algo do que se passa no ecrã para a sua própria vida. As interpretações bem como o efeito da caracterização das três personagens fundamentais, Irene, Esposito e Ricardo Morales são muito convincentes, conferindo uma estrutura sólida à narrativa. A reconstituição da época é bem conseguida tanto nos cenários como nos figurinos. O final brilhante lança uma reflexão sobre a justiça que não é nunca A justiça, como lembra Irene, mas UMA justiça tão subjectiva e questionável como qualquer outra. Ainda assim é de alma lavada que saímos da sala de cinema conscientes de que assistimos a algo novo, a um cinema não americano fresco, revigorante e pronto a vingar. A película ganhou merecidamente o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010.
Classificação - 5 Estrelas Em 5
Com Soledad Villamil, Ricardo Darín, Pablo Rago
Há dois elementos muito interessantes nesta película argentina, uma história que merece ser contada e um modo de o fazer maduro, sólido, poético e tenso surpreendente no momento que vivemos da história do cinema. Um crime horrendo toca particularmente um funcionário de um tribunal, Benjamín Esposito (Ricardo Darín), não só pela violência usada mas sobretudo por encontrar na história de amor da vítima algo do próprio amor que o alimenta. Esposito fará tudo ao seu alcance para encontrar o culpado, envolvendo no processo no seu colega e melhor amigo e ainda a chefe do departamento, a belíssima e inatingível Irene Menéndez Hastings. Apesar dos progressivos sucessos da sua investigação e, quando tudo parecia resolvido, revezes de uma justiça demasiado cega fazem reverter todo o processo. Vinte e cinco anos mais tarde, já reformado, Esposito decide escrever a história desta caso e rescrever muitos dos acontecimentos à luz daquilo que gostaria que tivesse acontecido. Esse projecto leva-o a procurar Irene e o marido da vítima o que o leva a perceber que nada se passou noutra vida, que ainda é tempo de reverter o curso dos acontecimentos e que há sempre muitas coisas na vida de que não nos conseguimos apercebera não ser muitas vezes muitos anos depois.
O argumento é original e bem conseguido, misturando nas doses certas amor, sexo, violência, mistério, terror e uma pitada de humor narrados no ritmo certo para prender a atenção do espectador e lhe permitir simultaneamente aproveitar algo do que se passa no ecrã para a sua própria vida. As interpretações bem como o efeito da caracterização das três personagens fundamentais, Irene, Esposito e Ricardo Morales são muito convincentes, conferindo uma estrutura sólida à narrativa. A reconstituição da época é bem conseguida tanto nos cenários como nos figurinos. O final brilhante lança uma reflexão sobre a justiça que não é nunca A justiça, como lembra Irene, mas UMA justiça tão subjectiva e questionável como qualquer outra. Ainda assim é de alma lavada que saímos da sala de cinema conscientes de que assistimos a algo novo, a um cinema não americano fresco, revigorante e pronto a vingar. A película ganhou merecidamente o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010.
Classificação - 5 Estrelas Em 5
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