Realizado por Tony Scott
Com John Travolta, Luis Guzmán, John Turturro, Denzel Washington
A explosiva história literária do aclamado “The Taking of Pelham 123” foi originalmente adaptada ao cinema por Joseph Sargent em 1974. Três décadas depois, Tony Scott, o irmão do icónico cineasta Ridley Scott, recuperou essa electrizante história de acção e adaptou-a aos nossos dias mas apesar dos óbvios melhoramentos gráficos e das várias prestações de luxo de alguns elementos do elenco, esta versão contemporânea fica a léguas da qualidade apresentada pela obra original, muito por culpa da frágil direcção de Tony Scott.
A história desta versão é ligeiramente diferente da original, entre as alterações mais significativas encontramos a modificação de algumas personagens de relevo que foram adaptadas às exigências da nossa sociedade, no entanto, apesar das múltiplas alterações narrativas, a problemática central manteve-se intacta. Sendo assim, o grande protagonista desta história actual é Walter Garber (Denzel Washington), um controlador de tráfego da linha do metro de Nova Iorque, vê-se envolvido no sequestro de um dos comboios por quatro bandidos armados comandados por Ryder (John Travolta), um líder tão brilhante quanto implacável, que ameaça matar a sangue frio os 18 passageiros caso o resgate de um milhão de dólares não seja pago no prazo máximo de uma hora. Garber e Camonetti (John Turturro), negociador da polícia de Nova Iorque, são as pessoas do outro lado do telefone que usarão todos os meios para vencer os criminosos e salvar os passageiros. Mas um problema continua sem solução, mesmo que os ladrões consigam o dinheiro, como poderão escapar da linha de metro? Caberá a Garber o desafio de antecipar as intenções de Ryder e desvendar o enigma.
O argumento apresenta-nos alguns pontos positivos e negativos, entre os elementos de qualidade encontramos alguns momentos de intensidade, como os múltiplos confrontos psicológicos entre os heróis (Garber e Camonetti) e os vilões liderados por Ryder, este último é na minha opinião, uma das piores personagens da história porque simplesmente não se enquadra na típica ideologia psicopata que caracteriza os grandes vilões do cinema, como por exemplo, o terrorista do filme original de 1974, um mercenário implacável e sanguinário que convence e intimida o público, ao contrário deste executivo renegado e pouco credível. À fraca construção do vilão junta-se a pobre conclusão da história, um final previsível e extremamente emocional que nada acrescenta à história.
A direcção de Tony Scott é simplesmente desastrosa e exagerada, através de planos de câmara demasiado complexos, uma edição extremamente pobre e vários elementos técnicos de elevada excentricidade, Tony Scott retira suspense e intensidade a uma obra cinematográfica que poderia ter funcionado muito melhor se tivesse sido composta por elementos mais simples e genéricos. O elenco é luxuoso e maioritariamente competente, excepção feita a John Travolta que graças à péssima construção da sua personagem, não conseguiu acompanhar o nível dos restantes actores. Denzel Washington apresenta-nos uma prestação convincente que se estabelece dentro dos parâmetros de qualidade do género. A única falha crucial do elenco é a ausência de uma personagem feminina de relevo. As estatísticas cinematográficas revelam-nos que os remakes raramente ultrapassam a qualidade dos filmes originais, um acontecimento que se voltou a repetir neste caso concreto, no entanto, um realizador mais talentoso poderia ter transformado este remake numa obra de acção de luxo que superaria facilmente o sucesso e qualidade do filme de 1974.
Com John Travolta, Luis Guzmán, John Turturro, Denzel Washington
A explosiva história literária do aclamado “The Taking of Pelham 123” foi originalmente adaptada ao cinema por Joseph Sargent em 1974. Três décadas depois, Tony Scott, o irmão do icónico cineasta Ridley Scott, recuperou essa electrizante história de acção e adaptou-a aos nossos dias mas apesar dos óbvios melhoramentos gráficos e das várias prestações de luxo de alguns elementos do elenco, esta versão contemporânea fica a léguas da qualidade apresentada pela obra original, muito por culpa da frágil direcção de Tony Scott.
A história desta versão é ligeiramente diferente da original, entre as alterações mais significativas encontramos a modificação de algumas personagens de relevo que foram adaptadas às exigências da nossa sociedade, no entanto, apesar das múltiplas alterações narrativas, a problemática central manteve-se intacta. Sendo assim, o grande protagonista desta história actual é Walter Garber (Denzel Washington), um controlador de tráfego da linha do metro de Nova Iorque, vê-se envolvido no sequestro de um dos comboios por quatro bandidos armados comandados por Ryder (John Travolta), um líder tão brilhante quanto implacável, que ameaça matar a sangue frio os 18 passageiros caso o resgate de um milhão de dólares não seja pago no prazo máximo de uma hora. Garber e Camonetti (John Turturro), negociador da polícia de Nova Iorque, são as pessoas do outro lado do telefone que usarão todos os meios para vencer os criminosos e salvar os passageiros. Mas um problema continua sem solução, mesmo que os ladrões consigam o dinheiro, como poderão escapar da linha de metro? Caberá a Garber o desafio de antecipar as intenções de Ryder e desvendar o enigma.
O argumento apresenta-nos alguns pontos positivos e negativos, entre os elementos de qualidade encontramos alguns momentos de intensidade, como os múltiplos confrontos psicológicos entre os heróis (Garber e Camonetti) e os vilões liderados por Ryder, este último é na minha opinião, uma das piores personagens da história porque simplesmente não se enquadra na típica ideologia psicopata que caracteriza os grandes vilões do cinema, como por exemplo, o terrorista do filme original de 1974, um mercenário implacável e sanguinário que convence e intimida o público, ao contrário deste executivo renegado e pouco credível. À fraca construção do vilão junta-se a pobre conclusão da história, um final previsível e extremamente emocional que nada acrescenta à história.
A direcção de Tony Scott é simplesmente desastrosa e exagerada, através de planos de câmara demasiado complexos, uma edição extremamente pobre e vários elementos técnicos de elevada excentricidade, Tony Scott retira suspense e intensidade a uma obra cinematográfica que poderia ter funcionado muito melhor se tivesse sido composta por elementos mais simples e genéricos. O elenco é luxuoso e maioritariamente competente, excepção feita a John Travolta que graças à péssima construção da sua personagem, não conseguiu acompanhar o nível dos restantes actores. Denzel Washington apresenta-nos uma prestação convincente que se estabelece dentro dos parâmetros de qualidade do género. A única falha crucial do elenco é a ausência de uma personagem feminina de relevo. As estatísticas cinematográficas revelam-nos que os remakes raramente ultrapassam a qualidade dos filmes originais, um acontecimento que se voltou a repetir neste caso concreto, no entanto, um realizador mais talentoso poderia ter transformado este remake numa obra de acção de luxo que superaria facilmente o sucesso e qualidade do filme de 1974.
Classificação – 2,5 Estrelas Em 5
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