Realizado por Dominic Sena
Com Kate Beckinsale, Gabriel Macht, Tom Skerritt, Columbus Short
A crítica especializada não ficou minimamente convencida com “Whiteout”, um incontestável insucesso cinematográfico que rapidamente se transformou num estrondoso fracasso comercial. A sua história acompanha uma misteriosa investigação de um homicídio na Antártida, uma região gélida e isolada que nunca tinha registado uma ocorrência tão violenta. A investigação é conduzida por Carrie Stecko (Kate Beckinsale), uma agente federal que escolheu exercer a sua profissão naquele lugar isolado com o intuito de obter alguma tranquilidade mas esse sentimento de serenidade é lhe rapidamente tirado quando a resolução do homicídio se começa a complicar. A delicada investigação fica subitamente ameaçada com o rápido passar do tempo porque o continente está prestes a ficar submerso na escuridão total durante seis meses, escuridão essa que poderá auxiliar o assassino a escapar impune.
“Whiteout” é uma incompetente adaptação cinematográfica da homónima aventura literária da autoria de Greg Rucka e de Steve Lieber, aventura essa que nos apresenta uma história complexa e vigorosa, importantes e determinantes características narrativas que claramente não foram transpostas para o grande ecrã. O argumento desta medíocre produção é, no mínimo, enfadonho e indistinto porque nunca nos consegue transmitir um verdadeiro ambiente de suspeição que nos consiga arrebatar ou convencer, assim sendo, somos confrontados com uma história bastante insípida que raramente nos oferece momentos de extrema intensidade. As lacunas narrativas também são abundantes e bastante evidentes, ou seja, estamos perante uma desleixada narrativa que nos apresenta inúmeros problemas de harmonia e concórdia que saltam à vista de qualquer espectador, entre os exemplos mais caricatos e irrisórios encontramos o misterioso e injustificado aparecimento e posterior intervenção de um Delegado das Nações Unidas numa investigação de um homicídio e a inexplicada presença de uma Agente Federal numa Estação de Investigação. As personagens principais e secundárias também obedecem a uma construção delicada que nos impede de compreender os seus passados ou as suas motivações, assim sendo, nunca conseguimos compreender o que realmente motivou o assassino ou o que levou a protagonista a se candidatar a um emprego numa localidade tão distante e tão isolada. Os diálogos são maioritariamente superficiais porque se limitam à constatação dos factos mais óbvios e mais claros, uma situação que não ajuda o espectador a compreender os fundamentos da narrativa.
Os problemas do argumento são claramente aumentados pelo sofrível e mediano trabalho criativo e directivo do cineasta desta fraquíssima produção. Dominic Sena não conseguiu inverter a tendência negativa e medíocre da narrativa, muito pelo contrário, apostou numa direcção que privilegiou a trivialidade em detrimento da qualidade, ou seja, somos confrontados com inúmeras sequências superficiais que não acrescentam nada à história mas que são visualmente atraentes e cativantes para alguns sectores do público, como por exemplo, uma sequência onde a protagonista exibe os seus atributos físicos durante um banho revelador que poderia ter sido facilmente substituído por uma sequencia que revelasse mais informações sobre o passado desta principal interveniente. As cenas de acção também não são cativantes porque nunca exprimem um ambiente de perigosidade ou de intensidade. A fotografia de “Whiteout” é desenxabida e em certas alturas é demasiado artificial porque não nos conseguiu transmitir o isolamento e a obscuridade das gélidas planícies da Antártida. O elenco desta produção é composto por alguns actores mediáticos que nos oferecem algumas performances individuais que são medíocres, como por exemplo, Gabriel Macht ou Tom Skerritt. Kate Beckinsale é uma agradável surpresa e a excepção à mediocridade da generalidade. A actriz não nos oferece uma performance de qualidade mas, atendendo às obvias condicionantes narrativas e directivas, conseguiu atribuir algum interesse mediático e qualitativo a esta sofrível produção comercial.
O fracasso comercial e qualitativo de “Whiteout” nos Estados Unidos da América foi suficiente para o afastar dos principais mercados internacionais, uma situação que foi benéfica para o público desses mercados que evitaram assim uma experiência cinematográfica de pouca qualidade e interesse. É de recordar que “Whiteout” foi considerado uma das piores longas-metragens de 2009.
