Realizado por Richard Eyre
Com Antonio Banderas, Liam Neeson, Laura Linney
À primeira vista, “The Other Man” assume-se como uma óptima produção cinematográfica porque nos apresenta uma premissa ligeiramente intrigante e interessante, um elenco de qualidade e um realizador mundialmente reconhecido pelo seu grande trabalho em “Notes On A Scandal”. No entanto, estas inúmeras qualidades são meramente aparentes porque na realidade, “The Other Man” é um thriller romântico de fraca qualidade que deriva dum argumento confuso que é pobremente dirigido por Richard Eyre. Baseado na homónima obra literária de Bernhard Schlink, “The Other Man” conta-nos a história de Peter (Liam Neeson) e Lisa (Laura Linney), um casal de meia-idade que tem uma filha adolescente e que vive uma relação sem problemas. Um dia ela confessa-lhe que tem outro homem e que o vai abandonar para recomeçar a sua vida noutro país. Ele, surpreendido com a mulher que julgava conhecer há tantos anos, torna-se obcecado em compreender as razões que a levaram a tomar essa decisão, assim sendo, vai segui-la até Milão onde planeia confrontar o seu amante, Ralph (Antonio Banderas. O confuso e desequilibrado argumento não aproveitou convenientemente as potencialidades dramáticas da história literária de Bernhard Schlink que invoca constantemente sentimentos de traição e vingança. O desenvolvimento narrativo apresenta-nos algumas reviravoltas interessantes mas em última analise, encontramos demasiadas falhas que retiram intensidade e interesse à história, nomeadamente o grande confronto entre marido e amante que é pobremente explorado através de diálogos simplistas e segmentos confusos e desinteressantes. O desenvolvimento da história também é prejudicado pelas constantes introduções de novos elementos narrativos que são claramente dispensáveis e que apenas servem para complicar a narrativa e confundir os espectadores mais desatentos. O grande culpado da mediocridade do filme é Richard Eyre, um cineasta experiente que nos apresenta uma direcção extremamente desapontante e inesperadamente pobre. O seu trabalho de câmara é frágil e inconsistente, não seguindo do princípio ao fim, o caminho dúbio e negro da narrativa. Esta irritante alternância entre planos cinematográficos, reduz o impacto dramático da história e desvia a atenção do espectador dos verdadeiros elementos de interesse. A insípida fotografia também desilude porque as clássicas paisagens de Itália e Inglaterra não foram correctamente adaptadas ao espírito negro da narrativa.
As duas grandes personagens da história são interpretadas por dois célebres actores de Hollywood, Liam Neeson e Antonio Banderas. As suas performances são amplamente medíocres porque raramente incutem confiança e credibilidade às respectivas personagens. A prestação artística de Laura Linney como a principal personagem feminina da história também deixa muito a desejar. As grandes e múltiplas falhas criativas que afectam “The Other Man” poderão afastar o público mais exigente e atento, no entanto, os espectadores mais compreensivos poderão encontrar algum encanto nesta obra amplamente medíocre.
Com Antonio Banderas, Liam Neeson, Laura Linney
À primeira vista, “The Other Man” assume-se como uma óptima produção cinematográfica porque nos apresenta uma premissa ligeiramente intrigante e interessante, um elenco de qualidade e um realizador mundialmente reconhecido pelo seu grande trabalho em “Notes On A Scandal”. No entanto, estas inúmeras qualidades são meramente aparentes porque na realidade, “The Other Man” é um thriller romântico de fraca qualidade que deriva dum argumento confuso que é pobremente dirigido por Richard Eyre. Baseado na homónima obra literária de Bernhard Schlink, “The Other Man” conta-nos a história de Peter (Liam Neeson) e Lisa (Laura Linney), um casal de meia-idade que tem uma filha adolescente e que vive uma relação sem problemas. Um dia ela confessa-lhe que tem outro homem e que o vai abandonar para recomeçar a sua vida noutro país. Ele, surpreendido com a mulher que julgava conhecer há tantos anos, torna-se obcecado em compreender as razões que a levaram a tomar essa decisão, assim sendo, vai segui-la até Milão onde planeia confrontar o seu amante, Ralph (Antonio Banderas. O confuso e desequilibrado argumento não aproveitou convenientemente as potencialidades dramáticas da história literária de Bernhard Schlink que invoca constantemente sentimentos de traição e vingança. O desenvolvimento narrativo apresenta-nos algumas reviravoltas interessantes mas em última analise, encontramos demasiadas falhas que retiram intensidade e interesse à história, nomeadamente o grande confronto entre marido e amante que é pobremente explorado através de diálogos simplistas e segmentos confusos e desinteressantes. O desenvolvimento da história também é prejudicado pelas constantes introduções de novos elementos narrativos que são claramente dispensáveis e que apenas servem para complicar a narrativa e confundir os espectadores mais desatentos. O grande culpado da mediocridade do filme é Richard Eyre, um cineasta experiente que nos apresenta uma direcção extremamente desapontante e inesperadamente pobre. O seu trabalho de câmara é frágil e inconsistente, não seguindo do princípio ao fim, o caminho dúbio e negro da narrativa. Esta irritante alternância entre planos cinematográficos, reduz o impacto dramático da história e desvia a atenção do espectador dos verdadeiros elementos de interesse. A insípida fotografia também desilude porque as clássicas paisagens de Itália e Inglaterra não foram correctamente adaptadas ao espírito negro da narrativa.
As duas grandes personagens da história são interpretadas por dois célebres actores de Hollywood, Liam Neeson e Antonio Banderas. As suas performances são amplamente medíocres porque raramente incutem confiança e credibilidade às respectivas personagens. A prestação artística de Laura Linney como a principal personagem feminina da história também deixa muito a desejar. As grandes e múltiplas falhas criativas que afectam “The Other Man” poderão afastar o público mais exigente e atento, no entanto, os espectadores mais compreensivos poderão encontrar algum encanto nesta obra amplamente medíocre.
Classificação – 2 Estrelas Em 5
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