Com Kate Beckinsale, Gabriel Macht, Tom Skerritt, Columbus Short
A crítica especializada não ficou minimamente convencida com “Whiteout”, um incontestável insucesso cinematográfico que rapidamente se transformou num estrondoso fracasso comercial. A sua história acompanha uma misteriosa investigação de um homicídio na Antártida, uma região gélida e isolada que nunca tinha registado uma ocorrência tão violenta. A investigação é conduzida por Carrie Stecko (Kate Beckinsale), uma agente federal que escolheu exercer a sua profissão naquele lugar isolado com o intuito de obter alguma tranquilidade mas esse sentimento de serenidade é lhe rapidamente tirado quando a resolução do homicídio se começa a complicar. A delicada investigação fica subitamente ameaçada com o rápido passar do tempo porque o continente está prestes a ficar submerso na escuridão total durante seis meses, escuridão essa que poderá auxiliar o assassino a escapar impune.
“Whiteout” é uma incompetente adaptação cinematográfica da homónima aventura literária da autoria de Greg Rucka e de Steve Lieber, aventura essa que nos apresenta uma história complexa e vigorosa, importantes e determinantes características narrativas que claramente não foram transpostas para o grande ecrã. O argumento desta medíocre produção é, no mínimo, enfadonho e indistinto porque nunca nos consegue transmitir um verdadeiro ambiente de suspeição que nos consiga arrebatar ou convencer, assim sendo, somos confrontados com uma história bastante insípida que raramente nos oferece momentos de extrema intensidade. As lacunas narrativas também são abundantes e bastante evidentes, ou seja, estamos perante uma desleixada narrativa que nos apresenta inúmeros problemas de harmonia e concórdia que saltam à vista de qualquer espectador, entre os exemplos mais caricatos e irrisórios encontramos o misterioso e injustificado aparecimento e posterior intervenção de um Delegado das Nações Unidas numa investigação de um homicídio e a inexplicada presença de uma Agente Federal numa Estação de Investigação. As personagens principais e secundárias também obedecem a uma construção delicada que nos impede de compreender os seus passados ou as suas motivações, assim sendo, nunca conseguimos compreender o que realmente motivou o assassino ou o que levou a protagonista a se candidatar a um emprego numa localidade tão distante e tão isolada. Os diálogos são maioritariamente superficiais porque se limitam à constatação dos factos mais óbvios e mais claros, uma situação que não ajuda o espectador a compreender os fundamentos da narrativa.
Os problemas do argumento são claramente aumentados pelo sofrível e mediano trabalho criativo e directivo do cineasta desta fraquíssima produção. Dominic Sena não conseguiu inverter a tendência negativa e medíocre da narrativa, muito pelo contrário, apostou numa direcção que privilegiou a trivialidade em detrimento da qualidade, ou seja, somos confrontados com inúmeras sequências superficiais que não acrescentam nada à história mas que são visualmente atraentes e cativantes para alguns sectores do público, como por exemplo, uma sequência onde a protagonista exibe os seus atributos físicos durante um banho revelador que poderia ter sido facilmente substituído por uma sequencia que revelasse mais informações sobre o passado desta principal interveniente. As cenas de acção também não são cativantes porque nunca exprimem um ambiente de perigosidade ou de intensidade. A fotografia de “Whiteout” é desenxabida e em certas alturas é demasiado artificial porque não nos conseguiu transmitir o isolamento e a obscuridade das gélidas planícies da Antártida. O elenco desta produção é composto por alguns actores mediáticos que nos oferecem algumas performances individuais que são medíocres, como por exemplo, Gabriel Macht ou Tom Skerritt. Kate Beckinsale é uma agradável surpresa e a excepção à mediocridade da generalidade. A actriz não nos oferece uma performance de qualidade mas, atendendo às obvias condicionantes narrativas e directivas, conseguiu atribuir algum interesse mediático e qualitativo a esta sofrível produção comercial.
O fracasso comercial e qualitativo de “Whiteout” nos Estados Unidos da América foi suficiente para o afastar dos principais mercados internacionais, uma situação que foi benéfica para o público desses mercados que evitaram assim uma experiência cinematográfica de pouca qualidade e interesse. É de recordar que “Whiteout” foi considerado uma das piores longas-metragens de 2009.
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